Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Amar a Cristo...
Dentro de dias exaltaremos a Tua Santa Cruz, Senhor Jesus, sinal da nossa Redenção, mas hoje gostaríamos de agradecer a Deus Pai, que tudo fez e faz perfeito, a Tua Ressureição, pois sem ela não nos salvaríamos e recordar-Te-íamos com um Deus morto aos nossos pobres olhos humanos.
Cheios de Fé e amor por Ti, pelo Pai e pelo Espírito Santo, que sois um só Deus, vos manifestamos a nossa alegria pela Tua gloriosa Ressureição.
Imitação de Cristo, 3, 10, 6 - Como, desprezando o mundo, é doce servir a Deus
Ó doce e amável servidão de Deus, que torna o homem verdadeiramente livre e santo! Ó sagrada servidão do estado religioso, que faz o homem igual aos anjos, agradável a Deus, terrível aos demônios e recomendável a todos os fiéis! Ó ditoso e nunca assaz desejado serviço, que nos mereceu o Bem soberano e adquire o gozo que há de durar para sempre!
Recorre prontamente à Confissão
Se alguma vez caíres, filho, recorre prontamente à Confissão e à direcção espiritual: mostra a ferida!, para que te curem a fundo, para que te tirem todas as possibilidades de infecção, mesmo que te doa como numa operação cirúrgica. (Forja, 192)
A sinceridade é indispensável para progredir na união com Deus.
– Se dentro de ti, meu filho, há algo que não queres que se saiba, desembucha! Diz primeiro, como sempre te aconselho, o que gostarias de ocultar. Depois de ter desabafado na Confissão, como nos sentimos bem! (Forja, 193)
– Bendito seja Deus! – dizias depois de acabar a tua Confissão sacramental. E pensavas: é como se voltasse a nascer.
Depois, prosseguiste com serenidade: "Domine, quid me vis facere?". – Senhor, que queres que faça?
E deste a resposta tu próprio: – Com a tua Graça, por cima de tudo e de todos, cumprirei a tua Santíssima Vontade: "serviam!", servir-te-ei sem condições! (Forja, 238)
A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)
Se eu fosse leproso, a minha mãe abraçar-me-ia. Sem medo nem hesitações, beijar-me-ia as chagas.
E, então, a Virgem Santíssima? Ao sentir que temos lepra, que estamos chagados, temos de gritar: – Mãe! E a protecção da nossa Mãe é como um beijo nas feridas, que nos consegue a cura. (Forja, 190)
São Josemaría Escrivá
A sinceridade é indispensável para progredir na união com Deus.
– Se dentro de ti, meu filho, há algo que não queres que se saiba, desembucha! Diz primeiro, como sempre te aconselho, o que gostarias de ocultar. Depois de ter desabafado na Confissão, como nos sentimos bem! (Forja, 193)
– Bendito seja Deus! – dizias depois de acabar a tua Confissão sacramental. E pensavas: é como se voltasse a nascer.
Depois, prosseguiste com serenidade: "Domine, quid me vis facere?". – Senhor, que queres que faça?
E deste a resposta tu próprio: – Com a tua Graça, por cima de tudo e de todos, cumprirei a tua Santíssima Vontade: "serviam!", servir-te-ei sem condições! (Forja, 238)
A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)
Se eu fosse leproso, a minha mãe abraçar-me-ia. Sem medo nem hesitações, beijar-me-ia as chagas.
