Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Cristo também vive agora

Vive junto de Cristo! Deves ser, no Evangelho, uma personagem mais, convivendo com Pedro, com João, com André..., porque Cristo também vive agora: "Iesus Christus, heri et hodie, ipse et in saecula!" Jesus Cristo vive!, hoje como ontem; é o mesmo, pelos séculos dos séculos. (Forja, 8)

É esse amor de Cristo que cada um de nós deve se esforçar por realizar na sua vida. Mas para ser ipse Christus é preciso mirar-se Nele. Não basta ter-se uma ideia geral do espírito que Jesus viveu; é preciso aprender com Ele pormenores e atitudes. É preciso contemplar a sua vida, sobretudo para daí tirar força, luz, serenidade, paz.

Quando se ama alguém, deseja-se conhecer toda a sua vida, o seu carácter, para nos identificarmos com essa pessoa. Por isso temos de meditar na vida de Jesus, desde o Seu nascimento num presépio até à Sua morte e à Sua Ressurreição. Nos primeiros anos do meu labor sacerdotal costumava oferecer exemplares do Evangelho ou livros onde se narra a vida de Jesus, porque é necessário que a conheçamos bem, que a tenhamos inteira na mente e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de nenhum livro, cerrando os olhos, possamos contemplá-la como um filme; de forma que, nas mais diversas situações da nossa vida, acudam à memória as palavras e os actos do Senhor.

Sentir-nos-emos assim metidos na sua vida. Na verdade, não se trata apenas de pensar em Jesus e de imaginar aqueles episódios; temos de meter-nos em cheio neles, como actores. (Cristo que passa, 107)

São Josemaría Escrivá

Obediência

«Neste mundo, temos de opor-nos às ilusões de falsas filosofias e reconhecer que não vivemos só de pão, mas primariamente de obediência à palavra de Deus. E somente onde esta obediência for vivida é que nascem e crescem aqueles sentimentos que permitem remediar também pão para todos».

(Joseph Ratzinger / Bento XVI - “Jesus de Nazaré”)

O PRIMEIRO NEGÓCIO

Costumava S. Josemaría fazer notar aos homens de empresa que o seu primeiro negócio era a família; primeiro «negócio», tanto por constituir a sua primeira responsabilidade, como por ser a principal riqueza a cuidar e o mais importante futuro a construir.

Esta recomendação também a faz o Santo Padre na encíclica «Caritas in Veritate». Se a vida económica se inscreve num tecido de gratuidade, isso é especialmente óbvio nas relações domésticas, de amor e serviço mútuos, sem objectivos de lucro individual. «Os Estados são chamados a instaurar políticas que promovam a centralidade e a integridade da família, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, célula primeira e vital da sociedade». (nº 44)

Sendo a família, de facto, a primeira «célula social», não pode deixar de ser a primeira «célula económico-financeira». Do seu bom ou mau «funcionamento» dependem as qualidades do mercado: a laboriosidade, a solidariedade, a sobriedade, a ordem, a distribuição, a poupança. Porque a família não se reduz a um grupo de consumidores do «cabaz de compras», mas começa por ser escola de produção, de aplicação do dinheiro, de prospecção, gestão e contabilidade.

Usando o que costuma dizer-se da diferente visão económica entre o sul e o norte («em Lisboa sabe-se o que vale o dinheiro; no Porto sabe-se o que custa»), sem a experiência familiar, não se sabe o que ele custa, mas apenas o que vale, e o ambiente dos negócios torna-se um mundo de valores virtuais, cuja falsidade acaba mais tarde ou mais cedo por desmoronar.

Por isso, tanto os políticos como os empresários devem estar interessados na «saúde» das famílias. É hábito falar-se da «atomização» da sociedade ao tratar das consequências do individualismo, ou egoísmo, que é dizer o mesmo. Mas essa expressão tem contornos mais sinistros do que parece à primeira vista: quando esse núcleo social se rompe, dá-se uma verdadeira explosão atómica, ou literalmente, «nuclear». A sociedade parte-se aos bocados, o mercado torna-se caótico, a riqueza vai parar aonde menos se espera, há feridos e mortos por toda a parte…

A crise actual tem muito a ver com a degradação dos lares. Neles se criam, conservam e transmitem os valores morais, incluindo os sócio-economicos. Não se acredite no fim da crise económico-financeira enquanto não passe a tremenda crise familiar que continua a ser promovida e a agravar-se no mundo.

Pe. Hugo de Azevedo
In Boletim da Capelania, no “site” da AESE – Escola de Direção e Negócios AQUI