"Deveis responder [por isso] diante Deus Todo-poderoso e perante os tribunais devidamente constituídos". A frase é de Bento XVI, dirigida aos sacerdotes e religiosos que cometeram abusos sexuais de crianças, e segue-se a uma constatação não menos pesada: “Traístes a confiança depositada em vós por jovens inocentes e pelos seus pais”.
O Papa – que age, normalmente, como pai – assumiu, este fim-de-semana, na carta enviada à Igreja irlandesa, sobre a pedofilia, a pose difícil e austera do juiz. Justifica-se. O escândalo que envolve a Igreja daquele país, cúmplice na ocultação, durante décadas, de um enorme número de caso de abusos sexuais, impunha uma contrição sem precedentes e a afirmação clara de que tal encobrimento: nunca mais!
Não se espera o aplauso das vítimas. Compreende-se, como reconhece Bento XVI, que lhes seja difícil “perdoar e reconciliar-se com a Igreja”. Mas esta não é uma entidade abstracta e não se confunde com a hierarquia. É constituída pela comunidade dos crentes unidos pela mesma fé.
Não adianta alegar que a percentagem de padres pedófilos é idêntica à de outras profissões ligadas a crianças ou que na Igreja católica estes crimes não são mais frequentes do que noutras confissões. Sendo verdade, não adianta recordar que Cristo nos ensina a condenar o erro e amar os que erram.
Com o Papa, enquanto crente, junto a minha voz ao pedido de desculpas, partilhando com ele a mesma enorme vergonha e remorso.
Graça Franco
(Fonte: site Rádio Renascença)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 24 de março de 2010
Há 30 anos nesta data foi assassinado D. Óscar Romero
Hoje, 24 de Março, faz 30 anos que D. Óscar Romero, arcebispo de São Salvador, foi morto a tiro quando celebrava a Eucaristia na capela do hospital Divina Providência, na capital salvadorenha.
Em São Salvador, uma missa solene recorda o sacrifício de Mons. Romero. O Presidente Maurício Funes pedirá perdão em nome do governo pela morte do Arcebispo. O dia 24 de Março foi declarado, por decreto emitido pelo Parlamento salvadorenho, “Dia de D. Óscar Arnulfo Romero”.
Desde 1993 que esta data é celebrada em toda a Igreja como Dia de oração e jejum em memória dos Missionários Mártires: bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos mortos por cumprir a missão de evangelização e promoção humana.
D. Romero é um deles. De acordo com o postulador da causa de beatificação, D. Vincenzo Paglia, Bispo de Terni (Itália), “D. Romero foi vítima da polarização política, que não deixava espaço para a sua caridade e pastoral”. “Contrário à violência, tanto por parte do governo militar como da guerrilha, viveu na condição de pastor o drama do seu rebanho” – refere a Agência Ecclesia.
A causa de beatificação de Oscar Arnulfo Romero, cujos restos mortais jazem na Catedral da capital salvadorenha, iniciou a sua fase diocesana em 1994, concluindo-se em 1996. Nesse ano, o processo foi apresentado ao Vaticano, e em 1997 foi emitido o decreto por meio do qual a causa era oficialmente aceita como válida, sendo D. Romero declarado “servo de Deus” pelo Papa João Paulo II.
Tornando-se arcebispo, D. Oscar Romero amadureceu “uma nova responsabilidade” e “tornou-se o ‘pater pauperum’ e imediatamente também o ‘defensor pauperum’. Romero era a única voz que falava em defesa deles”: recordou-o ontem à noite em Roma, o arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, celebrando uma Santa Missa na Igreja de Santa Maria in Trastevere, numa iniciativa da Comunidade de Santo Egídio. O Arcebispo de Nápoles recordou que no coração da pregação de D. Romero estava “o amor evangélico” e “quando o conflito entre o governo e a guerrilha tornou-se ainda mais duro” ele “publicou um apelo contra a violência”, convencido de que “somente o amor cristão poderia salvar o país da tragédia”. “A força que os cristãos têm – afirmou o Cardeal Sepe – deriva do amor gratuito pelos outros. É a força do martírio. Em uma homilia após o assassinato de um seu sacerdote, D. Romero sublinhava que todos os cristãos são chamados ao espírito do martírio, a dar a própria vida pelos outros”.
