Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Amar a Cristo...
Recorramos à intercessão de Maria para que sejamos apaixonados do seu Divino Filho, na sua forma trinitária, conjuntamente com o Pai e o Espírito Santo. A Nossa Mãe não só o fará como se sentirá alegre e agradecida pelo nosso pedido.
JPR
JPR
“Não tenhas pena de seres nada”
Não te apoquentes por verem as tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é que te deve doer. – De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas pena de seres nada, porque assim Jesus tem que pôr tudo em ti. (Caminho, 596)
Escreve o evangelista S. João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões que o acompanhavam entusiasmadas.
Bastam algumas provas do Amor de Deus que se encarna para que a sua generosidade nos toque a alma, nos incendeie, nos mova com suavidade a uma dor contrita pelo nosso comportamento, em tantas ocasiões mesquinho e egoísta. Jesus não tem inconveniente em rebaixar-se, para nos elevar da miséria à dignidade de filhos de Deus, de irmãos seus. Pelo contrário, tu e eu muitas vezes enchemo-nos nesciamente de orgulho pelos dons e talentos recebidos, até ao ponto de os converter em pedestal para nos impormos aos outros, como se o mérito de algumas acções, acabadas com relativa perfeição, dependesse exclusivamente de nós: Que possuis tu que não tenhas recebido de Deus? E se o recebeste, porque te glorias como se o não tivesses recebido?.
Ao considerar a entrega de Deus e o seu aniquilamento – falo para que o meditemos, pensando cada um em si mesmo–, a vanglória, a presunção do soberbo revela-se um pecado horrendo, precisamente porque coloca a pessoa no extremo oposto ao modelo que Jesus nos assinalou com a sua conduta. Pensai nisto devagar: Ele humilhou-se, sendo Deus. O homem, cheio do seu próprio eu, pretende enaltecer-se a todo o custo, sem reconhecer que está feito de barro e barro de má qualidade. (Amigos de Deus, 111–112)
São Josemaría Escrivá
Dois caminhos
Assim se joga a liberdade, entre o verdadeiro amor e o egoísmo.
Existe em cada homem e mulher a capacidade para amar e optar pela Verdade, a disponibilidade para reconhecer o bem e responder a Deus na fé. Mas existe, também, a tendência contrária ao amor, que é a tendência para o egoísmo, para a pessoa se fechar em si mesma, centrar-se nos seus interesses, ao ponto de optar pelo mal.
Assim se joga a liberdade: ou a pessoa reconhece que não é o centro do mundo e que o verdadeiro amor implica humildade e necessidade de se purificar e pedir perdão, optando pela força positiva que brota de Deus; ou, pelo contrário, a pessoa continua centrada em si mesma e no seu umbigo, deixando-se arrastar por uma espécie de força de gravidade que puxa para baixo, que suja a alma e se reflecte, necessariamente, no seu modo de viver e até mesmo na tentativa de mudar as legislações em função dos seus caprichos.
É o que se passa com os argumentos em defesa das “barrigas de aluguer”.
Assim se joga a liberdade: ou a pessoa reconhece que não é o centro do mundo e que o verdadeiro amor implica humildade e necessidade de se purificar e pedir perdão, optando pela força positiva que brota de Deus; ou, pelo contrário, a pessoa continua centrada em si mesma e no seu umbigo, deixando-se arrastar por uma espécie de força de gravidade que puxa para baixo, que suja a alma e se reflecte, necessariamente, no seu modo de viver e até mesmo na tentativa de mudar as legislações em função dos seus caprichos.
É o que se passa com os argumentos em defesa das “barrigas de aluguer”.
Aura Miguel in Rádio Renascença
Barrigas de Aluguer - Catarina Nicolau Campos (agradecimento ao blogue 'Senza')
Assim como chove lá fora, hoje também chove no meu coração.
No mesmo dia, ouve-se nas notícias que muitas crianças que são adoptadas são devolvidas às instituições de acolhimento por terem más notas, e ouve-se também que o partido do governo planeia avançar com as barrigas de aluguer em Portugal. Ora o aluguer, como aprendi na faculdade de Direito, é uma forma de locação, quando esta incide sobre coisa móvel. E por locação entende-se o contrato pelo qual uma das partes se obriga a proporcionar à outra o gozo temporário de uma coisa, mediante retribuição. Só por isto poderíamos dizer, Dr. Passos Coelho: as barrigas não se alugam.
