Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 7 de julho de 2012

Amar a Cristo...

Querido Jesus, alertaste os Teus discípulos e, através deles, a nós, que por causa do Teu nome haveriam divisões, que surgiriam falso cristos e profetas, hoje vemos grandes divisões entre aqueles que dizem Te servir e amar. Vemos tantos que embriagados nas suas convicções pessoais as sobrepõem aos Teus ensinamentos, persistindo nelas em detrimento de Ti, vemo-nos a nós próprios a ceder, mesmo que por breves instantes, em pensamento às trevas.

Rogamos-Te Senhor que nos concedas a todos a humildade e o discernimento de corrigirmos e arrepiarmos caminho, para melhor Te servir e para que o nosso percurso para Ti seja fonte de exemplo apostólico.

Louvado, amado e seguido seja Jesus Cristo Nosso Senhor hoje e sempre!

JPR

Bento XVI - a palavra "pecado" para muitos é ridícula (agradecimento 'É o Carteiro!')

É POSSÍVEL OFENDERMOS DEUS?

«Renunciais ao pecado para viver na liberdade dos filhos de Deus?». 

Hoje liberdade e vida cristã, observância dos mandamentos de Deus, caminham em direcções opostas; ser cristão seria como uma escravidão; liberdade é emancipar-se da fé cristã, emancipar-se – no final de contas – de Deus. 

A palavra pecado parece para muitos quase ridícula, porque dizem: «Como?! Não é possível ofender a Deus! Deus é tão grande, o que interessa a Deus, se eu faço um pequeno erro?

Não podemos ofender a Deus, o seu interesse é demasiado grande para ser ofendido por nós».

Parece verdade, mas não é assim.

Deus fez-se vulnerável.
Em Cristo crucificado vemos que Deus se fez vulnerável, fez-se vulnerável até à morte.

Deus interessa-se por nós porque nos ama, e o amor de Deus é vulnerabilidade, o amor de Deus é interesse pelo homem, o amor de Deus quer dizer que a nossa primeira preocupação deve ser não ferir, não destruir o seu amor, não fazer nada contra o seu amor porque, caso contrário, viveremos também contra nós mesmos e contra a nossa liberdade.

E, na realidade, esta liberdade aparente na emancipação de Deus torna-se imediatamente escravidão de muitas ditaduras do tempo, que devem ser seguidas para se ser considerado à altura do tempo.

CONGRESSO ECLESIAL DA DIOCESE DE ROMA
"LECTIO DIVINA" DO PAPA BENTO XVI
Basílica de São João de Latrão
Segunda-feira, 11 de Junho de 2012
[Vídeo- Improviso 

(Fonte: site da Santa Sé - texto completo em português AQUI)

A fraternidade cristã (Editorial)

Com uma homilia tão bonita quão profunda - que vai muito além da eventualidade, mas naturalmente a ilumina - Bento XVI celebrou a festa dos apóstolos Pedro e Paulo. Circundado segundo o costume pelos arcebispos metropolitanos aos quais entregou o pálio (provenientes este ano de vinte e duas Nações dos cinco continentes) e na presença de uma delegação da Igreja irmã de Constantinopla, numa basílica na qual se elevaram os cânticos maravilhosos do coro anglicano da Westminster Abbey juntamente com os da Sistina.


Não podia haver uma imagem mais eloquente da dimensão católica e ecuménica (dois sinónimos, não só etimologicamente) da Igreja e da fraternidade cristã que ela expressa. Uma fraternidade - tema já apreciado pelo jovem Ratzinger - que o Papa apresentou desta vez falando dos dois padroeiros principais da cidade, os nova sidera celebrados na segunda metade do século IV por Dâmaso. Como explicou Bento XVI, os dois apóstolos substituem não só as figuras míticas de Rómulo e Remo mas invertem a imagem trágica de Caim e Abel inaugurando "um novo modo de ser irmãos" tornado possível por Cristo.


Esta é a nova fraternidade cristã que Pedro e Paulo realizaram, inseparáveis "porque humanamente bastante diferentes um do outro e não obstante no seu relacionamento não tenham faltado conflitos", quis realçar o Papa em perfeita sintonia com os dados históricos da tradição cristã. Um profundo realismo teológico que Bento XVI aplicou logo a seguir à figura de Pedro, por graça de Deus pedra e rocha, isto é, "fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja". Mas este mesmo discípulo "que, por dom de Deus, pode tornar-se rocha sólida, manifesta-se também - insistiu o Pontífice - por aquilo que é, na sua debilidade humana": uma pedra angular à qual o Senhor pede para o seguir.