Um apelo que, concluiu o Arcebispo, “D. Romero lança ainda hoje. Jamais desperdiçar essa força. Seria uma grande culpa. Hoje, no coração do século XXI, temos necessidade desta força única, da força do amor gratuito, para poder esperar em um mundo melhor”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Em São Salvador, uma missa solene recorda o sacrifício de Mons. Romero. O Presidente Maurício Funes pedirá perdão em nome do governo pela morte do Arcebispo. O dia 24 de Março foi declarado, por decreto emitido pelo Parlamento salvadorenho, “Dia de D. Óscar Arnulfo Romero”.
Desde 1993 que esta data é celebrada em toda a Igreja como Dia de oração e jejum em memória dos Missionários Mártires: bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos mortos por cumprir a missão de evangelização e promoção humana.
D. Romero é um deles. De acordo com o postulador da causa de beatificação, D. Vincenzo Paglia, Bispo de Terni (Itália), “D. Romero foi vítima da polarização política, que não deixava espaço para a sua caridade e pastoral”. “Contrário à violência, tanto por parte do governo militar como da guerrilha, viveu na condição de pastor o drama do seu rebanho” – refere a Agência Ecclesia.
A causa de beatificação de Oscar Arnulfo Romero, cujos restos mortais jazem na Catedral da capital salvadorenha, iniciou a sua fase diocesana em 1994, concluindo-se em 1996. Nesse ano, o processo foi apresentado ao Vaticano, e em 1997 foi emitido o decreto por meio do qual a causa era oficialmente aceita como válida, sendo D. Romero declarado “servo de Deus” pelo Papa João Paulo II.
Tornando-se arcebispo, D. Oscar Romero amadureceu “uma nova responsabilidade” e “tornou-se o ‘pater pauperum’ e imediatamente também o ‘defensor pauperum’. Romero era a única voz que falava em defesa deles”: recordou-o ontem à noite em Roma, o arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, celebrando uma Santa Missa na Igreja de Santa Maria in Trastevere, numa iniciativa da Comunidade de Santo Egídio. O Arcebispo de Nápoles recordou que no coração da pregação de D. Romero estava “o amor evangélico” e “quando o conflito entre o governo e a guerrilha tornou-se ainda mais duro” ele “publicou um apelo contra a violência”, convencido de que “somente o amor cristão poderia salvar o país da tragédia”. “A força que os cristãos têm – afirmou o Cardeal Sepe – deriva do amor gratuito pelos outros. É a força do martírio. Em uma homilia após o assassinato de um seu sacerdote, D. Romero sublinhava que todos os cristãos são chamados ao espírito do martírio, a dar a própria vida pelos outros”.
Um apelo que, concluiu o Arcebispo, “D. Romero lança ainda hoje. Jamais desperdiçar essa força. Seria uma grande culpa. Hoje, no coração do século XXI, temos necessidade desta força única, da força do amor gratuito, para poder esperar em um mundo melhor”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Papa nega oposição entre ciência e fé
Bento XVI lembra S. Alberto Magno, teólogo do século XIII
Bento XVI defendeu esta Quarta-feira que não há oposição entre ciência e fé, lembrando a vida e obra de S. Alberto Magno, teólogo do século XIII.
“Alberto Magno lembra-nos que não há oposição entre ciência e fé e os que estudam as ciências da natureza podem percorrer um verdadeiro caminho de santidade”, assinalou.
Na audiência geral desta semana, o Papa destacou a figura do dominicano, grande mestre de teologia escolástica canonizado pelo Papa Pio XI, que o proclamou “Doutor da Igreja”.
