Na Tua presença, lembro o Papa que está em Portugal. A sua visita enche-me de alegria e esperança.
Alegria, porque o meu Pai na Fé, veio visitar-me; esperança que esta visita traga a Portugal e aos portugueses uma lufada de rejuvenescimento da Fé, do amor a Deus, do cumprimento da Sua Lei, respeito pela vida humana desde o início da sua formação até ao derradeiro alento, de solidariedade entre todos e, sobretudo, para com aqueles que mais carecem dela, de paz social entre as pessoas e as instituições do Estado, da justiça na sociedade tendo em consideração que todos, sem excepção, somos filhos de Deus e, de modo muito especial, pela santidade da Igreja em Portugal e dos seus membros: Bispos, Sacerdotes, Consagrados e Fiéis.
(AMA, meditação, 2010.05.11)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 12 de maio de 2010
ACTO DE CONFIANÇA E CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
ORAÇÃO DO PAPA BENTO XVI
Igreja da Santíssima Trindade – Fátima - Quarta-feira, 12 de Maio de 2010
Mãe Imaculada,
neste lugar de graça,
convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,
Sumo e Eterno Sacerdote, nós,
filhos no Filho e seus sacerdotes,
consagramo-nos ao vosso Coração materno,
para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.
Estamos cientes de que, sem Jesus,
nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)
e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,
seremos para o mundo
instrumentos de salvação.
Esposa do Espírito Santo,
alcançai-nos o dom inestimável
da transformação em Cristo.
Com a mesma força do Espírito que,
estendendo sobre Vós a sua sombra,
Vos tornou Mãe do Salvador,
ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,
nasça em nós também.
E assim possa a Igreja
ser renovada por santos sacerdotes,
transfigurados pela graça d'Aquele
que faz novas todas as coisas.
Mãe de Misericórdia,
foi o vosso Filho Jesus que nos chamou
para nos tornarmos como Ele:
luz do mundo e sal da terra
(cf. Mt 5, 13-14).
Ajudai-nos,
com a vossa poderosa intercessão,
a não esmorecer nesta sublime vocação,
nem ceder aos nossos egoísmos,
às lisonjas do mundo
e às sugestões do Maligno.
Preservai-nos com a vossa pureza,
resguardai-nos com a vossa humildade
e envolvei-nos com o vosso amor materno,
que se reflecte em tantas almas
que Vos são consagradas
e se tornaram para nós
verdadeiras mães espirituais.
Mãe da Igreja,
nós, sacerdotes,
queremos ser pastores
que não se apascentam a si mesmos,
mas se oferecem a Deus pelos irmãos,
nisto mesmo encontrando a sua felicidade.
Queremos,
não só por palavras mas com a própria vida,
repetir humildemente, dia após dia,
o nosso « eis-me aqui».
Guiados por Vós,
queremos ser Apóstolos
da Misericórdia Divina,
felizes por celebrar cada dia
o Santo Sacrifício do Altar
e oferecer a quantos no-lo peçam
o sacramento da Reconciliação.
Advogada e Medianeira da graça,
Vós que estais totalmente imersa
na única mediação universal de Cristo,
solicitai a Deus, para nós,
um coração completamente renovado,
que ame a Deus com todas as suas forças
e sirva a humanidade como o fizestes Vós.
Repeti ao Senhor aquela
vossa palavra eficaz:
« não têm vinho » (Jo 2, 3),
para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,
como que numa nova efusão,
o Espírito Santo.
Cheio de enlevo e gratidão
pela vossa contínua presença no meio de nós,
em nome de todos os sacerdotes quero,
também eu, exclamar:
« Donde me é dado que venha ter comigo
a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).
Mãe nossa desde sempre,
não Vos canseis de nos visitar,
consolar, amparar.
Vinde em nosso socorro
e livrai-nos de todo o perigo
que grava sobre nós.
Com este acto de entrega e consagração,
queremos acolher-Vos de modo
mais profundo e radical,
para sempre e totalmente,
na nossa vida humana e sacerdotal.
Que a vossa presença faça reflorescer o deserto
das nossas solidões e brilhar o sol
sobre as nossas trevas,
faça voltar a calma depois da tempestade,
para que todo o homem veja a salvação
do Senhor,
que tem o nome e o rosto de Jesus,
reflectida nos nossos corações,
para sempre unidos ao vosso!
Assim seja!
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
Igreja da Santíssima Trindade – Fátima - Quarta-feira, 12 de Maio de 2010
Mãe Imaculada,
neste lugar de graça,
convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,
Sumo e Eterno Sacerdote, nós,
filhos no Filho e seus sacerdotes,
consagramo-nos ao vosso Coração materno,
para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.
Estamos cientes de que, sem Jesus,
nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)
e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,
seremos para o mundo
instrumentos de salvação.
Esposa do Espírito Santo,
alcançai-nos o dom inestimável
da transformação em Cristo.
Com a mesma força do Espírito que,
estendendo sobre Vós a sua sombra,
Vos tornou Mãe do Salvador,
ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,
nasça em nós também.
E assim possa a Igreja
ser renovada por santos sacerdotes,
transfigurados pela graça d'Aquele
que faz novas todas as coisas.
Mãe de Misericórdia,
foi o vosso Filho Jesus que nos chamou
para nos tornarmos como Ele:
luz do mundo e sal da terra
(cf. Mt 5, 13-14).
Ajudai-nos,
com a vossa poderosa intercessão,
a não esmorecer nesta sublime vocação,
nem ceder aos nossos egoísmos,
às lisonjas do mundo
e às sugestões do Maligno.
Preservai-nos com a vossa pureza,
resguardai-nos com a vossa humildade
e envolvei-nos com o vosso amor materno,
que se reflecte em tantas almas
que Vos são consagradas
e se tornaram para nós
verdadeiras mães espirituais.
Mãe da Igreja,
nós, sacerdotes,
queremos ser pastores
que não se apascentam a si mesmos,
mas se oferecem a Deus pelos irmãos,
nisto mesmo encontrando a sua felicidade.
Queremos,
não só por palavras mas com a própria vida,
repetir humildemente, dia após dia,
o nosso « eis-me aqui».
