Que pouco Amor de Deus tens quando cedes sem luta porque não é pecado grave!
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 328)
Como hás-de sair tu desse estado de tibieza, de lamentável languidez, se não empregas os meios? Lutas muito pouco e, quando te esforças, faze-lo como que zangado e com falta de gosto, quase com o desejo de que os teus fracos esforços não produzam efeito, para te justificares: para não te exigires e para que não te exijam mais.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 146)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Bento XVI salienta o exemplo de caridade de São Vicente de Paulo
Na sua despedida às autoridades civis e religiosas de Castelgandolfo antes de voltar para Roma, o Papa Bento XVI propôs o exemplo de caridade e amor concretos de São Vicente de Paulo, quem mostra além como ser uma verdadeira luz para outros, especialmente para os mais pobres no corpo e o espírito.
O Papa saudou o Bispo de Albano, D. Marcello Semeraro, e os sacerdotes e religiosos que o acompanhavam, e expressou sua gratidão ao prefeito de Castelgandolfo e à administração dessa localidade. Deste modo deu as graças aos diversos serviços da Administração do Vaticano, ao Corpo de Delegacia e à Guarda Suíça, para finalizar com as Forças de Ordem Pública e a Aeronáutica Militar Italiana.
Seguidamente Bento XVI disse que "ao me despedir de vocês queria falar-lhes de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica celebramos hoje. Este apóstolo da caridade, tão querido pelo povo cristão e conhecido sobre tudo pela ordem de religiosas que fundou, foi proclamado pelo Papa Leão XIII ‘Padroeiro universal de todas as obras de caridade no mundo’".
O Papa recordou que São Vicente, "com sua incessante acção apostólica, fez que o Evangelho fosse cada vez mais um farol luminoso de esperança e amor para as pessoas de sua época e, em especial, para os mais pobres no corpo e no espírito".
Finalmente fez votos para que "seu exemplo virtuoso e sua intercessão suscitem em suas comunidades e em cada um de vós um compromisso redobrado de solidariedade, para que o esforço de todos contribua ao bem comum".
(Fonte: ‘ACI Digital’)
O Papa saudou o Bispo de Albano, D. Marcello Semeraro, e os sacerdotes e religiosos que o acompanhavam, e expressou sua gratidão ao prefeito de Castelgandolfo e à administração dessa localidade. Deste modo deu as graças aos diversos serviços da Administração do Vaticano, ao Corpo de Delegacia e à Guarda Suíça, para finalizar com as Forças de Ordem Pública e a Aeronáutica Militar Italiana.
Seguidamente Bento XVI disse que "ao me despedir de vocês queria falar-lhes de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica celebramos hoje. Este apóstolo da caridade, tão querido pelo povo cristão e conhecido sobre tudo pela ordem de religiosas que fundou, foi proclamado pelo Papa Leão XIII ‘Padroeiro universal de todas as obras de caridade no mundo’".
O Papa recordou que São Vicente, "com sua incessante acção apostólica, fez que o Evangelho fosse cada vez mais um farol luminoso de esperança e amor para as pessoas de sua época e, em especial, para os mais pobres no corpo e no espírito".
Finalmente fez votos para que "seu exemplo virtuoso e sua intercessão suscitem em suas comunidades e em cada um de vós um compromisso redobrado de solidariedade, para que o esforço de todos contribua ao bem comum".
(Fonte: ‘ACI Digital’)
A sombra da injustiça
Portugal costuma ser um país pacato sem grandes conflitos e iniquidades. Mas na novela da vida nacional existe um tema em crescente recorrência: a justiça. Esta magna virtude, normalmente pacífica, interpela-nos cada vez mais a vários níveis e formas diversas.
A primeira interpelação é institucional. A decadência do sector da Justiça é hoje incontornável e central na crise social. Começou com a lenta perda de confiança popular no sistema. Preferindo a forma ao conteúdo, respeitando mais os procedimentos que a justiça, os tribunais ficaram tão morosos que a população desistiu deles. Não vale a pena recorrer à Justiça. Mas como viver em sociedade sem esse serviço básico? Se tal não bastasse, sucessivos processos mediáticos vêm cobrindo de ridículo o sector, com suspeitas, prescrições, intrigas, polémicas. É espantoso como uma instituição composta por pessoas inteligentes, mesmo superiormente inteligentes, comete autodestruição pública de forma tão sistemática.
Pior é a manifestação social da injustiça. Portugal sempre teve tendência para o corporativismo, instalação de interesses, captura dos poderes públicos. Basta um período mais longo de estabilidade e segurança para se sentirem forças poderosas distorcendo as regras. Este surto mais recente tem sido particularmente virulento. Há décadas que os ministérios estão dominados pelos grupos que deviam regular. Isto criou a situação perversa do aparelho de Estado, criado para o bem comum, constituir hoje um dos grandes geradores de desigualdade em Portugal.