É esta a cena principal que antecipa e ilumina segundo Bento XVI o drama histórico do papado: fundamento da Igreja "graças à luz e à força que provêm do alto", luz e força que, sozinhas, podem transformar aquela "debilidade dos homens" presente ao longo dos séculos na própria Igreja. Mas estas debilidades e imperfeições que o Papa conhece e das quais se ocupa em primeira pessoa - não podem deixar de voltar à mente neste momento as palavras urgentes sobre a sujidade na Igreja pronunciadas pelo cardeal Ratzinger durante a Via-Sacra que presidiu em nome de João Paulo II pouco antes de ser eleito seu sucessor - o olhar de Bento XVI está fixo na promessa de Cristo de que o mal não terá a última palavra.


Promessa contida naquele non praevalebunt que Jesus dirige não ocasionalmente ao próprio Pedro e que o Papa já detecta na narração da vocação do profeta Jeremias. Com palavras de esperança que tranquilizam o primeiro dos apóstolos em relação ao futuro da Igreja. Palavras que se prolongam por "todos os tempos". 


GIOVANNI MARIA VIAN - Diretor


(© L'Osservatore Romano - 7 de julho de 2012)

Cinco anos depois, 'Summorum Pontificum' é letra morta em Portugal

Em todo o país há apenas uma celebração regular da missa gregoriana, em Fátima. Lisboa é a única capital europeia que não aplicou o motu próprio do Papa.

Faz hoje cinco anos que Bento XVI publicou o motu próprio Summorum Pontificum, no qual liberalizou o uso da missa gregoriana, muitas vezes referida como missa tridentina.

Nesse documento o Papa pedia aos bispos que fossem generosos na aplicação do documento, autorizando os grupos de fiéis que assim o pedissem a assistir a essa missa nas suas dioceses.

Cinco anos mais tarde, de todas as dioceses em Portugal, só em Fátima é que existe uma celebração regular da missa gregoriana, celebrada aos Domingos às 18h30 por um padre diocesano, na capela das irmãs Filhas de Maria Mãe da Igreja.

Lisboa é uma das únicas capitais europeias, a única entre os países de maioria católica, que não tem qualquer celebração regular daquela que passou a ser conhecida como a forma extraordinária do rito romano, desde a publicação do Summorum Pontificum. 

Já Moscovo, que tem cerca de 20 mil católicos residentes, tem três celebrações regulares e Copenhaga, com menos de 40 mil, tem uma mensal. 

Ignorância e medo 
Marco Paulo da Vinha, presidente da Una Voce Portugal, um movimento que procura promover o interesse pela missa gregoriana, explica que há várias razões para a ausência destas missas no país. 

“Há muita ignorância entre os fiéis. Muitas pessoas não fazem sequer ideia de que existe a possibilidade de assistirem a missas na forma extraordinária.” 

Por outro lado, nos poucos casos em que se tem manifestado interesse a resposta da hierarquia tem sido fria se não abertamente hostil. Marco Paulo da Vinha explica que houve pedidos formais pelo menos em Setúbal e em Lisboa. No primeiro caso a autorização foi negada, no caso da capital foram levantadas várias exigências por parte do Patriarcado e o processo acabou por não avançar. 

Para além de alguns fiéis, há padres que cultivam um interesse pela missa extraordinária, mas preferem nada dizer para não dar nas vistas e por medo de repercussões. 

De resto, há comunidades religiosas que têm missas privadas nas suas capelas mas que não as divulgam por receio das reacções ou, no caso do Patriarcado de Lisboa, pelo menos, por proibição do Patriarca. 

O presidente da Una Voce teve recentemente experiência disso ao tentar celebrar o seu casamento segundo a forma extraordinária. “Tentámos em duas dioceses. Em Leiria começaram por exigir um atestado em como todos os convidados estavam familiarizados com o rito, quando mostrámos que o Summorum Pontificum não faz essa exigência, o processo foi negado. Depois tentámos em Coimbra e o processo levou mais de cinco meses a ser aprovado”, explica. 

