Não é verdade que haja oposição entre ser bom católico e servir fielmente a sociedade civil. Como não há razão para que a Igreja e o Estado choquem no exercício legítimo das respectivas autoridades, em cumprimento da missão que Deus lhes confiou. Mentem (isso mesmo: mentem!) os que afirmam o contrário. São os mesmos que, em aras de uma falsa liberdade, quereriam "amavelmente" que os católicos voltassem às catacumbas.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 301)
Tendes de difundir por toda a parte uma verdadeira mentalidade laical, que há-de levar os cristãos a três consequências:
– a serem suficientemente honrados para arcarem com a sua responsabilidade pessoal;
– a serem suficientemente cristãos para respeitarem os seus irmãos na fé que proponham – em matérias discutíveis – soluções diversas das suas
– e a serem suficientemente católicos para não se servirem da Igreja, nossa Mãe, misturando-a com partidarismos humanos.
Vê-se claramente que, neste terreno como em todos, não poderíeis realizar o programa de viver santamente a vida diária se não gozásseis de toda a liberdade que vos é reconhecida – simultaneamente – pela Igreja e pela vossa dignidade de homens e de mulheres criados à imagem de Deus. A liberdade pessoal é essencial para a vida cristã. Mas não vos esqueçais, meus filhos, de que falo sempre de uma liberdade responsável.
Interpretai, portanto, as minhas palavras como o que são: um chamamento a exercerdes – diariamente!, não apenas em situações de emergência – os vossos direitos; e a cumprirdes nobremente as vossas obrigações como cidadãos – na vida política, na vida económica, na vida universitária, na vida profissional –, assumindo com coragem todas as consequências das vossas decisões, arcando com a independência pessoal que vos corresponde. E essa mentalidade laical cristã permitir-vos-á fugir de toda a intolerância, de todo o fanatismo. Di-lo-ei de um modo positivo: far-vos-á conviver em paz com todos os vossos concidadãos e fomentar também a convivência nos diversos sectores da vida social.
(São Josemaría Escrivá - Temas Actuais do Cristianismo, 117)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Líbia: Jornal do Vaticano (edição diária em italiano) fala em «massacre»
«Osservatore Romano» faz eco das tomadas de posição da comunidade internacional que pedem o fim do regime de Muammar Kadhafi
O jornal do Vaticano, «L’Osservatore Romano», fala na sua edição em italiano de hoje em «massacre» na Líbica, como consequência da repressão violenta dos protestos contra o regime de Muammar Kadhafi.
Num artigo que domina a primeira página, intitulado «O mundo pede Kadhafi que pare» (Il mondo chiede a Gheddafi di fermarsi), o quotidiano diz que “está a assumir dimensões assustadoras o massacre em curso na Líbia”.
Nesse contexto, refere-se a uma “fúria” desencadeada pelo regime “contra a revolta”, bombardeando os manifestantes em Tripoli, capital líbia.
O jornal recorda o discurso público de Kadhafi, no qual o ditador líbio “ameaçou com uma repressão bem pior”.
A Rádio Vaticano acrescenta a estas informações os dados avançados por Sayed al Shanuka, membro líbio do Tribunal Penal Internacional, segundo o qual os confrontos entre os opositores ao regime e os seus apoiantes e forças de segurança já terão feito, pelo menos, 10 mil mortos e 50 mil feridos.
Em declarações à televisão Al Arabiya, o presidente da Comissão de Justiça e Democracia do tribunal também referiu que "desde que Khadafi chegou ao poder assassinou milhares de pessoas e também milhares de presos".
Para a emissora radiofónica do Vaticano, estes números mostrariam que “o coronel usou punho duro desde o início dos protestos”, a 15 de Fevereiro, citando informações que aludem à existência de “fossas comuns com centenas de corpos”.
As condenações de responsáveis da comunidade internacional encontram eco nos órgãos de comunicação social do Vaticano, particularmente as recentes intervenções de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, e de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América.
