Pois é, tocou-me à porta à semelhança de muitos milhares em todo o mundo, veio, só foi medicamente reconhecida como tal, após análise laboratorial positiva, mas numa das suas formas mais suaves. Quem me conhece, sabe que tenho por hábito proclamar, que «Deus Nosso Senhor é muito meu amigo!» e se dúvidas houvesse, esta semana tive mais uma prova desta fantástica certeza que me enche o coração e a razão.
Mas a intenção destas linhas é dar-vos conhecimento de uma reflexão que tive ocasião de aprofundar nestes dias, isto é, imaginar o carinho materno de Nossa Senhora para com Jesus Cristo Nosso Senhor naqueles momentos da Sua vida humanizada em que certamente passou por todas as mazelas próprias das crianças, dos adolescentes e dos jovens adultos. O amor e carinho maternal, o amor sobrenatural que tão bem guardava no seu coração, coadjuvado com o apoio permanente e amor de S. José e que certamente protegeram o Senhor, nesses breves momentos de doença, pois se nós, simples pecadores, os sentimos e somos por eles confortados, quanto não o terá sentido Jesus Cristo e a tranquilidade que não lhe terá transmitido.
Não hesitemos de coração humilde e apaixonado, na doença, mesmo quando estivermos delirando em febre, em recorrer à protecção da Nossa Mãe, pois através Dela chegamos ao Senhor e sentir-nos-emos desde logo certos do Seu amor e entreguemo-nos na Sua misericórdia e bondade, certos que só deseja o nosso bem, mesmo que o não consigamos momentaneamente entender.
JPR
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 12 de dezembro de 2009
Maria e a cidade (Editorial)
Surpreendeu os mass media o discurso que Bento XVI pronunciou diante da imagem da Imaculada na Praça de Espanha. Não é fácil a relação entre o Papa e a informação. Nunca o foi e também não é nestes tempos, a ponto que um conceituado jornalista e historiador francês acabou de dedicar à questão um livro importante (Bernard Lecomte, Pourquoi le pape a mauvaise presse. Entretiens avec Marc Leboucher, Desclée de Brouwer). Assim também o discurso sobre Maria e a cidade foi retomado sobretudo mesmo se com não poucos consensos pela denúncia da media que narra o mal sem fazer demasiados escrúpulos. Um problema que certamente não é novo: na tradição cristã, tinham-no levantado os Padres da Igreja em relação ao teatro, que depois no ocidente se desenvolverá graças às representações sagradas.
A reflexão de Bento XVI não se dirigiu principalmente a este nó, mesmo se ele é de extremo realce. Mais uma vez, de facto, o Papa foi à raiz, com simplicidade, inspirando-se nas imagens marianas. Que estão na cidade para recordar a presença de Deus entre os homens. Para recordar que o mal foi vencido precisamente num ser humano uma mulher que foi preservada do pecado original. Para recordar a todas as criaturas humanas que a esperança é possível. Portanto, uma presença, a de Deus, que pode mudar as coisas, "ou melhor, muda as pessoas e, por conseguinte, melhora a sociedade", esclareceu Bento XVI.
E que o mal foi vencido é deveras o mais importante. Esta é a "boa nova" que se deve ter presente face a este mal que corre o risco de tornar o ser humano pouco a pouco insensível. Isto origina o endurecimento do coração, o obscurecimento dos pensamentos e dos rostos, o reduzir as pessoas humanas a corpos sem alma. Realidades que com frequência são o efeito de determinadas escolhas feitas por quem controla a media e quer limitá-la à dimensão de espectáculo. Com a consequência de despersonalizar quantos são considerados apenas espectadores. Além desta análise, amplamente partilhada, o Papa recordou com realismo que cada ser humano, que se aperceba ou não, é contudo actor, no bem e no mal, porque as opções quotidianas, até pequenas, têm sempre consequências.