E, então, a Virgem Santíssima? Ao sentir que temos lepra, que estamos chagados, temos de gritar: – Mãe! E a protecção da nossa Mãe é como um beijo nas feridas, que nos consegue a cura. (Forja, 190)
São Josemaría Escrivá
O mal-entendido (excerto)
Só que o segundo fôlego de quem fala sobre estes assuntos é sempre dedicado à intriga ministerial. Promover crescimento é, segundo eles, dar subsídios (que implica impostos que oprimem a economia), criar incentivos (que distorcem o dinamismo e rigidificam a estrutura), fazer planos (que estabelecem clientelas e prejudicam negócios), ajudar sectores (que perpetua favores e encarece produtos). Esta foi precisamente a política seguida pelos sucessivos ministérios que nos trouxeram à crise. Eles achavam saber melhor que a sociedade o que havia a fazer, e o resultado está à vista. (…)
A razão deste mal-entendido não é distracção ou ignorância. O motivo é que grande parte daqueles que exigem crescimento têm uma agenda própria, que pretendem mascarar de progresso. O que se passa é que na nossa comunicação social raramente se ouve a voz das forças produtivas, dos consumidores, dos pobres. Quem domina o espaço mediático são os grupos de pressão, interesses instalados, organismos de poder. Esses são os que ganham dinheiro com os subsídios, incentivos, planos e ajudas. Esses, mesmo que o crescimento nunca chegue a ser promovido, já receberam o seu. O que eles querem não é crescimento mas política de crescimento.
Portugal precisa de crescimento. Para isso é urgente liberalizar a economia, deixar trabalhadores e patrões fazerem aquilo que sabem, satisfazer clientes, nacionais ou estrangeiros, sem terem ministros, deputados, burocratas e intrigistas a tapar o caminho. É urgente que as principais preocupações das empresas sejam as necessidades dos consumidores e a ameaça dos concorrentes, não os regulamentos e formulários, requerimentos e licenças, grupos de pressão e interesses. Disso temos tido a nossa conta nas últimas décadas, e com eles aprendemos a destruir o crescimento. Agora está na altura de inverter o processo porque, como todos estamos de acordo, Portugal precisa de crescimento.
João César das Neves in DN online
'Força de vontade' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Ela gostava de correr. Certo dia, alguém lhe sugeriu que tinha de tentar uma maratona. Pareceu-lhe uma meta inatingível: quarenta e dois quilómetros! O limite da resistência humana! Uma verdadeira loucura para alguém que só corria por gosto. Mesmo assim, vá-se lá saber porquê, decidiu-se a correr a maratona. Começou por desafiar algumas amigas ― quem corre por gosto não se cansa e quem corre acompanhado cansa-se menos ainda ― preparou-se com treinos adequados e inscreveu-se na competição. Ao quilómetro trinta, porém, as pernas já não respondiam. Foi necessário desistir.
Mas a história não termina aqui. Durante um ano, regressou aos treinos com a firme convicção de que ‘agora é que vai ser’. Preparou-se com todo o empenho de que se sentiu capaz. Fez das tripas coração com um propósito firme e decidido: «Desta vez vou conseguir. Se me faltarem as forças, quero lá saber, volto no ano que vem! Não vou desistir!».
Correu e correu e correu. Cansou-se muito, ou melhor, muitíssimo. Passou-lhe pela cabeça desistir porque tudo ― absolutamente tudo, sem excepções ― pode passar pela nossa cabeça. Afastou esse pensamento como quem afasta um mosquito impertinente. A decisão estava tomada. Insistiu e insistiu e insistiu. Quando avistou ao longe a tão almejada meta, sentiu-se rejuvenescer. O último quilómetro foi um verdadeiro passeio triunfal por uma avenida da cidade de Roma. Quando cruzou a raia, tinham passado mais de cinco horas de hercúleo esforço. «Valeu a pena!» ― foram as suas palavras. «Só não entende isto quem nunca lutou por um ideal até ao fim».
Qualquer ideal que valha a pena exige uma verdadeira força de vontade da nossa parte. A força de vontade não é um simples desejo genérico de fazer alguma coisa boa ― talvez no dia de São Nunca à tarde ― mas sim um esforço concreto, sacrificado e continuado por alcançar um objectivo. A primeira componente da força de vontade é a decisão firme de lutar por chegar à meta custe o que custar. Se essa meta vale mesmo a pena ― a única que cumpre este requisito radical chama-se Vida Eterna ― o esforço nunca será em vão. Mesmo que tenhamos a sensação ― tudo pode passar pela nossa cabeça ― de que ficaremos pelo caminho.