Obama disse que a situação de violência e violação dos direitos humanos que se vive na Líbia é “escandalosa e inaceitável”.
Moon, por seu lado, afirmou em tom de advertência que “os responsáveis pelo brutal derramamento de sangue de inocentes devem ser punidos".
Na sequência dos confrontos, a agência da União Europeia para a vigilância de fronteiras, Frontex, acredita que podem chegar aos países comunitários entre 500 mil a 1,5 milhões de pessoas originárias da Líbia e do norte de África.
Esta manhã, Bento XVI e os responsáveis pela diplomacia do Vaticano afirmaram que é “urgente” resolver os conflitos abertos “nalguns países árabes”.
OC
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Nota de JPR: a edição de amanhã dia 25 trará um artigo sobre a situação intitulado 'Sem piedade'.
O jornal do Vaticano, «L’Osservatore Romano», fala na sua edição em italiano de hoje em «massacre» na Líbica, como consequência da repressão violenta dos protestos contra o regime de Muammar Kadhafi.
Num artigo que domina a primeira página, intitulado «O mundo pede Kadhafi que pare» (Il mondo chiede a Gheddafi di fermarsi), o quotidiano diz que “está a assumir dimensões assustadoras o massacre em curso na Líbia”.
Nesse contexto, refere-se a uma “fúria” desencadeada pelo regime “contra a revolta”, bombardeando os manifestantes em Tripoli, capital líbia.
O jornal recorda o discurso público de Kadhafi, no qual o ditador líbio “ameaçou com uma repressão bem pior”.
A Rádio Vaticano acrescenta a estas informações os dados avançados por Sayed al Shanuka, membro líbio do Tribunal Penal Internacional, segundo o qual os confrontos entre os opositores ao regime e os seus apoiantes e forças de segurança já terão feito, pelo menos, 10 mil mortos e 50 mil feridos.
Em declarações à televisão Al Arabiya, o presidente da Comissão de Justiça e Democracia do tribunal também referiu que "desde que Khadafi chegou ao poder assassinou milhares de pessoas e também milhares de presos".
Para a emissora radiofónica do Vaticano, estes números mostrariam que “o coronel usou punho duro desde o início dos protestos”, a 15 de Fevereiro, citando informações que aludem à existência de “fossas comuns com centenas de corpos”.
As condenações de responsáveis da comunidade internacional encontram eco nos órgãos de comunicação social do Vaticano, particularmente as recentes intervenções de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, e de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América.
Obama disse que a situação de violência e violação dos direitos humanos que se vive na Líbia é “escandalosa e inaceitável”.
Moon, por seu lado, afirmou em tom de advertência que “os responsáveis pelo brutal derramamento de sangue de inocentes devem ser punidos".
Na sequência dos confrontos, a agência da União Europeia para a vigilância de fronteiras, Frontex, acredita que podem chegar aos países comunitários entre 500 mil a 1,5 milhões de pessoas originárias da Líbia e do norte de África.
Esta manhã, Bento XVI e os responsáveis pela diplomacia do Vaticano afirmaram que é “urgente” resolver os conflitos abertos “nalguns países árabes”.
OC
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Nota de JPR: a edição de amanhã dia 25 trará um artigo sobre a situação intitulado 'Sem piedade'.
Papa encontra presidente libanês Michel Sleiman. Analisada a situação no Médio Oriente e reafirmada a urgência de resolver problemas nos países árabes
Bento XVI e os responsáveis pela diplomacia da Santa Sé afirmaram nesta quinta feira que é “urgente” resolver os conflitos abertos “nalguns países árabes".
Em comunicado publicado após um encontro do Papa com o presidente libanês, Michel Sleiman, refere-se que em cima da mesa esteve “a situação no Médio Oriente, com particular referência aos acontecimentos recentes nalguns países árabes”.
“Foi manifestada a convicção comum de que é urgente resolver os conflitos que ainda estão abertos na região”, pode ler-se.