“Ele coloca em destaque o facto de a filosofia e a teologia terem métodos diferentes, mas o seu diálogo coopera harmoniosamente para a descoberta da verdadeira vocação do homem”, observou Bento XVI.
O Papa convidou a rezar para que “na Igreja não faltem nunca teólogos que estejam enraizados na oração, competentes e cheios de sabedoria”.
Em português, Bento XVI disse que S. Alberto Magno “estudou com rigor científico as obras de Aristóteles e delas extraiu o que era universalmente válido, mostrando a sua harmonia com as verdades da fé cristã”.
“Um motivo para lhe tributarmos a mais viva admiração é ter sido o mestre de S. Tomás de Aquino: entre estes dois grandes teólogos, instaurou-se uma relação de mútua amizade, saindo Alberto em campo quando foi preciso defender o pensamento de Tomás de objecções e condenações totalmente injustificadas”, assinalou.
Para o Papa, título de “Magno”, grande, com que Alberto passou à história “indica a vastidão e profundidade da sua doutrina, associada à santidade de vida”.
“Tinha como regra de vida: «Querer para a glória de Deus tudo o que eu quero, tal como Deus quer para a sua glória tudo aquilo que Ele quer»”, acrescentou.
Nascido na Alemanha, S. Alberto estudou em Pádua (Itália) e professou na ordem dos Dominicanos. Arcebispo de Ratisbona (Alemanha) entre 1260 e 1264, pediu ao Papa que o deixasse retomar a sua missão de ensino e estudo. Gozava de grande autoridade na Igreja e na sociedade do seu tempo quando morreu, em Colónia, no ano de 1280.
Bento XVI resumiu também em língua portuguesa esta sua catequese:
“Queridos irmãos e irmãs,
Santo Alberto Magno nasceu no início do século XIII, professou na Ordem Dominicana e, recebida a Ordenação Sacerdotal, ensinou em vários centros de estudos teológicos anexos aos conventos da Ordem. Com rigor científico, estudou as obras de Aristóteles e delas extraiu o que era universalmente válido, mostrando a sua harmonia com as verdades da fé cristã. Um motivo para lhe tributarmos a mais viva admiração é ter sido o mestre de São Tomás de Aquino; entre estes dois grandes teólogos, instaurou-se uma relação de mútua amizade, saindo Alberto em campo quando foi preciso defender o pensamento de Tomás de objecções e condenações totalmente injustificadas. O título de “Magno”, grande, com que Alberto passou à história, indica a vastidão e profundidade da sua doutrina, associada à santidade de vida. Tinha como regra de vida: «Querer para a glória de Deus tudo o que eu quero, tal como Deus quer para a sua glória tudo aquilo que Ele quer».
Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha cordial saudação no Senhor Jesus! Como penhor da graça salvadora que Ele nos mereceu com a sua Cruz, desça sobre vós e vossas famílias a minha Bênção. Vivei em paz e encorajai-vos mutuamente no caminho da santidade. E o Deus do amor e da paz estará convosco!”
(Fonte: sites da Agência Ecclesia e Radio Vaticana)
Fátima - Nossa Senhora do Rosário
Ó Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, Rainha do Rosário, doce Virgem de Fátima, ao Vosso Coração Imaculado nos consagramos, em acto de entrega total ao Senhor. Colocai-nos sob a Vossa protecção materna; defendei-nos dos perigos, ajudai-nos a vencer as tentações e a fugir dos pecados, e vigiai sobre a pureza do nosso corpo e da nossa alma. Que Vosso Coração Imaculado seja nosso refúgio e o caminho que conduz a Deus. Doai-nos a graça de rezar e de nos sacrificar por amor de Jesus, pela conversão dos pecadores e como reparação pelos pecados cometidos contra o Vosso Coração Imaculado. Confiando em Vós e em união com o Coração do Vosso Filho divino, queremos viver pela Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amém.