A força de vontade genuína ― não a aparente ― suscita em nós muitas forças ocultas que só alcançam a sua eficácia quando a meta está clara e a decisão de esforçar-se também. Não basta o desejo genérico por alcançar um objectivo. É preciso o esforço que nos leva a pôr os meios para que essa meta idealizada possa ser alcançada. Como alguém dizia, não basta sentirmos sede, é necessário o esforço continuado por caminharmos até à fonte por muito longe que ela esteja.
Se falta força de vontade, as metas na vida reduzem-se ao mais imediato, ao mais fácil de realizar. Pode-se sonhar com ideais maravilhosos, mas acaba-se escravo dos gostos passageiros e efémeros.
Mas a história não termina aqui. Durante um ano, regressou aos treinos com a firme convicção de que ‘agora é que vai ser’. Preparou-se com todo o empenho de que se sentiu capaz. Fez das tripas coração com um propósito firme e decidido: «Desta vez vou conseguir. Se me faltarem as forças, quero lá saber, volto no ano que vem! Não vou desistir!».
Correu e correu e correu. Cansou-se muito, ou melhor, muitíssimo. Passou-lhe pela cabeça desistir porque tudo ― absolutamente tudo, sem excepções ― pode passar pela nossa cabeça. Afastou esse pensamento como quem afasta um mosquito impertinente. A decisão estava tomada. Insistiu e insistiu e insistiu. Quando avistou ao longe a tão almejada meta, sentiu-se rejuvenescer. O último quilómetro foi um verdadeiro passeio triunfal por uma avenida da cidade de Roma. Quando cruzou a raia, tinham passado mais de cinco horas de hercúleo esforço. «Valeu a pena!» ― foram as suas palavras. «Só não entende isto quem nunca lutou por um ideal até ao fim».
Qualquer ideal que valha a pena exige uma verdadeira força de vontade da nossa parte. A força de vontade não é um simples desejo genérico de fazer alguma coisa boa ― talvez no dia de São Nunca à tarde ― mas sim um esforço concreto, sacrificado e continuado por alcançar um objectivo. A primeira componente da força de vontade é a decisão firme de lutar por chegar à meta custe o que custar. Se essa meta vale mesmo a pena ― a única que cumpre este requisito radical chama-se Vida Eterna ― o esforço nunca será em vão. Mesmo que tenhamos a sensação ― tudo pode passar pela nossa cabeça ― de que ficaremos pelo caminho.
A força de vontade genuína ― não a aparente ― suscita em nós muitas forças ocultas que só alcançam a sua eficácia quando a meta está clara e a decisão de esforçar-se também. Não basta o desejo genérico por alcançar um objectivo. É preciso o esforço que nos leva a pôr os meios para que essa meta idealizada possa ser alcançada. Como alguém dizia, não basta sentirmos sede, é necessário o esforço continuado por caminharmos até à fonte por muito longe que ela esteja.
Se falta força de vontade, as metas na vida reduzem-se ao mais imediato, ao mais fácil de realizar. Pode-se sonhar com ideais maravilhosos, mas acaba-se escravo dos gostos passageiros e efémeros.
'Ano da Fé' pelo Pe. Rui Rosas da Silva
Quis Sua Santidade, o Papa Bento XVI, que toda a Igreja vivesse intensamente, entre Outubro 2012 e Novembro 2013, uma das três virtudes teologais – a Fé –, aprofundando no seu significado, procurando fundamentar os motivos da sua existência e, decerto, entendendo todo o papel que ela desempenha na nossa vida cristã. Com isto, não se quer minimizar a importância das outras virtudes teologais – a esperança e a caridade –, mas apenas dar relevo à fé, para que ela se firme na consciência dos fiéis e oriente a nossa conduta de acordo com os seus ditames e as possibilidades que ela mesma nos confere.
