Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Obras é que são amores, e não boas palavras

O outro aniversário que celebramos na mesma data (14 de fevereiro) – o da fundação da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz – fala-nos também de nos excedermos com alegria para fazer aos outros a vida pacífica e agradável. No Opus Dei, como S. Josemaria ensinou incansavelmente, todos somos iguais. Só há uma diferença prática: os sacerdotes têm mais obrigação que os outros de pôr o seu coração no chão, como um tapete, para que os seus irmãos caminhem suavemente (…). Hão de ser firmes, amáveis, afetuosos, alegres: especiais servidores – sempre com sossego e alegria – dos filhos de Deus na Sua Obra [17] e de todas as almas. São, em qualquer situação e circunstância em que se encontrem, instrumentos de unidade.

Não me detenho referindo outras celebrações litúrgicas e familiares que ocorrem neste mês: o início da Quaresma, o aniversário da locução divina – Obras é que são amores, e não boas palavras – que o nosso Padre ouviu, no fundo da sua alma, a 16 de fevereiro de 1932 [18], o aniversário do Decrétum láudis à Obra por parte da Santa Sé, em 1947… Cada uma, cada um de nós, podemos tirar consequências pessoais nos nossos tempos de oração. Muitas coisas vos podia contar de como S. Josemaria cuidava da família do Opus Dei. Apenas vos conto uma.

Quando as suas filhas foram para o Japão a fim de lá iniciarem o trabalho apostólico com as mulheres, enquanto navegavam até àquele Arquipélago, ele acompanhou-as com a oração e o pensamento, em cada instante. E nas suas cartas aos Vigários, quando começavam o trabalho nos diversos países, ficou registado o seu interesse em preparar a chegada das mulheres da Obra. Dizia a cada um: encarrega-te de abrir caminho, para que em breve as tuas irmãs possam começar. E assim fica completo o Opus Dei também aí.

Não sei explicar o motivo pelo qual o nosso Padre me levou, numa altura em que não estava lá ninguém, à nova zona da Administração, que foi a primeira destes edifícios de Villa Tevere. Fiquei com a impressão de que nos queria mostrar que, para tudo funcionar, a prioridade nos Centros – depois do Sacrário – são sempre as suas filhas. Era evidente o contraste entre o seu interesse em que a Administração estivesse perfeitamente concluída e o interesse pela parte da residência ocupada por ele próprio e pelos seus filhos.

Ao rezar pela pessoa e intenções do Santo Padre, tenhamos presente o Consistório e a nomeação de novos cardeais que o Papa Francisco anunciou para este mês. Nessa oração, pedi pelos colaboradores do Romano Pontífice, bem unidos às minhas intenções.

[17]. S. Josemaria, Carta, 8-VIII-1956, n. 7.
[18]. Cfr. S. Josemaria, Caminho, n. 933.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de fevereiro de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Bom Domingo do Senhor!

Sejamos como a sogra de S. Pedro e como nos narra o Evangelho de hoje (Mc 1, 29-39) respondamos às graças recebidas com uma total entrega ao Senhor e ao próximo, disponibilizando-nos a servir com amor e gratidão.

Senhor ajuda-nos a servir-Te com alegria e total entrega!

Ele está presente pela fé

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho de Marcos, n°2C

Se Jesus Se aproximasse de nós e nos curasse da febre com uma simples palavra! Porque cada um de nós tem a sua febre. Quando me irrito, tenho febre – tantos vícios, outras tantas febres. Peçamos aos apóstolos que supliquem a Jesus que Se aproxime de nós, que nos toque com a mão. Se o fizer, a febre desaparecerá imediatamente, porque Jesus é um excelente médico. É Ele o verdadeiro, o grande médico, o primeiro de todos os médicos. [...] Ele descobre o segredo de todas as doenças; e não nos toca no ouvido, nem na testa, [...] mas na mão, ou seja, nas más obras. [...]

Jesus aproxima-Se da doente, porque esta não podia levantar-se e correr para Aquele que entrava em sua casa. Mas é Ele, o médico cheio de misericórdia, que Se aproxima do leito, Ele que trouxera a ovelha perdida aos ombros (Lc 15,5). [...] Aproxima-Se de Sua livre vontade; é Ele que toma a iniciativa da cura. Aproxima-Se desta mulher e diz-lhe: «Tu devias ter vindo ter Comigo; devias ter vindo receber-Me à porta, para que a tua cura não resultasse apenas da Minha misericórdia, mas também da tua vontade. Mas, visto que estás prostrada pela febre e não podes levantar-te, sou Eu que venho ter contigo.»

Jesus, «aproximando-Se, tomou-a pela mão». Quando corremos perigo, como Pedro no alto mar, e o mundo parece prestes a desmoronar-se, Jesus toma-nos pela mão e levanta-nos (Mt 14,31). Jesus levanta esta mulher tomando-a pela mão: toma-lhe a mão na Sua. Bendita amizade, esplendido abraço! [...] Jesus toma esta mão como médico, apercebendo-Se da intensidade da febre, Ele que é simultaneamente médico e medicamento. Tocou nela e a febre deixou-a. Que Ele toque igualmente na nossa mão, que cure as nossas obras. [...] Levantemo-nos, permaneçamos de pé. [...] Talvez me pergunteis: «Onde está Jesus?» Está aqui, diante de nós: «No meio de vós está Quem vós não conheceis. O reino de Deus está entre vós (Jo 1,26; Lc 17,21).