Assim, também na representação do mal, no abuso desumano da media em relação às pessoas que são corpo e alma, duas realidades assumidas e portanto salvas por Cristo e sobretudo em relação àquelas geralmente ignoradas ("invisíveis") e portanto indefesas, é preciso recordar que "cada história humana é uma história sagrada". Disse isto com vigor Bento XVI, explicando assim o motivo da desumanização das sociedades contemporâneas: se Deus é afastado do horizonte, do cenário público e dos corações, a profanação atinge também o ser humano, que é imagem de Deus.
Giovanni Maria Vian - Director
(© L'Osservatore Romano - 12 de Dezembro de 2009)
A reflexão de Bento XVI não se dirigiu principalmente a este nó, mesmo se ele é de extremo realce. Mais uma vez, de facto, o Papa foi à raiz, com simplicidade, inspirando-se nas imagens marianas. Que estão na cidade para recordar a presença de Deus entre os homens. Para recordar que o mal foi vencido precisamente num ser humano uma mulher que foi preservada do pecado original. Para recordar a todas as criaturas humanas que a esperança é possível. Portanto, uma presença, a de Deus, que pode mudar as coisas, "ou melhor, muda as pessoas e, por conseguinte, melhora a sociedade", esclareceu Bento XVI.
E que o mal foi vencido é deveras o mais importante. Esta é a "boa nova" que se deve ter presente face a este mal que corre o risco de tornar o ser humano pouco a pouco insensível. Isto origina o endurecimento do coração, o obscurecimento dos pensamentos e dos rostos, o reduzir as pessoas humanas a corpos sem alma. Realidades que com frequência são o efeito de determinadas escolhas feitas por quem controla a media e quer limitá-la à dimensão de espectáculo. Com a consequência de despersonalizar quantos são considerados apenas espectadores. Além desta análise, amplamente partilhada, o Papa recordou com realismo que cada ser humano, que se aperceba ou não, é contudo actor, no bem e no mal, porque as opções quotidianas, até pequenas, têm sempre consequências.
Assim, também na representação do mal, no abuso desumano da media em relação às pessoas que são corpo e alma, duas realidades assumidas e portanto salvas por Cristo e sobretudo em relação àquelas geralmente ignoradas ("invisíveis") e portanto indefesas, é preciso recordar que "cada história humana é uma história sagrada". Disse isto com vigor Bento XVI, explicando assim o motivo da desumanização das sociedades contemporâneas: se Deus é afastado do horizonte, do cenário público e dos corações, a profanação atinge também o ser humano, que é imagem de Deus.
Giovanni Maria Vian - Director
(© L'Osservatore Romano - 12 de Dezembro de 2009)
Bento XVI entristecido e afectado” pelos casos de abusos sobre menores que envolveram clero na Irlanda
Vídeo em espanhol
Bento XVI mostrou-se “profundamente entristecido e afectado” pelos casos de abusos sobre menores que envolveram clero da Arquidiocese de Dublin, na Irlanda.
O Papa recebeu esta Sexta-feira, no Vaticano, os mais altos responsáveis da Igreja Católica na Irlanda e da Cúria Romana, para analisar a situação da Igreja após a publicação do relatório da Comissão Murphy. No Vaticano estiveram o Cardeal Seán Brady, Primaz da Igreja irlandesa, e D. Diarmuid Martin, Arcebispo de Dublin.
“Após um cuidadoso estudo do relatório, o Santo Padre ficou profundamente entristecido e afectado pelo seu conteúdo”, assinala um comunicado da Santa Sé.
Bento XVI diz “partilhar a raiva, a traição e a vergonha sentidas por tantos fiéis da Irlanda”, unindo-se a eles “na oração neste momento difícil para a vida da Igreja”.
O Papa condenou as acções de “alguns membros do clero que traíram as suas promessas solenes a Deus, bem como a confiança neles depositada pelas vítimas, suas famílias e a sociedade em geral”.
No início desta semana, em comunicado, a Conferência Episcopal da Irlanda pediu perdão “a todos os que foram abusados por padres, enquanto crianças, às suas famílias e a todas as pessoas que justamente se sentem indignadas e desiludidas com a falta de autoridade moral e de responsabilidade que emerge do relatório”.
