Perante o preocupante “crescendo de tensão” que se regista na situação internacional, com uma “progressiva deterioração do clima de confiança e de colaboração entre as nações”, Bento XVI pede que, sem ceder ao pessimismo, se aprofunde “a consciência de estar irmanados num destino comum” e se rejeite a violência, reconhecendo antes “a força moral do direito”: foi nas palavras pronunciadas em Castelgandolfo, ao meio-dia, depois da recitação do Angelus dominical, que o Santo Padre exprimiu a sua preocupação pela crise nas relações internacionais, apontando alguns pontos a manter bem firmes e pedindo orações por esta intenção. O Papa pediu que “se esconjure o regresso a contraposições nacionalistas que noutras épocas históricas produziram consequências tão trágicas”, e que se ponha de lado “a tentação de enfrentar situações novas com velhos sistemas”.
Na alocução antes das Ave Marias, Bento XVI evocou o Evangelho deste domingo, em que Jesus pergunta aos seus discípulos quem dizem as pessoas que ele é, e – depois – o que é que eles próprios dizem a esse propósito. “Em nome de todos, impetuosa e decididamente, Pedro toma a palavra para dizer: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
“Solene profissão de fé que desde então a Igreja continua a repetir. Também nós hoje queremos proclamar com íntima convicção: Sim, Jesus, Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo! Façamo-lo com a consciência de que é Cristo o verdadeiro tesouro pelo qual vale a pena sacrificar tudo:
"é Ele o amigo que nunca nos abandona, porque conhece as mais íntimas expectativas do nosso coração. Jesus é o Filho do Deus vivo, o Messias prometido, que veio à terra para oferecer à humanidade a salvação e para satisfazer a sede de vida e de amor. Como seria vantajoso para a humanidade acolher este anúncio que traz consigo a alegria e a paz!”
O Papa comentou ainda as conhecidas palavras de Jesus e constantes do Evangelho de S. Mateus celebrado na Santa Missa de hoje, em resposta à profissão de fé do primeiro dos Apóstolos: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas dos infernos não prevalecerão contra ela. A ti darei as chaves do reino dos céus”. “É a primeira vez que Jesus fala da Igreja, cuja missão corresponde ao grandioso projecto de Deus de reunir em Cristo, numa só família, toda a humanidade”.
“A missão de Pedro, e dos seus sucessores, é precisamente servir esta unidade da única Igreja de Deus formada por judeus e pagãos; o seu indispensável ministério é fazer com que a Igreja nunca se identifique com uma só nação, uma só cultura, mas que seja a Igreja de todos os povos, para tornar presente entre os homens, marcados por múltiplas divisões e contrastes, a paz de Deus, a unidade de todos os que em Cristo se tornaram irmãs e irmãs: esta a missão particular do Papa, Bispo de Roma e sucessor de Pedro.”
“Perante a enorme responsabilidade desta tarefa”, advertindo “o empenho e importância do serviço à Igreja e ao mundo” que lhe foi confiado, o Papa pede aos fiéis que o apoiem com a oração.
Foi depois da recitação do Angelus, que o Papa evocou o crescendo de tensão na situação internacional:
“Temos que constatar amargamente o risco de uma deterioração progressiva daquele clima de confiança e de colaboração entre as Nações que deveriam precisamente caracterizar as suas relações”.
Adverte-se bem a grande fadiga que a humanidade revela em “formar aquela consciência comum de ser família das Nações” (na expressão de João Paulo II, dirigindo-se à Assembleia geral da ONU).
“Há que aprofundar a consciência de estarmos irmanados num mesmo destino – que em última análise é um destino transcendente – para esconjurar o regresso a contraposições nacionalistas que noutras épocas históricas produziram consequências tão trágicas”.
Bento XVI observou que “os recentes acontecimentos enfraqueceram em muitos a confiança em que tais experiências ficassem definitivamente relegadas no passado”. Em todo o caso, logo acrescentou: “É preciso não ceder ao pessimismo!”
“É preciso antes empenhar-se activamente para que se rejeite a tentação de enfrentar situações novas com velhos sistemas. Há que repudiar a violência! A força moral do direito, negociações em igualdade paritária e transparentes para dirimir as controvérsias, a partir daquelas ligadas à relação entre integridade territorial e autodeterminação dos povos, fidelidade à palavra dada, busca do bem comum:
"eis alguns dos caminhos a percorrer, com tenacidade e criatividade, para construir relações fecundas e sinceras e para assegurar às gerações presentes e futuras tempos de concórdia e de progresso moral e civil!”
(Fonte: Radio Vaticana com pequenas adaptações de JPR)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 24 de agosto de 2008
Na amizade de Cristo
«Quem deixa entrar Cristo não perde nada, nada, absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só esta grande amizade nos abre plenamente as portas da vida. Só nela se revelam verdadeiramente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta».
(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)
Infelizmente, sucede que muitos entre nós num acto de arrogância extrema, que até admito, jamais lhes tenha ocorrido que o praticam, se sentem tão seguros de si próprios, que Jesus Cristo para eles é um “mito” que colocam ao mesmo nível de um Che Guevara e de um qualquer herói desportivo e quem lhes fala d'Ele são considerados uns “anormais fundamentalistas”.
Aqui permito-me recordar a perseverança de S. Paulo e dizer que jamais falar de Cristo, da Santíssima Trindade, da Virgem Maria, da Santa Madre Igreja, sejam quais forem os obstáculos, será um acto inócuo, muitas vezes, se calhar a maior parte delas, quando nos dirigimos aos “progressistas” renitentes em nos escutar, os resultados são aparentemente frustrantes, mas não nos esqueçamos, que se assim for, sê-lo-ão por vontade de Deus Nosso Senhor, cujos caminhos na nossa humilde condição terrena não temos capacidade de entender, mas, e aqui vem a parte mais gratificante, Ele ficará honrado e glorificado, além da semente ter sido lançada, ainda que a não venhamos a ver frutificar de imediato.
Saibamos pois, imitar S. Paulo e todos os Santos que jamais desistiram de anunciar o Senhor e proclamar a Sua Santíssima Mãe.
Votos de um Bom Domingo do Senhor!
(JPR)
(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)
Infelizmente, sucede que muitos entre nós num acto de arrogância extrema, que até admito, jamais lhes tenha ocorrido que o praticam, se sentem tão seguros de si próprios, que Jesus Cristo para eles é um “mito” que colocam ao mesmo nível de um Che Guevara e de um qualquer herói desportivo e quem lhes fala d'Ele são considerados uns “anormais fundamentalistas”.
Aqui permito-me recordar a perseverança de S. Paulo e dizer que jamais falar de Cristo, da Santíssima Trindade, da Virgem Maria, da Santa Madre Igreja, sejam quais forem os obstáculos, será um acto inócuo, muitas vezes, se calhar a maior parte delas, quando nos dirigimos aos “progressistas” renitentes em nos escutar, os resultados são aparentemente frustrantes, mas não nos esqueçamos, que se assim for, sê-lo-ão por vontade de Deus Nosso Senhor, cujos caminhos na nossa humilde condição terrena não temos capacidade de entender, mas, e aqui vem a parte mais gratificante, Ele ficará honrado e glorificado, além da semente ter sido lançada, ainda que a não venhamos a ver frutificar de imediato.
Saibamos pois, imitar S. Paulo e todos os Santos que jamais desistiram de anunciar o Senhor e proclamar a Sua Santíssima Mãe.
Votos de um Bom Domingo do Senhor!
(JPR)
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