Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Catequese do Papa Francisco na Audiência geral em língua portuguesa


Locutor:
A série dos dons do Espírito Santo conclui com o temor de Deus. Este dom não significa ter medo de Deus, mas ver e sentir como verdadeiramente somos diante d’Ele, isto é, pequenos; tão pequenos que, por nós mesmos, somos incapazes de assegurar a felicidade e a vida eterna. A única solução é abandonar-nos, com humildade, respeito e confiança, nas suas mãos, como faz uma criança nos braços de seu pai. Este dom do Espírito Santo ajuda a reconhecermo-nos como filhos infinitamente amados e, ao mesmo tempo, consolida a nossa confiança e a nossa fé, porque nos faz ver como a nossa vida está nas mãos de Deus. E isto enche-nos de coragem e força! O temor de Deus faz de nós cristãos convictos, entusiastas, que seguem o Senhor, não por medo, mas porque conquistados pelo seu amor. Entretanto este dom do Espírito Santo funciona também como “alarme”: quando uma pessoa vive no pecado, quando explora os outros, quando vive só para o dinheiro e a vaidade, então o temor de Deus lança o alerta: “Cuidado! Assim não serás feliz, assim acabarás mal!” Faz-nos ver que um dia tudo acaba e deveremos prestar contas a Deus. Foi posto em nós este alarme, porque Deus é Pai e quer-nos a todos com Ele no Céu.

Santo Padre:
Di cuore saluto tutti i pellegrini di lingua portoghese, in particolare i gruppi brasiliani delle parrocchie São Judas Tadeu e Nossa Senhora do Patrocínio: benvenuti! Non stanchiamoci di vigilare sui nostri pensieri e atteggiamenti per poter pregustare fin da ora la tenerezza e lo splendore del volto della Santissima Trinità – Padre, Figlio e Spirito Santo – che contempleremo in tutta la sua bellezza nella vita eterna. Scenda, generosa, la sua Benedizione su ognuno di voi e sulla vostra famiglia.

Locutor:
De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os grupos brasileiros das paróquias São Judas Tadeu e Nossa Senhora do Patrocínio. Sede bem-vindos! Não nos cansemos de vigiar sobre os nossos pensamentos e atitudes para podermos saborear desde já a ternura e o esplendor do rosto da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – que havemos de contemplar em toda a sua beleza na vida eterna. Desça, generosa, a sua Bênção sobre cada um de vós e vossas famílias.

"Um verdadeiro homem de Deus" (legendado em português)

D. Álvaro via unicamente almas que o Senhor punha ao seu lado

A esperança levava D. Álvaro a não se deter perante as dificuldades. Desde que passou a pertencer ao Opus Dei, em 1935, realizou um apostolado constante e otimista, certo de que Deus sempre o ajudaria. E nessa atitude perseverou até ao fim da sua vida. Ninguém que com ele se cruzasse, por qualquer motivo, se afastava sem receber dele uma oração, umas palavras de interesse pela sua família ou pelo seu trabalho, um conselho espiritual… E não dava importância à categoria das pessoas, via unicamente almas que o Senhor punha ao seu lado: o porteiro de um edifício, o funcionário de um dicastério da Santa Sé, a hospedeira ou o comissário de bordo do avião em que viajava… O mesmo fazia com as autoridades eclesiásticas ou civis que podiam inclusivamente ter bastante mais anos que ele ou que gozavam de relevante prestígio social. Nunca se deteve por falsos respeitos humanos. Ia a esses encontros, casuais ou programados, com a certeza de que o Senhor o acompanhava, pois tinha visto esse exemplo na atuação de S. Josemaria.

Em 1972, D. José María Hernández Garnica quis redigir, antes de morrer, um memorandum em que refere o seu assombro pelo “atrevimento” de D. Álvaro, antes de receber a ordenação sacerdotal, ao fazer diligências com cardeais e bispos, ministros e autoridades locais. Como narram alguns dos biógrafos de D. Álvaro, o próprio D. José María lhe perguntou uma vez se não se sentia pouco à vontade, inseguro, nesse tipo de encargos. A resposta, cheia de fé em Deus e de confiança no exemplo do nosso Padre, foi: «Lembro-me da pesca milagrosa e do que S. Pedro disse: in nómine tuo, laxábo rete. Penso no que me disse o Padre e sei que, se lhe obedecer, estou a obedecer a Deus» [13].

À medida que se aproxima a data da beatificação, recorramos confiadamente à intercessão de D. Álvaro, pedindo-lhe que nos consiga do Senhor a esperança otimista na tarefa apostólica. Um bom dia para isso é o próximo 25 de junho, em que se completam 70 anos da sua ordenação sacerdotal, que recebeu em Madrid, juntamente com D. José María Hernández Garnica e D. José Luis Múzquiz, cujas causas de beatificação estão a decorrer.