Mas a questão é bem mais radical. Em Agosto de 2010 soube que estava à espera da minha filha. À espera não, porque na verdade ela já lá estava bem presente, e na segunda ecografia, com 8 semanas e picos, o coraçãozinho da Pilar já era bem audível, para sorriso rasgado do Pai e lágrimas descontroladas da Mãe. Durante 9 meses de enjoos, infecções sem fim, mais 26 quilos, noites sem dormir, dias inteiros só a dormir, aprendi a conviver com a minha bebé. Aprendi que sempre que ouvia os acordes de uma guitarra portuguesa, a Pilar saltava de alegria. E por isso, ao longo de 9 meses, muitas guitarradas lhe foram dedicadas. Aprendi que, sempre que me virava para dormir do lado direito, subia escadas a correr ou me enervava, a Pilar dava pontapés de insatisfação e só eu sabia disso, eu, a sua Mãe. Geri toda a alimentação para que nada lhe fizesse mal, porque uma Mãe quer o melhor para os seus filhos.
A barriga cresceu, o resto também, e ao fim de 9 meses percebi a relação íntima que uma mulher tem com o seu útero. E depois de uma cesariana, ficaram ainda mais visíveis as marcas físicas da passagem do ser maravilhoso que é a nossa filha pelo meu corpo. Meu corpo? Meu não, dela, porque o meu útero foi feito para lá estarem os meus filhos, e o meu peito para os amamentar. Nós mulheres, somos veículos de Vida. E quando a Pilar nasceu, acalmava-se quando a encostava ao meu coração, porque estes foram os batimentos que ela se habituou a ouvir.
A Pilar conhecia o meu cheiro e por isso, (e passados 8 meses ainda é assim), não há colo como o da Mãe. E esta relação de cumplicidade, esta experiência, única e irrepetível, não se aluga, nem se compra. Assim como não se alugam e não se compram os bebés. A partir do momento em que tratamos as crianças como meros objectos, coisas, para preencher um vazio numa relação, para completar a fotografia de família ou apenas porque lhes apetece ter algo para entreter, temos crianças adoptadas que são devolvidas às instituições porque, simplesmente, não tiveram boas notas, como se fossem cães que não tivessem atingido o objectivo dos seu treinadores.
Assim, hoje, por estas crianças, e pelas que não nasceram porque não lhes foi dada sequer a oportunidade de viver, chove no meu coração.
Barrigas para alugar? Não obrigada... (texto de Alexandra Chumbo publicado no blogue ‘Plataforma Algarve pela Vida’)
A gravidez é sem dúvida um periodo diferente, diferente porque pode ser especial, pode ser bonito, mas também pode ser horrendo, pode despertar o lado mais belo e emotivo da mulher, mas também o seu lado mais neurótico. A mulher pode sentir-se a mais bela de sempre, ou a mais feia à face da terra! Seja como for é um periodo potencial crítico, envolto numa miscelânia de emoções, desejos e pensamentos, ansiedades e frustrações, prontas a fazer manifestações constantes, umas mais pacíficas, outras mais animadas. Tudo isto culpa do nosso lado “psi”, claro!
O nosso psíquico é uma coisa extraordinária, foge ao nosso controle como diz o povo “como o diabo foge da cruz” e apresenta-nos uma série de partidas ao longo da vida, mas mais ainda, ao longo destes períodos potenciais críticos como é o caso da gravidez. Eu que o diga, que já passei por 4 e mesmo com os conhecimentos técnicos “todos” e prevendo uma série de situações, não consegui escapar ao terrível “psíquico e seus fantasmas”.
Ora felizmente ainda somos todos seres humanos, e por isso limitados pela nossa humanidade. Faz parte desta mesma uma incapacidade em controlar muitas emoções, muitos pensamentos, muitos desejos, medos, angustias e sentimentos e por isso mesmo é diferente alugarmos a nossa casa de férias, o nosso carro, ou alugarmos a nossa barriga. Não é possível do ponto de vista mental este ser um aluguer pacífico, não é possível de forma serena para os egos dos envolvidos já para não falar nos “super-egos” de cada um.
É urgente todos descermos à terra e constatar que não há mecanismos de defesa que resistam a tamanha trapalhada.
Outros países já nos mostraram os acontecimentos consequentes desta prática assustadora, mães que alugam a sua barriga e depois sentem o filho como seu e não querem dá-lo, bebés que desenvolvem alguma deficiência e depois não são aceites por quem os encomendou por não virem “perfeitinhos”, estes são dois dos muitos exemplos de casos dramáticos das barrigas de aluguer.
Não menos importante a ter em conta é a saúde mental de quem decide alugar uma barriga, se há esta decisão há certamente uma incapacidade em ter filhos, um caso de infertilidade ou algo semelhante. Do ponto de vista psicológico é muito diferente não querer ter filhos, ou não poder ter filhos e mais uma vez fantasmas psíquicos vêem sem se esperar ter com quem, normalmente, já se encontra em grande sofrimento interno. Não é por se desejar muito ter um filho, que se aceita e ama pacificamente um que cresceu numa barriga de alguém que se contratou. Estes são processos muito complicados do ponto de vista psicológico e que têm muito de involuntário. Sem querer e sem esperar, quem decide alugar uma barriga, vai confrontar-se com pensamentos, frustrações, sentimentos e afins que não esperava.