Michel Sleiman encontrou-se em privado com o Papa, tendo posteriormente conversado com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, e com o secretário para as relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti.
Nas conversações, adianta a sala de imprensa da Santa Sé, foi sublinhada a “importância do compromisso das autoridades civis e religiosas para educar as consciências para a paz e a reconciliação”.
Perante o impasse político no Líbano, foram deixados votos de que “a formação do novo Governo favoreça a desejada estabilidade da nação, chamada a enfrentar importantes desafios internos e internacionais”.
“O Líbano, por causa da presença de diversas comunidades cristãs e muçulmanas, representa uma mensagem de liberdade e de respeitosa convivência, não só para a região, mas também para o mundo inteiro”, assinala o comunicado.
Nesse contexto, acrescenta o documento, “a promoção da colaboração e do diálogo entre as confissões religiosas revela-se cada vez mais necessária”.
O encontro abordou ainda a situação dos cristãos no Médio Oriente e o “contributo que podem oferecer para o bem de toda a sociedade”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Em comunicado publicado após um encontro do Papa com o presidente libanês, Michel Sleiman, refere-se que em cima da mesa esteve “a situação no Médio Oriente, com particular referência aos acontecimentos recentes nalguns países árabes”.
“Foi manifestada a convicção comum de que é urgente resolver os conflitos que ainda estão abertos na região”, pode ler-se.
Michel Sleiman encontrou-se em privado com o Papa, tendo posteriormente conversado com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, e com o secretário para as relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti.
Nas conversações, adianta a sala de imprensa da Santa Sé, foi sublinhada a “importância do compromisso das autoridades civis e religiosas para educar as consciências para a paz e a reconciliação”.
Perante o impasse político no Líbano, foram deixados votos de que “a formação do novo Governo favoreça a desejada estabilidade da nação, chamada a enfrentar importantes desafios internos e internacionais”.
“O Líbano, por causa da presença de diversas comunidades cristãs e muçulmanas, representa uma mensagem de liberdade e de respeitosa convivência, não só para a região, mas também para o mundo inteiro”, assinala o comunicado.
Nesse contexto, acrescenta o documento, “a promoção da colaboração e do diálogo entre as confissões religiosas revela-se cada vez mais necessária”.
O encontro abordou ainda a situação dos cristãos no Médio Oriente e o “contributo que podem oferecer para o bem de toda a sociedade”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Velhos como os trapos
Chamaram-lhes seniores, idosos, pessoas da terceira idade. Usaram com eles um léxico variado, uma espécie de cobertura de açúcar que foi ocultando uma dura e triste realidade. Conheci-os, há muito, nas camas dos hospitais, nas camas dos lares, prisioneiros em suas casas, sós como cães em bancos de jardins e soube que alguns eram encontrados sem vida pelas ajudantes familiares, depois de terem enfrentado a morte na mais completa solidão.
Vieram ter comigo, uma manhã de Outono já arrepiada de frio, eram cinco, três muito velhos e dois apenas um pouco menos, a pé, amparando-se mutuamente através das ruas íngremes do Bairro Alto, até chegarem ao meu gabinete da Misericórdia de Lisboa para me exporem as suas vidas, carências e aflições. O assunto era tão melindroso que roçava a indignidade, uma nudez crua que submetiam ao meu olhar porque a vida a isso os obrigava: tinha (alguém, os Serviços, a Senhora Técnica? Não sabiam ao certo) sido dada uma ordem que cortava o número de fraldas a que tinham direito mensalmente. "Ora as fraldas, a menina sabe, fazem-nos muita falta". "Então agora como é que têm feito?", perguntei. "Cortamos cada fralda em três pedaços e assim rende mais. Mas é muito mau", disse outra, porque "esfarelam-se todas e não protegem". "Pois não", concluíram em coro. Mandei vir uma fralda e uma tesoura e, mais por mim do que por eles, pedi-lhes que repetissem esse gesto que transformava em três pedaços esfarelados uma fralda de adulto.
