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terça-feira, 25 de março de 2014
O SIM MAIS DIFÍCIL DA HUMANIDADE
Será mais fácil dizer sim ou dizer não?
À primeira vista pareceria que seria bem mais fácil dizer sim.
Dizendo sim, faz-se a vontade do outro e portanto termina por aí tudo o que uma situação exige, ou seja, o outro fica contente, agradado, e nada mais exige de nós.
Ao dizer não, são precisas explicações, são precisos argumentos, para fundamentar o não a algo que nos é pedido, para além de que, apesar de tudo, ainda podermos incorrer no desagrado do outro e numa consequente frieza ou fim de uma relação.
Visto assim, poderíamos então inferir que é mais fácil dizer sim do que dizer não.
Pois, mas não foi assim com a Virgem Maria!
O sim que Ela disse foi bem mais difícil, foi bem mais complicado, do que o não que Ela poderia ter dito na sua liberdade.
Se dissesse não tudo terminaria ali para a sua pessoa, e como o outro neste caso era Deus, a sua relação com Ele continuaria exactamente a mesma, visto que Deus respeita a liberdade de cada um dos seus filhos, porque os ama com amor eterno.
Mas o sim de Maria foi bem mais difícil por muitas e variadas razões.
Primeiro, porque para dizer sim naquele momento, (a algo tão inverosímil), era preciso acreditar com fé firme que aquilo que o anjo Lhe dizia era possível, ou seja, que Deus queria e podia fazer aquilo para que Lhe pedia o sim.
Segundo, porque era preciso acreditar na sua humildade, que Ela era digna daquilo que Deus Lhe pedia, abandonando-se e aceitando a vontade de Deus, apesar de se reconhecer uma simples serva.
Terceiro, porque ficar grávida fora do casamento, quando se sabia que Ela «não conhecia homem» (Lc 1,34), era naquele tempo algo tão grave que podia levar à delapidação, à própria morte.
Quarto, porque perante esse estado de gravidez, aquele a quem Ela tinha sido entregue em casamento, José, podia repudiá-la com tudo o que isso significava naquela sociedade.
Quinto, porque o normal seria que a própria família a repudiasse.
Sexto, porque se fosse repudiada e sobrevivesse teria que, sozinha, alimentar, educar, tomar conta daquele Filho, que nunca seria aceite na sociedade.
Sétimo, porque se tentasse explicar a alguém o porquê do seu sim, apenas se ririam na sua cara e mais do que isso, condená-la-iam por blasfémia ao dizer que estava grávida do Filho de Deus.
E quantas razões mais poderíamos acrescentar, que à luz das nossas humanas fraquezas, “aconselhavam” um não à “proposta” feita.
Portanto, as razões para um não eram incomparavelmente “melhores” do que as razões que poderiam sustentar o sim naquele momento, e não nos esqueçamos que «Ela se perturbou», (Lc 1,29), pelo que não estava “fora de si”, mas sim perfeitamente consciente do momento e do que Lhe era pedido.
Sim, o Sim de Maria, foi o Sim mais difícil da humanidade e, ao mesmo tempo, o Sim mais importante da humanidade e para a humanidade.
Obrigado Mãe, porque «acreditaste, que se ia cumprir tudo o que te tinha sido dito da parte do Senhor.» (Lc 1, 45)
Obrigado Senhor por teres escolhido Maria como Mãe e obrigado Senhor por no-la teres dado como Mãe também.
Marinha Grande, 25 de Março de 2014
Joaquim Mexia Alves
A salvação é um dom que se recebe com coração humilde
A salvação é um dom que se recebe com coração humilde – esta a principal mensagem do Papa Francisco na Missa em Santa Marta nesta manhã de terça-feira.