A Fé começa por ser um dom de Deus
Quando abrimos o Catecismo da Igreja Católica, no ponto nº 153, podemos ler: “A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele”. Esta afirmação ensina-nos que nós não temos fé, porque a conquistamos apenas com os nossos esforços pessoais, tal como acontece com as virtudes humanas, que se conseguem à custa de repetirmos os actos que lhes são próprios. Por outras palavras, a virtude humana da ordem, por exemplo, não é fruto da nossa espontaneidade. Não se é ordenado, porque nascemos assim. A ordem surge como uma consequência de, em muitas circunstâncias, às vezes difíceis, fazermos o que é deveras importante e necessário nessas ocasiões, não cedendo à tentação de realizarmos o que é mais fácil ou que dá menos trabalho.
Com a fé, porém, na sua origem, não há somente uma dimensão humana como sua autora. Antes de o homem a possuir, «é um dom de Deus». Ou seja, sem essa intervenção divina, a fé não existe, porque se trata de (...) “uma virtude sobrenatural infundida por Ele”. Por esta razão, no mesmo ponto pode ainda ler-se: “Para prestar esta adesão da fé (ou seja, para aceitarmos a fé e as suas consequências), são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, O Qual move e converte o coração, para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá a todos “a suavidade em aceitar e crer a verdade” (DV 5) ”.
Estas observações elucidam-nos de uma forma clara que Deus quer que a nossa fé comece por ser um dom seu, isto é, uma dádiva que nos oferece para podermos saber com certeza em que acreditamos, já que a autoridade das verdades reveladas tem o próprio Deus como autor, que é perfeito em tudo o que faz e anuncia.
A Fé é também um acto humano
Na sequência do que nos indicou no nº 153, o Catecismo ensina-nos, no número seguinte que, se «o acto de fé só é possível pela graça e pelos auxílios do Espírito Santo» ele corresponde também a um acto profundamente humano. Na verdade, a maior parte dos conhecimentos que temos são fruto do que ouvimos dizer a outras pessoas. E a nossa adesão é tanto mais forte quanto mais sérias e competentes são relativamente ao tipo de conhecimentos ou verdades que nos transmitem. Seria para qualquer um de nós muito mais preocupante que um médico oncologista, numa conversa acidental sobre um problema de saúde que eu sentisse, me dissesse para ter cuidado e me quisesse examinar no seu consultório, do que a opinião dum engenheiro civil sobre o mesmo assunto, ainda que esta fosse mais veemente, efusiva e categórica.
Por isso, «não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas” (Catecismo da Igreja Católica, nº 154). Deus é a autoridade máxima em matéria de verdade e de conhecimento, porque é omnisciente, ou seja, conhecedor de tudo com a máxima perfeição, que não engana, não é ilusória, nem pretende enganar.
Como devemos saber agradecer a Deus o dom da fé. E com que propósitos de melhoria vamos encarar o Ano da Fé decretado pelo Santo Padre, Bento XVI.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de setembro de 2012 AQUI)
Células estaminais embrionárias: quando os resultados não contam
O debate sobre a investigação com células embrionárias volta ao primeiro plano da actualidade depois de um juiz federal americano ter decidido interpor uma providência cautelar para o financiamento público deste tipo de investigação.
O juiz, Royce C. Lamberth, considerou que a decisão de Obama que em 2009 aumentou as possibilidades de financiamento público destas investigações viola a proibição de que os fundos federais se utilizem em investigações que destruam embriões humanos.
Uma vez mais, como se tratasse da reposição de uma telenovela, voltam ao ecrã mediático os mesmos actores, argumentos e, provavelmente, o mesmo desenlace. A quem se opõe, retira-se legitimidade pelo facto de se opor. Sobre quem arbitra, o juiz em questão, chovem todo o tipo de suspeitas ideológicas. Os que se queixam da decisão do juiz armam-se em vítimas da barbárie ideológica e religiosa.
Os tópicos do género pseudo-científico destacam-se de novo à larga nas páginas dos jornais, nas rádios e nas televisões e até na Internet: "necessárias para salvar vidas", "objecções religiosas", "pôr entraves aos avanços científicos", "o dever de cuidarmos uns dos outros".
