O Arcebispo de Los Ángeles (Estados Unidos), D. José Gómez, apelou aos católicos para terem presente os valores fundamentais da vida e da liberdade religiosa frente às eleições presidenciais do dia 7 de novembro e a preparar-se para viver em um país cada vez mais secularizado.
"A liberdade religiosa é um dos problemas chave que enfrentamos como cidadãos católicos neste ano de eleições", assinalou em sua última coluna enviada ao grupo ACI.
D. José Gómez fez esta advertência ao denunciar as pressões sofridas pelos organismos da Igreja para que aceitem "os mandatos do governo que violam nossa liberdade religiosa e nossa consciência"; e que forçou a alguns desses organismos a "fechar antes de porem em risco nossos ensinamentos católicos".
Uma destas, recordou, foram as exigências do governo federal para que as instituições religiosas paguem "pelo controlo de natalidade de seus empregados e pelas drogas que causam abortos, assim como pelas esterilizações e outros serviços".
"Não há dúvida de que nos últimos anos nosso país se tornou fortemente secular e parece que não há volta ou uma mudança de direção. Nos próximos anos, acho que os católicos vão ter que fazer um pouco de pensamento crítico e exame de consciência sobre nosso lugar nos Estados Unidos ‘pós-cristão’ radicalmente secular", acrescentou.
Nesse sentido, ante este cenário pré-eleitoral, D. José Gómez recomendou aos fiéis ler a declaração dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, "Formando Consciências para uma Cidadania Fiel".
"Neste documento, os bispos não vos dizem como votar. Pelo contrário, oferecem-se os princípios e considerações para vos ajudar a formar a vossa consciência, de forma a que vejam o mundo à luz da verdade de Deus. Esta formação da consciência é um dever importante para todos nós", assinalou.
"Todas as questões não têm o mesmo peso moral e a obrigação moral de opor-se aos atos intrinsecamente maus, tem uma relevância especial em nossa consciência e nossas ações", acrescentou.
Nesse sentido, afirmou que "nossa prioridade sempre deve ser promover a santidade da vida humana e o direito à vida - especialmente para os nascituros, os idosos e os doentes. A menos que o direito à vida seja protegido, todos outros direitos na nossa sociedade estão em risco".
"O direito à vida é o fundamento de todos os outros direitos, a liberdade, e o verdadeiro fundamento da justiça e da paz na sociedade", acrescentou.
Finalmente, D. Gómez apelou a manterem-se "orando uns pelos outros e pelo nosso país", e a pedir "a nossa Santíssima Mãe Maria, que nos ajude a ter o valor para crescer em nosso compromisso para ser fiéis cidadãos deste grande país".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)