Começa logo pelo sistema fiscal, enorme máquina iníqua que carrega mais sobre trabalhadores e pobres. À medida que o peso tributário incha, a disparidade agrava-se, atingindo já níveis preocupantes. Mas a própria política de justiça social é geradora de injustiça. Este resultado paradoxal vem de o Estado moderno assegurar um conjunto vasto, profundo e diversificado de direitos, garantias, regalias e serviços. Se isto é feito, com eficácia e dedicação, mas apenas numa parte, mesmo maioritária, da população, são os próprios mecanismos sociais que criam exclusão, desigualdade, injustiça.
Esta é a razão porque, por exemplo, os partidos de esquerda, que continuam a insistir nesses direitos de papel, acabam servindo o contrário do que afirmam. Enchem a boca com ideais de justiça social e apoio aos desfavorecidos, mas de facto defendem a classe média. As suas propostas dirigem-se não aos verdadeiros pobres, imigrantes, precários, excluídos, mas a sindicatos, funcionários, professores, médicos, etc., que são os seus reais eleitores.
Pior de tudo é a acção governamental, que depende directamente dos votos das corporações instaladas. Dominando a cobertura mediática e influência política, essas forças garantem direitos intocáveis. Para sobreviver nas sondagens e nas eleições, os ministros sabem que não podem confrontar os sectores e grupos profissionais que, mesmo favorecidos, são os primeiros a protestar à menor inconveniência. Não admira que os cortes caiam sempre sobre os silenciosos. O povo paga e cala.
Tudo isto sobreviveria disfarçado com crescimento económico. Mas no meio da recessão e emergência financeira, a injustiça explode em pleno dia. Os últimos meses manifestaram uma desigualdade social que Portugal há muito não sofria. Basta notar que no ano passado, em que o produto nacional caiu 2,7% e o desemprego subiu acima dos 10%, os salários reais aumentaram uns incríveis 5,2%, segundo o relatório do Banco de Portugal (quadro A.6.2., p. 214). Esta subida, a maior desde 1980, explica-se pelo ano eleitoral combinado com deflação. Além de brutal perda de competitividade, isto mostra como a crise foi excelente para os que mantiveram empregos seguros, enquanto desabava sobre desempregados, falidos, precários, mas também empresários e investidores.
Portugal costuma ser um país pacato, mas agora as injustiças estão a crescer. Como em épocas antigas, isso ameaça conflitos sérios que deixarão cicatrizes profundas. A justiça é cega mas tem a espada na mão.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
A primeira interpelação é institucional. A decadência do sector da Justiça é hoje incontornável e central na crise social. Começou com a lenta perda de confiança popular no sistema. Preferindo a forma ao conteúdo, respeitando mais os procedimentos que a justiça, os tribunais ficaram tão morosos que a população desistiu deles. Não vale a pena recorrer à Justiça. Mas como viver em sociedade sem esse serviço básico? Se tal não bastasse, sucessivos processos mediáticos vêm cobrindo de ridículo o sector, com suspeitas, prescrições, intrigas, polémicas. É espantoso como uma instituição composta por pessoas inteligentes, mesmo superiormente inteligentes, comete autodestruição pública de forma tão sistemática.
Pior é a manifestação social da injustiça. Portugal sempre teve tendência para o corporativismo, instalação de interesses, captura dos poderes públicos. Basta um período mais longo de estabilidade e segurança para se sentirem forças poderosas distorcendo as regras. Este surto mais recente tem sido particularmente virulento. Há décadas que os ministérios estão dominados pelos grupos que deviam regular. Isto criou a situação perversa do aparelho de Estado, criado para o bem comum, constituir hoje um dos grandes geradores de desigualdade em Portugal.
Começa logo pelo sistema fiscal, enorme máquina iníqua que carrega mais sobre trabalhadores e pobres. À medida que o peso tributário incha, a disparidade agrava-se, atingindo já níveis preocupantes. Mas a própria política de justiça social é geradora de injustiça. Este resultado paradoxal vem de o Estado moderno assegurar um conjunto vasto, profundo e diversificado de direitos, garantias, regalias e serviços. Se isto é feito, com eficácia e dedicação, mas apenas numa parte, mesmo maioritária, da população, são os próprios mecanismos sociais que criam exclusão, desigualdade, injustiça.
Esta é a razão porque, por exemplo, os partidos de esquerda, que continuam a insistir nesses direitos de papel, acabam servindo o contrário do que afirmam. Enchem a boca com ideais de justiça social e apoio aos desfavorecidos, mas de facto defendem a classe média. As suas propostas dirigem-se não aos verdadeiros pobres, imigrantes, precários, excluídos, mas a sindicatos, funcionários, professores, médicos, etc., que são os seus reais eleitores.