Guiados por Vós,
queremos ser Apóstolos
da Misericórdia Divina,
felizes por celebrar cada dia
o Santo Sacrifício do Altar
e oferecer a quantos no-lo peçam
o sacramento da Reconciliação.
Advogada e Medianeira da graça,
Vós que estais totalmente imersa
na única mediação universal de Cristo,
solicitai a Deus, para nós,
um coração completamente renovado,
que ame a Deus com todas as suas forças
e sirva a humanidade como o fizestes Vós.
Repeti ao Senhor aquela
vossa palavra eficaz:
« não têm vinho » (Jo 2, 3),
para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,
como que numa nova efusão,
o Espírito Santo.
Cheio de enlevo e gratidão
pela vossa contínua presença no meio de nós,
em nome de todos os sacerdotes quero,
também eu, exclamar:
« Donde me é dado que venha ter comigo
a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).
Mãe nossa desde sempre,
não Vos canseis de nos visitar,
consolar, amparar.
Vinde em nosso socorro
e livrai-nos de todo o perigo
que grava sobre nós.
Com este acto de entrega e consagração,
queremos acolher-Vos de modo
mais profundo e radical,
para sempre e totalmente,
na nossa vida humana e sacerdotal.
Que a vossa presença faça reflorescer o deserto
das nossas solidões e brilhar o sol
sobre as nossas trevas,
faça voltar a calma depois da tempestade,
para que todo o homem veja a salvação
do Senhor,
que tem o nome e o rosto de Jesus,
reflectida nos nossos corações,
para sempre unidos ao vosso!
Assim seja!
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
CELEBRAÇÃO DAS VÉSPERAS COM OS SACERDOTES, RELIGIOSOS, SEMINARISTAS E DIÁCONOS - DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
Igreja da SS.ma Trindade - Fátima - Quarta-feira, 12 de Maio de 2010
Queridos irmãos e irmãs,
«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher […] para nos tornar seus filhos adoptivos» (Gal 4, 4.5). A plenitude dos tempos chegou, quando o Eterno irrompeu no tempo; por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do Altíssimo foi concebido e fez-Se homem no seio de uma mulher: a Virgem Mãe, tipo e modelo excelso da Igreja crente. Esta não cessa de gerar novos filhos no Filho, que o Pai quis primogénito de muitos irmãos. Cada um de nós é chamado a ser, com Maria e como Maria, um sinal humilde e simples da Igreja que continuamente se oferece como esposa nas mãos do seu Senhor.
A todos vós que doastes a vida a Cristo, desejo nesta tarde exprimir o apreço e reconhecimento eclesial. Obrigado pelo vosso testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil; obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja. Em Jesus presente na Eucaristia, abraço os meus irmãos no sacerdócio e os diáconos, consagradas e consagrados, seminaristas e membros dos movimentos e novas comunidades eclesiais aqui presentes. Queira o Senhor recompensar, como só Ele sabe e pode fazer, quantos tornaram possível encontrarmo-nos aqui junto de Jesus Eucaristia, designadamente a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios com o seu Presidente, Dom António Santos, a quem agradeço as palavras repassadas de afecto colegial e fraterno pronunciadas no início das Vésperas. Neste ideal «cenáculo» de fé que é Fátima, a Virgem Mãe indica-nos o caminho para a nossa oblação pura e santa nas mãos do Pai.
Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão, nomeadamente da pessoa consagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação, como discípulo que quer seguir o Senhor. A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo Sacerdote. «Se o Baptismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). Neste Ano Sacerdotal, já a caminho do fim, uma graça abundante desça sobre todos vós para viverdes a alegria da consagração e testemunhardes a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo. Isto supõe, evidentemente, uma verdadeira intimidade com Cristo na oração, pois será a experiência forte e intensa do amor do Senhor que há-de levar os sacerdotes e os consagrados a corresponderem ao seu amor de modo exclusivo e esponsal.
Esta vida de especial consagração nasceu como memória evangélica para o povo de Deus, memória que manifesta, atesta e anuncia a toda a Igreja o radicalismo evangélico e a vinda do Reino. Pois bem, queridos consagrados e consagradas, com o vosso empenho na oração, na ascese, no progresso da vida espiritual, na acção apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste, antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho! Muitos dos nossos irmãos vivem como se não houvesse um Além, sem se importar com a própria salvação eterna. Os homens são chamados a aderir ao conhecimento e ao amor de Deus, e a Igreja tem a missão de os ajudar nesta vocação. Bem sabemos que Deus é senhor dos seus dons; e a conversão dos homens é graça. Mas somos responsáveis pelo anúncio da fé, da totalidade da fé, e das suas exigências. Queridos amigos, imitemos o Cura d’Ars que assim rezava ao bom Deus: «Concedei-me a conversão da minha paróquia, e eu estou pronto a sofrer o que Vós quiserdes, todo o resto da vida». E tudo fez para arrancar as pessoas à própria tibieza a fim de as reconduzir ao amor.
Há uma solidariedade profunda entre todos os membros do Corpo de Cristo: não é possível amá-Lo, sem amar os seus irmãos. Foi para a salvação deles que João Maria Vianney quis ser sacerdote: «Ganhar as almas para o Bom Deus», declarava ele ao anunciar a sua vocação, aos dezoito anos de idade, tal como Paulo dizia: «Ganhar a todos» (1 Cor 9, 19). O Vigário Geral tinha-lhe dito: «Não há muito amor de Deus na paróquia, vós introduzi-lo-eis». E, na sua paixão sacerdotal, o santo pároco era misericordioso como Jesus no encontro com cada pecador. Preferia insistir sobre o lado atraente da virtude, sobre a misericórdia de Deus diante da qual os nossos pecados são «grãos de areia». Mostrava a ternura de Deus ofendida. Temia que os sacerdotes «se insensibilizassem» e habituassem à indiferença dos seus fiéis: «Ai do Pastor – advertia – que fica calado ao ver Deus ultrajado e as almas perderem-se!»