Celebrando a Solenidade da Anunciação do Senhor, o Papa Francisco convida-nos a olhar a atitude de Maria que acolhe a mensagem de Deus com um coração dócil e humilde ensinando-nos o caminho. Um caminho que tinha começado com Adão e Eva que, no entanto, cederam a Satanás. O que tinha começado com uma desobediência termina com uma atitude obediente, dócil e humilde. Porque a salvação não se compra nem se vende, oferece-se – afirmou o Papa Francisco: “A salvação não se compra, não se vende, oferece-se. É gratuita. Nós não podemos salvar-nos a nós próprios: a salvação é um presente, totalmente gratuito. Não se compra com sangue nem de touros, nem de cabras: não se pode comprar. Para entrar nesta salvação, apenas nos é pedido um coração humilde, um coração dócil, um coração obediente. Como aquele de Maria.”
Na homilia o Papa Francisco colocou um acento muito forte no caminho da humildade que devemos percorrer, com um coração que se deixe amolecer que se faça dócil e obediente para poder abraçar o Pai: “Hoje podemos abraçar o Pai que, graças ao sangue do seu Filho, fez-se como um de nós, salva-nos. Este Pai que nos espera todos os dias... Olhemos o ícone de Eva e de Adão, olhemos o ícone de Maria e Jesus, olhemos o caminho da História com Deus que caminhava com o seu Povo. E digamos: ‘Obrigado Senhor, porque hoje Tu dizes-nos que nos deste a salvação’. Hoje é um dia para dar graças ao Senhor.” (RS)
(Fonte: 'news.va')
Vídeo da ocasião em italiano
Não podemos ficar indiferentes diante dos ataques contra a família
«No Evangelho encontramos a luz para responder a estes desafios sem nos desencorajarmos . Portanto serão importantes todos os esforços tendentes a apoiar a família, fundada na união indissolúvel entre um homem e uma mulher, de maneira que desempenhe a sua missão de célula vida da sociedade, fonte de virtude, escola de convivência construtiva e pacifica, instrumento de concórdia e âmbito privilegiado no qual, com alegria e responsabilidade, seja acolhida e protegida a vida humana desde o seu inicio até à sua morte natural.»
(Bento XVI na mensagem por ocasião do
encontro em Bogotá na Colômbia dos bispos responsáveis das comissões episcopais da
família e da vida na América Latina e Caraíbas em Março 2011)
HOJE dia 25 de março - ACORDA FAMÍLIA
Vamos
rezar pela nossa Família e pelas Famílias do Mundo inteiro.
::Dia da Anunciação do Anjo a Maria
::Dia dos 30 anos da Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria
Na tua paróquia, depois da
missa, em tua casa...
Ser filho de Deus
«Por admirável condescendência o Filho de Deus, o único segundo a natureza, fez-Se filho do homem, para que nós, filhos do homem por natureza, nos tornemos filhos de Deus pela graça».
(Santo Agostinho - De civitate Dei, XXI, 15)
«se o Verbo Se fez carne, e se o Filho de Deus Se fez Filho do Homem, foi para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo, e recebendo o privilégio da adopção, chegasse a ser filho de Deus»
(Santo Irineu - Adversus haeresas, III, 19)
(Santo Agostinho - De civitate Dei, XXI, 15)
«se o Verbo Se fez carne, e se o Filho de Deus Se fez Filho do Homem, foi para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo, e recebendo o privilégio da adopção, chegasse a ser filho de Deus»
(Santo Irineu - Adversus haeresas, III, 19)
Anunciação do Senhor
Deus que, no decorrer dos séculos, tinha encarregado os profetas de transmitir aos homens a Sua palavra, ao chegar a plenitude dos tempos, determina enviar-lhes o Seu próprio Filho, o Seu Verbo, a Palavra feita Carne. Contudo, o Pai das misericórdias quis que a Incarnação fosse precedida da aceitação por parte daquela que Ele predestinara para Mãe, para que, «assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida « (Lumen Gentium, 56). No momento da Anunciação, através do Anjo Gabriel, Deus expõe a Maria os Seus desígnios. E Maria, livre, consciente e generosamente, aceita a vontade do Senhor a seu respeito, realizando-se assim o mistério da Incarnação do Verbo. Nesse momento, com efeito, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade começa a Sua existência humana. O filho de Deus faz-Se Filho do Homem. O Deus Altíssimo torna-Se o «Deus connosco». Ao celebrar este mistério, precisamente nove meses antes do Natal, a Solenidade da Anunciação orienta-nos já para o Nascimento de Cristo. No entanto, a Incarnação está intimamente unida à Redenção. Por isso, as Leituras (especialmente a segunda) introduzem-nos já no Mistério da Páscoa. Essencialmente festa do Senhor, a Anunciação não pode deixar de ser, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, uma festa perfeitamente mariana. Na verdade, foi pelo sim de Maria que a Incarnação se realização, a nova Aliança se estabeleceu e a Redenção do mundo pecador ficou assegurada.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Salve, ó cheia de graça»
São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, doutor da Igreja
Homilia sobre a Natividade da Virgem, § 9; SC 80
Homilia sobre a Natividade da Virgem, § 9; SC 80
Esta mulher será Mãe de Deus, porta de luz, fonte de vida; Ela reduzirá a nada a acusação que pesava sobre Eva. A esta mulher, «os grandes do povo rendem-lhe homenagem» (Sl 44,13), os reis das nações prostrar-se-ão perante Ela oferecendo-lhe presentes […]; mas a glória da Mãe de Deus é interior: é o fruto do seu seio.
Mulher imensamente digna de ser amada, três vezes feliz, «bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1, 42). Filha do rei David e Mãe de Deus, Rei do universo, obra-prima com que o Criador Se regozija […], tu serás o apogeu da natureza. Porque a tua vida não será para ti, não foi para ti que nasceste, mas a tua vida será para Deus. Vieste ao mundo para Ele, servirás para a salvação de todos os homens, cumprindo o destino por Deus fixado desde todo o sempre: a encarnação do Verbo, sua Palavra, e a nossa divinização. Tudo o que desejas é alimentar-te das palavras de Deus, fortificar-te com a sua seiva como «oliveira verdejante na casa do Senhor» Sl 51,10), «como a árvore plantada à beira das correntes» (Sl 1,2), tu, a «árvore da vida» (Gn 2,9) que «produz frutos doze vezes, um em cada mês» (Ap 22,2). […]
O que é infinito, sem limites, veio morar no teu seio; Deus, o Menino Jesus, alimentou-Se do teu leite. Tu és a porta de Deus sempre virginal; as tuas mãos seguram o teu Deus; os teus joelhos são um trono mais elevado do que os querubins. […] Tu és a câmara nupcial do Espírito, «um rio! Os seus canais alegram a cidade de Deus», isto é, a torrente dos dons do Espírito. Tu «és formosa, a bem amada» de Deus (Ct 4,7).
Mulher imensamente digna de ser amada, três vezes feliz, «bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1, 42). Filha do rei David e Mãe de Deus, Rei do universo, obra-prima com que o Criador Se regozija […], tu serás o apogeu da natureza. Porque a tua vida não será para ti, não foi para ti que nasceste, mas a tua vida será para Deus. Vieste ao mundo para Ele, servirás para a salvação de todos os homens, cumprindo o destino por Deus fixado desde todo o sempre: a encarnação do Verbo, sua Palavra, e a nossa divinização. Tudo o que desejas é alimentar-te das palavras de Deus, fortificar-te com a sua seiva como «oliveira verdejante na casa do Senhor» Sl 51,10), «como a árvore plantada à beira das correntes» (Sl 1,2), tu, a «árvore da vida» (Gn 2,9) que «produz frutos doze vezes, um em cada mês» (Ap 22,2). […]
O que é infinito, sem limites, veio morar no teu seio; Deus, o Menino Jesus, alimentou-Se do teu leite. Tu és a porta de Deus sempre virginal; as tuas mãos seguram o teu Deus; os teus joelhos são um trono mais elevado do que os querubins. […] Tu és a câmara nupcial do Espírito, «um rio! Os seus canais alegram a cidade de Deus», isto é, a torrente dos dons do Espírito. Tu «és formosa, a bem amada» de Deus (Ct 4,7).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 25 de março de 2014
Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossivel». Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.
Lc 1, 26-38
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