S. Josemaría nesta data em 1933
Escreve: “Não tenhas medo da morte. – Aceita-a, desde agora, generosamente..., quando Deus quiser..., como Deus quiser..., onde Deus quiser, - Não duvides; virá no tempo, no lugar e do modo que mais convier..., enviada pelo teu Pai-Deus. – Bem-vinda seja a nossa irmã, a morte!”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O rancor
«O rancor é o descontentamento fundamental do homem consigo mesmo, que se vinga, por assim dizer, no outro, porque através dele não lhe chega aquilo que todavia só lhe pode ser concedido com uma nova abertura da própria alma».
(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
Enérgica resposta à campanha dos media que "cospem" no Papa e nos sacerdotes
O Pe. Aldo Trento é um sacerdote missionário italiano que serve no Paraguai há vários anos. De passagem pelo seu país natal escreveu uma carta ao jornal liberal Il Foglio, dirigido pelo agnóstico Giuliano Ferrra, na qual denuncia a campanha dos media e daqueles que "cospem" no Papa Bento XVI e nos sacerdotes "usando a diabólica arma da pedofilia".
O missionário comenta que "este argumento parece interessar mais a alguns jornalistas e às suas fantasias e alucinações que ao público: porque encontrei a milhares de pessoas, sobre tudo jovens, e nenhum deles me fez uma pergunta sobre este assunto. O que significa que embora exista este flagelo no mundo e que afectou também a Igreja, recebendo a dura, clara e forte condenação do Santo Padre, ainda estamos longe daquele fenómeno de massa, como se todos os sacerdotes fossem pedófilos, como querem fazer que acreditemos".
"Sou Sacerdote há 40 anos, estive em diversas partes do mundo, vivi em orfanatos, escolas, internatos para Crianças e nunca vi a um colega culpado deste delito. Não só isso, senão que vivi com sacerdotes e religiosos que deram a vida para que estes pequenos também a tenham".
Depois de relatar algo de sua intensa vida de serviço em meio de "prostitutas, homossexuais, travestis, doentes de SIDA/AIDS, recolhidos nas ruas, na imundície", o sacerdote critica duramente a quem "cospe" contra a Igreja.
"Faz-me sofrer este cuspir no prato em que, se Deus quiser, inclusive alguns jornalistas mórbidos, encontrar-se-ão amanhã comendo, porque se alguém se equivoca não quer dizer que a Igreja seja assim. Esta Igreja é o alento do mundo", assinala.
Seguidamente questiona os jornalistas que atacam os sacerdotes e o Papa: "Não se perguntam que coisa seria deste mundo sem este porto de esperança segura para todo homem, incluídos vocês que nestes dias como corvos ferozes se divertem sadicamente cuspindo sobre seu Castro Rosto? Venham ao terceiro mundo para entender que coisa quer dizer que milhares de sacerdotes e irmãs morrem dando sua vida pelas Crianças".
Seguidamente recorda-lhes que na hora de sua morte, "esta Igreja, esta mãe sobre a qual aprenderam a cuspir, acolhê-los-á, abraçá-los-á e perdoar-lhes-á. Esta mãe, que há 2000 anos é cuspida, ofendida e acusada, há 2000 anos diz a todos os que o pedem: ‘eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’".
"Não percamos o tempo ante os delírios de alguns jornalistas que usam certos execráveis casos de pedofilia para atacar o Acontecimento cristão, para pôr em discussão a pérola do celibato, e olhemos para as milhares de pessoas, jovens em particular, que procuram, acreditam e perguntam à Igreja o por quê, o sentido último da vida e que vêem nela a única resposta".
O Pe. Trento expressa depois a sua preocupação pela "ausência de santidade em nós sacerdotes que outras coisas por graves e dolorosas que sejam. Preocupa-me mais uma Igreja que se envergonha de Cristo, em vez de pregá-lo desde os tetos. Preocupa-me não encontrar sacerdotes nos confessionários pelo qual o pecador que vive na tortura de seu pecado não encontra um confessor que o absolva".
