Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Domingo 18 de novembro na Paróquia de Telheiras em Lisboa missa para famílias com crianças

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Santa paciência

A obra social do Calvário, em Paredes, acolhe 64 pessoas incapazes de se valerem economicamente, a maioria com demência, outras sem família e desinseridas na sociedade. Um grande número de voluntários colabora, conferindo àquela casa um ambiente alegre e, tanto quanto possível, familiar. É normal encontrar por lá médicos, juízes, professores, a fazer camas ou a limpar o chão, ao lado de camponeses e outros colaboradores. Recentemente, a Direcção e os voluntários decidiram homenagear um antigo Director, homem generoso, mas de carácter áspero, com muita idade, protagonista, há anos, de diferendos azedos com as autoridades da Segurança Social. O Calvário guarda dele uma recordação de disponibilidade, tal como a Segurança Social se lembra bem dele, mas sem afecto nenhum. Assim, quando o Calvário promoveu a apresentação de um livro com textos dele (sábado 27 de Outubro), a Segurança Social comemorou à sua maneira.

No dia 7 de Novembro, de manhã, uma equipa de reportagem do «Porto Canal» percorreu as ruas de Paredes à procura de queixas, sem grande êxito, e, à tarde, a frota de carrinhas da Segurança Social irrompeu na Casa para retirar os doentes, com o argumento de que a vigilância era insuficiente. Os pobres doentes gritavam, choravam, alguns procuraram resistir, mas a equipa da Segurança Social continuou a esvaziar os quartos. Já tinham removido 40 utentes da casa, quando o Director exigiu a presença da polícia e que lhe mostrassem a ordem de despejo, emanada da autoridade competente: sem isso, não permitia a saída de mais ninguém. A ordem não apareceu, a GNR não quis colaborar com a Segurança Social e, por essa razão, permaneceram na casa os últimos 8 doentes e uma comunidade de 15 homens sem autonomia.

Depois desta evacuação em nome da segurança (é caso para dizer, em nome da Segurança Social), apareceram as famílias, incrédulas, a perguntar pelo paradeiro dos doentes. Gonçalo de Sousa, marido de uma utente, queria saber dela: «Estou muito preocupado. Fui alertado por uma pessoa amiga. A minha mulher sofre de demência e estou um bocadinho em pânico, alarmadíssimo», diz o homem. «Ela aqui estava bem, tratavam bem dela, estava resguardada da sociedade. Sou tutor dela designado pelo tribunal; não sei para onde ela foi, não sei de nada. Isto foi tudo feito à revelia dos familiares».

Demorou alguns dias a saber-se que os doentes tinham sido dispersos por locais a grande distância de Paredes. Novamente as famílias protestaram: «Agora, como é que eu o vou visitar todos os dias?».

Projeto nova Igreja de Telheiras
Em Telheiras, um bairro novo da cidade de Lisboa, a Junta de Freguesia pediu à Paróquia que cedesse uma parte do terreno destinado à igreja, para construir uma escola. A Paróquia foi generosa, a escola foi construída e está a funcionar. Entretanto, a Paróquia elaborou o projecto da igreja e lançou o concurso para a sua construção. Aí, levantaram-se uns activistas do bairro, alarmados com o perigo de ter uma igreja próxima de uma escola. Alguns jornais juntaram-se ao coro e a Câmara Municipal decidiu que o terreno destinado à igreja (o que restava dele) se transformasse em jardim público.

Outro desafio à paciência é a fixação maçónica em relação ao Mosteiro de Alcobaça. Perduram nessa região os frutos de cultura e desenvolvimento dos muitos séculos de presença dos monges cistercienses em Alcobaça, desde os alvores da nacionalidade (1153) até à perseguição (1834) que os expulsou. Mas também se nota, desde o século XIX, o empenho maçónico de vingar esses séculos de cristianismo, que foram a alma de Portugal e tiveram em Alcobaça um dos seus focos mais activos de irradiação.

Até à investida maçónica, Alcobaça tinha cinco igrejas, além do mosteiro. As três que não eram particulares foram demolidas, pedra a pedra, para não poderem ser reconstruídas, incluindo a grande igreja paroquial barroca. Para maior segurança, ocuparam-se os terrenos com edifícios e, no sítio onde estava a igreja paroquial fronteira ao mosteiro, instalou-se a sede da Maçonaria.

Desde há mais de um século, com algumas tréguas, Alcobaça é um campo de batalha contra Cristo. A única igreja paroquial que sobrevive é a do mosteiro, sob a alçada de uma Directora, nomeada pelo Ministério da Cultura, que gasta o seu tempo e o dinheiro dos contribuintes a obstaculizar a utilização religiosa dos espaços reservados aos crentes. Como é a única igreja que lhes resta, os católicos montam guarda para proteger o Santíssimo Sacramento e ...aguentam! Mas muitos protestam. O caso chegou a tal ponto que os deputados do Partido Socialista eleitos por aquela região interpelaram o seu Governo, na Assembleia da República, informando-o do descontentamento popular e pedindo moderação.

Paciência com os autores destas tropelias? Mais do que isso. A Igreja ensina-nos a rezar por eles, para termos a alegria de nos encontrarmos com eles no Céu.
José Maria C.S. André

“Encarniçamento terapêutico”

«A cessação de tratamentos médicos onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionados aos resultados esperados, pode ser legítima. É a rejeição do ”encarniçamento terapêutico”. Não que assim se pretenda dar a morte; simplesmente se aceita o facto de a não poder impedir. As decisões devem ser tomadas pelo paciente se para isso tiver competência e capacidade; de contrário, por quem para tal tenha direitos legais, respeitando sempre a vontade razoável e os interesses legítimos do paciente».

(Catecismo da Igreja Católica § 2278)

Evangelho do dia 16 de novembro de 2018

Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também quando vier o Filho do Homem. Comiam e bebiam, tomavam mulher e marido, até ao dia em que Noé entrou na arca; e veio o dilúvio, que exterminou a todos. Como sucedeu também no tempo de Lot; comiam e bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou a todos. Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. Nesse dia quem estiver no terraço e tiver os seus móveis em casa, não desça a tomá-los; da mesma sorte, quem estiver no campo, não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot. Quem procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; quem a perder, salvá-la-á. Eu vos digo: Nessa noite, de duas pessoas que estiverem num leito, uma será tomada e a outra deixada. Duas mulheres estarão a moer juntas, uma será tomada e a outra deixada!». Omitido na Neo-Vulgata. Os discípulos disseram-Lhe: «Onde será isso, Senhor?». Ele respondeu-lhes: «Onde quer que estiver o corpo, juntar-se-ão aí também as águias».

Lc 17, 26-37