Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Tens de ser fermento

Dentro da grande multidão humana – interessam-nos todas as almas – tens de ser fermento, para que, com a ajuda da graça divina e com a tua correspondência, actues em todos os lugares do mundo como a levedura que dá qualidade, que dá sabor, que dá volume, com o fim de que depois o pão de Cristo possa alimentar outras almas. (Forja, 973)

Uma grande multidão acompanhara Jesus. Nosso Senhor ergue os olhos e pergunta a Filipe: Onde compraremos pão para dar de comer a toda esta gente?. Fazendo um cálculo rápido, Filipe responde: Duzentos dinheiros de pão não bastam para cada um receber um pequeno bocado. Como não dispõem de tanto dinheiro, lançam mão de uma solução caseira. Diz-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente.

Nós queremos seguir o Senhor e desejamos difundir a sua Palavra. Humanamente falando, é lógico que também perguntemos a nós mesmos: mas que somos nós para tanta gente? Em comparação com o número de habitantes da Terra, ainda que nos contemos por milhões, somos poucos. Por isso, temos de considerar-nos como uma pequena levedura, preparada e disposta a fazer o bem à humanidade inteira, recordando as palavras do Apóstolo: Um pouco de levedura fermenta toda a massa, transforma-a. Precisamos, portanto, de aprender a ser esse fermento, essa levedura, para modificar e transformar as multidões.

Se meditarmos com sentido espiritual no texto de S. Paulo, compreenderemos que temos de trabalhar em serviço de todas as almas. O contrário seria egoísmo. Se olharmos para a nossa vida com humildade, veremos claramente que o Senhor nos concedeu talentos e qualidades, além da graça da fé. Nenhum de nós é um ser repetido. O Nosso Pai criou-nos um a um, repartindo entre os seus filhos diverso número de bens. Pois temos de pôr esses talentos, essas qualidades, ao serviço de todos; temos de utilizar esses dons de Deus como instrumentos para ajudar os homens a descobrirem Cristo. (Amigos de Deus, 256–258)

São Josemaría Escrivá

«Os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus»

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II) 
Nº 42


[Fala Cristo:]
Os que não Me reconheceram não beneficiaram;
Eu estava oculto aos que não Me possuíam.
Estou perto dos que Me amam.
Todos os meus perseguidores morreram;
Os que Me sabiam vivo procuraram-Me.
Ressuscitei, estou com eles,
Falo pela sua boca.
Eles repeliram os que os perseguem;
Sobre eles lancei o jugo do meu amor.
Como o braço do noivo sobre a sua noiva (Ct 2,6),
Assim é o meu jugo sobre os que Me conhecem.
Tal como a tenda dos esponsais se ergue em casa do noivo,
O meu amor protege os que crêem em Mim.
Não fui amaldiçoado,
Mesmo que assim tenha parecido.
Não pereci,
Embora assim o tivessem imaginado.
A mansão dos mortos viu-Me
E foi vencida,
A morte deixou-Me partir;
E a muitos comigo.
Fui para ela fel e vinagre;
Desci com ela à sua mansão,
Até ao mais fundo.
A morte deixou-Me
não conseguiu suportar o meu rosto.

Tive entre os seus mortos
Uma assembleia de vivos (1Ped 3,19; 4,6).
Falei-lhes com lábios vivos,
De forma que a minha palavra nunca foi vã.
Os que estavam mortos correram para Mim;
Gritaram e disseram: «Tem piedade de nós,
Filho de Deus, age connosco segundo a tua graça.
Faz-nos sair das cadeias das trevas,
Abre-nos a porta, para sairmos para Ti.
Vemos que a nossa morte
não se aproximou de Ti.
Sejamos nós também libertos contigo,
pois és o nosso Salvador.»

Quanto a mim, escutei as suas vozes,
recolhi a sua fé no meu coração.
Nas suas frontes escrevi o meu nome (Ap 14,1);
eles são livres e pertencem-Me.