Muitos lembram que Barack Obama defendeu o novo rumo científico na investigação com células estaminais embrionárias depois de anular as limitações impostas por Bush no mandato anterior. Poucos sabem ou explicam que o que fez Bush foi opor-se a destinar mais fundos públicos para este tipo de investigações, mas nunca em caso algum as proibiu. Bush permitiu em 2001 a investigação com células obtidas de embriões já mortos, mas negou-se a financiar os novos bancos de embriões que se pretendiam desenvolver, aos quais Barack Obama deu luz verde em Março do ano passado (cf. www.aceprensa.com, 11-03-2009).
De facto, a investigação com células embrionárias não esteve parada em nenhum momento, o que não se removeu foi a classificação de "resultados positivos obtidos". Isso, sim, sobretudo os investidores, e uma prova disso foi a mudança de atitude - supostamente discreta, para não ter que rectificar publicamente - levada a cabo pelo Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia que, após cinco anos de investigações infrutuosas com células embrionárias, se decidiu pelas células adultas. Com os 230 milhões de dólares que gastou o ano passado, a investigação financiou 14 equipas de investigadores, 10 delas ocupam-se de células estaminais adultas e só 4 de embrionárias. (cf. www.aceprensa.com, 04-02-2010)
Parece portanto uma irresponsabilidade continuar a agitar a bandeira da futura cura do Alzheimer ou outras doenças degenerativas graças às células embrionárias, criando expectativas fraudulentas na origem e escamoteando os perigos que isso acarreta.
A utilidade médica das células estaminais adultas
As investigações com células adultas têm crescido desde que o cientista japonês Shinya Yamanaka descobriu em 2007 que se podiam reprogramar para as converter em pluripotentes (que podem dar origem a qualquer tecido do organismo), como as embrionárias, mas sem o risco que estas apresentam ao descontrolar-se causando tumores e sem a necessidade de ter de destruir embriões para as obter.
Em medicina regenerativa, as células estaminais adultas continuam a ser as únicas com utilidade médica. Se ainda não passou tempo suficiente para ter a segurança da eficácia a longo prazo das terapias aplicadas, com estas células já se conseguiu reparar diferentes tecidos (cardíaco, muscular, da córnea...). Há numerosos ensaios clínicos em curso, enquanto que muito poucos se estão a fazer com as embrionárias. (cfr.www.aceprensa,com, 24-06-2009).
Alvaro Lucas
Aceprensa
O juiz, Royce C. Lamberth, considerou que a decisão de Obama que em 2009 aumentou as possibilidades de financiamento público destas investigações viola a proibição de que os fundos federais se utilizem em investigações que destruam embriões humanos.
Uma vez mais, como se tratasse da reposição de uma telenovela, voltam ao ecrã mediático os mesmos actores, argumentos e, provavelmente, o mesmo desenlace. A quem se opõe, retira-se legitimidade pelo facto de se opor. Sobre quem arbitra, o juiz em questão, chovem todo o tipo de suspeitas ideológicas. Os que se queixam da decisão do juiz armam-se em vítimas da barbárie ideológica e religiosa.
Os tópicos do género pseudo-científico destacam-se de novo à larga nas páginas dos jornais, nas rádios e nas televisões e até na Internet: "necessárias para salvar vidas", "objecções religiosas", "pôr entraves aos avanços científicos", "o dever de cuidarmos uns dos outros".
Muitos lembram que Barack Obama defendeu o novo rumo científico na investigação com células estaminais embrionárias depois de anular as limitações impostas por Bush no mandato anterior. Poucos sabem ou explicam que o que fez Bush foi opor-se a destinar mais fundos públicos para este tipo de investigações, mas nunca em caso algum as proibiu. Bush permitiu em 2001 a investigação com células obtidas de embriões já mortos, mas negou-se a financiar os novos bancos de embriões que se pretendiam desenvolver, aos quais Barack Obama deu luz verde em Março do ano passado (cf. www.aceprensa.com, 11-03-2009).