Os Bispos discutiram iniciativas para o futuro, com base numa acção fundada na “caridade, verdade, integridade e transparência”.
Esta sexta-feira no Vaticano, representantes da Igreja Irlandesa e da Cúria Romana discutiram “os acontecimentos traumáticos” apresentados no relatório.
Bento XVI pediu aos católicos da Irlanda e de todo o mundo que se unam a ele “em oração pelas vítimas, as suas famílias e por todos os que foram afectados por estes crimes hediondos”.
O Papa assegura a todos os interessados que a Igreja irá continuar a seguir esta “grave matéria” com a máxima atenção, “de forma a entender melhor como é que estes acontecimentos vergonhosos aconteceram” e como desenvolver “estratégias seguras e eficientes para prevenir” que voltem a acontecer.
Entretanto foi anunciado que Bento XVI tem a intenção de escrever uma Carta Pastoral aos fiéis da Irlanda na qual irá “indicar claramente quais as iniciativas a serem tomadas para responder à situação”.
O comunicado acrescenta que “a Santa Sé leva muito a sério os assuntos centrais levantados pelo relatório, incluindo as questões relativas à governação dos líderes da Igreja local com a responsabilidade última pelo cuidado pastoral das crianças”.
(Fonte: Site Radio Vaticana)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Sermão 88 (a partir da trad. Année en Fêtes, Migne 2000, p. 37)
«Vai chegar alguém mais forte do que eu»
João não falava apenas do seu tempo quando anunciou o Senhor aos fariseus, dizendo: «Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as Suas veredas» (Mt 3, 3). João brada hoje em nós, e o trovão da sua voz abala o deserto dos nossos pecados. Mesmo abafada pelo sono do martírio, a sua voz ressoa ainda, e continua a dizer-nos: «Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as Suas veredas». [...]
João Baptista ordenou, pois, que preparássemos os caminhos do Senhor. Vejamos que caminho preparou ele para o Salvador. Desde o princípio, traçou e ordenou na perfeição o caminho para a chegada de Cristo, pois foi em todas as coisas sóbrio, humilde, contido e virgem. É ao descrever todas estas virtudes que o evangelista afirma: «João trazia um trajo de pêlos de camelo e um cinto de couro à volta da cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre» (Mt 3, 4). Que sinal maior de humildade pode haver num profeta do que o desprezo pelas vestes elegantes, em troca de pêlos rugosos? Que mais profundo sinal de fé pode haver do que estar sempre pronto, de rins cingidos, para desempenhar todas as tarefas servis? Que marca de abstinência mais notável pode haver, do que a renúncia às delícias desta vida, para se alimentar de gafanhotos e mel silvestre?
Todos estes comportamentos do profeta eram, a meu ver, proféticos em si mesmos. Que o mensageiro de Cristo se vestisse de pêlos de camelo significava, muito simplesmente, que Cristo, ao vir a este mundo, Se revestiria do nosso corpo humano, deste tecido grosso, enrugado pelos nossos pecados. [...] O cinto de couro significa que a nossa frágil carne, orientada para o vício antes da vinda de Cristo, seria por Ele conduzida à virtude.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermão 88 (a partir da trad. Année en Fêtes, Migne 2000, p. 37)
«Vai chegar alguém mais forte do que eu»
João não falava apenas do seu tempo quando anunciou o Senhor aos fariseus, dizendo: «Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as Suas veredas» (Mt 3, 3). João brada hoje em nós, e o trovão da sua voz abala o deserto dos nossos pecados. Mesmo abafada pelo sono do martírio, a sua voz ressoa ainda, e continua a dizer-nos: «Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as Suas veredas». [...]