No fim, conseguida a autorização, surgiu a dificuldade de arranjar um sacerdote disposto a celebrar. “Os padres portugueses que sabem celebrar este rito não quiserem, para não se exporem. Foi preciso convidar um padre do estrangeiro”, para celebrar a missa daquele que foi o primeiro casamento tridentino no país desde a publicação do Summorum Pontificum.

Filipa d’Avillez

(Fonte: Rádio Renascença AQUI)

Imitação de Cristo, 2, 11, 5 - Quão poucos são os que amam a cruz de Jesus

Não tenha em grande conta o pouco que nele possa ser avaliado por grande: antes, confesse sinceramente que é um servo inútil, como nos ensina a Verdade. Quando tiverdes cumprido tudo que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis (Lc 17,10). Então, sim, o homem poderá chamar-se verdadeiramente pobre de espírito e dizer com o profeta: Sou pobre e só neste mundo (Sl 24,16). Entretanto, ninguém é mais poderoso, ninguém mais livre que aquele que sabe deixar-se a si e a todas as coisas e colocar-se no último lugar.

Estás obrigado a dar exemplo

Tens necessidade de vida interior e de formação doutrinal. Exige-te! – Tu, cavalheiro cristão, mulher cristã, tens de ser sal da terra e luz do mundo, porque estás obrigado a dar exemplo com um santo descaramento. Há-de urgir-te a caridade de Cristo e, ao sentires-te e saberes-te outro Cristo a partir do momento em que lhe disseste que o seguias, não te separarás dos teus semelhantes – os teus parentes, os teus amigos, os teus colegas –, da mesma maneira que o sal não se separa do alimento que condimenta. A tua vida interior e a tua formação abrangem a piedade e o critério que deve ter um filho de Deus, para temperar tudo com a sua presença activa. Pede ao Senhor para seres sempre esse bom condimento na vida dos outros. (Forja, 450)

Olhai que o Senhor anseia por nos conduzir com passos maravilhosos, divinos e humanos, que se traduzem numa abnegação feliz, de alegria com dor, de esquecimento de nós mesmos. Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo. Um conselho que já todos ouvimos. Temos de nos decidir a segui-lo de verdade: que o Senhor se sirva de nós para que, metidos em todas as encruzilhadas do mundo – e estando nós metidos em Deus – sejamos sal, levedura, luz. Tu, em Deus, para iluminar, para dar sabor, para aumentar, para fermentar.

Mas não te esqueças de que não somos nós quem cria essa luz; apenas a reflectimos. Não somos nós quem salva as almas, levando-as a praticar o bem. Somos apenas um instrumento, mais ou menos digno, para os desígnios salvíficos de Deus. Se alguma vez pensássemos que o bem que fazemos é obra nossa, voltaria a soberba, ainda mais retorcida; o sal perderia o sabor, a levedura apodreceria, a luz converter-se-ia em trevas. (Amigos de Deus, 250)


São Josemaría Escrivá

O Filho de Deus, carpinteiro na oficina de José

Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa 
Mensagem radiofónica de 01/05/1960


São José, guardião de Jesus, esposo castíssimo de Maria, que passaste a tua vida a cumprir o teu dever na perfeição, sustentando a Sagrada Família de Nazaré com o trabalho das tuas mãos, digna-te proteger aqueles que se voltam confiadamente para ti. Tu conheces as suas aspirações, as suas angústias, as suas esperanças; eles recorrem a ti porque sabem que em ti encontrarão alguém que os compreende e os protege. Também tu conheceste as provações, a fadiga, o cansaço; mas, mesmo no meio das preocupações da vida material, a tua alma, repleta da paz mais profunda, exultava com uma alegria inexprimível devido à intimidade com o Filho de Deus, confiado aos teus cuidados, e com Maria, Sua doce mãe.


Faz com que também aqueles que procuram a tua protecção compreendam que não estão sós no seu trabalho; que saibam descobrir Jesus a seu lado, acolhê-l'O com a graça, guardá-l'O fielmente como tu o fizeste. Faz com que em cada família, em cada oficina, em cada estaleiro, onde quer que trabalhe um cristão, todas as coisas sejam santificadas na caridade, na paciência, na justiça, na preocupação de fazer o bem, para que desçam sobre todos com abundância os dons do amor de Deus.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 8 de Julho de 2012

Tendo Jesus partido dali, foi para a Sua terra; e seguiram-n'O os discípulos. Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os Seus numerosos ouvintes admiravam-se e diziam: «Donde vêm a Este todas estas coisas que diz? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada? E como se operam tais maravilhas pelas Suas mãos? Não é Este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós as Suas irmãs?». E estavam perplexos a Seu respeito. Mas Jesus dizia-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa». E não pôde fazer ali milagre algum; apenas curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E admirava-Se da incredulidade deles. Depois, andava ensinando pelas aldeias circunvizinhas.


