Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 2 de dezembro de 2018

Bom Domingo do Senhor!

Nunca descuremos a nossa vida espiritual e procuremos viver como bons filhos de Deus, estejamos sempre atentos e preparados para a Sua vinda conforme nos fala o Senhor no Evangelho de hoje (Lc 21, 25-28.34-36).

O Senhor é bom e misericordioso para com aqueles que O amam e seguem!

Tempo de preparação para o Natal

Chegou o Advento. Que bom tempo para remoçar o desejo, o anelo, as ânsias sinceras pela vinda de Cristo!, pela sua vinda quotidiana à tua alma na Eucaristia! Ecce veniet!, está a chegar!, anima-nos a Igreja.
Forja, 548

Começa hoje o tempo do Advento e é bom que tenhamos considerado as insídias destes inimigos da alma: a desordem da sensualidade e a leviandade; o desatino da razão que se opõe ao Senhor; a presunção altaneira, esterilizadora do amor a Deus e às criaturas.

Todas estas disposições de ânimo são obstáculos certos e o seu poder perturbador é grande. Por isso a liturgia faz-nos implorar a misericórdia divina: a ti elevo a minha alma, Senhor, meu Deus. E em ti confio; não seja eu confundido! Não riam de mim os meus inimigos (Sal 24, 1-3) rezamos no intróito. E na antífona do ofertório iremos repetir: espero em ti,; que eu não seja confundido!

Agora que se aproxima o tempo da salvação, dá gosto ouvir dos lábios de S. Paulo: depois de Deus, Nosso Salvador, ter manifestado a sua benignidade e o seu amor para com os homens, libertou-nos, não pelas obras de justiça que tivéssemos feito, mas por sua misericórdia (Tit 3, 5).
Cristo que passa, 7

Olhai e levantai as vossas cabeças porque está próxima a vossa redenção (Lc 21, 28), lemos no Evangelho. O tempo do Advento é o tempo da esperança. Todo o panorama da nossa vocação cristã, a unidade de vida que tem como nervo a presença de Deus, Nosso Pai, pode e deve ser uma realidade diária.

Nada mais queria dizer-vos neste primeiro domingo do Advento, quando já começamos a contar os dias que nos aproximam do Natal do Salvador. Vimos a realidade da vocação cristã, ou seja, como o Senhor confiou em nós para levar as almas à santidade, para as aproximar d'Ele, para as unir à Igreja e estender o reino de Deus a todos os corações. O Senhor quer-nos entregues, fiéis, dedicados, com amor. Quer-nos santos, muito seus.
Cristo que passa, 11

Jesus Christus, Deus Homo, Jesus Cristo, Deus-Homem! Eis uma magnalia Dei (Act. II, 11), uma das maravilhas de Deus em que temos de meditar e que temos de agradecer a este Senhor que veio trazer a paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2, 14), a todos os homens que querem unir a sua vontade à Vontade boa de Deus. Não só aos ricos, nem só aos pobres! A todos os homens, a todos os irmãos! Pois irmãos somos todos em Jesus; filhos de Deus, irmãos de Cristo. Sua Mãe é nossa Mãe.

É preciso ver o Menino, nosso Amor, no seu berço. Olhar para Ele, sabendo que estamos perante um mistério. Precisamos de aceitar o mistério pela fé, aprofundar o seu conteúdo. Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homens.
Cristo que passa, 13

Procura a união com Deus e enche-te de esperança - virtude segura! -, porque Jesus te iluminará, mesmo na noite mais escura, com a luz da sua misericórdia.
Forja, 293

São Josemaría Escrivá

Os três adventos de Cristo

Pierre de Blois (c. 1130-1211), arquidiácono em Inglaterra
Sermão 3 para o Advento


Há três adventos do Senhor: o primeiro pela carne, o segundo pela alma e o terceiro pelo julgamento. O primeiro aconteceu a meio da noite, segundo as palavras do Evangelho: «A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!'» (Mt 25,6). E esse primeiro acontecimento já se deu, pois Cristo foi visto na terra e conversou com os homens (cf Br 3,38).

Estamos agora no segundo advento, desde que estejamos de forma que Ele possa vir até nós, pois Ele disse que se O amarmos Ele virá e fará de nós Sua morada (cf Jo 14,23). Este segundo advento está pois, para nós, envolto em incerteza, pois quem, senão o Espírito de Deus, conhece aqueles que são de Deus? (cf 1Co 2,11) Aqueles em quem o desejo das coisas celestes transporta para fora de si próprios sabem bem quando Ele virá; contudo, eles «não sabem de onde vem nem para onde vai» (Jo 3,8).

Quanto ao terceiro advento, é certo que acontecerá, mas é muito incerto quando, pois nada é mais certo que a morte e nada mais incerto que o dia da morte. «Quando disserem: 'Paz e segurança', então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína, como as dores de parto sobre a mulher grávida e não poderão escapar» (cf 1Ts 5,3). Assim, o primeiro advento foi humilde e escondido, o segundo é misterioso e cheio de amor, o terceiro será estrondoso e terrível. No seu primeiro advento, Cristo foi julgado injustamente pelos homens; no segundo faz-nos justiça, através da Sua graça; no último julgará todas as coisas com equidade — Cordeiro no primeiro advento, Leão no último, Amigo cheio de ternura no segundo.