Resta-me por último, mas não menos importante, referir o mais indefeso em todo o processo, no meio de tudo isto há um bebé, um novo ser que não pediu para nascer, que durante 9 meses convive com uma voz, partilha um espaço, sente muitas das sensações e emoções de alguém que vai simplesmente desaparecer naquele momento em que ele tanto precisa de ser amado e cuidado.
Alexandra Chumbo
Psicóloga Clínica
Pós – Graduada em Psicologia da Gravidez e da Parentalidade
18 de Janeiro de 2012
http://algarvepelavida.blogspot.com/2012/01/barrigas-para-alugar-nao-obrigada.html
O nosso psíquico é uma coisa extraordinária, foge ao nosso controle como diz o povo “como o diabo foge da cruz” e apresenta-nos uma série de partidas ao longo da vida, mas mais ainda, ao longo destes períodos potenciais críticos como é o caso da gravidez. Eu que o diga, que já passei por 4 e mesmo com os conhecimentos técnicos “todos” e prevendo uma série de situações, não consegui escapar ao terrível “psíquico e seus fantasmas”.
Ora felizmente ainda somos todos seres humanos, e por isso limitados pela nossa humanidade. Faz parte desta mesma uma incapacidade em controlar muitas emoções, muitos pensamentos, muitos desejos, medos, angustias e sentimentos e por isso mesmo é diferente alugarmos a nossa casa de férias, o nosso carro, ou alugarmos a nossa barriga. Não é possível do ponto de vista mental este ser um aluguer pacífico, não é possível de forma serena para os egos dos envolvidos já para não falar nos “super-egos” de cada um.
É urgente todos descermos à terra e constatar que não há mecanismos de defesa que resistam a tamanha trapalhada.
Outros países já nos mostraram os acontecimentos consequentes desta prática assustadora, mães que alugam a sua barriga e depois sentem o filho como seu e não querem dá-lo, bebés que desenvolvem alguma deficiência e depois não são aceites por quem os encomendou por não virem “perfeitinhos”, estes são dois dos muitos exemplos de casos dramáticos das barrigas de aluguer.
Não menos importante a ter em conta é a saúde mental de quem decide alugar uma barriga, se há esta decisão há certamente uma incapacidade em ter filhos, um caso de infertilidade ou algo semelhante. Do ponto de vista psicológico é muito diferente não querer ter filhos, ou não poder ter filhos e mais uma vez fantasmas psíquicos vêem sem se esperar ter com quem, normalmente, já se encontra em grande sofrimento interno. Não é por se desejar muito ter um filho, que se aceita e ama pacificamente um que cresceu numa barriga de alguém que se contratou. Estes são processos muito complicados do ponto de vista psicológico e que têm muito de involuntário. Sem querer e sem esperar, quem decide alugar uma barriga, vai confrontar-se com pensamentos, frustrações, sentimentos e afins que não esperava.
Resta-me por último, mas não menos importante, referir o mais indefeso em todo o processo, no meio de tudo isto há um bebé, um novo ser que não pediu para nascer, que durante 9 meses convive com uma voz, partilha um espaço, sente muitas das sensações e emoções de alguém que vai simplesmente desaparecer naquele momento em que ele tanto precisa de ser amado e cuidado.
Alexandra Chumbo
Psicóloga Clínica
Pós – Graduada em Psicologia da Gravidez e da Parentalidade
18 de Janeiro de 2012
http://algarvepelavida.blogspot.com/2012/01/barrigas-para-alugar-nao-obrigada.html
'O único que convence' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Conta-se de um jovem que gostava muito de passear à beira mar. Certo dia, encontrou-se com um ancião que fazia um movimento repetitivo que lhe chamou à atenção. Abaixava-se, apanhava algo da areia e lançava-o ao mar. Fazia a mesma coisa várias vezes. Quando o jovem se aproximou, viu que aquilo que ele apanhava com tanto cuidado eram estrelas-do-mar.
O jovem tomou a iniciativa do diálogo: «Posso perguntar-lhe porque está a fazer isso?». O idoso respondeu: «Claro que sim. Estou a devolver estas estrelas marinhas ao oceano. A maré está baixa e elas ficaram aqui na margem. Se não as ajudo, elas morrerão». Gerou-se um momento de silêncio. Então o jovem voltou a falar: «Entendo a sua explicação. Mas não se dá conta de que são centenas as estrelas-do-mar desta praia? E que isto acontece em dezenas de praias ao longo da nossa costa? Não estará a fazer algo sem sentido?».
O ancião sorriu. Inclinou-se sem pressa, apanhou uma estrela marinha e enquanto a lançava ao mar, com uma cara de felicidade, respondeu ao jovem: «Para esta estrela, o que eu acabo de fazer está cheio de sentido».