Pior de tudo é a acção governamental, que depende directamente dos votos das corporações instaladas. Dominando a cobertura mediática e influência política, essas forças garantem direitos intocáveis. Para sobreviver nas sondagens e nas eleições, os ministros sabem que não podem confrontar os sectores e grupos profissionais que, mesmo favorecidos, são os primeiros a protestar à menor inconveniência. Não admira que os cortes caiam sempre sobre os silenciosos. O povo paga e cala.
Tudo isto sobreviveria disfarçado com crescimento económico. Mas no meio da recessão e emergência financeira, a injustiça explode em pleno dia. Os últimos meses manifestaram uma desigualdade social que Portugal há muito não sofria. Basta notar que no ano passado, em que o produto nacional caiu 2,7% e o desemprego subiu acima dos 10%, os salários reais aumentaram uns incríveis 5,2%, segundo o relatório do Banco de Portugal (quadro A.6.2., p. 214). Esta subida, a maior desde 1980, explica-se pelo ano eleitoral combinado com deflação. Além de brutal perda de competitividade, isto mostra como a crise foi excelente para os que mantiveram empregos seguros, enquanto desabava sobre desempregados, falidos, precários, mas também empresários e investidores.
Portugal costuma ser um país pacato, mas agora as injustiças estão a crescer. Como em épocas antigas, isso ameaça conflitos sérios que deixarão cicatrizes profundas. A justiça é cega mas tem a espada na mão.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1931
Em Madrid, realiza o seu trabalho pastoral entre os doentes dos bairros da periferia. Na foto uma nota com um encargo que para este dia lhe pedem as Damas do Patronato dos Doentes. “Foram muitas horas gastas naquele trabalho, mas tenho pena de que não tenham sido mais. E nos hospitais, e nas casas onde havia doentes, se se pode chamar casas àqueles tugúrios… Era gente desamparada e doente; alguns com uma doença que então era incurável, a tuberculose”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Um novo combatente em prol da Grã-Bretanha
Na visita que fez a Inglaterra e à Escócia, o Papa deu algumas lições importantes.
Contrariando o clima desolador e os ainda mais desoladores protestos de alguns, a visita de Estado que Bento XVI acaba de fazer a Inglaterra e à Escócia foi um enorme sucesso. Embora apenas 5 dos 60 milhões de britânicos sejam católicos, o entusiasmo das multidões deixou os media completamente siderados.
Os tablóides de Londres publicaram entrevistas a adolescentes fascinados, com títulos como «Caído do céu». Uma jovem declarou ao News of the World: «O catolicismo inglês estava a precisar de um empurrão e esta é a nossa grande oportunidade de lhe dar um pontapé para a frente. Há muito tempo que eu não me sentia assim. O Papa devia vir cá mais vezes.»
O Papa terá indubitavelmente apreciado o carinho das multidões, mas Sua Santidade não levou consigo um medidor de aplausos, levou uma mensagem. E o primeiro-ministro britânico, David Cameron, percebeu que assim era porque, no discurso de despedida, agradeceu ao Papa o facto de ter colocado uma série
de questões importantes: «Vossa Santidade obrigou este país a acordar e a reflectir, e isso foi uma coisa excelente.»
A reflectir sobre quê?
Houve cinco temas que me impressionaram nos subtis e discretos discursos de Bento XVI.
Não se esqueçam de 1066 e de tudo o que se passou.
Até na Grã-Bretanha é fácil uma pessoa esquecer-se das ligações com o passado. Voldemort Dawkins e seus apaniguados parecem ignorar tudo o que devem a gerações de campanhas anti-papistas. O guarda-roupa é diferente, mas o guião é o mesmo.
Por seu turno, Bento XVI tem um talento especial para enquadrar historicamente as suas mensagens. Em Westminster Hall, o Papa declarou: «Os anjos que nos contemplam do alto do magnífico tecto desta veneranda sala recordam-nos a longa tradição que deu origem à democracia parlamentar britânica. Recordam-nos que Deus nos observa constantemente, para nos guiar e nos proteger. E convocam-nos a reconhecermos o contributo vital que as crenças religiosas deram e continuam a dar à vida desta nação.»
O Pontífice recordou aos seus anfitriões, uma vez e outra, que não se pode compreender a Grã-Bretanha sem a fé, a ponto de a primeira história desta nação ter sido escrita por um monge saxónico, Beda, o Venerável. «Há mais de mil anos que a mensagem cristã é parte integrante da língua, do pensamento e da cultura dos povos destas ilhas. O respeito que os vossos antepassados tinham pela verdade e pela justiça, pela misericórdia e pela caridade, foi-vos transmitido com uma fé que continua a ser uma potente força para o bem no vosso reino, para grande benefício, tanto de cristãos, como de não cristãos.»
