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segunda-feira, 11 de maio de 2015
“Servir, meus filhos, é o que é próprio de nós.”
No meio do júbilo da festa, em Caná, só Maria nota a falta de vinho... Até aos mais pequenos pormenores de serviço chega a alma quando vive, como Ela, apaixonadamente atenta ao próximo, por Deus. (Sulco, 631)
Servir, servir, filhos meus, é o que é próprio de nós. Sermos criados de todos, para que nos nossos dias o povo fiel aumente em mérito e número.
Olhai para Maria. Nunca criatura alguma se entregou com mais humildade aos desígnios de Deus. A humildade da ancilla Domini, da escrava do Senhor, é a razão que nos leva a invocá-la como causa nostrae laetitiae, causa da nossa alegria. Eva, depois de pecar por querer, na sua loucura, igualar-se a Deus, escondia-se do Senhor e envergonhava-se: estava triste. Maria, ao confessar-se escrava do Senhor, é feita Mãe do Verbo divino e enche-se de alegria. Que este seu júbilo de boa Mãe se nos pegue a todos nós; que saiamos nisto a Ela – a Santa Maria – e assim nos pareceremos mais com Cristo. (Amigos de Deus, 108–109)
São Josemaría Escrivá
Detalhes de afeto
Como tantos homens e mulheres cristãos, D. Álvaro foi aperfeiçoando, ao longo da sua existência, os detalhes de afeto a Nossa Senhora que aprendeu do nosso Padre: meter na carteira ou no bolso uma pagela da Virgem Maria, saudá-la ao entrar e sair do nosso quarto e ao passar por lugares onde descobrimos as suas imagens, rezar com pausa e atenção as 3 Avé-Marias antes do descanso da noite… Por ocasião das bodas de ouro da fundação do Opus Dei, declarou 1978 como ano mariano na Obra, tempo que depois se estendeu a 1979 e a 1980, como preparação e agradecimento pelos cinquenta anos do início do apostolado com as mulheres. «Não faremos nada estranho nem clamoroso, explicou então, vamos simplesmente, como bons filhos, meter mais a Virgem Mãe em tudo e para tudo» [9].
Durante aquele tempo mariano, em muitas visitas a imagens de Nossa Senhora, em Roma e fora de Roma, rezava o Terço pedindo à nossa Mãe pela Igreja e pelo Papa, pela Obra, por todas as almas. O recorrer contínuo a Nossa Senhora era uma lição de fé na intercessão de Maria. Posso confirmar, porque fui testemunha ocular, que a maneira de atuar deste servo bom e fiel, enamorado de Jesus Cristo e da Sua Mãe, ajudava a dirigir-nos a Maria com grande confiança.
O amor é criativo, procura formas de ter a pessoa amada presente. Assim fazia D. Álvaro na sua intimidade mariana, de acordo com tantas sugestões do Fundador do Opus Dei. À hora de trabalhar, ensinava S. Josemaria, empregai alguns recursos humanos, sinais que vos sirvam de despertadores da presença de Deus. Eu faço isso e resulta [10]. Aconselhava-nos a trazer no bolso um pequeno crucifixo para o beijar nalguns momentos do dia, a pôr sobre a mesa de trabalho uma imagem do Senhor ou da Virgem Maria. De vez em quando olho para ele, dizia, lembro-me do Senhor e ofereço-Lhe tudo. É como se tivesse um retrato do meu pai ou da minha mãe ao alcance dos olhos. Mais, muito mais: porque é meu Pai, meu Deus, meu Amigo e o Amor dos meus amores [11].
Até ao fim do seu caminhar terreno, D. Álvaro serviu-se desses recursos humanos: lembretes para progredir nas suas manifestações de amor à Virgem Maria. Por exemplo, nos anos marianos a que acabo de aludir, colocava cada dia uma pagela diferente da Mãe de Deus no escritório onde trabalhava, para a olhar com afeto e lhe dizer mais jaculatórias.
Naqueles anos marianos, muitos fiéis da Obra incorporaram nas suas vidas o que o nosso Padre sugeria, e que D. Álvaro vivia com sólida vida interior: senha e contra-senha mariana: umas breves palavras, em modo de oração, para manter a presença de Deus durante o dia, com o auxílio da Virgem Maria.