Quantas vezes sofremos ao ver tantas pessoas necessitadas de ajuda. Sentimo-nos incapazes de socorrer a todos. Pensamos que a realidade não deveria ser assim. Revoltamo-nos com as estatísticas desanimadoras em relação ao futuro. E, no meio de tudo isto, achamos quixotesco ajudar aquele que temos ao nosso lado.
Pensamos que isso não resolverá nada. É verdade que não resolverá tudo. Mas é falso que não resolverá nada. É falso que não tenhamos capacidade para ajudar ninguém. Essa ideia só ajuda a nossa tendência para o conformismo e o comodismo.
Hoje em dia, o amor é a única realidade aceite pelas pessoas. Estão fartas de ideologias que prometeram a felicidade e geraram um enorme sofrimento. Não acreditam em nada. Têm medo. Medo do terrorismo. Medo da violência. Medo das guerras.
O Papa Bento XVI diz-nos que o único modo de tornar Deus presente neste mundo é viver a caridade. “Quem vê a caridade, vê a Trindade” repete-nos com uma frase de Santo Agostinho. A fé mostra-nos que Deus é Amor. Viver de acordo com esta verdade é o único modo de fazer entrar a luz de Deus neste mundo. E só essa luz pode fazer derreter o medo que tanto paralisa.
Surpreender os outros. O que melhor comunica a mensagem cristã não são as palavras, mas as obras. A actividade da Igreja é a manifestação de um Amor que é o único que convence. Por isso, pensemos que as pessoas com quem nos encontramos todos os dias podem perceber que temos pouco tempo, mas ninguém pode perceber que não temos coração. Porque quem caminha para Deus nunca se afasta dos outros.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
O AMOR, O PRAZER (Meditação de Joaquim Mexia Alves)
Às 5 horas da manhã abri os olhos.
Mas foi um abrir daqueles que de imediato me disse que já não ia dormir mais.
Fiquei ali e comecei a rezar, aproveitando o silêncio da noite, a paz do momento.
Ao fim de algum tempo veio ao meu pensamento o episódio de Samuel, que foi chamado durante o sono.
Não fazia em mim qualquer comparação, pobre de mim, mas não deixei de perguntar no meu coração: Queres alguma coisa de mim, Senhor?
Senti-me um pouco envergonhado com a minha jactância de poder sequer pensar que Ele me tinha acordado para falar comigo, para me pedir algo que fosse.
Reza, Joaquim, reza que é o que deves fazer e deixa que Ele te adormeça, porque são horas de dormir, pois dentro em pouco tens de te levantar.
Mas nada, nem um pouco sequer de sonolência!
De mansinho duas palavras começaram a irromper na minha cabeça: o amor, o prazer.
Que queria isto dizer?
Com certeza que o amor é um prazer, um prazer sublime que vai muito para além da sensação física, da experiência de um momento.
O amor é algo que nos constrói, e se nos constrói, dá-nos prazer.
Sim, eu percebo que o amor de Deus nos enche e nos constrói, porque dá sentido ao nosso ser, sobretudo quando abrindo-nos a esse amor, também amamos a Deus, com o amor que Ele nos dá e nos faz experimentar, tornando-se uma delícia, um prazer para as nossas vidas.
Sim, sim, é esse amor que Ele nos dá que nos enche e completa, mas a palavra prazer continuava a surgir, mas com uma insistência de prazer físico.
Sabes, quando amas alguém, com esse amor eros, que se dá e recebe na totalidade da entrega, sentes prazer, o prazer de estares com a pessoa amada, que te faz sorrir, que te faz sentir alegre e em paz, mas que depois e ainda, se completa na união física que te leva a experimentar o prazer sensorial, o prazer que te é próprio da humanidade.
Mas até esse prazer físico, repara que é continuado depois mesmo de acabar, ou seja, passa do sentir físico, para um sentir espiritual, um sentir pensado, porque reside no amor do amado e ao amado.
Repara agora tu, que tantas coisas já experimentaste.
Numa relação fortuita, apenas de um momento, movida mais pela urgência do corpo, do que pela vontade do espírito, alguma vez experimentaste esse prazer continuado, ou pelo contrário, esgotado o prazer físico, nada mais ficou do que uma recordação que às vezes até queres rapidamente apagar?
Mas se assim sentimos, não será tempo de pensarmos, que nessa relação fortuita separámos corpo e espírito, e por isso mesmo o prazer é efémero, e como tal não te completa, não te constrói, porque não é amor?
Não, não queres envolver-te em pensamentos filosóficos, mas apenas e tão só tentares perceber o que te quero dizer.
A fonte do amor é Deus, porque foi Deus quem te amou primeiro e assim te ensinou a amar.
Não podes amar sem que o amor de Deus esteja em ti, porque Ele é o amor e é n’Ele que o amor se completa.
Mas não é, nem podia ser apenas o amor d’Ele por ti, e o teu amor por Ele, mas sim e também, todos os que Ele ama, (e são todos), e todos os que tu amas, porque amas com o Seu amor, porque se permaneces no Seu amor, também amas com o Seu amor.
