Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 23 de julho de 2020

O amor casto entre um homem e uma mulher

Admira a bondade do nosso Pai Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade? (Forja, 689)

E agora, meus filhos e minhas filhas, permiti que me detenha noutro aspecto – particularmente querido – da vida comum. Refiro-me ao amor humano, ao amor casto entre um homem e uma mulher, ao noivado, ao matrimónio. Devo dizer uma vez mais que esse amor humano santo não é algo de permitido, de tolerado, à margem das verdadeiras actividades do espírito, como poderiam insinuar os falsos espiritualismos a que antes aludia. Há quarenta anos que venho pregando exactamente o contrário, através da palavra e da escrita, e os que não compreendiam já o vão entendendo.

O amor que conduz ao matrimónio e à família pode ser também um caminho divino, vocacional, maravilhoso, meio para uma completa dedicação ao nosso Deus. Realizai as coisas com perfeição, tenho-vos recordado, ponde amor nas pequenas actividades da jornada, descobri – insisto – esse quê divino que se oculta nos pormenores: toda esta doutrina encontra um lugar especial no espaço vital em que o amor humano se enquadra. (Temas Actuais do Cristianismo, 121)

São Josemaría Escrivá

Teologia da libertação e teologia da reconciliação

Em anos passados, a Congregação para a Doutrina da Fé [...] teve de ocupar-se longamente dos problemas suscitados pela chamada teologia da libertação. Em resposta a ela, falou-se de uma teologia da reconciliação.

Vejo o fundamento [dessa teologia da reconciliação] no texto, tão importante, da segunda Epístola aos Coríntios, de São Paulo, no capítulo quinto, em que se faz um resumo da mensagem cristã; de acordo com esse texto, "nós, os Apóstolos, somos mensageiros de Deus e em nome de Deus pedimos para ser reconciliados com Deus, em Cristo" (cfr. 2 Cor 5, 11-21).

Por conseguinte, a Redenção, o Evangelho, é reconciliação com Deus. E temos que dizer que a alienação do homem consiste na sua carência de conciliação consigo mesmo, na sua divisão interior; e que é impossível a sua conciliação consigo mesmo se não estiver em paz com Deus, já que Deus é mais íntimo ao homem do que ele próprio.

É por isso que apenas o ser humano reconciliado consigo mesmo pode estar em paz com os outros. Isto depende em todo o momento de uma paz fundamental, proveniente de se estar reconciliado com Deus. Só quem está em conciliação consigo mesmo supera a alienação e, como consequência, atinge a libertação.

Neste sentido, a reconciliação profunda com o ser e, por conseguinte, com Deus e consigo mesmo, é o fundamento de toda a liberdade e de toda a capacidade de reconciliação, de que se possa viver em paz e encontrar uma justa ordem de relações [...]. Penso, na realidade, que as ideias equivocadas de liberdade e toda a tendência a auto gerar um novo tipo de ser é produto de uma profunda falta de conciliação do homem consigo próprio, com o ser em si mesmo, e por isso leva à identificação com um ser contrário à realidade de Deus, que é negada porque não se encontra a paz com Ele.

Parece-me, por outro lado, que aqui se descobre o fundamento de um novo conceito positivo de liberdade e de paz, a partir do qual poderia elaborar-se toda uma teologia da liberdade e da paz, embebida na riqueza da Cristologia e da autêntica Eclesiologia.

(Cardeal Joseph Ratzinger in entrevista a Jaime Antúnez Aldunate)

O TEMPO QUE TU ME DÁS

Já não me sobra tempo,
do tempo que Tu me dás,
porque o tempo que em mim fazes,
se esgota no tempo,
para me entregar a Ti,
na Tua amorosa paz.

Eu sei e acredito,
que Tu me dás todo o tempo,
mas que faço eu do tempo,
que em todo tempo
me dás?

O Teu tempo é todo amor,
no amor infinito que dás,
procuro eu nesse tempo,
viver nos outros,
para os outros,
o Teu amor,
a Tua paz?

Quero deixar-me tomar,
pelo tempo que me dás,
para que tomado por Ti,
no tempo,
seja eu também,
tempo de amor,
e de paz.

Apenas para Te servir,
no tempo,
e em todo o tempo,
para dar aos outros o amor,
manifestar-lhes a paz,
que agora e sempre,
Tu,
Senhor,
em todo o tempo me dás.

Marinha Grande, 21 de Julho de 2018

Joaquim Mexia Alves
https://queeaverdade.blogspot.com/2018/07/o-tempo-que-tu-me-das.html