Fiquei envergonhada - julgo que essa era a ideia - por coisas destas acontecerem paredes meias com quem manda e dirige, com quem gere e distribui recursos, pessoas que não usam fraldas, não as cortam em três, para quem andar nos meandros dos bairros lisboetas não significa um esforço físico excessivo, pessoas como eu que, no mínimo, têm que levar murros no estômago quando coisas destas acontecem. Se alguma dúvida me restasse ela dissipou-se nessa manhã bisonha: pode o envelhecimento ser, na maioria dos casos, um caminho para a pobreza, a indignidade, a dependência mais aviltante? Não. Mas para isso era (e é) imperativo priorizar esta questão, dar-lhe uma estratégia, dotá-la de recursos e prossegui-la sem hesitações. Foi assim que se fez o levantamento dos idosos no concelho de Lisboa, que se estudou a cobertura de apoio domiciliário, o tipo de respostas novas que seria preciso criar para fazer face a problemas diferentes que emergiam brutalmente após décadas de uma política de apoios que se revelavam manifestamente insuficientes e desadequados. Foi assim que nasceu, por exemplo, o "Mais Voluntariado Menos Solidão" com a preciosa colaboração do "Coração Amarelo" e da Cruz Vermelha. Foi assim, também, que fomos buscar o Euromilhões, um novo jogo social consignado ao envelhecimento e às dependências e que hoje, constou-me, foi parcialmente desviado para manobras de diversão do mais puro marketing político.
Afinal parece que ninguém sabia que Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo (o sétimo), que os nossos velhos são os mais pobres da Europa, que na sua maioria são doentes crónicos, que muitos sofrem ou vão sofrer de demências e que para além de dependências crescentes se encontram sós, com pouca ou nenhuma família, sem redes de vizinhança efectivas, optando por comprar remédios ou comida. O census de 2001 apontava já para 35 mil idosos isolados na cidade de Lisboa. Confinados ao casco histórico e a outras zonas desertificadas viram os seus descendentes serem expelidos para as periferias. Muitos destes fogos de habitação nunca tiveram obras, nas mansardas pombalinas os telhados em más condições deixam entrar a chuva, o frio e o calor tórrido do Verão.
Apesar de tanto Ministério, Direcção-Geral, Gabinete de Estudos, Observatórios, dados estatísticos e milhões e milhões de euros gastos sabe-se lá como, em Portugal é possível não conhecer a realidade e trazê-la para os jornais a propósito de um único caso concreto. Como se este enorme drama não valesse por ser tão silencioso. E esta é, estou certa, a nossa maior falta e a nossa pior vergonha.
Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)
Vieram ter comigo, uma manhã de Outono já arrepiada de frio, eram cinco, três muito velhos e dois apenas um pouco menos, a pé, amparando-se mutuamente através das ruas íngremes do Bairro Alto, até chegarem ao meu gabinete da Misericórdia de Lisboa para me exporem as suas vidas, carências e aflições. O assunto era tão melindroso que roçava a indignidade, uma nudez crua que submetiam ao meu olhar porque a vida a isso os obrigava: tinha (alguém, os Serviços, a Senhora Técnica? Não sabiam ao certo) sido dada uma ordem que cortava o número de fraldas a que tinham direito mensalmente. "Ora as fraldas, a menina sabe, fazem-nos muita falta". "Então agora como é que têm feito?", perguntei. "Cortamos cada fralda em três pedaços e assim rende mais. Mas é muito mau", disse outra, porque "esfarelam-se todas e não protegem". "Pois não", concluíram em coro. Mandei vir uma fralda e uma tesoura e, mais por mim do que por eles, pedi-lhes que repetissem esse gesto que transformava em três pedaços esfarelados uma fralda de adulto.