Então repara, se permaneces no Seu amor, quando amas com esse amor eros, também é com o Seu amor que tu amas e és amado, e por isso esse amor é abençoado pela plenitude de Deus e assim tudo o que vem desse amor não tem fim, ou seja, não é um só momento, mas é toda uma vida, que depois da passagem continua no amor eterno.
E por isso, repara mais uma vez, o prazer mesmo físico é abençoado pelo amor de Deus em ti e no outro, portanto torna-se completo, e projecta-se inteiramente na tua vida e na vida do outro, ultrapassando a barreira do físico, para ser vivido e sentido também no espírito.
Ora se o teu corpo é capaz de um tal prazer que ultrapassa a barreira da tua humanidade física, é porque ele é querido por Deus e por isso mesmo um “sacrário” do amor de Deus em ti, para o outro e do outro para ti.
Como podes então tu profanar o teu corpo com um prazer que não vem do amor abençoado por Deus?
Seria o mesmo que servires-te de um sacrário para guardar algo que não fosse o Pão Consagrado! O sacrário deixaria então de ser sacrário!
Teria a forma de sacrário, até lhe podiam chamar sacrário, mas não o era, porque não cumpria a sua “plenitude”, que é guardar o Corpo de Cristo dado como alimento ao homem.
Por isso, quando usas o teu corpo numa relação fortuita, apenas tens um prazer físico, efémero, sem amor, e sem amor o teu corpo não cumpre a sua missão de amar com todo o teu ser, físico e espírito, por isso não te completas, por isso o prazer morre no acto físico e não se projecta mais além.
O teu corpo “separa-se” do teu espírito e é apenas carne, carne que morre sem vida para depois.
É como o sacrário onde colocaram outras coisas que não o Pão Consagrado.
Está lá, mas não existe como sacrário, porque não contém o amor.
Entendes agora porque é que o prazer não pode ser separado do amor, nem o amor do prazer.
Entendes agora porque é que Deus quer que o homem tenha prazer na sua união física com a pessoa amada.
Porque se o amor espírito enche o espírito da pessoa, o prazer físico torna o amor presente no físico da pessoa.
E espírito e físico não podem ser separados!
Se o forem o homem sente-se dividido, e Deus ama o homem todo e não apenas uma parte do homem, e sem Deus o homem não tem amor.
Podia dizer-te ainda que na vivência deste amor completo, espírito e físico, em que Deus está presente e é permanência, o homem é chamado à criação, à multiplicação, é chamado a prosseguir todos os dias a obra de Deus, e que sem o fazer, também não completa o amor que Deus lhe dá, para O amar e amar os outros, mas por agora fica a meditar na extraordinária beleza deste amor humano, que só o é, porque é também divino por vontade de Deus.
Monte Real, 28 de Abril de 2009
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
Mas foi um abrir daqueles que de imediato me disse que já não ia dormir mais.
Fiquei ali e comecei a rezar, aproveitando o silêncio da noite, a paz do momento.
Ao fim de algum tempo veio ao meu pensamento o episódio de Samuel, que foi chamado durante o sono.
Não fazia em mim qualquer comparação, pobre de mim, mas não deixei de perguntar no meu coração: Queres alguma coisa de mim, Senhor?
Senti-me um pouco envergonhado com a minha jactância de poder sequer pensar que Ele me tinha acordado para falar comigo, para me pedir algo que fosse.
Reza, Joaquim, reza que é o que deves fazer e deixa que Ele te adormeça, porque são horas de dormir, pois dentro em pouco tens de te levantar.
Mas nada, nem um pouco sequer de sonolência!
De mansinho duas palavras começaram a irromper na minha cabeça: o amor, o prazer.
Que queria isto dizer?
Com certeza que o amor é um prazer, um prazer sublime que vai muito para além da sensação física, da experiência de um momento.
O amor é algo que nos constrói, e se nos constrói, dá-nos prazer.
Sim, eu percebo que o amor de Deus nos enche e nos constrói, porque dá sentido ao nosso ser, sobretudo quando abrindo-nos a esse amor, também amamos a Deus, com o amor que Ele nos dá e nos faz experimentar, tornando-se uma delícia, um prazer para as nossas vidas.
Sim, sim, é esse amor que Ele nos dá que nos enche e completa, mas a palavra prazer continuava a surgir, mas com uma insistência de prazer físico.
Sabes, quando amas alguém, com esse amor eros, que se dá e recebe na totalidade da entrega, sentes prazer, o prazer de estares com a pessoa amada, que te faz sorrir, que te faz sentir alegre e em paz, mas que depois e ainda, se completa na união física que te leva a experimentar o prazer sensorial, o prazer que te é próprio da humanidade.