Em suma, os valores democráticos da liberdade, da igualdade e da solidariedade têm raízes cristãs. O maior triunfo da democracia britânica no século XIX, a abolição do tráfico de escravos, ficou a dever-se ao trabalho de reformadores como William Wilberforce e David Livingstone, ambos cristãos convictos.
Em seguida, numa referência à atormentada história da sua pátria, Bento XVI recordou aos seus ouvintes que, tal como os esclavagistas, também os regimes ateus se recusaram a conceder aos judeus e aos membros dos outros povos submetidos a dignidade de seres humanos. «E enquanto reflectimos nas lições que nos ficaram dos extremismos ateus do século XX, e se essas lições dão que pensar, não esqueçamos nunca que a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública acaba sempre por conduzir a uma visão truncada do homem e da sociedade, e portanto a uma visão redutora da pessoa e do seu destino.»
O que será o futuro se o secularismo apagar a religião da vida pública?
A razão e a fé são compatíveis.
Bento XVI podia muito bem ter evitado as enormes tensões que rodeavam esta visita: hoje em dia, as beatificações são geralmente proclamadas pelos bispos locais. Mas a vida e a obra do Cardeal Newman deram-lhe a oportunidade de levar o combate contra o secularismo agressivo para o território do inimigo. Sem nunca mencionar Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado [N.d.R.: He-Who-Must-Not-Be-Named, no Youtube, referente ao protesto de Ricahard Dawkins], o Papa esmagou a tese do mediático contestatário, segundo a qual «Não é possível passar logicamente do ateísmo para a perversidade».
Basta ter um conhecimento muito elementar da história do século XX para se demonstrar que esta asserção é completamente idiota. Mas Bento XVI contra-argumentou de forma mais eloquente:
«Mas, sem o correctivo proporcionado pela religião, a razão [...] pode tornar-se presa de distorções, como quando é manipulada pela ideologia ou aplicada de modo parcial, de um modo que não tem em conta a dignidade da pessoa humana. Foi este género de uso indevido da razão que esteve na base do tráfico de escravos e de tantos outros males sociais, entre os quais se contam as ideologias totalitárias do século XX. É por isso que afirmo que o mundo da razão e o mundo da fé - o mundo da racionalidade secular e o mundo das convicções religiosas - precisam um do outro e não devem recear envolver-se em profundo e permanente diálogo, para bem da nossa civilização.
Os jovens precisam de ideais que os elevem.
Os últimos 40 anos cobriram o idealismo e a generosidade da juventude com um pesado manto de álcool e sexo. Polly Toynbee, um dos principais membros da Comissão de Más-Vindas ao Papa e comissária do comentariado secularista britânico, exemplificou este facto num artigo recente, em que escrevia que a repressão «do sexo está no coração - e é um coração envenenado - de todos os males de praticamente todas as grandes religiões». Em suma, aquilo de que os jovens precisam é de mais sexo sem consequências.
Por seu turno, o Papa propôs aos jovens britânicos o exigente desafio de substituírem a civilização da satisfação pessoal por uma civilização do amor. «Todos os dias vos são apresentadas muitas tentações - as drogas, o dinheiro, o sexo, a pornografia, o álcool -, que o mundo vos garante que vos proporcionarão felicidade, quando a verdade é que se trata de coisas destrutivas e que causam dissensões. Há uma só coisa duradoura: o amor que Jesus Cristo tem pessoalmente por cada um de vós.»
O Papa tem uma visão da vida que - tal como a de John Henry Newman - exige um compromisso com a dignidade, a amizade, o saber e a verdade, em detrimento da busca da «existência cintilante mas superficial que é frequentemente proposta pela sociedade dos nossos tempos». Os artigos desagradáveis e impertinentes publicados nos media antes da visita constituem um lamentável contraste com o convite do Papa: apontem para o alto!
A religião tem o seu lugar na praça pública.
Não há país do mundo ocidental em que a religião esteja mais na retranca do que está na Grã-Bretanha. Mas, como salientou o primeiro-ministro, o cristianismo é um desafio: «Vossa Santidade deixou uma mensagem que não foi apenas para a Igreja Católica, foi para todos nós, para os que têm fé e para os que não têm. E o desafio consiste em metermos a mão na consciência e perguntarmos, não tanto que direitos tenho, mas que responsabilidades são as minhas; perguntarmos, não tanto o que podemos fazer por nós, mas o que podemos fazer pelos outros.»
A fé tem um papel a desempenhar na vida pública, salientou o Sumo Pontífice. A política não tem a ver só com a eficácia administrativa e o equilíbrio de interesses; tem a ver com a ética: «A política nasceu essencialmente para ser um garante da justiça e, com a justiça, da liberdade. Ora, a justiça é um valor moral, um valor religioso, pelo que a fé, a proclamação do evangelho, tem em comum com a política a questão da justiça, daqui resultando interesses comuns.»