"Às acusações infames destes últimos dias – continua o sacerdote – urge responder com a santidade de nossa vida e com uma ordem total a Cristo e aos homens necessitados, como nunca, de certeza e esperança".
À pedofilia, prossegue "deve-se responder como o Papa nos ensina. Mas só anunciando a Cristo se sai deste horrível cenário porque só Cristo salva totalmente o homem. Mas se Cristo já não é mais o coração da vida, então qualquer perversão é possível. A única defesa que temos são nossos olhos apaixonados por Cristo".
Finalmente o Pe. Trento reconhece que "a dor é maior, mas a segurança granítica: o ‘Eu venci ao mundo’ (de Cristo) é imensamente superior".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
O missionário comenta que "este argumento parece interessar mais a alguns jornalistas e às suas fantasias e alucinações que ao público: porque encontrei a milhares de pessoas, sobre tudo jovens, e nenhum deles me fez uma pergunta sobre este assunto. O que significa que embora exista este flagelo no mundo e que afectou também a Igreja, recebendo a dura, clara e forte condenação do Santo Padre, ainda estamos longe daquele fenómeno de massa, como se todos os sacerdotes fossem pedófilos, como querem fazer que acreditemos".
"Sou Sacerdote há 40 anos, estive em diversas partes do mundo, vivi em orfanatos, escolas, internatos para Crianças e nunca vi a um colega culpado deste delito. Não só isso, senão que vivi com sacerdotes e religiosos que deram a vida para que estes pequenos também a tenham".
Depois de relatar algo de sua intensa vida de serviço em meio de "prostitutas, homossexuais, travestis, doentes de SIDA/AIDS, recolhidos nas ruas, na imundície", o sacerdote critica duramente a quem "cospe" contra a Igreja.
"Faz-me sofrer este cuspir no prato em que, se Deus quiser, inclusive alguns jornalistas mórbidos, encontrar-se-ão amanhã comendo, porque se alguém se equivoca não quer dizer que a Igreja seja assim. Esta Igreja é o alento do mundo", assinala.
Seguidamente questiona os jornalistas que atacam os sacerdotes e o Papa: "Não se perguntam que coisa seria deste mundo sem este porto de esperança segura para todo homem, incluídos vocês que nestes dias como corvos ferozes se divertem sadicamente cuspindo sobre seu Castro Rosto? Venham ao terceiro mundo para entender que coisa quer dizer que milhares de sacerdotes e irmãs morrem dando sua vida pelas Crianças".
Seguidamente recorda-lhes que na hora de sua morte, "esta Igreja, esta mãe sobre a qual aprenderam a cuspir, acolhê-los-á, abraçá-los-á e perdoar-lhes-á. Esta mãe, que há 2000 anos é cuspida, ofendida e acusada, há 2000 anos diz a todos os que o pedem: ‘eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’".
"Não percamos o tempo ante os delírios de alguns jornalistas que usam certos execráveis casos de pedofilia para atacar o Acontecimento cristão, para pôr em discussão a pérola do celibato, e olhemos para as milhares de pessoas, jovens em particular, que procuram, acreditam e perguntam à Igreja o por quê, o sentido último da vida e que vêem nela a única resposta".
O Pe. Trento expressa depois a sua preocupação pela "ausência de santidade em nós sacerdotes que outras coisas por graves e dolorosas que sejam. Preocupa-me mais uma Igreja que se envergonha de Cristo, em vez de pregá-lo desde os tetos. Preocupa-me não encontrar sacerdotes nos confessionários pelo qual o pecador que vive na tortura de seu pecado não encontra um confessor que o absolva".
"Às acusações infames destes últimos dias – continua o sacerdote – urge responder com a santidade de nossa vida e com uma ordem total a Cristo e aos homens necessitados, como nunca, de certeza e esperança".
À pedofilia, prossegue "deve-se responder como o Papa nos ensina. Mas só anunciando a Cristo se sai deste horrível cenário porque só Cristo salva totalmente o homem. Mas se Cristo já não é mais o coração da vida, então qualquer perversão é possível. A única defesa que temos são nossos olhos apaixonados por Cristo".