Mc 6, 1-6

'DEUS NUNCA FAZ FÉRIAS DE NÓS' de Joaquim Mexia Alves

Ali sentado, de frente para o mar, iniciava as suas férias.

Olhou para o alto e disse baixinho:
- Senhor, agora estou de férias e por isso vou também abrandar o meu ritmo de oração diária.
Sabes, levanto-me mais tarde, vou para a praia, quero estar assim sem pensar em nada, sem me preocupar com nada.
Perdoa-me, mas eu sei que Tu me entendes.

Deixou-se ficar assim e passado um pouco estranhou não sentir no coração aquela sensação de resposta de Deus, que sempre sentia mais ou menos “visível” quando a Ele se dirigia em oração.

Passado um pouco mais de tempo, começou mesmo a ficar preocupado, pois parecia-lhe que a presença constante de Deus a seu lado, que ele sentia mesmo “sem sentir”, ou seja, uma presença inexplicável, mas segura, continuava a não se fazer presente.

Baixou a cabeça e baixinho perguntou:
- Senhor, Tu estás aí?

Nada!
Nem sequer uma leve sensação de presença se sentiu no seu ser, no seu coração.

Voltou a perguntar, num tom já um pouco mais alto:
- Senhor, Tu estás aí, não estás?

Nada, rigorosamente nada!
Começou a ficar angustiado! Aquilo nunca lhe tinha acontecido!

Sem se preocupar se alguém o ouvia, gritou:
- Senhor, responde-me! Estás aí, não estás?

Ouviu então uma voz no seu coração que lhe dizia:
- Chamaste? Passa-se alguma coisa?

Aliviado respondeu:
- Não, Senhor, não se passa nada! É que fiquei preocupado, pois chamava por Ti e Tu não me respondias! Senti-me tão sozinho!

Ouviu então a resposta com a ternura a que estava habituado:
- Ah, estavas preocupado, desculpa.
É que como decidiste fazer férias de Mim, Eu achei que também era bom fazer umas férias de Ti e dedicar-me um pouco mais aos outros, por isso não te ouvi chamar!

Graças a Deus, que Deus nunca faz férias de nós, se não ficaríamos tão sós que a vida não teria sentido.


Não façamos nós também férias de Deus, mas aproveitemos as férias, para no descanso darmos graças a Deus e na contemplação da natureza, no lazer e nos divertimentos, encontrarmos Deus e com Ele partilharmos todos esses momentos.


Aproveitemos também as férias para estarmos mais com a família e sobretudo chamarmos Deus a estar ainda mais connosco, em família.
Obrigado, Senhor, porque nunca fazes férias de nós.

Nota:
Com este leve e simples texto inicio um período de semi-férias, em que a minha presença aqui poderá não ser tão assídua.
A todos umas boas férias sempre com Deus, para Deus e em Deus

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/07/deus-nunca-faz-ferias-de-nos.html

Oração pelo descanso, durante as merecidíssimas férias, de Bento XVI

Ó Imaculada Rainha e Mãe da Igreja,
que sempre protegeste com o Teu manto os Romanos Pontífices,
nós de coração cheio de amor pelo Vosso Filho Jesus Cristo Nosso Senhor,
vos rogamos que por Vossa intercessão protejais e concedeis o merecido repouso  
ao nosso amadíssimo sucessor de Pedro e Vigário do Vosso Filho na terra, Bento, no período de férias que ora inicia.

Querida Mãe,
Ajudai vos suplicamos, o Santo Padre a carregar o peso da enormíssima responsabilidade que recai sobre os seu ombros, para que nos continue a guiar na firmeza da Fé e no amor à Santíssima Trindade e à Igreja fundada pela Sua Segunda Pessoa, Aquele que imaculada e carinhosamente trouxeste no Vosso ventre.

Assim seja!