Amados irmãos sacerdotes, neste lugar que Maria fez tão especial, tendo diante dos olhos a sua vocação de discípula fiel do Filho Jesus desde a sua conceição até à Cruz e depois no caminho da Igreja nascente, considerai a graça inaudita do vosso sacerdócio. A fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança, mas o Senhor quer também que saibais unir as vossas forças; sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente. Os momentos de oração e estudo em comum, de partilha das exigências da vida e trabalho sacerdotal são uma parte necessária da vossa vida. Como é maravilhoso quando vos acolheis uns aos outros nas vossas casas, com a paz de Cristo nos vossos corações! Como é importante que vos ajudeis mutuamente por meio da oração e com conselhos e discernimentos úteis! Particular atenção vos devem merecer as situações de um certo esmorecimento dos ideais sacerdotais ou a dedicação a actividades que não concordem integralmente com o que é próprio de um ministro de Jesus Cristo. Então é hora de assumir, juntamente com o calor da fraternidade, a atitude firme do irmão que ajuda seu irmão a manter-se de pé.
Embora o sacerdócio de Cristo seja eterno (cf. Heb 5, 6), a vida dos sacerdotes é limitada. Cristo quer que outros perpetuem ao longo dos tempos o sacerdócio ministerial por Ele instituído. Por isso mantende, dentro de vós e ao vosso redor, a inquietude por suscitar – secundando a graça do Espírito Santo – novas vocações sacerdotais entre os fiéis. A oração confiante e perseverante, o amor jubiloso à própria vocação e um dedicado trabalho de direcção espiritual permitir-vos-ão discernir o carisma vocacional naqueles que são chamados por Deus.
A vós, queridos seminaristas, que já destes o primeiro passo para o sacerdócio e estais a preparar-vos no Seminário Maior ou nas Casas de Formação Religiosa, o Papa encoraja-vos a serdes conscientes da grande responsabilidade que ides assumir: examinai bem as intenções e as motivações; dedicai-vos com ânimo forte e espírito generoso à vossa formação. A Eucaristia, centro da vida do cristão e escola de humildade e serviço, deve ser o objecto principal do vosso amor. A adoração, a piedade e o cuidado do Santíssimo Sacramento, durante estes anos de preparação, farão com que um dia celebreis o Sacrifício do Altar com unção edificante e verdadeira.
Neste caminho de fidelidade, amados sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos comprometidos, guia-nos e acompanha-nos a Bem-aventurada Virgem Maria. Com Ela e como Ela somos livres para ser santos; livres para ser pobres, castos e obedientes; livres para todos, porque desapegados de tudo; livres de nós mesmos para que em cada um cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai e o Pastor ao qual os sacerdotes emprestam voz e gestos, de Quem são presença; livres para levar à sociedade actual Jesus Cristo morto e ressuscitado, que permanece connosco até ao fim dos séculos e a todos Se dá na Santíssima Eucaristia.
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
Queridos irmãos e irmãs,
«Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher […] para nos tornar seus filhos adoptivos» (Gal 4, 4.5). A plenitude dos tempos chegou, quando o Eterno irrompeu no tempo; por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do Altíssimo foi concebido e fez-Se homem no seio de uma mulher: a Virgem Mãe, tipo e modelo excelso da Igreja crente. Esta não cessa de gerar novos filhos no Filho, que o Pai quis primogénito de muitos irmãos. Cada um de nós é chamado a ser, com Maria e como Maria, um sinal humilde e simples da Igreja que continuamente se oferece como esposa nas mãos do seu Senhor.
A todos vós que doastes a vida a Cristo, desejo nesta tarde exprimir o apreço e reconhecimento eclesial. Obrigado pelo vosso testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil; obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja. Em Jesus presente na Eucaristia, abraço os meus irmãos no sacerdócio e os diáconos, consagradas e consagrados, seminaristas e membros dos movimentos e novas comunidades eclesiais aqui presentes. Queira o Senhor recompensar, como só Ele sabe e pode fazer, quantos tornaram possível encontrarmo-nos aqui junto de Jesus Eucaristia, designadamente a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios com o seu Presidente, Dom António Santos, a quem agradeço as palavras repassadas de afecto colegial e fraterno pronunciadas no início das Vésperas. Neste ideal «cenáculo» de fé que é Fátima, a Virgem Mãe indica-nos o caminho para a nossa oblação pura e santa nas mãos do Pai.
Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão, nomeadamente da pessoa consagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação, como discípulo que quer seguir o Senhor. A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo Sacerdote. «Se o Baptismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). Neste Ano Sacerdotal, já a caminho do fim, uma graça abundante desça sobre todos vós para viverdes a alegria da consagração e testemunhardes a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo. Isto supõe, evidentemente, uma verdadeira intimidade com Cristo na oração, pois será a experiência forte e intensa do amor do Senhor que há-de levar os sacerdotes e os consagrados a corresponderem ao seu amor de modo exclusivo e esponsal.
Esta vida de especial consagração nasceu como memória evangélica para o povo de Deus, memória que manifesta, atesta e anuncia a toda a Igreja o radicalismo evangélico e a vinda do Reino. Pois bem, queridos consagrados e consagradas, com o vosso empenho na oração, na ascese, no progresso da vida espiritual, na acção apostólica e na missão, tendeis para a Jerusalém Celeste, antecipais a Igreja escatológica, firme na posse e contemplação amorosa de Deus-Amor. Como é grande, hoje, a necessidade deste testemunho! Muitos dos nossos irmãos vivem como se não houvesse um Além, sem se importar com a própria salvação eterna. Os homens são chamados a aderir ao conhecimento e ao amor de Deus, e a Igreja tem a missão de os ajudar nesta vocação. Bem sabemos que Deus é senhor dos seus dons; e a conversão dos homens é graça. Mas somos responsáveis pelo anúncio da fé, da totalidade da fé, e das suas exigências. Queridos amigos, imitemos o Cura d’Ars que assim rezava ao bom Deus: «Concedei-me a conversão da minha paróquia, e eu estou pronto a sofrer o que Vós quiserdes, todo o resto da vida». E tudo fez para arrancar as pessoas à própria tibieza a fim de as reconduzir ao amor.