Finalmente o Pe. Trento reconhece que "a dor é maior, mas a segurança granítica: o ‘Eu venci ao mundo’ (de Cristo) é imensamente superior".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
Temas para reflexão
Mas, vou confessar-me de quê? Esta pergunta é possível porque, ao demónio, não lhe interessa nada que nos confessemos e, assim, há-de insinuar-nos que, de facto, não cometemos nenhum pecado que “valha a pena” confessar. Faltas…? Sim, admitimos com sinceridade que temos faltas mas, valerá a pena confessá-las? Não será um “excesso de zelo”?
Há que decidir de uma vez: vale a pena confessar ao sacerdote aquilo que fizemos e não deveríamos ter feito e, também, aquilo que, talvez fosse nossa obrigação fazer e não fizemos.
Ficaremos “limpos” e em paz e, a paz de consciência é a tranquilidade na alma e a serenidade do espírito.
(AMA, considerações sobre a confissão quaresmal, 2010.03.02)
Comentário:
O próprio Cristo une, de modo particular, a libertação com o conhecimento da verdade: 'Conhecereis a verdade, e a verdade tornar-vos-á livres' (Ioh 8,32). Esta frase atesta sobretudo o íntimo significado da liberdade com que Cristo nos liberta. Libertação significa transformação interior do homem, consequência do conhecimento da verdade. A trans¬formação é, portanto, um processo espiritual no qual homem progride 'na justiça e na santidade verdadeira (Eph 4,24) (...). A verdade tem importância não só para crescimento da consciência humana, tornando mais pro¬funda deste modo a vida interior do homem; a verdade tem, também um significado e uma força profética; ela constitui o conteúdo do testemunho e exige um testemunho. Encontramos esta força profética da verdade nos ensinamentos de Cristo: Como Profeta, como testemunha da verdade, Cristo opõe-Se repetidamente à não-verdade; fá-lo com grande: força e decisão, e amiúde não duvida em censurar o falso: (JOÃO PAULO II, Audiência geral de 21-II-1979).
Tema: Verdade
A hostilidade dos perversos soa como um louvor para a nossa vida, porque demonstra que temos pelo menos algo de rectidão enquanto somos incómodos para os que não amam a Deus: ninguém pode ser agradável para Deus e para os inimigos de Deus ao mesmo tempo. Demonstra que não é amigo de Deus quem busca agradar aos que se opõem a Ele: e quem se submete à verdade lutará contra o que se opõe é verdade. (S. GREGÓRIO MAGNO, In Ezechielem Homíliae, 9)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 18)
É no íntimo da consciência moral que se consuma o eclipse do sentido de Deus e do homem, com todas as suas múltiplas e funestas consequências sobre a vida. Em questão está, antes de mais, a consciência de cada pessoa, onde esta, na sua unicidade e irrepetibilidade, se encontra a sós com Deus. Mas, em certo sentido, é posta em questão também a «consciência moral» da sociedade: esta é, de algum modo, responsável, não só porque tolera ou favorece comportamentos contrários à vida, mas também porque alimenta a «cultura da morte», chegando a criar e consolidar verdadeiras e próprias «estruturas de pecado» contra a vida. A consciência moral, tanto do indivíduo como da sociedade, está hoje — devido também à influência invasora de muitos meios de comunicação social —, exposta a um perigo gravíssimo e mortal: o perigo da confusão entre o bem e o mal, precisamente no que se refere ao fundamental direito à vida. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 24ª)
Agradecimento: António Mexia Alves
Há que decidir de uma vez: vale a pena confessar ao sacerdote aquilo que fizemos e não deveríamos ter feito e, também, aquilo que, talvez fosse nossa obrigação fazer e não fizemos.
Ficaremos “limpos” e em paz e, a paz de consciência é a tranquilidade na alma e a serenidade do espírito.