Fiquei envergonhada - julgo que essa era a ideia - por coisas destas acontecerem paredes meias com quem manda e dirige, com quem gere e distribui recursos, pessoas que não usam fraldas, não as cortam em três, para quem andar nos meandros dos bairros lisboetas não significa um esforço físico excessivo, pessoas como eu que, no mínimo, têm que levar murros no estômago quando coisas destas acontecem. Se alguma dúvida me restasse ela dissipou-se nessa manhã bisonha: pode o envelhecimento ser, na maioria dos casos, um caminho para a pobreza, a indignidade, a dependência mais aviltante? Não. Mas para isso era (e é) imperativo priorizar esta questão, dar-lhe uma estratégia, dotá-la de recursos e prossegui-la sem hesitações. Foi assim que se fez o levantamento dos idosos no concelho de Lisboa, que se estudou a cobertura de apoio domiciliário, o tipo de respostas novas que seria preciso criar para fazer face a problemas diferentes que emergiam brutalmente após décadas de uma política de apoios que se revelavam manifestamente insuficientes e desadequados. Foi assim que nasceu, por exemplo, o "Mais Voluntariado Menos Solidão" com a preciosa colaboração do "Coração Amarelo" e da Cruz Vermelha. Foi assim, também, que fomos buscar o Euromilhões, um novo jogo social consignado ao envelhecimento e às dependências e que hoje, constou-me, foi parcialmente desviado para manobras de diversão do mais puro marketing político.
Afinal parece que ninguém sabia que Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo (o sétimo), que os nossos velhos são os mais pobres da Europa, que na sua maioria são doentes crónicos, que muitos sofrem ou vão sofrer de demências e que para além de dependências crescentes se encontram sós, com pouca ou nenhuma família, sem redes de vizinhança efectivas, optando por comprar remédios ou comida. O census de 2001 apontava já para 35 mil idosos isolados na cidade de Lisboa. Confinados ao casco histórico e a outras zonas desertificadas viram os seus descendentes serem expelidos para as periferias. Muitos destes fogos de habitação nunca tiveram obras, nas mansardas pombalinas os telhados em más condições deixam entrar a chuva, o frio e o calor tórrido do Verão.
Apesar de tanto Ministério, Direcção-Geral, Gabinete de Estudos, Observatórios, dados estatísticos e milhões e milhões de euros gastos sabe-se lá como, em Portugal é possível não conhecer a realidade e trazê-la para os jornais a propósito de um único caso concreto. Como se este enorme drama não valesse por ser tão silencioso. E esta é, estou certa, a nossa maior falta e a nossa pior vergonha.
Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934
“Se vês claramente o teu caminho, segue-o. – Por que não repeles a cobardia que te detém?”, escreve nos seus apontamentos íntimos, nesta mesma data.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Asia Bibi afirma na prisão: Deus escutará minhas preces, reforcemos as suas preces juntando-lhe as nossas por ela e todos os cristão perseguidos
Desde a prisão de Sheikhupura, perto de Lahore (Paquistão), Asia Bibi, a primeira mulher cristã condenada à morte sob a polémica Lei de Blasfémia, reiterou sua inocência e assegurou que confia que "Deus escutará minhas preces, ajudar-me-á a sair daqui e voltarei à minha família e à minha casa".
Em uma entrevista difundida no dia 20 de Fevereiro pelo jornal espanhol El Pais, Bibi recordou o começo de seu calvário e se declarou inocente de blasfémia.
"Um dia protestei ante o colector de impostos porque deixava os seus animais livres e faziam destroços em minha casa. Ele insultou-me e daí começou uma campanha contra mim", afirmou Asia.
A mulher trabalhava no campo e um dia recolhendo frutas numa plantação teve o gesto de oferecer água às suas companheiras. "Elas disseram-me que não podiam tirar do mesmo cubo que uma cristã e começou uma discussão entre nós, mas nunca blasfemei", explicou Bibi e assegurou que cinco dias depois dos factos, foi acusada de blasfémia e levada para a prisão.