Há uma solidariedade profunda entre todos os membros do Corpo de Cristo: não é possível amá-Lo, sem amar os seus irmãos. Foi para a salvação deles que João Maria Vianney quis ser sacerdote: «Ganhar as almas para o Bom Deus», declarava ele ao anunciar a sua vocação, aos dezoito anos de idade, tal como Paulo dizia: «Ganhar a todos» (1 Cor 9, 19). O Vigário Geral tinha-lhe dito: «Não há muito amor de Deus na paróquia, vós introduzi-lo-eis». E, na sua paixão sacerdotal, o santo pároco era misericordioso como Jesus no encontro com cada pecador. Preferia insistir sobre o lado atraente da virtude, sobre a misericórdia de Deus diante da qual os nossos pecados são «grãos de areia». Mostrava a ternura de Deus ofendida. Temia que os sacerdotes «se insensibilizassem» e habituassem à indiferença dos seus fiéis: «Ai do Pastor – advertia – que fica calado ao ver Deus ultrajado e as almas perderem-se!»
Amados irmãos sacerdotes, neste lugar que Maria fez tão especial, tendo diante dos olhos a sua vocação de discípula fiel do Filho Jesus desde a sua conceição até à Cruz e depois no caminho da Igreja nascente, considerai a graça inaudita do vosso sacerdócio. A fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança, mas o Senhor quer também que saibais unir as vossas forças; sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente. Os momentos de oração e estudo em comum, de partilha das exigências da vida e trabalho sacerdotal são uma parte necessária da vossa vida. Como é maravilhoso quando vos acolheis uns aos outros nas vossas casas, com a paz de Cristo nos vossos corações! Como é importante que vos ajudeis mutuamente por meio da oração e com conselhos e discernimentos úteis! Particular atenção vos devem merecer as situações de um certo esmorecimento dos ideais sacerdotais ou a dedicação a actividades que não concordem integralmente com o que é próprio de um ministro de Jesus Cristo. Então é hora de assumir, juntamente com o calor da fraternidade, a atitude firme do irmão que ajuda seu irmão a manter-se de pé.
Embora o sacerdócio de Cristo seja eterno (cf. Heb 5, 6), a vida dos sacerdotes é limitada. Cristo quer que outros perpetuem ao longo dos tempos o sacerdócio ministerial por Ele instituído. Por isso mantende, dentro de vós e ao vosso redor, a inquietude por suscitar – secundando a graça do Espírito Santo – novas vocações sacerdotais entre os fiéis. A oração confiante e perseverante, o amor jubiloso à própria vocação e um dedicado trabalho de direcção espiritual permitir-vos-ão discernir o carisma vocacional naqueles que são chamados por Deus.
A vós, queridos seminaristas, que já destes o primeiro passo para o sacerdócio e estais a preparar-vos no Seminário Maior ou nas Casas de Formação Religiosa, o Papa encoraja-vos a serdes conscientes da grande responsabilidade que ides assumir: examinai bem as intenções e as motivações; dedicai-vos com ânimo forte e espírito generoso à vossa formação. A Eucaristia, centro da vida do cristão e escola de humildade e serviço, deve ser o objecto principal do vosso amor. A adoração, a piedade e o cuidado do Santíssimo Sacramento, durante estes anos de preparação, farão com que um dia celebreis o Sacrifício do Altar com unção edificante e verdadeira.
Neste caminho de fidelidade, amados sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos comprometidos, guia-nos e acompanha-nos a Bem-aventurada Virgem Maria. Com Ela e como Ela somos livres para ser santos; livres para ser pobres, castos e obedientes; livres para todos, porque desapegados de tudo; livres de nós mesmos para que em cada um cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai e o Pastor ao qual os sacerdotes emprestam voz e gestos, de Quem são presença; livres para levar à sociedade actual Jesus Cristo morto e ressuscitado, que permanece connosco até ao fim dos séculos e a todos Se dá na Santíssima Eucaristia.
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
Fátima à espera do Papa!
Alfaias litúrgicas e outros objectos de valor artístico em uso na Peregrinação de Bento XVI
Nota informativa do Departamento de Arte e Património do Santuário de Fátima
Cruz sobre o altar da Capelinha das Aparições
Cruz de bronze oferecida por São Pio de Pietrelcina a Nossa Senhora de Fátima. Popularmente conhecido como Santo Padre Pio, o franciscano italiano canonizado em 2002 e conhecido pelos seus estigmas, era especialmente devoto de Nossa Senhora de Fátima que o miraculou de doença grave durante a viagem da Virgem Peregrina a Itália.
Cálice da celebração do dia 13 de Maio
Cálice de ouro, esmalte, pedras preciosas e pérolas oferecido ao Santuário de Fátima, em 1967, pelos doentes de Portugal no contexto da celebração do cinquentenário das Aparições de Fátima. Foi feito na oficina portuense de José Rosas com o material proveniente de mais de 7000 objectos oferecidos para o efeito.
Serviu também ao Papa João Paulo II na sua primeira peregrinação ao Santuário de Fátima, na Missa do dia 13 de Maio de 1982.
Cálices dos bispos concelebrantes
Conjunto de quatro cálices pertencentes ao espólio do Museu do Santuário de Fátima. Feitos de prata dourada, relevada e repuxada, exibem a emoldurar a copa os símbolos da Paixão, numa solução iconográfica muito ao gosto do século XVIII e XIX, datas de produção destes cálices.
Píxide da celebração do dia 13 de Maio
Peça criada para esta celebração pelo Santuário de Cristo Rei, de Almada, que, para sublinhar a sua estreita ligação entre os dois santuários, trouxe ao altar da Cova da Iria uma píxide para a liturgia eucarística.
Custódia utilizada na celebração da Hora de Vésperas
Custódia oferecida ao Santuário de Fátima pelo grupo Adoración Nocturna, movimento espanhol se faz peregrino de Fátima todos os anos (é a maior peregrinação estrangeira vinda de um só país). A custódia foi oferecida durante a 14.ª peregrinação deste movimento a Fátima, em Abril de 2000.
A custódia resulta de uma remodelação de uma peça mais antiga, provavelmente do século XVIII. É de prata dourada, ouro, esmaltes polícromos e pedras preciosas.
Foi utilizada também para a bênção dos doentes na última peregrinação do papa João Paulo II ao Santuário de Fátima, a 13 de Maio de 2000.