(AMA, considerações sobre a confissão quaresmal, 2010.03.02)
Comentário:
O próprio Cristo une, de modo particular, a libertação com o conhecimento da verdade: 'Conhecereis a verdade, e a verdade tornar-vos-á livres' (Ioh 8,32). Esta frase atesta sobretudo o íntimo significado da liberdade com que Cristo nos liberta. Libertação significa transformação interior do homem, consequência do conhecimento da verdade. A trans¬formação é, portanto, um processo espiritual no qual homem progride 'na justiça e na santidade verdadeira (Eph 4,24) (...). A verdade tem importância não só para crescimento da consciência humana, tornando mais pro¬funda deste modo a vida interior do homem; a verdade tem, também um significado e uma força profética; ela constitui o conteúdo do testemunho e exige um testemunho. Encontramos esta força profética da verdade nos ensinamentos de Cristo: Como Profeta, como testemunha da verdade, Cristo opõe-Se repetidamente à não-verdade; fá-lo com grande: força e decisão, e amiúde não duvida em censurar o falso: (JOÃO PAULO II, Audiência geral de 21-II-1979).
Tema: Verdade
A hostilidade dos perversos soa como um louvor para a nossa vida, porque demonstra que temos pelo menos algo de rectidão enquanto somos incómodos para os que não amam a Deus: ninguém pode ser agradável para Deus e para os inimigos de Deus ao mesmo tempo. Demonstra que não é amigo de Deus quem busca agradar aos que se opõem a Ele: e quem se submete à verdade lutará contra o que se opõe é verdade. (S. GREGÓRIO MAGNO, In Ezechielem Homíliae, 9)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 18)
É no íntimo da consciência moral que se consuma o eclipse do sentido de Deus e do homem, com todas as suas múltiplas e funestas consequências sobre a vida. Em questão está, antes de mais, a consciência de cada pessoa, onde esta, na sua unicidade e irrepetibilidade, se encontra a sós com Deus. Mas, em certo sentido, é posta em questão também a «consciência moral» da sociedade: esta é, de algum modo, responsável, não só porque tolera ou favorece comportamentos contrários à vida, mas também porque alimenta a «cultura da morte», chegando a criar e consolidar verdadeiras e próprias «estruturas de pecado» contra a vida. A consciência moral, tanto do indivíduo como da sociedade, está hoje — devido também à influência invasora de muitos meios de comunicação social —, exposta a um perigo gravíssimo e mortal: o perigo da confusão entre o bem e o mal, precisamente no que se refere ao fundamental direito à vida. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 24ª)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilias sobre o Êxodo, n° 8 (a partir da trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 2, p. 174)
«Se permanecerdes fiéis à Minha palavra, sereis realmente Meus discípulos; então conhecereis a verdade, e a verdade tornar-vos-á livres»
«Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Estas palavras não se dirigem apenas aos que já saíram do Egipto; dirigem-se sobretudo a ti que as ouves agora, se quiseres sair do Egipto. [...] Reflecte, pois: as coisas deste mundo e as acções da carne não serão essa casa de servidão e, ao contrário, a fuga às coisas deste mundo e a vida segundo Deus não serão a casa da liberdade, conforme o que o Senhor diz no Evangelho: «Se permanecerdes na Minha palavra, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres»?
Sim, o Egipto é a casa de servidão; Jerusalém e a Judeia são a casa da liberdade. Escuta o que o Apóstolo Paulo declara a este respeito [...]: «A Jerusalém que é do alto é livre; é a mãe de todos nós» (Gal 4, 26). E, da mesma forma que o Egipto, esta província terrestre, é chamada «casa de servidão» para os filhos de Israel relativamente a Jerusalém e à Judeia, que são para eles a casa da liberdade, assim também, relativamente à Jerusalém celeste que é, pode-se dizer, a mãe da liberdade, o mundo inteiro, com tudo o que ele contém, é uma casa de servidão. Houve outrora, para castigo do pecado, uma passagem do paraíso da liberdade à servidão deste mundo [...]; por isso a primeira palavra dos mandamentos de Deus diz respeito à liberdade: «Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão».
