Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 8 de março de 2018

Olhar o ambiente do lar de Nazaré

Que alegria nos causa também a proximidade das solenidades de S. José e da Anunciação de Nossa Senhora! Neste ano mariano dedicado à família, elas ganham uma relevância significativa, pois oferecem ao nosso olhar o ambiente do lar de Nazaré. Ali se fez presente a grande misericórdia de Deus com a humanidade, o amor da Santíssima Trindade, mediante a Encarnação do Verbo no seio puríssimo de Maria. Ali passou Jesus longos anos, rodeado em cada momento pelo carinho e cuidados da Sua Mãe e de S. José. Ali trabalhou o santo Patriarca com perfeição humana e sobrenatural. São excelentes motivos para lhes confiarmos a santidade dos lares cristãos e impetrar a sua proteção sobre todas as famílias da Terra.

Nas suas recentes catequeses, o Papa sublinhou o importantíssimo papel da mãe e do pai no seio da família: As mães, dizia numa destas ocasiões, são o antídoto mais forte contra a propagação do individualismo egoísta [7]. O mesmo se pode dizer dos pais, que desempenham igualmente um papel fundamental. Cada família precisa da presença de um pai, embora infelizmente, hoje se tenha chegado a afirmar que a nossa seria «uma sociedade sem pais» (…). Sobretudo na cultura ocidental, a figura do pai estaria simbolicamente ausente, diluída, desvanecida [8]. Esta atitude constitui um erro muito grave, pois tanto o pai como a mãe são totalmente imprescindíveis para o desenvolvimento harmonioso dos filhos em todas as suas vertentes. É intensa a nossa oração por esta célula vital da Igreja e da sociedade civil, a família? Rezamos para que cada lar seja um prolongamento daquele que acolheu o Filho de Deus em Nazaré? Como agradecemos a generosa e alegre abnegação de tantos pais e mães? Lembramo-nos de rezar pela felicidade dos esposos a quem Deus não concede filhos, para que amem a Vontade do Céu, dando, além disso, exemplo de serviço a toda a humanidade?

Em qualquer caso, sejam os filhos que Deus concede muitos, poucos ou nenhum, é preciso que todos os lares cristãos promovam a alegria de se saberem igreja doméstica. Por isso transcrevo os seguintes ensinamentos de S. Josemaria, quando afirmava que devemos receber os filhos sempre com alegria e gratidão, porque são presente e bênção de Deus e uma prova da Sua confiança [9]. E acrescentava: não duvideis que a diminuição dos filhos nas famílias cristãs redundaria na diminuição do número de vocações sacerdotais e de almas que querem dedicar a sua vida ao serviço de Jesus Cristo. Eu vi bastantes casais que, não lhes dando Deus mais que um filho, tiveram a generosidade de o oferecer a Deus. Mas não são muitos os que o fazem. Nas famílias numerosas, é mais fácil compreender a grandeza da vocação divina e, entre os seus filhos, há-os para todos os estados e caminhos [10].

Nem sempre os esposos têm descendência. Nestes casos, não se devem considerar fracassados, porque não o são. É outro modo que o Senhor tem, também divino, de abençoar o amor conjugal. As famílias numerosas, afirmava o nosso Padre, dão-me muita alegria. Mas quando me encontro com um casal sem filhos, porque Deus não lhos concedeu, também me encho de alegria: não só podem igualmente santificar o seu lar, como dispõem além disso de mais tempo para se dedicar aos filhos dos outros, e são já muitos os que o fazem com uma abnegação impressionante. Tenho o orgulho de poder assegurar que nunca apaguei um amor nobre da Terra, pelo contrário, sempre o animei, porque deve ser, cada dia mais, um caminho divino [11]. Agradeçamos a Deus a fidelidade alegre destes esposos.

Na festa de S. José, todas e todos recorremos ao santo Patriarca pedindo lhe que encha de fidelidade a Deus toda a nossa existência, dia a dia, como fez este varão justo, correspondendo a todos os pedidos divinos. E antes de concluir, quero recordar que no dia 28 de março se completam noventa anos da ordenação sacerdotal do nosso Padre. Invocai-o especialmente com uma súplica piedosa e constante pela Igreja e pelo Papa, pelas vocações sacerdotais e religiosas, pelas vocações, também divinas, a uma entrega total no meio do mundo, no celibato apostólico ou no matrimónio; pela fidelidade de todos os cristãos. Dirigi as vossas orações, com fé e confiança, a Nossa Senhora e a S. José, para que saibamos caminhar de modo contemplativo no meio do mundo. E continuai a rezar por todas as minhas intenções.

[7]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 7-I-2015.
[8]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 28-I-2015.
[9]. S. Josemaria, Carta 9-I-1959, n. 54.
[10]. S. Josemaria, Carta 9-I-1959, n. 55.
[11]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 10-IV-1969.

(D. Javier Echevarría na carta do mês de março de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

O Evangelho do dia 8 de março de 2018

Jesus estava a expulsar um demónio, que era mudo. Depois de ter expulsado o demónio, o mudo falou e as multidões ficaram maravilhadas. Mas alguns disseram: «Ele expulsa os demónios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demónios». Outros, para O tentarem, pediam-Lhe um prodígio vindo do céu. Ele, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado, e cairá casa sobre casa. Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como estará em pé o seu reino? Porque vós dizeis que por virtude de Belzebu é que lanço fora os demónios. Ora, se é pelo poder de Belzebu que Eu expulso os demónios, os vossos filhos pelo poder de quem os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu, pelo dedo de Deus, lanço fora os demónios, certamente chegou a vós o reino de Deus. Quando um, forte e armado, guarda o seu palácio, estão em segurança os bens que possui; porém, se, sobrevindo outro mais forte do que ele, o vencer, tira-lhe as armas em que confiava, e reparte os seus despojos. Quem não é comigo é contra Mim; e quem não colhe comigo desperdiça.

Lc 11, 14-23