O século XX mostrou-nos que os governos estão constantemente sujeitos à tentação da tirania. É a fé que protege os cidadãos de serem engolidos pelo Leviatã:
«Cada geração que procura fazer progredir o bem comum tem de perguntar de novo: quais são as exigências que os governos podem razoavelmente impor aos cidadãos e até que ponto chegam essas exigências? A que autoridade se pode recorrer para a resolução dos dilemas morais? São questões que nos conduzem directamente aos fundamentos éticos do discurso cívico. Se os princípios morais que sustentam o processo democrático são determinados apenas pelo consenso social, que é tudo menos sólido, a fragilidade do processo torna-se manifesta - e é aqui que reside o grande desafio para a democracia.»
O fundamento da tolerância não é o relativismo, mas o respeito.
Os críticos do Papa acusam-no de ser surdo ao diálogo, mas este fim-de-semana foram eles que não se mostraram disponíveis para dialogar. Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado declarou a um grupo de apoiantes seus que o Papa era um «velhote lúbrico e fraudulento», «inimigo da humanidade, das crianças, dos homossexuais, das mulheres, das pessoas mais pobres do planeta, da ciência e da educação». Mas o papa do ateísmo britânico não será mesmo capaz de ter uma atitude de civismo e tolerância?
Em contraste, Bento XVI não esteve com rodeios, mas não ofendeu ninguém. Em Westminster Hall, recordou às personalidades gradas da sociedade britânica que Thomas More tinha sido martirizado por ter sido leal a Roma. Em Lambeth Palace, a residência do primaz anglicano, fez uma referência velada à ordenação de homossexuais e de mulheres e à conversão de Newman, que fora membro da Igreja Anglicana. Em Westminster Abbey, apresentou-se como sucessor de Pedro. No encontro com dirigentes muçulmanos, aludiu à ausência de liberdade religiosa nos países de maioria muçulmana. Em todas estas ocasiões, exprimiu-se com grande cortesia e respeito, sem insolência nem ironia, procurando sempre uma base comum para a promoção da dignidade humana e da liberdade religiosa.
Mais com obras do que com palavras, Bento XVI deu uma memorável lição de tolerância, que não consiste, nem em ignorar as diferenças, nem em minimizá-las como elas se não tivessem importância. O Papa mostrou que é possível ser tolerante sem ser relativista. Será por ter a certeza de que a razão acabará por triunfar que tem a coragem de dialogar?
Recomendo ao leitor que leia os discursos do Papa. Não foi em vão que MercatorNet nomeou Joseph Ratzinger um dos grandes campeões da dignidade humana.
Michael Cook*
________________________________________
*Editor de MercatorNet.
Artigo no original em www.mercatornet.com
(Fonte: Aceprensa)
Contrariando o clima desolador e os ainda mais desoladores protestos de alguns, a visita de Estado que Bento XVI acaba de fazer a Inglaterra e à Escócia foi um enorme sucesso. Embora apenas 5 dos 60 milhões de britânicos sejam católicos, o entusiasmo das multidões deixou os media completamente siderados.
Os tablóides de Londres publicaram entrevistas a adolescentes fascinados, com títulos como «Caído do céu». Uma jovem declarou ao News of the World: «O catolicismo inglês estava a precisar de um empurrão e esta é a nossa grande oportunidade de lhe dar um pontapé para a frente. Há muito tempo que eu não me sentia assim. O Papa devia vir cá mais vezes.»
O Papa terá indubitavelmente apreciado o carinho das multidões, mas Sua Santidade não levou consigo um medidor de aplausos, levou uma mensagem. E o primeiro-ministro britânico, David Cameron, percebeu que assim era porque, no discurso de despedida, agradeceu ao Papa o facto de ter colocado uma série
de questões importantes: «Vossa Santidade obrigou este país a acordar e a reflectir, e isso foi uma coisa excelente.»
A reflectir sobre quê?
Houve cinco temas que me impressionaram nos subtis e discretos discursos de Bento XVI.
Não se esqueçam de 1066 e de tudo o que se passou.
Até na Grã-Bretanha é fácil uma pessoa esquecer-se das ligações com o passado. Voldemort Dawkins e seus apaniguados parecem ignorar tudo o que devem a gerações de campanhas anti-papistas. O guarda-roupa é diferente, mas o guião é o mesmo.
Por seu turno, Bento XVI tem um talento especial para enquadrar historicamente as suas mensagens. Em Westminster Hall, o Papa declarou: «Os anjos que nos contemplam do alto do magnífico tecto desta veneranda sala recordam-nos a longa tradição que deu origem à democracia parlamentar britânica. Recordam-nos que Deus nos observa constantemente, para nos guiar e nos proteger. E convocam-nos a reconhecermos o contributo vital que as crenças religiosas deram e continuam a dar à vida desta nação.»