Actualmente é a única mulher condenada à morte entre 2.400 presidiários, dos quais 95 por cento são homens.
A cristã, que em Junho completará dois anos na prisão, habita uma cela de apenas três metros quadrados, passa seus dias lendo a Bíblia e cozinha sua própria comida ante a possibilidade de que seja envenenada pelos radicais muçulmanos.
Bibi coincide com seus advogados que o processo judicial é afectado pela pressão de fundamentalistas islâmicos.
"Eu não cometi blasfémia. Nunca falaria contra o Profeta. E acredito que Deus viu tudo e ao final as coisas voltarão para seu lugar", afirma Bibi e considera que seu caso pode estar relacionado aos problemas de convivência com algumas pessoas de sua aldeia, que a discriminavam junto com sua família por serem cristãos.
A mulher sofre pelos rumores sobre ameaças de morte contra sua família e diz que tem muita saudade da sua filha Isham, de 12 anos de idade, "é minha alegria, uma menina muito boa, muito sorridente, e me dói muito não vê-la crescer".
Extremistas muçulmanos ofereceram mais de quatro mil euros a quem assassinasse Asia Bibi. Seu marido não pode trabalhar e seus filhos não podem ir à escola, pois são alvos declarados pelos radicais islâmicos.
"Tenho que confrontar esta prova com paciência e com coragem", acrescentou Bibi.
A Lei de Blasfémia agrupa várias normas contidas no Código Penal inspiradas directamente na Xaria – lei religiosa muçulmana – para sancionar qualquer ofensa de palavra ou obra contra Alá, Maomé ou o Corão. A ofensa pode ser denunciada por um muçulmano sem necessidade de testemunhas ou provas adicionais e o castigo pode chegar ao juízo imediato e a posterior condenação à prisão ou à morte do acusado.
A lei é usada com frequência para perseguir a minoria cristã, explorada no campo do trabalho e discriminada na distribuição de cargos públicos.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Em uma entrevista difundida no dia 20 de Fevereiro pelo jornal espanhol El Pais, Bibi recordou o começo de seu calvário e se declarou inocente de blasfémia.
"Um dia protestei ante o colector de impostos porque deixava os seus animais livres e faziam destroços em minha casa. Ele insultou-me e daí começou uma campanha contra mim", afirmou Asia.
A mulher trabalhava no campo e um dia recolhendo frutas numa plantação teve o gesto de oferecer água às suas companheiras. "Elas disseram-me que não podiam tirar do mesmo cubo que uma cristã e começou uma discussão entre nós, mas nunca blasfemei", explicou Bibi e assegurou que cinco dias depois dos factos, foi acusada de blasfémia e levada para a prisão.
Actualmente é a única mulher condenada à morte entre 2.400 presidiários, dos quais 95 por cento são homens.
A cristã, que em Junho completará dois anos na prisão, habita uma cela de apenas três metros quadrados, passa seus dias lendo a Bíblia e cozinha sua própria comida ante a possibilidade de que seja envenenada pelos radicais muçulmanos.
Bibi coincide com seus advogados que o processo judicial é afectado pela pressão de fundamentalistas islâmicos.
"Eu não cometi blasfémia. Nunca falaria contra o Profeta. E acredito que Deus viu tudo e ao final as coisas voltarão para seu lugar", afirma Bibi e considera que seu caso pode estar relacionado aos problemas de convivência com algumas pessoas de sua aldeia, que a discriminavam junto com sua família por serem cristãos.
A mulher sofre pelos rumores sobre ameaças de morte contra sua família e diz que tem muita saudade da sua filha Isham, de 12 anos de idade, "é minha alegria, uma menina muito boa, muito sorridente, e me dói muito não vê-la crescer".
Extremistas muçulmanos ofereceram mais de quatro mil euros a quem assassinasse Asia Bibi. Seu marido não pode trabalhar e seus filhos não podem ir à escola, pois são alvos declarados pelos radicais islâmicos.