Boletim Informativo do Santuário de Fátima 75/2009, de 12 de Maio de 2010
Nota informativa do Departamento de Arte e Património do Santuário de Fátima
Cruz sobre o altar da Capelinha das Aparições
Cruz de bronze oferecida por São Pio de Pietrelcina a Nossa Senhora de Fátima. Popularmente conhecido como Santo Padre Pio, o franciscano italiano canonizado em 2002 e conhecido pelos seus estigmas, era especialmente devoto de Nossa Senhora de Fátima que o miraculou de doença grave durante a viagem da Virgem Peregrina a Itália.
Cálice da celebração do dia 13 de Maio
Cálice de ouro, esmalte, pedras preciosas e pérolas oferecido ao Santuário de Fátima, em 1967, pelos doentes de Portugal no contexto da celebração do cinquentenário das Aparições de Fátima. Foi feito na oficina portuense de José Rosas com o material proveniente de mais de 7000 objectos oferecidos para o efeito.
Serviu também ao Papa João Paulo II na sua primeira peregrinação ao Santuário de Fátima, na Missa do dia 13 de Maio de 1982.
Cálices dos bispos concelebrantes
Conjunto de quatro cálices pertencentes ao espólio do Museu do Santuário de Fátima. Feitos de prata dourada, relevada e repuxada, exibem a emoldurar a copa os símbolos da Paixão, numa solução iconográfica muito ao gosto do século XVIII e XIX, datas de produção destes cálices.
Píxide da celebração do dia 13 de Maio
Peça criada para esta celebração pelo Santuário de Cristo Rei, de Almada, que, para sublinhar a sua estreita ligação entre os dois santuários, trouxe ao altar da Cova da Iria uma píxide para a liturgia eucarística.
Custódia utilizada na celebração da Hora de Vésperas
Custódia oferecida ao Santuário de Fátima pelo grupo Adoración Nocturna, movimento espanhol se faz peregrino de Fátima todos os anos (é a maior peregrinação estrangeira vinda de um só país). A custódia foi oferecida durante a 14.ª peregrinação deste movimento a Fátima, em Abril de 2000.
A custódia resulta de uma remodelação de uma peça mais antiga, provavelmente do século XVIII. É de prata dourada, ouro, esmaltes polícromos e pedras preciosas.
Foi utilizada também para a bênção dos doentes na última peregrinação do papa João Paulo II ao Santuário de Fátima, a 13 de Maio de 2000.
Boletim Informativo do Santuário de Fátima 75/2009, de 12 de Maio de 2010
Cultura: Papa admite conflito entre tradição e modernidade, destacando esforço de diálogo da Igreja
Encontro com representantes do mundo da cultura portuguesa, no CCB, aborda «crise da verdade»
Bento XVI defendeu hoje no Centro Cultural de Belém (CCB) que o conflito entre “presente e tradição”, na sociedade actual, levou a uma “crise da verdade”.
Falando perante representantes do mundo cultural português, no segundo da sua visita ao país, o Papa referiu que “a missão ao serviço da verdade” é “irrenunciável” para a Igreja.
“Para uma sociedade composta na sua maioria por católicos e cuja cultura foi profundamente marcada pelo cristianismo, é dramático tentar encontrar a verdade sem ser em Jesus Cristo”, observou Bento XVI.
O Papa afirmou que “a dinâmica da sociedade absolutiza o presente, isolando-o do património cultural do passado e sem a intenção de delinear um futuro”.
Este conflito entre tradição e presente “exprime-se na crise da verdade, por só esta sabe orientar e traçar o rumo da existência realizada, como indivíduo e como povo”.
Bento XVI defendeu que, neste contexto, a Igreja tem de aprender “a estar no mundo, levando a sociedade a perceber que, proclamando a verdade, é um serviço que a Igreja presta à sociedade, abrindo horizontes novos de futuro, de grandeza e dignidade”.
Este diálogo deve acontecer “sem ambiguidades” e respeitando “as partes nele envolvidas”, algo que o Papa considerou “uma prioridade para o mundo de hoje, à qual a Igreja não se subtrai”.
Lembrando a realização do Concílio Vaticano II, Bento XVI disse que “a partir de uma renovada consciência de tradição católica”, a Igreja se confronta com “as críticas que estão na base das forças que caracterizaram a modernidade, ou seja, a Reforma e o Iluminismo”.
“A Igreja sente como sua missão prioritária, na cultura actual, manter desperta a busca da verdade e, consequentemente, de Deus; levar as pessoas a olharem para além das coisas penúltimas e porem-se à procura das últimas”, apontou.
Bento XVI citou uma passagem do seu discurso no encontro com os artistas, no Vaticano (21 de Novembro de 2007), no qual os convidada a não ter “medo” de se confrontarem “com a fonte primeira e última da beleza, de dialogar com os crentes”.
Aos artistas presentes, o Papa deixou um apelo final: “Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Manoel de Oliveira: "Artes sempre estiveram ligadas às religiões" dirigindo-se a Bento XVI no CCB
O cineasta representou o mundo da cultura no encontro com Bento XVI no CCB
"Desde os primórdios que as artes estiveram estreitamente ligadas às religiões e o Cristianismo foi pródigo em expressões artísticas depois da passagem de Cristo pela Terra e até aos dias de hoje”, afirmou Manoel Oliveira no seu discurso.
Convidado pela organização do encontro com a cultura a fazer uma intervenção perante o Papa, o mais idoso cineasta do mundo ainda em actividade definiu-se como “homem do cinema, do cinema que é a sétima das artes, logo a mais recente de todas as expressões artísticas, pois não tem mais que um século, enquanto outras terão milénios”.
No seu discurso, intitulado "a Religião e Arte", o cineasta considerou estes dois conceitos, “ainda que de um modo distinto é certo, intimamente voltados para o homem e o universo, para a condição humana e a natureza Divina”.
Nas suas palavras, Manoel de Oliveira considera que “as raízes da nação portuguesa e a de toda a Europa, quer queiramos ou não”, são cristãs.
(Fonte: site Rádio renascença)
Nota de JPR: a humildade de Manoel de Oliveira ficou patente na sua genuflexão apesar dos seus 101 anos
"Desde os primórdios que as artes estiveram estreitamente ligadas às religiões e o Cristianismo foi pródigo em expressões artísticas depois da passagem de Cristo pela Terra e até aos dias de hoje”, afirmou Manoel Oliveira no seu discurso.
