Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 3 de março de 2014

11 e 23 mar Missas de acção de graças - centenário de Álvaro del Portillo

Senhor manda-nos irmãs, padres ...

Rezar a Deus para que mande padres e religiosas livres da idolatria, vaidade, poder e dinheiro – esta a mensagem principal do Papa Francisco na missa em Santa Marta nesta segunda-feira. O Evangelho de S. Marcos fala-nos hoje do homem rico, cumpridor da lei e bom de coração que, contudo, não renunciou a deixar tudo para seguir Jesus:
“O seu coração inquieto, precisamente pelo Espírito Santo que o empurrava a aproximar-se a Jesus e a segui-Lo, era um coração cheio. E ele não teve a coragem de esvaziá-lo. E fez uma escolha: o dinheiro. O coração cheio de dinheiro... Mas não era um ladrão, um réu: não, não! Era um homem bom: nunca tinha roubado, nunca! Nunca tinha enganado: era dinheiro honesto. Mas o seu coração estava aprisionado ali, estava ligado ao dinheiro e não tinha a liberdade de escolher. O dinheiro escolheu por ele.”

Quantos jovens – continuou o Santo Padre - sentem no seu coração o chamamento de Jesus, não têm vergonha de dar testemunho da sua fé, de ajoelharem-se perante Deus e querem segui-Lo mas falta-lhes a coragem de esvaziarem-se de outros interesses que se demonstram mais importantes. Hoje em dia – considerou o Papa Francisco – há tantos jovens que têm a vocação mas, às vezes, há qualquer coisa que os impede, que os faz parar:“Devemos rezar para que o coração deste jovens possa esvaziar-se de outros interesses, de outros amores, para que o coração se torne livre. E esta é a oração para as vocações: ‘Senhor manda-nos irmãs, padres, defende-os da idolatria, da vaidade, da soberba, da idolatria do poder, da idolatria do dinheiro.’ E a nossa oração é para preparar estes corações para poder seguir de perto a Jesus.” (RS)

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

D. Gerhard Müller: quais os "defeitos de nascença" que tornam um matrimónio nulo, inválido? (agradecimento ‘É o Carteiro!’)

«como amigos, como irmão e irmã»
Perguntas: responsabilidade de "É o Carteiro!"

29- Quais são os aspectos fundamentais que podem fazer com que um matrimónio católico não tenha sido "válido"? Isto é, o que é que faz que um matrimónio, embora tenha sido celebrado e festejado, tivesse logo de origem uma espécie de "defeito de nascença" de tal modo relevante que o matrimónio – apesar das aparências – nem sequer tenha chegado a existir?
A mentalidade contemporânea está bastante em contraste com a compreensão cristã do matrimónio, sobretudo em relação à sua indissolubilidade e à abertura à vida.
Considerando que muitos cristãos são influenciados por tal contexto cultural, os matrimónios são provavelmente com mais frequência não válidos nos nossos dias de quanto o eram no passado, porque é deficitária a vontade de se casar segundo o sentido da doutrina matrimonial católica e também a pertença a um contexto vital de fé é muito limitada.
Portanto, uma verificação da validade do matrimónio é importante e pode levar a uma solução dos problemas.

30- Bem, mas pode acontecer não se provar a nulidade do matrimónio. Um divorciado recasado que esteja nessa situação, não pode confessar-se e comungar de todo?
Quando não é possível comprovar uma nulidade do matrimónio, é possível a absolvição e a Comunhão eucarística se for seguida a aprovada prática eclesial que estabelece que se viva juntos «como amigos, como irmão e irmã».

Fonte:  artigo de D. Gerhard Ludwig Müller no Osservatore Romano

Jesus não é um E.T. (extra terrestre)

Decorre todo o mês de Março como tempo quaresmal, pelo que devemos dar à Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo a relevância que ela tem para a nossa salvação.

É preciso saber encarar o sofrimento do nosso Mestre como uma grande manifestação de Amor por todos e cada um de nós. Pode parecer-nos exagerado o grau de sacrifício a que Ele Se entregou de forma voluntária. Não teria Deus outros processos mais sadios para nos voltar a dar o Céu, perdido irremediavelmente com o pecado original dos nossos primeiros pais?

A resposta a esta questão é positiva. Deus não se encontra limitado por nada quando quer obter um objectivo. Ele é omnipotente, pelo que bastaria um impulso da sua vontade para nos garantir a nossa salvação.

No entanto, em todos os gestos e atitudes de Deus para connosco há sempre uma intenção educadora. Não esqueçamos que Ele é Pai e é dever de um pai proceder para com os seus filhos, de modo a que eles entendam, tanto quanto lhes for possível, aquilo que ele lhes propõe.

Para poder morrer por nós na Cruz, Cristo teve de encarnar, isto é, fazer-Se homem. Ele foi, como qualquer um de nós, um bebé inerme, depois de estar no seio materno de Maria o tempo necessário para poder nascer. Teve de alimentar-se no peito de Nossa Senhora, aprender a andar, a falar, a rezar e a relacionar-se com os outros.

Cresceu normalmente, entregue aos cuidados dos seus pais, que Lhe ensinaram o que um casal de judeus, santo e irrepreensível, costumava dar aos seus filhos. Assim se desenvolveu, aprendendo com o exemplo santificante de Maria e de José, a amar a vontade de Deus e os outros, sobretudo aqueles que Lhe eram mais próximos.