O Pontífice recordou aos seus anfitriões, uma vez e outra, que não se pode compreender a Grã-Bretanha sem a fé, a ponto de a primeira história desta nação ter sido escrita por um monge saxónico, Beda, o Venerável. «Há mais de mil anos que a mensagem cristã é parte integrante da língua, do pensamento e da cultura dos povos destas ilhas. O respeito que os vossos antepassados tinham pela verdade e pela justiça, pela misericórdia e pela caridade, foi-vos transmitido com uma fé que continua a ser uma potente força para o bem no vosso reino, para grande benefício, tanto de cristãos, como de não cristãos.»
Em suma, os valores democráticos da liberdade, da igualdade e da solidariedade têm raízes cristãs. O maior triunfo da democracia britânica no século XIX, a abolição do tráfico de escravos, ficou a dever-se ao trabalho de reformadores como William Wilberforce e David Livingstone, ambos cristãos convictos.
Em seguida, numa referência à atormentada história da sua pátria, Bento XVI recordou aos seus ouvintes que, tal como os esclavagistas, também os regimes ateus se recusaram a conceder aos judeus e aos membros dos outros povos submetidos a dignidade de seres humanos. «E enquanto reflectimos nas lições que nos ficaram dos extremismos ateus do século XX, e se essas lições dão que pensar, não esqueçamos nunca que a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública acaba sempre por conduzir a uma visão truncada do homem e da sociedade, e portanto a uma visão redutora da pessoa e do seu destino.»
O que será o futuro se o secularismo apagar a religião da vida pública?
A razão e a fé são compatíveis.
Bento XVI podia muito bem ter evitado as enormes tensões que rodeavam esta visita: hoje em dia, as beatificações são geralmente proclamadas pelos bispos locais. Mas a vida e a obra do Cardeal Newman deram-lhe a oportunidade de levar o combate contra o secularismo agressivo para o território do inimigo. Sem nunca mencionar Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado [N.d.R.: He-Who-Must-Not-Be-Named, no Youtube, referente ao protesto de Ricahard Dawkins], o Papa esmagou a tese do mediático contestatário, segundo a qual «Não é possível passar logicamente do ateísmo para a perversidade».
Basta ter um conhecimento muito elementar da história do século XX para se demonstrar que esta asserção é completamente idiota. Mas Bento XVI contra-argumentou de forma mais eloquente:
«Mas, sem o correctivo proporcionado pela religião, a razão [...] pode tornar-se presa de distorções, como quando é manipulada pela ideologia ou aplicada de modo parcial, de um modo que não tem em conta a dignidade da pessoa humana. Foi este género de uso indevido da razão que esteve na base do tráfico de escravos e de tantos outros males sociais, entre os quais se contam as ideologias totalitárias do século XX. É por isso que afirmo que o mundo da razão e o mundo da fé - o mundo da racionalidade secular e o mundo das convicções religiosas - precisam um do outro e não devem recear envolver-se em profundo e permanente diálogo, para bem da nossa civilização.
Os jovens precisam de ideais que os elevem.
Os últimos 40 anos cobriram o idealismo e a generosidade da juventude com um pesado manto de álcool e sexo. Polly Toynbee, um dos principais membros da Comissão de Más-Vindas ao Papa e comissária do comentariado secularista britânico, exemplificou este facto num artigo recente, em que escrevia que a repressão «do sexo está no coração - e é um coração envenenado - de todos os males de praticamente todas as grandes religiões». Em suma, aquilo de que os jovens precisam é de mais sexo sem consequências.
Por seu turno, o Papa propôs aos jovens britânicos o exigente desafio de substituírem a civilização da satisfação pessoal por uma civilização do amor. «Todos os dias vos são apresentadas muitas tentações - as drogas, o dinheiro, o sexo, a pornografia, o álcool -, que o mundo vos garante que vos proporcionarão felicidade, quando a verdade é que se trata de coisas destrutivas e que causam dissensões. Há uma só coisa duradoura: o amor que Jesus Cristo tem pessoalmente por cada um de vós.»
O Papa tem uma visão da vida que - tal como a de John Henry Newman - exige um compromisso com a dignidade, a amizade, o saber e a verdade, em detrimento da busca da «existência cintilante mas superficial que é frequentemente proposta pela sociedade dos nossos tempos». Os artigos desagradáveis e impertinentes publicados nos media antes da visita constituem um lamentável contraste com o convite do Papa: apontem para o alto!
A religião tem o seu lugar na praça pública.
Não há país do mundo ocidental em que a religião esteja mais na retranca do que está na Grã-Bretanha. Mas, como salientou o primeiro-ministro, o cristianismo é um desafio: «Vossa Santidade deixou uma mensagem que não foi apenas para a Igreja Católica, foi para todos nós, para os que têm fé e para os que não têm. E o desafio consiste em metermos a mão na consciência e perguntarmos, não tanto que direitos tenho, mas que responsabilidades são as minhas; perguntarmos, não tanto o que podemos fazer por nós, mas o que podemos fazer pelos outros.»