De facto, a investigação com células embrionárias não esteve parada em nenhum momento, o que não se removeu foi a classificação de "resultados positivos obtidos". Isso, sim, sobretudo os investidores, e uma prova disso foi a mudança de atitude - supostamente discreta, para não ter que rectificar publicamente - levada a cabo pelo Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia que, após cinco anos de investigações infrutuosas com células embrionárias, se decidiu pelas células adultas. Com os 230 milhões de dólares que gastou o ano passado, a investigação financiou 14 equipas de investigadores, 10 delas ocupam-se de células estaminais adultas e só 4 de embrionárias. (cf. www.aceprensa.com, 04-02-2010)
Parece portanto uma irresponsabilidade continuar a agitar a bandeira da futura cura do Alzheimer ou outras doenças degenerativas graças às células embrionárias, criando expectativas fraudulentas na origem e escamoteando os perigos que isso acarreta.
A utilidade médica das células estaminais adultas
As investigações com células adultas têm crescido desde que o cientista japonês Shinya Yamanaka descobriu em 2007 que se podiam reprogramar para as converter em pluripotentes (que podem dar origem a qualquer tecido do organismo), como as embrionárias, mas sem o risco que estas apresentam ao descontrolar-se causando tumores e sem a necessidade de ter de destruir embriões para as obter.
Em medicina regenerativa, as células estaminais adultas continuam a ser as únicas com utilidade médica. Se ainda não passou tempo suficiente para ter a segurança da eficácia a longo prazo das terapias aplicadas, com estas células já se conseguiu reparar diferentes tecidos (cardíaco, muscular, da córnea...). Há numerosos ensaios clínicos em curso, enquanto que muito poucos se estão a fazer com as embrionárias. (cfr.www.aceprensa,com, 24-06-2009).
Alvaro Lucas
Aceprensa
Jesus Cristo o Todo
«Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – (Deus) disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer. [...] Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade ou novidade».
(Subida del monte Carmelo 2, 22, 3-5 – São João da Cruz)
«A fé cristã não pode aceitar “revelações” que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é a plenitude. É o caso de certas religiões não-cristãs, e também de certas seitas recentes, fundadas sobre tais «revelações».
(Catecismo da Igreja Católica § 67)
(Subida del monte Carmelo 2, 22, 3-5 – São João da Cruz)
«A fé cristã não pode aceitar “revelações” que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é a plenitude. É o caso de certas religiões não-cristãs, e também de certas seitas recentes, fundadas sobre tais «revelações».
(Catecismo da Igreja Católica § 67)
Apostolado - nosso dever, nossa obrigação por amor a Jesus Cristo
“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi a vós, e vos destinei para que vades e deis fruto …” (Jo 15,16). Estas palavras – que são Palavra de Deus –, recolhidas por S. João Evangelista directamente da boca do próprio Cristo, fala-nos simultaneamente de uma obrigação grave de todo o cristão e de uma dimensão fundamental da sua vivência da caridade. Não é possível receber a mensagem do Senhor, torná-la nossa e não se preocupar em dá-la a conhecer aos outros. Sobretudo aos que se cruzam de mais perto nas ruas da nossa vida, isto é, aos que são nossos próximos. Evangelizar ou fazer apostolado é um dever que todos temos de ter em mente e muito bem gravado no coração. Como diz sabiamente o nosso povo, ninguém pretenda ir para o Céu sozinho, sem arrastar almas para lá.
O exemplo e o mandato de Jesus é claro. A sua vida terrena foi um constante apostolado, dizendo a todos os seus discípulos dum modo nítido e prescritivo, pouco antes da sua Ascensão: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15).
Nenhum cristão pode, pois, pôr de lado este ensinamento do Senhor sem negar a sua própria condição de seguidor de Jesus. O mandato é um mandato universal, para todos os homens de todos os tempos. Quem é de Cristo, tem obrigação – e mais do que obrigação – a missão amorosa de viver a caridade, ensinando aos outros o que Ele nos deixou como testemunho da sua palavra e da sua vida.
