Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Crescer da fé

«Todavia podemos igualmente dizer que na vida da fé cresce também uma certa evidência desta fé. A sua realidade toca-nos, e a experiência duma vida vivida na fé assegura-nos que de facto Cristo é o salvador do mundo.»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Testemunho de João


«No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É aquele de quem eu disse: 'Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.'
Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.» E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele. E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo'. Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus»

(Jo 1, 29-34)

Testemunhas autênticas

«Ouve-se repetir, com frequência hoje em dia, que este nosso século tem sede de autenticidade. A propósito dos jovens, sobretudo, afirma-se que eles têm horror ao fictício, aquilo que é falso e que procuram, acima de tudo, a verdade e a transparência.
Estes "sinais dos tempos" deveriam encontrar-nos vigilantes. Tacitamente ou com grandes brados, sempre porém com grande vigor, eles fazem-nos a pergunta: Acreditais verdadeiramente naquilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente aquilo que viveis?
Mais do que nunca, portanto, o testemunho da vida tornou-se uma condição essencial para a eficácia profunda da pregação. Sob este ângulo, somos, até certo ponto, responsáveis pelo avanço do Evangelho que nós proclamamos»

(Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 76 – Paulo VI)

São Paulo - As «Grande Epístolas» - V

Romanos (2)



Depois de uma longa saudação, cheia de interesse teológico, estende-se numa visão da humanidade não redimida, afastada e com inimizade com Deus depois da queda de Adão. Contempla a degradação moral dos gentios e os pecados semelhantes dos Judeus, para concluir com a absoluta necessidade da Redenção de Cristo para alcançar o perdão de Deus e a graça. Quatro noções nos parece importante sublinhar para entender a Epístola: o pecado, a morte, a carne e a Lei. Delas se tratará mais adiante, na Introdução à «Teologia» de São Paulo. O homem não redimido, submetido a essas quatro forças, só poderá livrar-se delas pela obra da Redenção operada por Cristo Jesus. A salvação provém, pois, unicamente de Jesus Cristo Nosso Senhor, e a ela aderimos pela fé, dom gratuito de Deus, não efeito das nossas obras. Mas uma vez abertos para a fé, e mediante o baptismo que nos enxerta em Cristo, podemos e devemos fazer o bem, praticar a virtude, pelo Espírito Santo, que habita em nós e completa a obra da justificação operada por Cristo, tornando-nos santos e filhos adoptivos do Pai. Assim passamos do estado de inimizade com Deus ao de amizade, do de irredenção ao da graça, a ser uma nova criatura, aberta à esperança da glória dos filhos de Deus.
Na segunda parte da Epístola São Paulo aplica a doutrina anterior à vida e ao comportamento do fiel que abraçou a fé: vêm então, como conclusão, as exigências morais da fé, da «vida no Espírito», e os conselhos práticos do Apóstolo para se saber conduzir no meio do mundo que os rodeia, ainda por remir, mas que deve aproximar-se da salvação.
A Epístola aos Romanos representa um momento cume da Revelação divina transmitida pelo Apóstolo. O resto das cartas aprofundará alguns dos aspectos já esboçados na teologia recolhida em Romanos.




(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 439-440) Continua