A fé tem um papel a desempenhar na vida pública, salientou o Sumo Pontífice. A política não tem a ver só com a eficácia administrativa e o equilíbrio de interesses; tem a ver com a ética: «A política nasceu essencialmente para ser um garante da justiça e, com a justiça, da liberdade. Ora, a justiça é um valor moral, um valor religioso, pelo que a fé, a proclamação do evangelho, tem em comum com a política a questão da justiça, daqui resultando interesses comuns.»
O século XX mostrou-nos que os governos estão constantemente sujeitos à tentação da tirania. É a fé que protege os cidadãos de serem engolidos pelo Leviatã:
«Cada geração que procura fazer progredir o bem comum tem de perguntar de novo: quais são as exigências que os governos podem razoavelmente impor aos cidadãos e até que ponto chegam essas exigências? A que autoridade se pode recorrer para a resolução dos dilemas morais? São questões que nos conduzem directamente aos fundamentos éticos do discurso cívico. Se os princípios morais que sustentam o processo democrático são determinados apenas pelo consenso social, que é tudo menos sólido, a fragilidade do processo torna-se manifesta - e é aqui que reside o grande desafio para a democracia.»
O fundamento da tolerância não é o relativismo, mas o respeito.
Os críticos do Papa acusam-no de ser surdo ao diálogo, mas este fim-de-semana foram eles que não se mostraram disponíveis para dialogar. Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-pronunciado declarou a um grupo de apoiantes seus que o Papa era um «velhote lúbrico e fraudulento», «inimigo da humanidade, das crianças, dos homossexuais, das mulheres, das pessoas mais pobres do planeta, da ciência e da educação». Mas o papa do ateísmo britânico não será mesmo capaz de ter uma atitude de civismo e tolerância?
Em contraste, Bento XVI não esteve com rodeios, mas não ofendeu ninguém. Em Westminster Hall, recordou às personalidades gradas da sociedade britânica que Thomas More tinha sido martirizado por ter sido leal a Roma. Em Lambeth Palace, a residência do primaz anglicano, fez uma referência velada à ordenação de homossexuais e de mulheres e à conversão de Newman, que fora membro da Igreja Anglicana. Em Westminster Abbey, apresentou-se como sucessor de Pedro. No encontro com dirigentes muçulmanos, aludiu à ausência de liberdade religiosa nos países de maioria muçulmana. Em todas estas ocasiões, exprimiu-se com grande cortesia e respeito, sem insolência nem ironia, procurando sempre uma base comum para a promoção da dignidade humana e da liberdade religiosa.
Mais com obras do que com palavras, Bento XVI deu uma memorável lição de tolerância, que não consiste, nem em ignorar as diferenças, nem em minimizá-las como elas se não tivessem importância. O Papa mostrou que é possível ser tolerante sem ser relativista. Será por ter a certeza de que a razão acabará por triunfar que tem a coragem de dialogar?
Recomendo ao leitor que leia os discursos do Papa. Não foi em vão que MercatorNet nomeou Joseph Ratzinger um dos grandes campeões da dignidade humana.
Michael Cook*
________________________________________
*Editor de MercatorNet.
Artigo no original em www.mercatornet.com
(Fonte: Aceprensa)
S. Vicente de Paulo
Nascido em Pouy, Dax, França em 24 de Abril de 1581.
Em 1600 é nomeado capelão da Rainha Margarida de Valois; dois anos mais tarde, é pároco de Clichy e, no ano seguinte, perceptor na célebre família "De Gondi".
1617 é o ano determinante da vida de S. Vicente: decide consagrar a sua vida ao serviço dos Pobres.
Em 1625 funda a Congregação da Missão para evangelizar o povo do campo, mas também para a formação do Clero.
Em 1633, com Luisa Marillac, funda a Filhas da Caridade.
S. Vicente foi "um plasmador de consciências, um sedutor de almas, um anunciador e um profeta da Caridade de Cristo, um verdadeiro homem de Deus".
Morreu em 27 de Setembro de 1660, mas o seu espírito continua vivo nas suas obras.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Em 1600 é nomeado capelão da Rainha Margarida de Valois; dois anos mais tarde, é pároco de Clichy e, no ano seguinte, perceptor na célebre família "De Gondi".
1617 é o ano determinante da vida de S. Vicente: decide consagrar a sua vida ao serviço dos Pobres.
Em 1625 funda a Congregação da Missão para evangelizar o povo do campo, mas também para a formação do Clero.
Em 1633, com Luisa Marillac, funda a Filhas da Caridade.
S. Vicente foi "um plasmador de consciências, um sedutor de almas, um anunciador e um profeta da Caridade de Cristo, um verdadeiro homem de Deus".
