São Simeão O Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
Hino 37 (a partir da trad. SC 174, p. 459 rev)
«E os olhos abriram-se-lhes»
Mestre, ó Cristo, Mestre que salvas as almas,
Deus, Mestre de todas as Forças visíveis e invisíveis,
Criador de tudo o que há no céu,
do que existe acima do céu,
do que há sob a terra,
mas também do que há sobre terra. [...]
Tens tudo na Tua mão,
porque é a Tua mão, ó Mestre, a grande força
que realiza a vontade de Teu Pai,
que forja, realiza, cria
e dirige as nossas vidas de maneira inexprimível.
A Tua mão também me criou
e do nada deu-me vida.
E eu, nascido neste mundo
ignorava-Te totalmente, a Ti bom Mestre,
a Ti meu criador, a Ti que me deste forma,
e estava no mundo como um cego
sem ter Deus, pois ignorava o meu Deus.
Então Tu mesmo tiveste piedade, olhaste-me,
converteste-me, fazendo brilhar a Tua luz na minha obscuridade,
e atraíste-me a Ti, ó Criador.
E, após teres-me arrancado do fundo do fosso [...]
dos desejos e dos prazeres desta vida,
mostraste-me o caminho, deste-me um guia,
para me conduzir segundo os Teus mandamentos.
Segui-o, segui-o sem preocupações. [...]
Mas quando Te vi a Ti, Bom Mestre,
com o meu Guia e com o meu Pai,
experimentei um amor e um desejo indizíveis
e, ultrapassada a fé e a esperança,
disse: Eis que vejo a sombra dos bens futuros (cf. Heb 10, 1),
Eis o reino dos céus,
que vejo diante dos meus olhos, esses bens que os olhos não viram,
e os ouvidos não ouviram» (Is 64, 4; 1Cor 2, 9).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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