Convidado pela organização do encontro com a cultura a fazer uma intervenção perante o Papa, o mais idoso cineasta do mundo ainda em actividade definiu-se como “homem do cinema, do cinema que é a sétima das artes, logo a mais recente de todas as expressões artísticas, pois não tem mais que um século, enquanto outras terão milénios”.
No seu discurso, intitulado "a Religião e Arte", o cineasta considerou estes dois conceitos, “ainda que de um modo distinto é certo, intimamente voltados para o homem e o universo, para a condição humana e a natureza Divina”.
Nas suas palavras, Manoel de Oliveira considera que “as raízes da nação portuguesa e a de toda a Europa, quer queiramos ou não”, são cristãs.
(Fonte: site Rádio renascença)
Nota de JPR: a humildade de Manoel de Oliveira ficou patente na sua genuflexão apesar dos seus 101 anos
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI - Praça Terreiro do Paço de Lisboa
Queridos Irmãos e Irmãs,
Jovens amigos!
«Ide fazer discípulos de todas as nações, […] ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Estas palavras de Cristo ressuscitado revestem-se de um significado particular nesta cidade de Lisboa, donde partiram em grande número gerações e gerações de cristãos – bispos, sacerdotes, consagrados e leigos, homens e mulheres, jovens e menos jovens –, obedecendo ao apelo do Senhor e armados simplesmente com esta certeza que lhes deixou: «Eu estou sempre convosco». Glorioso é o lugar conquistado por Portugal entre as nações pelo serviço prestado à dilatação da fé: nas cinco partes do mundo, há Igrejas locais que tiveram origem na missionação portuguesa.
Nos tempos passados, a vossa saída em demanda de outros povos não impediu nem destruiu os vínculos com o que éreis e acreditáveis, mas, com sabedoria cristã, pudestes transplantar experiências e particularidades abrindo-vos ao contributo dos outros para serdes vós próprios, em aparente debilidade que é força. Hoje, participando na edificação da Comunidade Europeia, levai o contributo da vossa identidade cultural e religiosa. De facto, Jesus Cristo, assim como Se uniu aos discípulos a caminho de Emaús, assim também caminha connosco segundo a sua promessa: «Estou sempre convosco, até ao fim dos tempos». Apesar de ser diferente da dos Apóstolos, temos também nós uma verdadeira e pessoal experiência da presença do Senhor ressuscitado. A distância dos séculos é superada e o Ressuscitado oferece-Se vivo e operante, por nós, no hoje da Igreja e do mundo. Esta é a nossa grande alegria. No rio vivo da Tradição eclesial, Cristo não está a dois mil anos de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro.
Presente na sua Palavra, na assembleia do Povo de Deus com os seus Pastores e, de modo eminente, no sacramento do seu Corpo e do seu Sangue, Jesus está connosco aqui. Saúdo o Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, a quem agradeço as calorosas palavras que me dirigiu, no início da celebração, em nome da sua comunidade que me acolhe e que abraço nos seus quase dois milhões de filhos e filhas; a todos vós aqui presentes – amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio, prezadas mulheres e homens consagrados e leigos comprometidos, queridas famílias e jovens, baptizados e catecúmenos – dirijo a minha saudação fraterna e amiga, que estendo a quantos estão unidos connosco através da rádio e da televisão. Sentidamente agradeço a presença do Senhor Presidente da República e demais Autoridades, com menção particular do Presidente da Câmara de Lisboa que teve a amabilidade de honrar-me com a entrega das chaves da cidade.
Lisboa amiga, porto e abrigo de tantas esperanças que te confiava quem partia e pretendia quem te visitava, gostava hoje de usar as chaves que me entregas para alicerçar as tuas esperanças humanas na Esperança divina. Na leitura há pouco proclamada da Epístola de São Pedro, ouvimos dizer: «Eu vou pôr em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa. E quem nela acreditar não será confundido». E o Apóstolo explica: «Aproximai-vos do Senhor. Ele é a pedra viva, rejeitada, é certo, pelos homens, mas aos olhos de Deus escolhida e preciosa» (1 Pd 2, 6.4). Irmãos e irmãs, quem acreditar em Jesus não será confundido: é Palavra de Deus, que não Se engana nem pode enganar. Palavra confirmada por uma «multidão que ninguém pode contar e provém de todas as nações, tribos, povos e línguas», e que o autor do Apocalipse viu vestida de «túnicas brancas e com palmas na mão» (Ap 7, 9). Nesta multidão incontável, não estão apenas os Santos Veríssimo, Máxima e Júlia, aqui martirizados na perseguição de Diocleciano, ou São Vicente, diácono e mártir, padroeiro principal do Patriarcado; Santo António e São João de Brito que daqui partiram para semear a boa semente de Deus noutras terras e gentes, ou São Nuno de Santa Maria que, há pouco mais de um ano, inscrevi no livro dos Santos. Mas é formada pelos «servos do nosso Deus» de todos os tempos e lugares, em cuja fronte foi traçado o sinal da cruz com «o sinete de marcar do Deus vivo» (Ap 7, 2): o Espírito Santo. Trata-se do rito inicial cumprido sobre cada um de nós no sacramento do Baptismo, pelo qual a Igreja dá à luz os «santos».
Sabemos que não lhe faltam filhos insubmissos e até rebeldes, mas é nos Santos que a Igreja reconhece os seus traços característicos e, precisamente neles, saboreia a sua alegria mais profunda. Irmana-os, a todos, a vontade de encarnar na sua existência o Evangelho, sob o impulso do eterno animador do Povo de Deus que é o Espírito Santo. Fixando os seus Santos, esta Igreja local concluiu justamente que a prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cristão uma presença irradiante da perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política. Muitas vezes preocupamo-nos afanosamente com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, dando por suposto que a fé existe, o que é cada vez menos realista. Colocou-se uma confiança talvez excessiva nas estruturas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções; mas que acontece se o sal se tornar insípido?
