Anota: “Às cinco e meia em ponto (hora marcada ontem à noite), sou acordado pelo meu Relojoeirinho: o despertador, que nos emprestaram na pensão, não tocou”. Chama ao seu Anjo da Guarda “relojoeirinho”, porque quando o seu despertador se avariava, como não tinha dinheiro para mandá-lo consertar, recorria ao seu Anjo da Guarda para que o acordasse.
Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 17 de dezembro de 2017
Bom Domingo do Senhor!
Saibamos ter a entrega e o desprendimento de S. João Baptista de que nos
fala o Evangelho de hoje (Jo 1, 6-8. 19-28) entregando nas nossas acções
toda a glória a Jesus Cristo Nosso Senhor sem jamais buscarmos reconhecimentos
pessoais, remetendo com amor e humildade tudo para Ele.
Louvado seja para todo o sempre o Verbo que se fez homem e habitou entre
nós!
«No meio de vós está Aquele que não conheceis: é Ele quem vem após mim»
Como é lógico, é o evangelista João quem introduz João Baptista no seu discurso sobre Deus, «o abismo que atrai o abismo» à voz dos mistérios divinos (Sl 41, 8): o evangelista conta a história do precursor. Aquele que recebeu a graça de conhecer «o Verbo no princípio» (Jo 1, 1) ensina-nos acerca daquele que recebeu a graça de vir à frente do Verbo encarnado. [...] Ele não diz simplesmente: houve um enviado de Deus, mas «houve um homem». Fala assim para distinguir o precursor, que participa apenas da humanidade, e o Homem que, unindo estreitamente em si divindade e humanidade, veio em seguida; para separar o voz que passa e o Verbo que permanece para sempre de maneira imutável; para sugerir que um é a estrela da manhã que aparece na aurora do Reino dos céus e declarar que o Outro é o Sol da justiça que lhe sucede (Ml 3, 20). Distingue a testemunha Daquele que o envia, a lâmpada vacilante da luz esplêndida que enche o universo (cf. Jo 5, 35) e que, para todo o género humano, dissipa as trevas da morte e do pecado. [...]
«Um homem foi enviado». Por quem? Pelo Deus Verbo que o precedeu. A sua missão era ser precursor. É num grito que ele envia a palavra à sua frente: «no deserto, uma voz grita» (Mt 3, 3). O mensageiro prepara a vinda do Senhor. «O seu nome era João» (Jo 1, 6): foi-lhe dada a graça de ser o precursor do Rei dos reis, o revelador do Verbo desconhecido, o que baptiza em ordem ao nascimento espiritual, a testemunha da luz eterna, pela sua palavra e pelo seu martírio.
João Escoto Erigena (?- c. 870), beneditino irlandês
Homilia sobre o Prólogo de João, cap. 15
«Um homem foi enviado». Por quem? Pelo Deus Verbo que o precedeu. A sua missão era ser precursor. É num grito que ele envia a palavra à sua frente: «no deserto, uma voz grita» (Mt 3, 3). O mensageiro prepara a vinda do Senhor. «O seu nome era João» (Jo 1, 6): foi-lhe dada a graça de ser o precursor do Rei dos reis, o revelador do Verbo desconhecido, o que baptiza em ordem ao nascimento espiritual, a testemunha da luz eterna, pela sua palavra e pelo seu martírio.
João Escoto Erigena (?- c. 870), beneditino irlandês
Homilia sobre o Prólogo de João, cap. 15
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