JPR

7 de Julho de 1935 – data de entrada do estudante de engenharia Álvaro del Portillo no Opus Dei



«… completa-se outro aniversário do dia em que D. Álvaro respondeu ao Senhor: “Aqui estou!”. Uma atitude que renovava com frequência, cheio de gratidão para com o nosso Deus que, como com todos, não cessava de ir ao seu encontro. Falou-nos muitas vezes de fidelidade: era o que trazia na alma. Aprendamos»

(Carta de Julho de 2008 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría – citação a partir do site brasileiro)

O verdadeiro crente



«Um crente que se deixa formar e conduzir na fé da Igreja deveria ser, com todas as suas fraquezas e todas as suas dificuldades, uma janela para a luz de Deus vivo, e se verdadeiramente o crê também o é de facto. Contra as forças que sufocam a verdade, contra este muro de preconceitos que em nós bloqueia o olhar para Deus, o crente deveria ser uma força antagonista.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

«O esposo está com eles»

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja

Uma pessoa que ama outra e que lhe faz bem ama-a e faz-lhe bem segundo as suas qualidades, segundo as suas propriedades pessoais. É assim que age o teu Esposo, que em ti reside enquanto omnipotente: ama-te e faz-te bem segundo a Sua omnipotência.

Infinitamente sábio, Ele ama-te e faz-te bem segundo a extensão da Sua sabedoria. Infinitamente bom, Ele ama-te e faz-te bem segundo a extensão da Sua bondade. Infinitamente santo, Ele ama-te e faz-te bem segundo a extensão da Sua santidade. Infinitamente justo, Ele ama-te e concede-te as Suas graças segundo a extensão da Sua justiça. Infinitamente misericordioso, clemente e compassivo, Ele faz-te experimentar a Sua clemência e a Sua compaixão. Forte, delicado, sublime em Seu ser, Ele ama-te de maneira forte, delicada e sublime. Infinitamente puro, ama-te segundo a extensão da Sua pureza. Soberanamente verdadeiro, ama-te segundo a extensão da Sua verdade.

Infinitamente generoso, ama-te e cumula-te de graças, segundo a extensão da Sua generosidade, sem qualquer interesse pessoal e visando apenas fazer-te bem. Soberanamente humilde, ama-te com humildade soberana e com soberana estima.

Eleva-te até Si, a ti Se descobre alegremente, com uma face cheia de graça, nesta via dos conhecimentos que te dá. E tu ouve-Lo dizer-te: «Sou teu e por ti; alegro-me por ser o que sou, a fim de Me dar a ti e de ser teu para sempre.» Quem poderá exprimir o que sentes, alma bem-aventurada, vendo-te amada a este ponto, vendo-te tida por Deus em semelhante estima?

O jejum dos amigos do noivo

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja 


«Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?» Porquê? Porque, para vós, o jejum pertence à lei e não é um dom espontâneo. O jejum em si mesmo não tem valor, o que conta é o desejo de quem jejua. Que proveito pensais ganhar jejuando contrariados e forçados? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade: converte os corações, desenraíza o mal, arranca o pecado, enterra o vício, semeia a caridade; mantém a fecundidade e prepara a colheita da inocência. Os discípulos de Cristo estão colocados no coração do campo maduro da santidade: recolhem molhos de virtudes e gozam do Pão da nova colheita; por conseguinte, não podem praticar jejuns doravante prescritos. [...] 


«Porque é que os Teus discípulos não jejuam?» O Senhor responde-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles?» Aquele que toma mulher põe o jejum de lado, abandona a austeridade; entrega-se totalmente à alegria, participa nos banquetes; mostra-se em tudo afectuoso, delicado e alegre; faz tudo o que a sua afeição pela esposa lhe inspira. Cristo celebrava as Suas núpcias com a Igreja: por isso, tomava parte nas refeições, não recusava convites; cheio de benevolência e de amor, mostrava-Se humano, acessível, amável. É que Ele desejava unir o homem a Deus, e fazer dos Seus companheiros membros da família divina.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 7 de Julho de 2012

Então foram ter com Ele os discípulos de João e disseram-Lhe: «Qual é a razão por que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem estar tristes os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo e então eles jejuarão. Ninguém deita um remendo de pano novo em vestido velho, porque este remendolevaria consigo uma parte do vestido e ficava pior o rasgão. Nem se deita vinho novo em odres velhos; doutro modo rebentam os odres, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e assim ambas as coisas se conservam».


Mt 9, 14-17