Morreu em 27 de Setembro de 1660, mas o seu espírito continua vivo nas suas obras.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Tema para reflexão - Eucaristia (2)
A Comunhão é remédio da imortalidade, antídoto contra a morte e alimento para viver sempre em Jesus Cristo.
(Stº INÁCIO DE ANTIOQUIA, Epístola aos Efésios, 20, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(Stº INÁCIO DE ANTIOQUIA, Epístola aos Efésios, 20, trad do castelhano por AMA)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha
Conferência n°15, 6-7 (a partir da trad. SC 54, p. 216 rev.)
«Quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande»
«Vinde», diz Cristo aos Seus discípulos, «e aprendei de Mim», não certamente a expulsar os demónios pelo poder do céu, nem a curar os leprosos, nem a dar luz aos cegos, nem a reanimar os mortos [...]; mas, diz Ele, «aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 28-29). Aí está, efectivamente, o que todos podem aprender e praticar. Fazer revelações e milagres nem sempre é necessário, nem vantajoso para todos, e também não é concedido a todos.
Pois a humildade é a mestra de todas as virtudes, o fundamento inabalável do edifício celestial, o dom próprio e magnífico do Salvador. Aquele que o possui poderá fazer, sem perigo de causar estranheza, todos os milagres que Cristo operou, porque procura imitar o Senhor manso, não na sublimidade dos Seus prodígios, mas na virtude da paciência e da humildade. Em contrapartida, quem se sente impaciente por se impor aos espíritos impuros, por dar saúde aos doentes, por mostrar às multidões sinais maravilhosos, bem pode invocar o nome de Cristo no meio de toda a sua ostentação; mas esse é estranho a Cristo, porque a sua alma orgulhosa não segue o mestre da humildade.
Eis o legado que o Senhor deixou aos Seus discípulos aquando do Seu regresso para junto do Pai: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei»; e acrescenta de imediato: «Por isto é que todos conhecerão que sois Meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,34-35). É bem certo que, quanto menos mansos e humildes formos, menos cumpriremos este amor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Conferência n°15, 6-7 (a partir da trad. SC 54, p. 216 rev.)
«Quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande»
«Vinde», diz Cristo aos Seus discípulos, «e aprendei de Mim», não certamente a expulsar os demónios pelo poder do céu, nem a curar os leprosos, nem a dar luz aos cegos, nem a reanimar os mortos [...]; mas, diz Ele, «aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 28-29). Aí está, efectivamente, o que todos podem aprender e praticar. Fazer revelações e milagres nem sempre é necessário, nem vantajoso para todos, e também não é concedido a todos.
Pois a humildade é a mestra de todas as virtudes, o fundamento inabalável do edifício celestial, o dom próprio e magnífico do Salvador. Aquele que o possui poderá fazer, sem perigo de causar estranheza, todos os milagres que Cristo operou, porque procura imitar o Senhor manso, não na sublimidade dos Seus prodígios, mas na virtude da paciência e da humildade. Em contrapartida, quem se sente impaciente por se impor aos espíritos impuros, por dar saúde aos doentes, por mostrar às multidões sinais maravilhosos, bem pode invocar o nome de Cristo no meio de toda a sua ostentação; mas esse é estranho a Cristo, porque a sua alma orgulhosa não segue o mestre da humildade.
Eis o legado que o Senhor deixou aos Seus discípulos aquando do Seu regresso para junto do Pai: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei»; e acrescenta de imediato: «Por isto é que todos conhecerão que sois Meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,34-35). É bem certo que, quanto menos mansos e humildes formos, menos cumpriremos este amor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 27 de Setembro de 2010
São Lucas 9,46-50
46 Começaram a discutir entre si sobre qual deles era o maior.47 Jesus, vendo os pensamentos do seu coração, tomou pela mão uma criança, pô-la junto de Si,48 e disse-lhes: «Aquele que receber esta criança em Meu nome, a Mim recebe; e quem Me receber, recebe Aquele que Me enviou. Porque quem de entre vós é o menor, esse é o maior».49 João, tomando a palavra, disse: «Mestre, nós vimos um que expulsava os demónios em Teu nome e lho proibimos, porque não anda connosco».50 Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, porque quem não é contra vós é por vós».
46 Começaram a discutir entre si sobre qual deles era o maior.47 Jesus, vendo os pensamentos do seu coração, tomou pela mão uma criança, pô-la junto de Si,48 e disse-lhes: «Aquele que receber esta criança em Meu nome, a Mim recebe; e quem Me receber, recebe Aquele que Me enviou. Porque quem de entre vós é o menor, esse é o maior».49 João, tomando a palavra, disse: «Mestre, nós vimos um que expulsava os demónios em Teu nome e lho proibimos, porque não anda connosco».50 Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, porque quem não é contra vós é por vós».
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