"Tenho que confrontar esta prova com paciência e com coragem", acrescentou Bibi.
A Lei de Blasfémia agrupa várias normas contidas no Código Penal inspiradas directamente na Xaria – lei religiosa muçulmana – para sancionar qualquer ofensa de palavra ou obra contra Alá, Maomé ou o Corão. A ofensa pode ser denunciada por um muçulmano sem necessidade de testemunhas ou provas adicionais e o castigo pode chegar ao juízo imediato e a posterior condenação à prisão ou à morte do acusado.
A lei é usada com frequência para perseguir a minoria cristã, explorada no campo do trabalho e discriminada na distribuição de cargos públicos.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Santidade
«A humildade é o primeiro passo para a santidade».
«A santidade não é algo reservado a algumas almas eleitas. Todos, sem excepção, estamos chamados à santidade».
(João Paulo II)
«A santidade não consiste em grandes ocupações. Consiste em lutar para que a tua vida não se apague no terreno sobrenatural; em que te deixes queimar até à última fibra, servindo a Deus no último lugar... ou no primeiro: onde Nosso Senhor te chamar».
(S. Josemaría Escrivá - Forja 61)
«O segredo da santidade á a amizade com Cristo e a adesão fiel à sua vontade».
(Bento XVI - Discurso aos seminaristas em 19/VIII/2005)
«A santidade não é algo reservado a algumas almas eleitas. Todos, sem excepção, estamos chamados à santidade».
(João Paulo II)
«A santidade não consiste em grandes ocupações. Consiste em lutar para que a tua vida não se apague no terreno sobrenatural; em que te deixes queimar até à última fibra, servindo a Deus no último lugar... ou no primeiro: onde Nosso Senhor te chamar».
(S. Josemaría Escrivá - Forja 61)
«O segredo da santidade á a amizade com Cristo e a adesão fiel à sua vontade».
(Bento XVI - Discurso aos seminaristas em 19/VIII/2005)
Meditação de Francisco Fernández Carvajal
|
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Paulo VI, papa de 1963-1978
Constituição apostólica «Paenitemini» (a partir da trad. DC, nº 1466 6/3/1966, p. 387 Libreria Editrice Vaticana)
O sal da penitência
Constituição apostólica «Paenitemini» (a partir da trad. DC, nº 1466 6/3/1966, p. 387 Libreria Editrice Vaticana)
O sal da penitência
O Evangelho do dia 24 de Fevereiro de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 9,41-50
41 «Quem vos der um copo de água, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.42 «Quem escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar.43 Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna mutilado, do que, tendo as duas mãos, ir para a Geena, para o fogo inextinguível.44 Omitido pela Neo-Vulgata.45 Se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo os dois pés, ser lançado na Geena.46 Omitido pela Neo-Vulgata.47 Se o teu olho é para ti ocasião de pecado, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que, tendo dois, ser lançado na Geena,48 “onde o seu verme não morre e o seu fogo não se apaga”.49 Todo o homem será salgado no fogo.50 O sal é uma coisa boa; porém, se se tornar insípido, com que haveis de lhe dar o sabor? Tende sal em vós, e tende paz uns com os outros».
41 «Quem vos der um copo de água, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.42 «Quem escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar.43 Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna mutilado, do que, tendo as duas mãos, ir para a Geena, para o fogo inextinguível.44 Omitido pela Neo-Vulgata.45 Se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo os dois pés, ser lançado na Geena.46 Omitido pela Neo-Vulgata.47 Se o teu olho é para ti ocasião de pecado, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que, tendo dois, ser lançado na Geena,48 “onde o seu verme não morre e o seu fogo não se apaga”.49 Todo o homem será salgado no fogo.50 O sal é uma coisa boa; porém, se se tornar insípido, com que haveis de lhe dar o sabor? Tende sal em vós, e tende paz uns com os outros».
Subscrever:
Mensagens (Atom)