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilias sobre o Êxodo, n° 8 (a partir da trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 2, p. 174)
«Se permanecerdes fiéis à Minha palavra, sereis realmente Meus discípulos; então conhecereis a verdade, e a verdade tornar-vos-á livres»
«Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Estas palavras não se dirigem apenas aos que já saíram do Egipto; dirigem-se sobretudo a ti que as ouves agora, se quiseres sair do Egipto. [...] Reflecte, pois: as coisas deste mundo e as acções da carne não serão essa casa de servidão e, ao contrário, a fuga às coisas deste mundo e a vida segundo Deus não serão a casa da liberdade, conforme o que o Senhor diz no Evangelho: «Se permanecerdes na Minha palavra, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres»?
Sim, o Egipto é a casa de servidão; Jerusalém e a Judeia são a casa da liberdade. Escuta o que o Apóstolo Paulo declara a este respeito [...]: «A Jerusalém que é do alto é livre; é a mãe de todos nós» (Gal 4, 26). E, da mesma forma que o Egipto, esta província terrestre, é chamada «casa de servidão» para os filhos de Israel relativamente a Jerusalém e à Judeia, que são para eles a casa da liberdade, assim também, relativamente à Jerusalém celeste que é, pode-se dizer, a mãe da liberdade, o mundo inteiro, com tudo o que ele contém, é uma casa de servidão. Houve outrora, para castigo do pecado, uma passagem do paraíso da liberdade à servidão deste mundo [...]; por isso a primeira palavra dos mandamentos de Deus diz respeito à liberdade: «Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egipto, da casa da servidão».
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 24 de Março de 2010
São João 8,31-42
Então, Jesus pôs-se a dizer aos judeus que nele tinham acreditado: «Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos,
conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.»
Replicaram-lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém! Como é que Tu dizes: 'Sereis livres'?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é servo do pecado,
e o servo não fica na família para sempre; o filho é que fica para sempre.
Pois bem, se o Filho vos libertar, sereis realmente livres.
Eu sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque não aderis à minha palavra.
Eu comunico o que vi junto do Pai, e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai.»
Eles replicaram-lhe: «O nosso pai é Abraão!» Jesus disse-lhes: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão!
Agora, porém, vós pretendeis matar-me, a mim, um homem que vos comunicou a verdade que recebi de Deus. Isso não o fez Abraão!
Vós fazeis as obras do vosso pai.» Eles disseram-lhe, então: «Nós não nascemos da prostituição. Temos um só Pai, que é Deus.»
Disse-lhes Jesus: «Se Deus fosse vosso Pai, ter-me-íeis amor, pois é de Deus que Eu saí e vim. Não vim de mim próprio, mas foi Ele que me enviou.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Então, Jesus pôs-se a dizer aos judeus que nele tinham acreditado: «Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos,
conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.»
Replicaram-lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém! Como é que Tu dizes: 'Sereis livres'?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é servo do pecado,
e o servo não fica na família para sempre; o filho é que fica para sempre.
Pois bem, se o Filho vos libertar, sereis realmente livres.
Eu sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque não aderis à minha palavra.
Eu comunico o que vi junto do Pai, e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai.»
Eles replicaram-lhe: «O nosso pai é Abraão!» Jesus disse-lhes: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão!
Agora, porém, vós pretendeis matar-me, a mim, um homem que vos comunicou a verdade que recebi de Deus. Isso não o fez Abraão!
Vós fazeis as obras do vosso pai.» Eles disseram-lhe, então: «Nós não nascemos da prostituição. Temos um só Pai, que é Deus.»
Disse-lhes Jesus: «Se Deus fosse vosso Pai, ter-me-íeis amor, pois é de Deus que Eu saí e vim. Não vim de mim próprio, mas foi Ele que me enviou.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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