Mas até esse prazer físico, repara que é continuado depois mesmo de acabar, ou seja, passa do sentir físico, para um sentir espiritual, um sentir pensado, porque reside no amor do amado e ao amado.
Repara agora tu, que tantas coisas já experimentaste.
Numa relação fortuita, apenas de um momento, movida mais pela urgência do corpo, do que pela vontade do espírito, alguma vez experimentaste esse prazer continuado, ou pelo contrário, esgotado o prazer físico, nada mais ficou do que uma recordação que às vezes até queres rapidamente apagar?
Mas se assim sentimos, não será tempo de pensarmos, que nessa relação fortuita separámos corpo e espírito, e por isso mesmo o prazer é efémero, e como tal não te completa, não te constrói, porque não é amor?
Não, não queres envolver-te em pensamentos filosóficos, mas apenas e tão só tentares perceber o que te quero dizer.
A fonte do amor é Deus, porque foi Deus quem te amou primeiro e assim te ensinou a amar.
Não podes amar sem que o amor de Deus esteja em ti, porque Ele é o amor e é n’Ele que o amor se completa.
Mas não é, nem podia ser apenas o amor d’Ele por ti, e o teu amor por Ele, mas sim e também, todos os que Ele ama, (e são todos), e todos os que tu amas, porque amas com o Seu amor, porque se permaneces no Seu amor, também amas com o Seu amor.
Então repara, se permaneces no Seu amor, quando amas com esse amor eros, também é com o Seu amor que tu amas e és amado, e por isso esse amor é abençoado pela plenitude de Deus e assim tudo o que vem desse amor não tem fim, ou seja, não é um só momento, mas é toda uma vida, que depois da passagem continua no amor eterno.
E por isso, repara mais uma vez, o prazer mesmo físico é abençoado pelo amor de Deus em ti e no outro, portanto torna-se completo, e projecta-se inteiramente na tua vida e na vida do outro, ultrapassando a barreira do físico, para ser vivido e sentido também no espírito.
Ora se o teu corpo é capaz de um tal prazer que ultrapassa a barreira da tua humanidade física, é porque ele é querido por Deus e por isso mesmo um “sacrário” do amor de Deus em ti, para o outro e do outro para ti.
Como podes então tu profanar o teu corpo com um prazer que não vem do amor abençoado por Deus?
Seria o mesmo que servires-te de um sacrário para guardar algo que não fosse o Pão Consagrado! O sacrário deixaria então de ser sacrário!
Teria a forma de sacrário, até lhe podiam chamar sacrário, mas não o era, porque não cumpria a sua “plenitude”, que é guardar o Corpo de Cristo dado como alimento ao homem.
Por isso, quando usas o teu corpo numa relação fortuita, apenas tens um prazer físico, efémero, sem amor, e sem amor o teu corpo não cumpre a sua missão de amar com todo o teu ser, físico e espírito, por isso não te completas, por isso o prazer morre no acto físico e não se projecta mais além.
O teu corpo “separa-se” do teu espírito e é apenas carne, carne que morre sem vida para depois.
É como o sacrário onde colocaram outras coisas que não o Pão Consagrado.
Está lá, mas não existe como sacrário, porque não contém o amor.
Entendes agora porque é que o prazer não pode ser separado do amor, nem o amor do prazer.
Entendes agora porque é que Deus quer que o homem tenha prazer na sua união física com a pessoa amada.
Porque se o amor espírito enche o espírito da pessoa, o prazer físico torna o amor presente no físico da pessoa.
E espírito e físico não podem ser separados!
Se o forem o homem sente-se dividido, e Deus ama o homem todo e não apenas uma parte do homem, e sem Deus o homem não tem amor.
Podia dizer-te ainda que na vivência deste amor completo, espírito e físico, em que Deus está presente e é permanência, o homem é chamado à criação, à multiplicação, é chamado a prosseguir todos os dias a obra de Deus, e que sem o fazer, também não completa o amor que Deus lhe dá, para O amar e amar os outros, mas por agora fica a meditar na extraordinária beleza deste amor humano, que só o é, porque é também divino por vontade de Deus.
Monte Real, 28 de Abril de 2009
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1933
Escreve “É uma questão de segundos... Pensa antes de começar qualquer trabalho: que quer Deus de mim neste assunto? E com a graça divina, fá-lo”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
S. Sebastião
Nasceu em Narbonne no século terceiro; os pais eram oriundos de Milão, em Itália. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo baptismo e zelou por ele em relação à sua vida e de seus irmãos!
Ao entrar para o serviço no império como soldado, tinha muita saúde física, mental e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do império. Sebastião ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram durante perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas a Santíssima Trindade.
Ao entrar para o serviço no império como soldado, tinha muita saúde física, mental e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do império. Sebastião ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram durante perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas a Santíssima Trindade.