As desculpas não são sérias nem convincentes: “Os tempos são difíceis”, “as pessoas não querem ouvir”, “os costumes mudaram muito”, etc. Isto mesmo podiam dizer os primeiros cristão e os cristãos de todos os tempos, já que nunca foi fácil evangelizar. Quanta gente não pagou com a sua vida o apostolado que fez, quanta gente não sentiu na pele e na honra o facto de testemunhar a sua adesão incondicional ao Senhor! Não nos esqueçamos que é próprio do verdadeiro cristão ser sinal de contradição e que seguir a Cristo importa pegar na cruz quotidiana. Ora, a cruz era instrumento doloroso de morte corporal e de humilhação de todo o condenado, que se via assim julgado indigno de viver no seu ambiente social. Este rejeitava-o de um modo absolutamente radical, fazendo-o desaparecer do mundo.
O zelo apostólico que nos deve caracterizar, se é verdadeiro, funciona também, até sob o ponto de vista humano, como uma espécie de factor de equilíbrio da nossa própria personalidade. Tendencialmente, inclinamo-nos a viver ensimesmados, de uma forma egoísta e sem grandes horizontes, para além daqueles que nos dita a nossa comodidade, o nosso desejo de boa imagem e a relevância habitualmente excessiva que nos atribuímos. O apostolado leva-nos a pensar nos outros, a querer o seu bem por excelência e a dar às nossas problemáticas o seu real lugar: se eu devo amar o próximo como a mim mesmo – diz-nos Jesus comentando os mandamentos fundamentais da Lei de Deus – tenho que dar às questões alheias a mesma qualidade e intensidade de importância com que me ocupo das minhas. Além de que, por dever e por justiça, o “amar a Deus sobre todas as coisas”, conduz-nos a colocar as coisas que Deus quer que nós realizemos no topo das nossas preocupações. Entre estas, não podemos pôr a um canto a ordem de apostolado que Jesus deixou para todos nós.
E não se pense que, apesar das dificuldades que se tenham de enfrentar, não sentiremos a grande satisfação, não já de cumprir um mandato divino, mas de ver com os nossos olhos como a graça actua e as pessoas melhoram, ao tornarmo-nos “semeadores de paz de alegria”, de acordo com a frase tão chamativa de S. Josemaría. É que, diz-nos o profeta Isaías, “Os meus escolhidos não trabalharão em vão" (Is 65, 23). E Deus nunca falha nas suas promessas.
Está um ano laboral a começar. Tantas ocasiões que o Senhor nos vai dar para comunicar aos outros a alegria de Jesus. Não percamos esta oportunidade para fazermos um bom exame de consciência, procurar pôr de lado razões sem fundamento que não passam de respeitos humanos, e lançar-nos a falar de Deus aos nossos amigos e conhecidos. Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, lembrar-nos-á o exemplo extraordinário de S. Paulo, no seu ano comemorativo. E apoiará a nossa boa vontade com a sua intercessão poderosíssima.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de setembro de 2008, título da responsabilidade do autor do blogue)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1939
Começa a pregar um retiro para universitários em Burjasot, Valência (Espanha). A José Orlandis, um dos assistentes, dirá um destes dias: “Esta manhã ofereci a Missa pela Polónia. Esse povo católico, vítima da agressão dos nazis, está a sofrer uma prova tremenda e passa por horas muito difíceis. É preciso rezar pela Polónia”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
«Tenho a certeza de que não ficarei confundido. O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo?» (Is 50, 7-8)
Melitão de Sardes (?-c. 195), bispo
Homilia Pascal (do Ofício de Leitura da 2.ª-feira da Oitava da Páscoa)
Homilia Pascal (do Ofício de Leitura da 2.ª-feira da Oitava da Páscoa)
O Senhor, sendo Deus, fez-Se homem e, tendo sofrido em vez do enfermo, tendo sido encarcerado em vez do prisioneiro, tendo sido condenado em vez do criminoso e sepultado em vez do que jazia no sepulcro, ressuscitou dos mortos e exclamou com voz poderosa: «”Quem ousará condenar-Me? Aproxime-se de Mim!” (Is 50,8) Eu libertei o condenado, dei a vida ao morto, ressuscitei o que estava sepultado. “Quem ousará atacar-Me?” (Is 50,9) Eu sou Cristo, Aquele que destruiu a morte, que venceu o inimigo, que calcou aos pés o inferno, que pôs em cadeias o violento (Lc 11,22) e que arrebatou o homem para as alturas dos Céus. Eu sou Cristo.