Não chama a atenção e, salvo um pequeno episódio mais inusitado no templo de Jerusalém quando ali vai no princípio da sua adolescência, ninguém diria que Ele era o Messias prometido desde os primórdios da humanidade pelo seu Pai. Só por inspiração divina alguns O reconhecem como uma criança especial: João Baptista no ventre de sua mãe, os pastores que vão ao presépio, o velho Simeão e Ana na sua apresentação no Templo, os Magos que vêm de longes terras. No início da sua vida pública, conhecem-no como o "filho do carpinteiro" e surpreendem-se com a autoridade com que fala e expõe a sua mensagem.

Jesus não é, portanto, um E.T., mas um simples aldeão da Galileia. Com a particularidade de que conta histórias encantadoras – as parábolas tão pedagógicas – e, sempre com reserva e comedimento, faz milagres espantosos, que revelam da sua parte um poder divino. Até tem a ousadia de perdoar os pecados em nome pessoal – capacidade que só Deus possui!

A sua normalidade choca. Em breve ganha profundos inimigos e grandes seguidores. Alguns destes são mesmo capazes de abandonar tudo para O acompanhar nas suas caminhadas evangelizadoras. Os primeiros não toleram o seu ascendente sobre as massas e condenam-nO à morte de uma forma ilícita e vergonhosa. Um procurador romano adepto do "politicamente correcto", convencido da inocência de Jesus, cede à pressão dos seus acusadores e manda-O crucificar. Importa mais a paz do que a verdade. No seu cepticismo de homem de conciliações abstrusas, perguntou mesmo a Cristo: "O que é a verdade?"

Sem uma queixa, ciente de que está a cumprir um mandato de Deus, Seu Pai, Jesus deixa-Se conduzir até ao lugar da execução, onde é crucificado juntamente com dois malfeitores. Reza intensamente, pede perdão ao Pai pelos autores da sua condenação à morte, converte um dos companheiros de suplício e desprende-Se até do ser que mais amava nesta terra, a sua Mãe, pedindo-lhe para assumir a nossa maternidade espiritual, que ela aceita na pessoa do discípulo predilecto do seu Filho, João.

Com a consciência de que cumpriu até ao fim a tarefa que Deus Lhe tinha pedido, Jesus morre, dizendo: "Tudo está consumado". O seu sacrifício tem um valor infinito, porque é o de uma Pessoa divina que Se fez Homem. Redimiu-nos, isto é, obteve para nós o perdão dos nossos pecados, incluindo o da má herança recebida pelo que foi cometido por Adão e Eva nos primórdios do género humano. Voltamos a receber a graça de Deus e, com ela, a filiação divina, que nos torna herdeiros do Céu.

Continuamos a não entender o sofrimento de Jesus? Parece-nos um exagero? Pensemos que no Coração de Cristo, manso e humilde, palpita o Amor de Deus. E que este, por ser perfeito, tem contornos que nos serão sempre misteriosos. Se nos admiramos tantas vezes com os requintes do amor de uma mãe pelos seus filhos, quanto mais não teremos de render o juízo perante o Amor infinito do nosso Deus.

(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Março de 2009, selecção do título da responsabilidade do blogue)

«Ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens»

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade 
No Greater Love


Não consideramos ter o direito de julgar os ricos. Não é uma luta de classes o que desejamos, mas um encontro entre as classes, encontro no qual o rico salva o pobre e o pobre salva o rico.
  
Diante de Deus, a pobreza é a nossa maneira humilde de admitirmos e de aceitarmos este estado de pecado, de impotência e de extremo vazio; é a maneira que temos de reconhecer o nosso estado de miséria, mas que se exprime como uma esperança nele, como uma espera para tudo recebermos dele, que é o nosso Pai. A nossa pobreza deveria ser uma autêntica pobreza evangélica – amável, terna, feliz, vivida de coração aberto, sempre pronta a dar um sinal de amor. A pobreza é amor antes de ser renúncia. Para amar, é necessário dar. Para dar, é necessário estar liberto de todas as formas de egoísmo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de março de 2014

Tendo saido para Se pôr a caminho, veio um homem a correr e, ajoelhando-se diante d'Ele, perguntou-Lhe: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?». Jesus disse-lhe: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. Tu conheces os mandamentos: “Não mates, não cometas adultério, não roubes, não digas falso testemunho, não cometas fraudes, honra teu pai e tua mãe”». Ele respondeu: «Mestre, todas estas coisas tenho observado desde a minha mocidade». Jesus olhou para ele com afecto, e disse-lhe: «Uma coisa te falta: vende tudo quanto tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-Me». Mas ele, entristecido por estas palavras, retirou-se desgostoso, porque tinha muitos bens. Jesus, olhando em volta, disse aos discípulos: «Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!». Os discípulos ficaram atónitos com estas palavras. Mas, Jesus de novo lhes disse: «Meus filhos, como é difícil entrarem no reino de Deus os que confiam nas riquezas! Mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus». Eles, cada vez mais admirados, diziam uns para os outros: «Então quem pode salvar-se?». Jesus, olhando para eles, disse: «Para os homens isto é impossível, mas não para Deus, porque a Deus tudo é possível». 

Mc 10, 17-27