Esse mistério levava-o a consolar os cristãos que eram presos, de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolos dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. Mas um apóstata denunciou-o para o império e lá estava ele, diante de um imperador muito triste, porque era uma traição ao império. Mas ele deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o império era este serviço. Denunciou o paganismo e a injustiça.
São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas setas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensar que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, conhecia-o, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça e tratou-o cuidando-lhe das feridas. Após a sua recuperação e depois de um tempo, apresentou-se novamente ao imperador, pois queria o seu bem. Evangelizou, testemunhou, mas, desta vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.
Catecismo da Igreja Católica §§ 74-79
Deus «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tim 2, 4), quer dizer, de Cristo Jesus. Por isso, é preciso que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que assim a Revelação chegue aos confins do mundo. [...] «Cristo Senhor, em quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma, tendo cumprido e promulgado pessoalmente o Evangelho antes prometido pelos profetas, mandou aos Apóstolos que o pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes assim os dons divinos» (Dei Verbum, 7).
A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras: oralmente, «pelos Apóstolos, que, na sua pregação oral, nos exemplos e nas instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, do trato e das obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo» (ibidem); por escrito, «por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação» (ibidem).
«Para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os bispos como seus sucessores, "entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério"» (ibidem). Com efeito, «a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão ininterrupta, até à consumação dos tempos» (Dei Verbum, 8).
Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, denomina-se Tradição, enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora estreitamente a ela ligada. Pela Tradição, «a Igreja, na sua doutrina, na sua vida e no seu culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo aquilo em que acredita» (ibidem). «Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante» (ibidem). Assim, a comunicação que o Pai fez de Si próprio, pelo seu Verbo, no Espírito Santo, continua presente e activa na Igreja.
A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras: oralmente, «pelos Apóstolos, que, na sua pregação oral, nos exemplos e nas instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, do trato e das obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo» (ibidem); por escrito, «por aqueles apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação» (ibidem).
«Para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os bispos como seus sucessores, "entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério"» (ibidem). Com efeito, «a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão ininterrupta, até à consumação dos tempos» (Dei Verbum, 8).
Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, denomina-se Tradição, enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora estreitamente a ela ligada. Pela Tradição, «a Igreja, na sua doutrina, na sua vida e no seu culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo aquilo em que acredita» (ibidem). «Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante» (ibidem). Assim, a comunicação que o Pai fez de Si próprio, pelo seu Verbo, no Espírito Santo, continua presente e activa na Igreja.
O mistério da vocação
Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), Carmelita, Doutora da Igreja
MS A, 2 r°-v°
Não vou fazer outra coisa senão começar a cantar o que eternamente devo repetir – «As misericórdias do Senhor»!!! (Sl 88,1) [...] Abrindo [...] o santo Evangelho, os meus olhos caíram sobre estas palavras: «Tendo Jesus subido a um monte, chamou a Si aqueles que lhe aprouve; e vieram para Ele».
Eis todo o mistério da minha vocação, da minha vida inteira e, sobretudo, o mistério dos privilégios de Jesus para com a minha alma... Não chama aqueles que são dignos, mas aqueles que Lhe apraz ou, como diz São Paulo: «Deus tem piedade de quem Ele quer e faz misericórdia a quem Ele quer fazer misericórdia. Não é portanto do que quer nem do que corre, mas de Deus que faz misericórdia» (Rom 9, 15-16).
Durante muito tempo me perguntei porque é que Deus tinha preferências, porque é que nem todas as almas recebiam igual medida de graças; admirava-me ao vê-Lo prodigalizar favores extraordinários aos Santos que o tinham ofendido, como São Paulo, Santo Agostinho e que Ele forçava, por assim dizer, a receber as Suas graças; ou então, ao ler a vida dos santos que Nosso Senhor Se comprazia em acarinhar, deste o berço à sepultura, sem permitir no seu caminho qualquer obstáculo que os impedisse de se elevarem para Ele. [...] Jesus dignou-se instruir-me acerca deste mistério. Colocou diante de mim o livro da natureza e compreendi que todas as flores que Ele criou são belas. [...] Quis criar os grandes santos que podem ser comparados aos lírios e às rosas; mas criou também outras, mais pequenas e estas devem contentar-se com ser margaridas ou violetas, destinadas a deleitar os olhares de Deus quando as curva aos Seus pés. A perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos...
MS A, 2 r°-v°
Não vou fazer outra coisa senão começar a cantar o que eternamente devo repetir – «As misericórdias do Senhor»!!! (Sl 88,1) [...] Abrindo [...] o santo Evangelho, os meus olhos caíram sobre estas palavras: «Tendo Jesus subido a um monte, chamou a Si aqueles que lhe aprouve; e vieram para Ele».