Para isso é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja. Portanto a nossa fé tem fundamento, mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós. Assim há um vasto esforço capilar a fazer para que cada cristão se transforme em testemunha capaz de dar conta a todos e sempre da esperança que o anima (cf. 1 Pd 3, 15): só Cristo pode satisfazer plenamente os anseios profundos de cada coração humano e responder às suas questões mais inquietantes acerca do sofrimento, da injustiça e do mal, sobre a morte e a vida do Além.
Queridos Irmãos e jovens amigos, Cristo está sempre connosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e guarda-a, como Ele nos disse: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Nunca duvideis da sua presença! Procurai sempre o Senhor Jesus, crescei na amizade com Ele, comungai-O. Aprendei a ouvir e a conhecer a sua palavra e também a reconhecê-Lo nos pobres. Vivei a vossa vida com alegria e entusiasmo, certos da sua presença e da sua amizade gratuita, generosa, fiel até à morte de cruz. Testemunhai a alegria desta sua presença forte e suave a todos, a começar pelos da vossa idade. Dizei-lhes que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-Lo. Com o vosso entusiasmo, mostrai que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos – todos aparentemente do mesmo nível –, só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura.
Buscai diariamente a protecção de Maria, a Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa, ajudar-vos-á a ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo.
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
Jovens amigos!
«Ide fazer discípulos de todas as nações, […] ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Estas palavras de Cristo ressuscitado revestem-se de um significado particular nesta cidade de Lisboa, donde partiram em grande número gerações e gerações de cristãos – bispos, sacerdotes, consagrados e leigos, homens e mulheres, jovens e menos jovens –, obedecendo ao apelo do Senhor e armados simplesmente com esta certeza que lhes deixou: «Eu estou sempre convosco». Glorioso é o lugar conquistado por Portugal entre as nações pelo serviço prestado à dilatação da fé: nas cinco partes do mundo, há Igrejas locais que tiveram origem na missionação portuguesa.
Nos tempos passados, a vossa saída em demanda de outros povos não impediu nem destruiu os vínculos com o que éreis e acreditáveis, mas, com sabedoria cristã, pudestes transplantar experiências e particularidades abrindo-vos ao contributo dos outros para serdes vós próprios, em aparente debilidade que é força. Hoje, participando na edificação da Comunidade Europeia, levai o contributo da vossa identidade cultural e religiosa. De facto, Jesus Cristo, assim como Se uniu aos discípulos a caminho de Emaús, assim também caminha connosco segundo a sua promessa: «Estou sempre convosco, até ao fim dos tempos». Apesar de ser diferente da dos Apóstolos, temos também nós uma verdadeira e pessoal experiência da presença do Senhor ressuscitado. A distância dos séculos é superada e o Ressuscitado oferece-Se vivo e operante, por nós, no hoje da Igreja e do mundo. Esta é a nossa grande alegria. No rio vivo da Tradição eclesial, Cristo não está a dois mil anos de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro.
Presente na sua Palavra, na assembleia do Povo de Deus com os seus Pastores e, de modo eminente, no sacramento do seu Corpo e do seu Sangue, Jesus está connosco aqui. Saúdo o Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, a quem agradeço as calorosas palavras que me dirigiu, no início da celebração, em nome da sua comunidade que me acolhe e que abraço nos seus quase dois milhões de filhos e filhas; a todos vós aqui presentes – amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio, prezadas mulheres e homens consagrados e leigos comprometidos, queridas famílias e jovens, baptizados e catecúmenos – dirijo a minha saudação fraterna e amiga, que estendo a quantos estão unidos connosco através da rádio e da televisão. Sentidamente agradeço a presença do Senhor Presidente da República e demais Autoridades, com menção particular do Presidente da Câmara de Lisboa que teve a amabilidade de honrar-me com a entrega das chaves da cidade.
Lisboa amiga, porto e abrigo de tantas esperanças que te confiava quem partia e pretendia quem te visitava, gostava hoje de usar as chaves que me entregas para alicerçar as tuas esperanças humanas na Esperança divina. Na leitura há pouco proclamada da Epístola de São Pedro, ouvimos dizer: «Eu vou pôr em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa. E quem nela acreditar não será confundido». E o Apóstolo explica: «Aproximai-vos do Senhor. Ele é a pedra viva, rejeitada, é certo, pelos homens, mas aos olhos de Deus escolhida e preciosa» (1 Pd 2, 6.4). Irmãos e irmãs, quem acreditar em Jesus não será confundido: é Palavra de Deus, que não Se engana nem pode enganar. Palavra confirmada por uma «multidão que ninguém pode contar e provém de todas as nações, tribos, povos e línguas», e que o autor do Apocalipse viu vestida de «túnicas brancas e com palmas na mão» (Ap 7, 9). Nesta multidão incontável, não estão apenas os Santos Veríssimo, Máxima e Júlia, aqui martirizados na perseguição de Diocleciano, ou São Vicente, diácono e mártir, padroeiro principal do Patriarcado; Santo António e São João de Brito que daqui partiram para semear a boa semente de Deus noutras terras e gentes, ou São Nuno de Santa Maria que, há pouco mais de um ano, inscrevi no livro dos Santos. Mas é formada pelos «servos do nosso Deus» de todos os tempos e lugares, em cuja fronte foi traçado o sinal da cruz com «o sinete de marcar do Deus vivo» (Ap 7, 2): o Espírito Santo. Trata-se do rito inicial cumprido sobre cada um de nós no sacramento do Baptismo, pelo qual a Igreja dá à luz os «santos».
Sabemos que não lhe faltam filhos insubmissos e até rebeldes, mas é nos Santos que a Igreja reconhece os seus traços característicos e, precisamente neles, saboreia a sua alegria mais profunda. Irmana-os, a todos, a vontade de encarnar na sua existência o Evangelho, sob o impulso do eterno animador do Povo de Deus que é o Espírito Santo. Fixando os seus Santos, esta Igreja local concluiu justamente que a prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cristão uma presença irradiante da perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política. Muitas vezes preocupamo-nos afanosamente com as consequências sociais, culturais e políticas da fé, dando por suposto que a fé existe, o que é cada vez menos realista. Colocou-se uma confiança talvez excessiva nas estruturas e nos programas eclesiais, na distribuição de poderes e funções; mas que acontece se o sal se tornar insípido?