João Baptista ordenou, pois, que preparássemos os caminhos do Senhor. Vejamos que caminho preparou ele para o Salvador. Desde o princípio, traçou e ordenou na perfeição o caminho para a chegada de Cristo, pois foi em todas as coisas sóbrio, humilde, contido e virgem. É ao descrever todas estas virtudes que o evangelista afirma: «João trazia um trajo de pêlos de camelo e um cinto de couro à volta da cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre» (Mt 3, 4). Que sinal maior de humildade pode haver num profeta do que o desprezo pelas vestes elegantes, em troca de pêlos rugosos? Que mais profundo sinal de fé pode haver do que estar sempre pronto, de rins cingidos, para desempenhar todas as tarefas servis? Que marca de abstinência mais notável pode haver, do que a renúncia às delícias desta vida, para se alimentar de gafanhotos e mel silvestre?
Todos estes comportamentos do profeta eram, a meu ver, proféticos em si mesmos. Que o mensageiro de Cristo se vestisse de pêlos de camelo significava, muito simplesmente, que Cristo, ao vir a este mundo, Se revestiria do nosso corpo humano, deste tecido grosso, enrugado pelos nossos pecados. [...] O cinto de couro significa que a nossa frágil carne, orientada para o vício antes da vinda de Cristo, seria por Ele conduzida à virtude.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 13 de Dezembro de 2009
São Lucas 3,10-18
E as multidões perguntavam-lhe: «Que devemos, então, fazer?»
Respondia-lhes: «Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo.»
Vieram também alguns cobradores de impostos, para serem baptizados e disseram-lhe: «Mestre, que havemos de fazer?»
Respondeu-lhes: «Nada exijais além do que vos foi estabelecido.»
Por sua vez, os soldados perguntavam-lhe: «E nós, que devemos fazer?» Respondeu-lhes: «Não exerçais violência sobre ninguém, não denuncieis injustamente e contentai-vos com o vosso soldo.»
Estando o povo na expectativa e pensando intimamente se ele não seria o Messias,
João disse a todos: «Eu baptizo-vos em água, mas vai chegar alguém mais forte do que eu, a quem não sou digno de desatar a correia das sandálias. Ele há-de baptizar-vos no Espírito Santo e no fogo.
Tem na mão a pá de joeirar, para limpar a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; mas queimará a palha num fogo inextinguível.»
E, com estas e muitas outras exortações, anunciava a Boa-Nova ao povo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931
Escreve: “Ontem almocei em casa dos Guevara. Estando ali, sem fazer oração, dei comigo – como outras vezes – dizendo: “Inter medium montium pertransibunt aquae”. Creio que, nestes dias tenho tido outras vezes na minha boca essas palavras, porque sim, mas não lhes dei importância. Ontem disse-as com tanta força, que senti o desejo de as anotar: entendi-as”. Anos mais tarde, esclarecerá: “Eu recordo o consolo de uma alma que tinha de fazer algo que estava acima das forças do homem e ouviu dizer na intimidade do seu coração: Inter medium montium pertransibunt aquae); não te preocupes, as águas passarão através dos montes”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/12-12-5)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/12-12-5)
Poluição
As questões do ambiente estão na ordem do dia. Queixamo-nos da poluição e do ar contaminado e irrespirável em certos pontos da cidade, mas há outra contaminação tão ou mais perigosa: a do espírito.
O diagnóstico foi feito por Bento XVI, esta semana, no centro de Roma. O mal é todos os dias, repetido e divulgado pelos jornais, rádio e televisão, ao ponto de ficarmos intoxicados, de coração endurecido e pensamentos sombrios.
Os media tendem a fazer-nos sentir sempre espectadores, como se o mal só afectasse os outros, sem passar por nós.
A poluição do espírito, menos perceptível aos sentidos do que a outra poluição, torna os rostos mais tristes. Saudamo-nos sem olhar nos olhos, vemos tudo superficialmente. As cidades estão cheias de gente anónima, as pessoas tornam-se corpos sem alma, como se fossem coisas, objectos sem rosto.
Ora, se nos empenhamos tanto em reciclar o lixo, que tal reciclar também os nossos conceitos?