Eis todo o mistério da minha vocação, da minha vida inteira e, sobretudo, o mistério dos privilégios de Jesus para com a minha alma... Não chama aqueles que são dignos, mas aqueles que Lhe apraz ou, como diz São Paulo: «Deus tem piedade de quem Ele quer e faz misericórdia a quem Ele quer fazer misericórdia. Não é portanto do que quer nem do que corre, mas de Deus que faz misericórdia» (Rom 9, 15-16).
Durante muito tempo me perguntei porque é que Deus tinha preferências, porque é que nem todas as almas recebiam igual medida de graças; admirava-me ao vê-Lo prodigalizar favores extraordinários aos Santos que o tinham ofendido, como São Paulo, Santo Agostinho e que Ele forçava, por assim dizer, a receber as Suas graças; ou então, ao ler a vida dos santos que Nosso Senhor Se comprazia em acarinhar, deste o berço à sepultura, sem permitir no seu caminho qualquer obstáculo que os impedisse de se elevarem para Ele. [...] Jesus dignou-se instruir-me acerca deste mistério. Colocou diante de mim o livro da natureza e compreendi que todas as flores que Ele criou são belas. [...] Quis criar os grandes santos que podem ser comparados aos lírios e às rosas; mas criou também outras, mais pequenas e estas devem contentar-se com ser margaridas ou violetas, destinadas a deleitar os olhares de Deus quando as curva aos Seus pés. A perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos...
«Estabeleceu doze para estarem com Ele»: os Bispos, sucessores dos Apóstolos
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, § 26
Revestido da plenitude do sacramento da Ordem, o Bispo é o «administrador da graça do supremo sacerdócio» [oração da sagração episcopal no rito bizantino], principalmente na Eucaristia, que ele mesmo oferece ou providencia para que seja oferecida, e pela qual vive e cresce a Igreja. Esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais, aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas igrejas no Novo Testamento (Act 8,1; 14,22-23). Pois elas são, no local em que se encontram, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e com plena segurança (1 Ts 1,5). Nelas se congregam os fiéis pela pregação do Evangelho de Cristo e se celebra o mistério da Ceia do Senhor «para que o corpo da inteira fraternidade seja unido por meio da carne e do sangue do Senhor» [oração moçárabe].
Em qualquer comunidade que participa do altar sob o ministério sagrado do Bispo, é manifestado o símbolo do amor e da «unidade do Corpo místico, sem o que não pode haver salvação» [S. Tomás de Aquino]. Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou dispersas, está presente Cristo, por cujo poder se unifica a Igreja «una, santa, católica e apostólica» [Sto. Agostinho]. Pois «outra coisa não faz a participação no corpo e sangue de Cristo do que transformar-nos naquilo que recebemos» [S. Leão Magno] [...]
Deste modo, os Bispos, orando e trabalhando pelo povo, espalham multiforme e abundantemente a plenitude da santidade de Cristo. Pelo ministério da palavra, comunicam a força de Deus para a salvação dos que crêem (Rm 1,16) e, por meio dos sacramentos, cuja distribuição regular e frutuosa ordenam com a sua autoridade, santificam os fiéis.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, § 26
Revestido da plenitude do sacramento da Ordem, o Bispo é o «administrador da graça do supremo sacerdócio» [oração da sagração episcopal no rito bizantino], principalmente na Eucaristia, que ele mesmo oferece ou providencia para que seja oferecida, e pela qual vive e cresce a Igreja. Esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais, aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas igrejas no Novo Testamento (Act 8,1; 14,22-23). Pois elas são, no local em que se encontram, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e com plena segurança (1 Ts 1,5). Nelas se congregam os fiéis pela pregação do Evangelho de Cristo e se celebra o mistério da Ceia do Senhor «para que o corpo da inteira fraternidade seja unido por meio da carne e do sangue do Senhor» [oração moçárabe].
Em qualquer comunidade que participa do altar sob o ministério sagrado do Bispo, é manifestado o símbolo do amor e da «unidade do Corpo místico, sem o que não pode haver salvação» [S. Tomás de Aquino]. Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas e pobres, ou dispersas, está presente Cristo, por cujo poder se unifica a Igreja «una, santa, católica e apostólica» [Sto. Agostinho]. Pois «outra coisa não faz a participação no corpo e sangue de Cristo do que transformar-nos naquilo que recebemos» [S. Leão Magno] [...]
Deste modo, os Bispos, orando e trabalhando pelo povo, espalham multiforme e abundantemente a plenitude da santidade de Cristo. Pelo ministério da palavra, comunicam a força de Deus para a salvação dos que crêem (Rm 1,16) e, por meio dos sacramentos, cuja distribuição regular e frutuosa ordenam com a sua autoridade, santificam os fiéis.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 20 de Janeiro de 2012
Tendo subido a um monte, chamou a Si os que quis, e aproximaram-se d'Ele. Escolheu doze para que andassem com Ele e para os enviar a pregar, com poder de expulsar os demónios: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; e André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou.
Mc 3, 13-19
Mc 3, 13-19
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