Para isso é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja. Portanto a nossa fé tem fundamento, mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós. Assim há um vasto esforço capilar a fazer para que cada cristão se transforme em testemunha capaz de dar conta a todos e sempre da esperança que o anima (cf. 1 Pd 3, 15): só Cristo pode satisfazer plenamente os anseios profundos de cada coração humano e responder às suas questões mais inquietantes acerca do sofrimento, da injustiça e do mal, sobre a morte e a vida do Além.
Queridos Irmãos e jovens amigos, Cristo está sempre connosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e guarda-a, como Ele nos disse: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Nunca duvideis da sua presença! Procurai sempre o Senhor Jesus, crescei na amizade com Ele, comungai-O. Aprendei a ouvir e a conhecer a sua palavra e também a reconhecê-Lo nos pobres. Vivei a vossa vida com alegria e entusiasmo, certos da sua presença e da sua amizade gratuita, generosa, fiel até à morte de cruz. Testemunhai a alegria desta sua presença forte e suave a todos, a começar pelos da vossa idade. Dizei-lhes que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-Lo. Com o vosso entusiasmo, mostrai que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos – todos aparentemente do mesmo nível –, só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura.
Buscai diariamente a protecção de Maria, a Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa, ajudar-vos-á a ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo.
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
S. Josemaría Escrivá ocorreu nesta data em 1981
Celebra-se em Roma a primeira sessão do processo de canonização de Josemaría Escrivá de Balaguer.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Meditações de Maio por António Mexia Alves
12
E NA HORA DA NOSSA MORTE
A nossa mais importante aspiração: ter-te ao nosso lado no momento derradeiro para nos conduzires ao Pai.
(AMA, meditação sobre a Ave Maria)
E NA HORA DA NOSSA MORTE
A nossa mais importante aspiração: ter-te ao nosso lado no momento derradeiro para nos conduzires ao Pai.
(AMA, meditação sobre a Ave Maria)
Bento XVI entrega aos editores a segunda parte do livro Jesus de Nazaré
Vídeo em espanhol
A Sala de Imprensa da Santa Sé informou ontem que o texto definitivo do segundo volume da obra "Jesus de Nazaré", do Papa Bento XVI, foi entregue há alguns dias aos editores encarregues da sua publicação.
A nota assinala que "o segundo volume está dedicado à Paixão e à Ressurreição e começa onde acabava o primeiro livro. O original alemão foi entregue ao mesmo tempo a Manuel Herder, o editor que se ocupa da obra completa (Gesammelte Schriften) de Joseph Ratzinger, e a D. Giuseppe Costa, director da Livraria Editora Vaticano".
Esta última, prossegue a nota, "como editorial principal, providenciará à concessão dos direitos, a publicar a edição italiana e a confiar o texto a outros editores para as diferentes traduções em várias línguas, que se realizarão a partir do original em alemão".
Espera-se, conclui a nota, "que a publicação do livro tenha lugar contemporaneamente nas línguas de maior difusão. Por mais rápido que tal venha a acontecer, serão necessários ainda vários meses, dado o tempo requerido para uma tradução cuidadosa de um texto tão importante e esperado".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Tema para reflexão
Tema: MÊS DE NOSSA SENHORA
Já rezei o Terço hoje?
Mistérios Gloriosos
A Ressurreição de Nosso Senhor;
A Ascensão de Jesus aos Céus;
A Vinda do Espírito Santo;
A Assunção de Nossa Senhora;
A Coroação de Maria Santíssima;
Doutrina: Santo Rosário: Mistérios Gozosos
1º Mistério: A Anunciação do Anjo à Virgem Nossa Senhora
A Anunciação, é portanto, a revelação do mistério da Incarnação exactamente no inicio da sua realização terrena.
(JOÃO PAULO II, Encíclica Redemptoris Mater, nr 9)
Agradecimento: António Mexia Alves
Já rezei o Terço hoje?
Mistérios Gloriosos
A Ressurreição de Nosso Senhor;
A Ascensão de Jesus aos Céus;
A Vinda do Espírito Santo;
A Assunção de Nossa Senhora;
A Coroação de Maria Santíssima;
Doutrina: Santo Rosário: Mistérios Gozosos
1º Mistério: A Anunciação do Anjo à Virgem Nossa Senhora
A Anunciação, é portanto, a revelação do mistério da Incarnação exactamente no inicio da sua realização terrena.
(JOÃO PAULO II, Encíclica Redemptoris Mater, nr 9)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia:
Catecismo da Igreja Católica §§ 687-688
«O Espírito da Verdade há-de guiar-vos para a Verdade completa»
«Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus» (1 Cor 2, 11). Ora, o Seu Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, o Seu Verbo, a Sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. Aquele que «falou pelos profetas» faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé. O Espírito de verdade, que nos «revela» Cristo, «não fala de Si próprio» (Jo 16, 13). Tal ocultação, propriamente divina, explica porque é que «o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», enquanto aqueles que crêem em Cristo O conhecem, porque Ele habita com eles e está neles (Jo 14, 17).
A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:
— nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, a que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«O Espírito da Verdade há-de guiar-vos para a Verdade completa»
«Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus» (1 Cor 2, 11). Ora, o Seu Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, o Seu Verbo, a Sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. Aquele que «falou pelos profetas» faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé. O Espírito de verdade, que nos «revela» Cristo, «não fala de Si próprio» (Jo 16, 13). Tal ocultação, propriamente divina, explica porque é que «o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», enquanto aqueles que crêem em Cristo O conhecem, porque Ele habita com eles e está neles (Jo 14, 17).
A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:
— nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, a que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 12 de Maio de 2010
São João 16, 12-15
12 Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis compreender agora.13 Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, Ele vos guiará no caminho da verdade total, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir.14 Ele Me glorificará, porque receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.15 Tudo quanto o Pai tem é Meu. Por isso Eu vos disse que Ele receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.
12 Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis compreender agora.13 Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, Ele vos guiará no caminho da verdade total, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir.14 Ele Me glorificará, porque receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.15 Tudo quanto o Pai tem é Meu. Por isso Eu vos disse que Ele receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.
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