Vinde, portanto, todas as nações da terra oprimidas pelo crime, e recebei a remissão dos pecados. Eu sou o vosso Perdão, a Páscoa da salvação, o Cordeiro por vós imolado, a Água que vos purifica, a vossa Vida, a vossa Ressurreição, a vossa Luz, a vossa Salvação, o vosso Rei. Eu vos elevarei até às alturas dos Céus; Eu vos ressuscitarei e vos mostrarei o Pai que está nos Céus; Eu vos exaltarei pela Minha mão direita.»
Assim é Aquele que fez o céu e a terra e no princípio criou o homem (Gn 2,7), Aquele que Se fez anunciar pela Lei e pelos Profetas, Aquele que nasceu da Virgem, foi crucificado no madeiro, sepultado na terra, ressuscitado dentre os mortos, ascendeu às alturas dos céus, Se sentou à direita do Pai e detém o poder de tudo julgar e de tudo salvar. Por Ele criou o Pai tudo o que existe, desde o princípio até à eternidade. É Ele o Alfa e o Ómega (Ap 1,8), o princípio e o fim, Cristo, a Quem sejam dados a glória e o poder pelos séculos dos séculos, Amen.
Vinde, portanto, todas as nações da terra oprimidas pelo crime, e recebei a remissão dos pecados. Eu sou o vosso Perdão, a Páscoa da salvação, o Cordeiro por vós imolado, a Água que vos purifica, a vossa Vida, a vossa Ressurreição, a vossa Luz, a vossa Salvação, o vosso Rei. Eu vos elevarei até às alturas dos Céus; Eu vos ressuscitarei e vos mostrarei o Pai que está nos Céus; Eu vos exaltarei pela Minha mão direita.»
Assim é Aquele que fez o céu e a terra e no princípio criou o homem (Gn 2,7), Aquele que Se fez anunciar pela Lei e pelos Profetas, Aquele que nasceu da Virgem, foi crucificado no madeiro, sepultado na terra, ressuscitado dentre os mortos, ascendeu às alturas dos céus, Se sentou à direita do Pai e detém o poder de tudo julgar e de tudo salvar. Por Ele criou o Pai tudo o que existe, desde o princípio até à eternidade. É Ele o Alfa e o Ómega (Ap 1,8), o princípio e o fim, Cristo, a Quem sejam dados a glória e o poder pelos séculos dos séculos, Amen.
O Evangelho do dia 10 de setembro de 2012
Aconteceu que, noutro sábado, entrou Jesus na sinagoga e ensinava. Estava ali um homem que tinha a mão direita atrofiada. Os escribas e os fariseus observavam-n'O para ver se curava ao sábado, a fim de terem de que O acusar. Mas Ele conhecia os seus pensamentos, e disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e põe-te em pé no meio». Ele, levantando-se, pôs-se de pé. Jesus disse-lhes: «Pergunto-vos se é lícito, aos sábados, fazer bem ou mal, salvar a vida ou tirá-la». Depois, percorrendo a todos com o olhar, disse ao homem: «Estende a tua mão». Ele estendeu-a, e a sua mão ficou curada. Eles encheram-se de furor e falavam uns com os outros para ver que fariam contra Jesus.
Lc 6, 6-11
Lc 6, 6-11
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