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
O diagnóstico foi feito por Bento XVI, esta semana, no centro de Roma. O mal é todos os dias, repetido e divulgado pelos jornais, rádio e televisão, ao ponto de ficarmos intoxicados, de coração endurecido e pensamentos sombrios.
Os media tendem a fazer-nos sentir sempre espectadores, como se o mal só afectasse os outros, sem passar por nós.
A poluição do espírito, menos perceptível aos sentidos do que a outra poluição, torna os rostos mais tristes. Saudamo-nos sem olhar nos olhos, vemos tudo superficialmente. As cidades estão cheias de gente anónima, as pessoas tornam-se corpos sem alma, como se fossem coisas, objectos sem rosto.
Ora, se nos empenhamos tanto em reciclar o lixo, que tal reciclar também os nossos conceitos?
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Primeiro encontro entre o Papa e o Presidente do Vietname: etapa significativa para o progresso das relações bilaterais
Na manhã de sexta-feira o Papa recebeu em audiência o presidente da república socialista do Vietname Nguyên Minh Triêt.
Sucessivamente o presidente encontrou-se com o cardeal Secretario de Estado Tarcisio Bertone acompanhado pelo Secretario para as Relações com os Estados o arcebispo Dominique Mamberti.
Era a primeira vez que um Presidente da Republica Socialista do Vietname encontrava sua Santidade e altos responsáveis da Secretaria de Estado.
A Santa Sé manifestou o seu comprazimento pela visita, significativa etapa para o progresso das relações bilaterais com o Vietname e auspiciou que as questões pendentes possam ser resolvidas o mais depressa possível.
Os colóquios cordiais permitiram tocar alguns temas relativos á cooperação entre Igreja e Estado, também á luz da mensagem que o Santo Padre enviou á Igreja do Vietname por ocasião da abertura do ano jubilar. Não faltou uma referencia á actual situação internacional, com particular referencia ao empenho do Vietname e da Santa Sé em campo multilateral
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Nossa Senhora de Guadalupe
Os registos sobre as quatro aparições de Nossa Senhora de Guadalupe relacionam-se com o México. Dez anos após a tomada da Cidade do México, a guerra chegou ao fim e começou a brotar a fé. Em 1531, no princípio do mês de Dezembro, um pobre índio, Juan Diego, antes do amanhecer, seguia o seu culto divino. Ao chegar ao topo da montanha Tepeyacac, o Sol nasceu e ele ouviu o canto dos pássaros. Mas de vez em quando as vozes cessavam e parecia que o monte lhes respondia. O som, muito suave, fez com que Juan Diego parasse e dissesse: «Porventura sou digno do que ouço? Será um sonho? Ou estarei a chegar ao paraíso terrestre de que os mais velhos nos falam? Ou, quem sabe, estarei no céu?...» Olhando para o Oriente, de onde vinha o canto celestial, ouviu uma voz que chamava pelo seu nome. Foi ver... Quando alcançou o topo da montanha viu uma Senhora, parada, que lhe disse para se aproximar. Mais de perto, maravilhou-se com a sua beleza. O seu vestido era radiante como o Sol, o penhasco onde estavam os seus pés brilhava e parecia uma pulseira de pedras preciosas. A terra cintilava como um arco-íris. As próprias ervas daninhas pareciam ali esmeraldas, pois a folhagem e os ramos brilhavam como ouro. Encantado, Diego inclinou-se diante da Senhora e ouviu a Sua palavra: «Juanito, o mais humilde dos meus filhos, onde vais?...» Ele respondeu: «Minha Senhora e Menina, tenho de chegar à Vossa igreja no México para seguir as coisas divinas.» Ao que a Senhora respondeu: «Desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente; então poderei mostrar todo o meu amor, compaixão, socorro e protecção, porque Eu sou vossa piedosa Mãe e de todos os habitantes desta terra e de todos os outros que me amam, invocam e confiam em mim. Ouço todos os vossos lamentos e remedeio todas as vossas misérias, aflições e dores. E para realizar o que a minha clemência pretende, vai ao palácio do Bispo do México e diz-lhe que manifesto o meu grande desejo: que aqui neste lugar seja construído um templo para mim. Vai, e coloca neste pedido todo o teu esforço.»
