Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 15 de março de 2015

28 Mar 20h30 - Caxias - Jantar/Conferência: Prof.Eduardo Vera-Cruz "A família africana, uma esperança de futuro"


Papa mobiliza os sem-abrigo de Roma

Não têm nada para fazer?! O Papa Francisco pôs uma centena de sem-abrigo a distribuir um pequeno livro de 32 páginas, oferta do Papa, intitulado «Guarda o coração». Não recebem salário, mas no final há sanduíches.

O pequeno livro é o novo instrumento papal de ataque aos peregrinos. Na primeira página avisa «Devemos passar a ser cristãos corajosos» e, prevenido o leitor, para começar a ter medo, segue-se o resumo do catecismo, um apelo a ler regularmente a Bíblia e um exame de consciência, para fazer diariamente.
A parte doutrinal contém o Credo, apresenta os principais mistérios da fé, os 7 Sacramentos, os dons e os frutos do Espírito Santo, os 10 Mandamentos, as obras de misericórdia corporais e espirituais, as virtudes teologais, as virtudes cardeais e os pecados capitais, as Bem-aventuranças. Cada ponto é acompanhado por uma explicação breve e remete para o «Catecismo da Igreja Católica».

A parte mais exigente é o exame de consciência, destinado a preparar a Confissão. O Papa insiste em cada ponto: «Para quê confessar-se?», «Como confessar-se?», «O que devemos confessar?». As 34 perguntas do exame não deixam pedra por levantar. Com Deus, não se brinca, insiste o Papa.

O exame de consciência e a Confissão são o caminho para guardar o coração, para que Deus Se instale. Daí o título, «Guarda o coração». O Espírito Santo quer instalar-Se e portanto é preciso guardar o coração, «para que não entrem os outros espíritos»: «guardá-lo à chave, como se guarda uma casa».

Há poucos dias, comentando o Evangelho, explicava: «Jesus diz ainda uma outra coisa um pouco estranha – não é? –: “Quem não recolhe coMigo, dispersa”. Usa a palavra “recolher”. Ter um coração recolhido (...), fazendo aquela prática tão antiga na Igreja, e tão boa: o exame de consciência. Quais de nós é que, à noite, ao terminar o dia, ficamos sozinhos e perguntamos: que aconteceu hoje no meu coração? Que coisas passaram pelo meu coração? Se não fazemos isto, não sabemos vigiar bem, nem guardar bem».

A campanha da Confissão está no auge. Nesta sexta-feira, 13 de Março, aniversário da eleição do Papa Francisco, 60 confessionários funcionaram ininterruptamente na basílica de S. Pedro, durante 24 horas. As outras basílicas de Roma também foram mobilizadas para estarem abertas 24 horas seguidas, com muitos confessores disponíveis, mas com uma diferença: em S. Pedro, o próprio Papa esteve a ajudar nas Confissões.

O Papa tem dedicado muito tempo à catequese da Confissão. Uma das suas mensagens é: «Antes de mais, Deus perdoa sempre! Não Se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir perdão. Mas Ele nunca Se cansa de perdoar. Quando Pedro pergunta a Jesus “devo perdoar quantas vezes? Sete vezes?” – “Não sete vezes: setenta vezes sete”: Isto é, sempre. Assim perdoa Deus: sempre. Se tu tiveste uma vida de imensos pecados, de tantas coisas más, e no final, um pouco arrependido, pedes perdão, perdoa-te imediatamente! Ele perdoa sempre».

Outra chave desta catequese é o tema da alegria. A Confissão não é um «juízo», mas um «encontro», um abraço em que Deus nos surpreende com uma alegria que não esperávamos. Não há desculpas para atrasar a Confissão: «Não há pecado que Ele não perdoe. Ele perdoa tudo. “Mas, Padre, não me vou confessar porque fiz tantas coisas horríveis, tantas, destas que não têm perdão...”. Não. Não é verdade. Perdoa tudo. Se tu vais arrependido, perdoa tudo. Tu vais ...e muitas vezes nem te deixa falar! Tu começas a pedir perdão e Ele faz-te sentir aquela alegria do perdão antes de teres acabado de contar tudo». A Confissão é «o encontro com o Senhor que reconcilia, que te abraça e celebra uma festa. E este é o nosso Deus, tão bom. Também temos de ensinar os outros. As nossas crianças, os nossos rapazes, têm de aprender a confessar-se bem, porque confessar-se não é ir à tinturaria, tirar uma nódoa. Não! É encontrar-se com o Pai, que reconcilia, que perdoa e dá uma festa!».

O Papa avisou que quer «24 horas para o Senhor» em todas as paróquias do mundo, com confissões e adoração eucarística durante 24 horas. (Pelo menos uma vez, para começar).

José Maria C.S. André
«Correio dos Açores»,  «Verdadeiro Olhar»,  «ABC Portuguese Canadian Newspaper»,
15-III-2015

Bom Domingo do Senhor!

Sejamos sempre verazes com o Senhor e com aqueles que atuam in persona Christi imitando a cananeia, que nos fala o Evangelho de hoje (Jo 3, 14-21), que quando confrontada sobre a sua situação conjugal foi autêntica e disse ao Senhor que não tinha marido.

Que o Senhor nos conceda o dom da autenticidade hoje e sempre!

«Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob?»

São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio 
Homilia sobre Nosso Senhor e Jacob, sobre a Igreja e Raquel

A vista da beleza de Raquel tornou Jacob, de certo modo, mais forte: ele conseguiu levantar a enorme pedra de cima do poço e, assim, dar de beber ao rebanho (Gn 29, 10). [...] Em Raquel, com quem casou, viu o símbolo da Igreja. Foi por isso que, ao beijá-la, teve de chorar e de sofrer (v. 11), a fim de prefigurar, pelo seu casamento, os sofrimentos do Filho. [...] Quão mais belas são as núpcias do Esposo real do que as dos Seus embaixadores! Jacob chorou por Raquel, ao desposá-la; Nosso Senhor cobriu a Igreja com o Seu sangue, ao salvá-la. As lágrimas são o símbolo do sangue, porque não é sem dor que elas jorram dos olhos. O choro do justo Jacob é o símbolo do grande sofrimento do Filho, pelo qual a Igreja das nações foi salva.

Vem, contempla o nosso Mestre: Ele veio do Seu Pai para o mundo, aniquilou-Se para fazer o Seu caminho na humildade (Fil 2, 7). [...] Ele viu as nações como rebanhos sedentos e a fonte da vida fechada pelo pecado, como que por uma pedra. Ele viu a Igreja semelhante a Raquel, então avançou e derrubou o pecado, que era pesado como uma rocha. Ele abriu o baptistério para a sua Esposa, para que ela se banhasse nele; e foi aí buscar água para dar de beber às nações da terra, como aos Seus rebanhos. Com toda a Sua omnipotência, levantou o pesado fardo dos pecados; pôs a descoberto a fonte de água doce para o mundo inteiro. [...]

Sim, pela Igreja, Nosso Senhor deu-Se a grandes trabalhos. Por amor, o Filho de Deus vendeu os Seus sofrimentos para poder desposar, à custa das Suas chagas, a Igreja abandonada. Por ela, que adorava os ídolos, sofreu sobre a cruz. Por ela, quis entregar-Se, para que ela fosse para Ele completamente imaculada (Ef 5, 25-27). Ele consentiu em levar às pastagens o rebanho inteiro dos homens, com o grande cajado da cruz; Ele não rejeitou o sofrimento. Ele aceitou conduzir raças, nações, tribos, multidões e povos, para poder reaver a Igreja, sua única Esposa (Ct 6, 9).