Naqueles anos marianos, muitos fiéis da Obra incorporaram nas suas vidas o que o nosso Padre sugeria, e que D. Álvaro vivia com sólida vida interior: senha e contra-senha mariana: umas breves palavras, em modo de oração, para manter a presença de Deus durante o dia, com o auxílio da Virgem Maria.
[9]. D. Álvaro, Carta, 9-I-1978, n. 20.
[10]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 30-III-1974.
[11]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 30-III-1974.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje...
Peçamos ao Senhor que nos derrame o Divino Espírito Santo sobre nós à semelhança do que fez com os doze apóstolos e como nos narra o Evangelho de hoje (Jo 15, 26-27.16, 1-4) para que cheios Dele possamos estar sempre disponíveis para a Verdade.
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor!
«Concedei-nos que na profissão da verdadeira fé reconheçamos a glória da eterna Trindade»
São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia na Capadócia, doutor da Igreja
Homilia sobre a fé, 1-3
A alma que ama a Deus nunca está saciada, embora falar de Deus seja tanto mais audacioso quanto o nosso espírito se encontra muito longe de tão alta tarefa; [...] e, quanto mais avançamos no conhecimento de Deus, tanto mais sentimos a sua impotência. Assim foi com Abraão, assim com Moisés, que, quando puderam ver a Deus, pelo menos do modo como tal visão é concedida aos homens, tanto um como o outro se faziam o mais pequeno de todos: Abraão considerava-se «cinza e pó» (Gn 18,27) e Moisés dizia de si próprio que tinha «a boca e a língua pesadas» (Ex 4,10), comprovando a fraqueza das suas palavras em traduzir a imensidão d'Aquele que a sua alma experimentava, já que não falamos de Deus tal como Ele é, mas como somos capazes de O alcançar.
Quanto a ti, se quiseres dizer ou escutar seja o que for de Deus, abandona a tua corporalidade, repudia os teus sentidos [...], eleva a tua alma acima de tudo o que foi criado e contempla a natureza divina: encontrá-la-ás imutável, indivisa, a luz inacessível, a glória resplandecente, a bondade almejada, a beleza inigualável que fere a alma sem que ela possa explicá-La.
Assim encontrarás o Pai, o Filho e o Espírito Santo. [...] O Pai como princípio de tudo, causa do ser de tudo quanto existe e raiz de todos os seres vivos; d'Ele corre a Fonte da vida, a Sabedoria e o Poder (1Cor 1,24), a Imagem perfeita e fiel do Deus invisível (Heb 1,3): o Filho gerado do Pai, o Verbo eterno que é Deus e voltado para Deus (Jo 1,1). Por este nome de Filho temos a certeza de que Ele partilha a mesma natureza, uma vez que não foi criado por uma ordem, mas brilha sem cessar a partir da Sua substância, unido ao Pai desde toda a eternidade, igual a Ele em bondade, igual em poder, compartilhando da Sua glória. [...] E quando a nossa inteligência for purificada das paixões terrenas e puser de lado toda e qualquer criatura sensível, qual peixe que emerge das profundezas até à superfície entregue à pureza da sua criação, então contemplará o Espírito Santo onde estão o Filho e o Pai. Este Espírito, sendo da mesma essência segundo a Sua natureza, possui também todos os bens: a bondade, a rectidão, a santidade e a vida. [...] E, tal como queimar é próprio do fogo e alumiar da luz, também do Espírito Santo são próprias a bondade e a rectidão, e não Lhe pode ser tirada a capacidade de santificar ou fazer viver.
O Evangelho do dia 11 de maio de 2015
Quando, porém, vier o Paráclito, que Eu vos enviarei do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. «Eu disse-vos estas coisas para que não vos escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas. Virá tempo em que todo aquele que vos matar julgará prestar culto a Deus. Procederão deste modo porque não conheceram nem ao Pai nem a Mim. Ora Eu disse-vos estas coisas para que, quando chegar esse tempo, vos lembreis de que vo-las disse. Não vos disse isto, porém, desde o princípio, porque estava convosco.
Jo 15,26-27.16,1-4
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