Juan Diego desceu e seguiu em direcção à Cidade do México. Entrado na cidade, foi directamente ao palácio do Bispo, um franciscano. Procurou vê-lo, pedindo ao criado que o anunciasse. Esperou muito tempo... Entrou, ajoelhou-se e contou ao Bispo a mensagem que recebera de Nossa Senhora, bem como tudo que havia visto, escutado e admirado. Porém, o Bispo, incrédulo, disse-lhe: «Volta depois, meu filho, e eu ouvir-te-ei com muito prazer. Examinarei tudo e pensarei bem no assunto.» Juan Diego saiu triste, porque a sua mensagem não fora ouvida. Mas voltou ainda no mesmo dia ao sítio onde falara com a Senhora. Ela esperava-o no mesmo lugar. Queixou-se então da atitude do Bispo: «Entendo pelo seu modo de falar que não acredita em mim. Por isso encarecidamente Vos peço, Senhora minha, que informeis alguém mais importante, bem conhecido, respeitado e estimado, para que acreditem. Porque eu não sou ninguém, sou uma simples folha na floresta.» A Virgem respondeu: «Deves entender que tenho vários servos e mensageiros, aos quais posso encarregar de levar a mensagem e executarem o meu desejo, mas eu quero que tu mesmo o faças. Tu vais em meu nome, e pede a construção do templo como Eu pedi!» No dia seguinte, antes do amanhecer, deixou a sua casa e foi de novo ver o Bispo. Ajoelhou-se diante dos seus pés e, chorando, expôs a ordem de Nossa Senhora. O Bispo fez várias perguntas, mas apesar da precisa descrição da imagem da Senhora, o Bispo insistia que seria preciso um «sinal». Desiludido, Juan voltou para junto da Virgem Santíssima, contando--lhe a resposta que trazia do Bispo. A Senhora disse-lhe: «Muito bem, levarás ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar em ti, e nunca mais duvidará deste pedido.» Quando Juan Diego ouviu estas palavras, ficou consolado. Prometeu que iria então levar o sinal ou prova, a fim de que acreditassem nele. A Senhora ordenou que subisse ao topo da montanha, e que levasse algumas flores. Colhendo-as rapidamente, entregou as diferentes rosas e a Senhora tocou-as com as suas mãos, dizendo: «Esta variedade de rosas é a prova e sinal que levarás ao Bispo. És meu embaixador, digno de confiança. Ordeno-te que apenas diante da presença do Bispo desenroles o manto e descubras o que vai dentro dele.» No palácio do Bispo, os criados tentaram ver o que Juan Diego carregava. Com cuidado, ele descobriu o manto e eles puderam ver algumas flores; ao verem que eram rosas fora de época, ficaram impressionados. Estenderam a mão para as rosas, mas, ao tentar mexer-lhes, elas pareciam pintadas ou estampadas no tecido. Ao relatarem esse facto ao Bispo, ele compreendeu finalmente que Juan Diego trazia consigo a prova desejada. Recebeu-o, e quando as rosas caíram ao chão apareceu a imagem de Nossa Senhora, tal como é vista ainda hoje no templo que foi construído em sua honra, chamado «Nossa Senhora de Guadalupe». Diz-se que a imagem peregrina de Nossa Senhora verteu lágrimas em 1994.