[13]. Cfr. Salvador Bernal, Recuerdo de Álvaro del Portillo, Rialp, 6ª ed., Madrid 1996, p. 79; Hugo de Azevedo, Missão Cumprida, Lisboa, Diel 2008, p. 101.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2014)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

SER “ANDRÉ”!

«André, o irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João e seguiram Jesus. Encontrou primeiro o seu irmão Simão, e disse-lhe: «Encontrámos o Messias!» - que quer dizer Cristo. E levou-o até Jesus. Fixando nele o olhar, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, o filho de João. Hás-de chamar-te Cefas» - que significa Pedra.» Jo 1, 40-42

Sempre ouvimos dizer que os primeiros catequistas devem ser os pais, que a primeira catequese tem que ser em casa, que a família deve rezar unida e deve dar testemunho aos vindouros, para que também eles encontrem o Deus que nos chama ao seu amor.

André, alertado por João Baptista seguiu Jesus, e encontrando o seu irmão Simão Pedro, logo lhe deu a Boa Nova e o levou a Jesus.

A frase, simples e concisa, é terna e tocante: «E levou-o até Jesus.»
Não o levou “a” Jesus, mas sim, levou-o ”até” Jesus!

Mostrou-lhe Jesus, fê-lo encontrar-se com Jesus, e, a partir daí, tudo passou a ser entre Jesus e Simão Pedro.
André reconhece o Messias, o Senhor, e é esse acreditar que ele transmite ao seu irmão, levando-o ao encontro d’Aquele que é objecto da sua fé.
A partir daqui, Pedro encontra Jesus, e tendo Jesus fixado nele o seu olhar, Pedro deixa-se conduzir até à missão que Ele há-de colocar sobre os seus ombros!

E nós, que um dia começámos a seguir Jesus, como pais, como irmãos, como parentes, também damos a Boa Nova aos da nossa casa?
Também os levamos até Jesus?
Também testemunhamos com palavras, com actos, com a nossa vida, a nossa fé em Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador?

Sejamos então, todos e cada um de nós, “André”, para aqueles que se cruzam nas nossas vidas, começando por aqueles que o Senhor nos deu como família.

Monte Real, 17 de Junho de 2014

Joaquim Mexia Alves

«Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura»

Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra 
Sermão «A cobardia religiosa»

«Fortalecei as mãos débeis, os joelhos enfraquecidos» (Heb 12,12; Is 35,3). [...] Levado por Barnabé e Paulo aquando da sua primeira viagem apostólica, São Marcos abandonou-os muito rapidamente para regressar a Jerusalém (At 15,38). Ora, depois disto, tornou-se colaborador de São Pedro em Roma (1P 5,13). Foi lá que compôs o seu Evangelho, principalmente a partir do que este apóstolo lhe terá contado. Por último, foi enviado por Pedro a Alexandria, no Egipto, onde fundou uma Igreja, que foi uma das mais rigorosas e das mais eficazes desses tempos iniciais. [...] Por conseguinte, aquele que abandonou a causa do Evangelho perante os primeiros perigos revelou-se depois [...] um servo muito determinado e fiel de Deus [...], e o instrumento desta mudança parece ter sido São Pedro, que soube admiravelmente fazer renascer este discípulo tímido e cobarde.        

Através desta história é-nos dada de uma lição: pela graça de Deus, o mais frágil pode tornar-se forte. Por conseguinte, não podemos confiar apenas em nós mesmos, nem desprezar um irmão que demonstra fraqueza, nem desesperar por sua causa, mas carregar o seu fardo (Ga 6,2) e ajudá-lo a seguir em frente. [...] A história de Moisés mostra-nos o exemplo de um temperamento orgulhoso e impetuoso que o Espírito domou ao ponto de fazer dele um homem de uma doçura excepcional [...]: «um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra» (Nm 12,3) [...] A história de Marcos mostra um caso de mudança ainda mais raro: a passagem da timidez ao arrojo. [...] Admiremos então em São Marcos uma transformação mais surpreendente que a de Moisés: «Graças à fé, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes» (cf. Heb 11,34).

O Evangelho do dia 11 de junho de 2014

Ide, e anunciai que está próximo o Reino dos Céus. «Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, lançai fora os demónios. Dai de graça o que de graça recebestes. Não leveis nos vossos cintos nem ouro, nem prata, nem dinheiro, nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão; porque o operário tem direito ao seu alimento. «Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos de quem há nela digno de vos receber, e ficai aí até que vos retireis. Ao entrardes na casa, saudai-a, dizendo: “A paz seja nesta casa”. Se aquela casa for digna, descerá sobre ela a vossa paz; se não for digna, a vossa paz tornará para vós.

Mt 10, 7-13