(Fonte: Orações de Sempre)
Juan Diego desceu e seguiu em direcção à Cidade do México. Entrado na cidade, foi directamente ao palácio do Bispo, um franciscano. Procurou vê-lo, pedindo ao criado que o anunciasse. Esperou muito tempo... Entrou, ajoelhou-se e contou ao Bispo a mensagem que recebera de Nossa Senhora, bem como tudo que havia visto, escutado e admirado. Porém, o Bispo, incrédulo, disse-lhe: «Volta depois, meu filho, e eu ouvir-te-ei com muito prazer. Examinarei tudo e pensarei bem no assunto.» Juan Diego saiu triste, porque a sua mensagem não fora ouvida. Mas voltou ainda no mesmo dia ao sítio onde falara com a Senhora. Ela esperava-o no mesmo lugar. Queixou-se então da atitude do Bispo: «Entendo pelo seu modo de falar que não acredita em mim. Por isso encarecidamente Vos peço, Senhora minha, que informeis alguém mais importante, bem conhecido, respeitado e estimado, para que acreditem. Porque eu não sou ninguém, sou uma simples folha na floresta.» A Virgem respondeu: «Deves entender que tenho vários servos e mensageiros, aos quais posso encarregar de levar a mensagem e executarem o meu desejo, mas eu quero que tu mesmo o faças. Tu vais em meu nome, e pede a construção do templo como Eu pedi!» No dia seguinte, antes do amanhecer, deixou a sua casa e foi de novo ver o Bispo. Ajoelhou-se diante dos seus pés e, chorando, expôs a ordem de Nossa Senhora. O Bispo fez várias perguntas, mas apesar da precisa descrição da imagem da Senhora, o Bispo insistia que seria preciso um «sinal». Desiludido, Juan voltou para junto da Virgem Santíssima, contando--lhe a resposta que trazia do Bispo. A Senhora disse-lhe: «Muito bem, levarás ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar em ti, e nunca mais duvidará deste pedido.» Quando Juan Diego ouviu estas palavras, ficou consolado. Prometeu que iria então levar o sinal ou prova, a fim de que acreditassem nele. A Senhora ordenou que subisse ao topo da montanha, e que levasse algumas flores. Colhendo-as rapidamente, entregou as diferentes rosas e a Senhora tocou-as com as suas mãos, dizendo: «Esta variedade de rosas é a prova e sinal que levarás ao Bispo. És meu embaixador, digno de confiança. Ordeno-te que apenas diante da presença do Bispo desenroles o manto e descubras o que vai dentro dele.» No palácio do Bispo, os criados tentaram ver o que Juan Diego carregava. Com cuidado, ele descobriu o manto e eles puderam ver algumas flores; ao verem que eram rosas fora de época, ficaram impressionados. Estenderam a mão para as rosas, mas, ao tentar mexer-lhes, elas pareciam pintadas ou estampadas no tecido. Ao relatarem esse facto ao Bispo, ele compreendeu finalmente que Juan Diego trazia consigo a prova desejada. Recebeu-o, e quando as rosas caíram ao chão apareceu a imagem de Nossa Senhora, tal como é vista ainda hoje no templo que foi construído em sua honra, chamado «Nossa Senhora de Guadalupe». Diz-se que a imagem peregrina de Nossa Senhora verteu lágrimas em 1994.
(Fonte: Orações de Sempre)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja
Catequese baptismal 3 (a partir da trad. Soleil Levant 1962, p. 71 rev.)
O novo Elias
Ponto final do Antigo Testamento, o baptismo é também o início do Novo. Com efeito, ele teve como promotor João e «entre os nascidos de mulher não apareceu ninguém maior do que ele» (Mt 11, 11). João termina a série de profetas, «porque todos os profetas e a Lei vaticinaram até João» (Mt 11, 13). E abre a era do Evangelho, como está escrito: «Princípio do Evangelho de Jesus Cristo [...]. João Baptista apareceu no deserto a pregar um baptismo» (Mc 1, 1.4).
Opô-lo-ias a Elias, o tisbita que foi levado para o céu? Mas ele não é superior a João. Enoc foi levado para o céu, mas não é superior a João. Moisés foi um grande legislador em Israel. Todos os profetas foram admiráveis, mas não eram superiores a João. Não se trata de comparar profetas com profetas; mas o seu Senhor, o nosso Senhor, o Senhor Jesus, declarou: «Entre os homens não apareceu ninguém maior do que João Baptista» (Mt 11, 11). A comparação foi estabelecida entre o grande servo e os seus companheiros, mas a superioridade e a graça do Filho face aos servos não tem comparação.
Vês então que homem Deus escolheu como primeiro beneficiário desta graça? Um pobre, um amigo do deserto, que não era por isso inimigo dos homens. Ao alimentar-se de gafanhotos, dava asas à sua alma. Comendo mel, pronunciava palavras mais doces e mais úteis que o mel. Vestindo um traje de pêlo de camelo, demonstrava na sua pessoa o exemplo do esforço. Foi desde o ventre de sua mãe santificado pelo Espírito Santo (Lc 1, 15). Jeremias foi santificado, mas não era profeta desde o ventre materno. Apenas João, na prisão do ventre de sua mãe, estremeceu de alegria (Lc 1, 44); ainda sem ver com os olhos de carne, sob a acção do Espírito, ele reconheceu o Senhor. A grandeza da graça do baptismo exigia um grande chefe de fila.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Catequese baptismal 3 (a partir da trad. Soleil Levant 1962, p. 71 rev.)
O novo Elias
Ponto final do Antigo Testamento, o baptismo é também o início do Novo. Com efeito, ele teve como promotor João e «entre os nascidos de mulher não apareceu ninguém maior do que ele» (Mt 11, 11). João termina a série de profetas, «porque todos os profetas e a Lei vaticinaram até João» (Mt 11, 13). E abre a era do Evangelho, como está escrito: «Princípio do Evangelho de Jesus Cristo [...]. João Baptista apareceu no deserto a pregar um baptismo» (Mc 1, 1.4).
Opô-lo-ias a Elias, o tisbita que foi levado para o céu? Mas ele não é superior a João. Enoc foi levado para o céu, mas não é superior a João. Moisés foi um grande legislador em Israel. Todos os profetas foram admiráveis, mas não eram superiores a João. Não se trata de comparar profetas com profetas; mas o seu Senhor, o nosso Senhor, o Senhor Jesus, declarou: «Entre os homens não apareceu ninguém maior do que João Baptista» (Mt 11, 11). A comparação foi estabelecida entre o grande servo e os seus companheiros, mas a superioridade e a graça do Filho face aos servos não tem comparação.
Vês então que homem Deus escolheu como primeiro beneficiário desta graça? Um pobre, um amigo do deserto, que não era por isso inimigo dos homens. Ao alimentar-se de gafanhotos, dava asas à sua alma. Comendo mel, pronunciava palavras mais doces e mais úteis que o mel. Vestindo um traje de pêlo de camelo, demonstrava na sua pessoa o exemplo do esforço. Foi desde o ventre de sua mãe santificado pelo Espírito Santo (Lc 1, 15). Jeremias foi santificado, mas não era profeta desde o ventre materno. Apenas João, na prisão do ventre de sua mãe, estremeceu de alegria (Lc 1, 44); ainda sem ver com os olhos de carne, sob a acção do Espírito, ele reconheceu o Senhor. A grandeza da graça do baptismo exigia um grande chefe de fila.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 12 de Dezembro de 2009
São Mateus 17,10-13
Os discípulos fizeram a Jesus esta pergunta: «Então, porque é que os doutores da Lei dizem que Elias há-de vir primeiro?»
Ele respondeu: «Sim, Elias há-de vir e restabelecerá todas as coisas.
Eu, porém, digo vos: Elias já veio, e não o reconheceram; trataram-no como quiseram. Também assim hão de fazer sofrer o Filho do Homem.»
Então, os discípulos compreenderam que se referia a João Baptista.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Os discípulos fizeram a Jesus esta pergunta: «Então, porque é que os doutores da Lei dizem que Elias há-de vir primeiro?»
Ele respondeu: «Sim, Elias há-de vir e restabelecerá todas as coisas.
Eu, porém, digo vos: Elias já veio, e não o reconheceram; trataram-no como quiseram. Também assim hão de fazer sofrer o Filho do Homem.»
Então, os discípulos compreenderam que se referia a João Baptista.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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