Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 8 de março de 2017

Reflexões Quaresmais

Quaresma – 7ª Reflexão

Oh, Senhor, às vezes não tenho paciência para certas pessoas. São tão “chatas”!

Com um sorriso de amor, respondes-me:
Eu sei, meu filho, porque já algumas vezes quis falar contigo, quis desabafar contigo e tu não me ligaste, porque não tiveste paciência. Algumas vezes precisei que me desses um pouco de atenção, um olhar, um sorriso, talvez até um abraço, mas tu olhaste para o lado e fingiste que não me viste.
É que sabes, Eu sou também essas pessoas “chatas” que referes!
Não estou Eu sempre atento a ti e para ti, mesmo quando te repetes, quando reclamas, quando te lamurias?

É verdade, Senhor, falho tantas vezes em acolher, em ouvir, em amar essas minhas irmãs e irmãos em Cristo, que se cruzam na minha vida.

Peço-Te então:
Abre, Senhor, o meu coração a todas essas pessoas com quem todos os dias me cruzo.
Que eu veja nelas a Tua presença e que seja capaz de acolher, de ouvir, de abraçar, de amar, como Tu o fazes a cada um de nós.
É que às vezes, Senhor, reconheço-o envergonhado, basta um olhar, um sorriso, um pouco de atenção, para fazer um pouco mais feliz a vida de cada um.

Sempre para Te servir, Senhor, servindo os outros.

Monte Real, 17 de Fevereiro de 2016

Joaquim Mexia Alves na sua página no Facebook

VIA SACRA

I Estação


JESUS É CONDENADO À MORTE
                    
Nós Vos adoramos e bendizemos oh Jesus!

Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.


Há longo tempo que os príncipes
dos sacerdotes e muitos dos membros do Sinédrio, procuravam a Tua morte.

Não podiam tolerar a Tua actividade em Israel.

As multidões que Te seguiam, ávidas das Tuas palavras de misericórdia e salvação, fugiam cada vez mais à sua influência, despótica.

Serviram-se, da perfídia e traição de um que tinhas por amigo, para o conseguir.

Sabiam perfeitamente que não poderiam atacar-te às claras.

Várias vezes Te propuseram questões dúbias, tentando apanhar-te em contradição, mas sempre tinham ficado envergonhados e humilhados.

Ficaste sozinho e abandonado de todos os Teus amigos.

Eu, também não intervenho, não quero envolver-me.

Tantas vezes, estive naquele
Sinédrio! «Não, não O conheço»[1], terei dito eu também quando, por conveniência ou respeito humano, me recusei conhecer-te.

A minha alma atormentada por esta realidade, confrange-se de dor, e choro contrito as minhas culpas.

Vou seguir-te, Senhor, no Teu caminho para o Calvário.

Tentarei, com as minhas lágrimas, com as minhas penas, com os meus sacrifícios e mortificações, tornar mais leves os suplícios das Estações que ainda faltam da agonia que agora começa.

Quero afirmar bem alto, sem
rebuços, sem medos:


"Este é o meu Senhor, o
meu Salvador, o meu Deus.
Por Ele dou a vida se for preciso,
a Ele entrego a minha vontade de ser filho fiel e cumpridor dos meus
deveres."


PN, AVM, GLP.
Senhor:
Tem piedade de nós

[1] Cfr Mc 14, 67-71

São Josemaría Escrivá nesta data em 1932

“As crianças não têm nada de seu; tudo é de seus pais... E teu Pai sabe sempre muito bem como administra o património”, escreve nas suas notas pessoais.

Mulheres, uni-vos!

Era uma vez um escriba que trabalhou uma temporada na Alemanha. No primeiro dia, como bom português, o escriba não saiu à hora certa. Ficou a trabalhar até tarde. No dia seguinte, o chefe chamou-o: "Heinrich Raposieren, não voltas a fazer isso; se não fazes o teu trabalho até às quatro e meia, então, não sabes trabalhar". Ao início, o escriba não encaixou aquele rigor, e participou na indignação portuguesinha que recebia via telefone: "epá, estes tipos são mesmo frios". Mas o tempo, a vidinha e a fruição do horário 8h-16h mudaram a perspetiva do pobre escriba. Nesta saga luso-germânica, o alemão é que tinha razão. O Herr chefe limitou-se a colocar o dedo na ferida de uma nobre tradição portuguesa: estar muitas horas no trabalho não é o mesmo que trabalhar durante muitas horas. Naquele dia, o escriba passou muito tempo a beber bicas coletivas (com as eslavas), a cochichar e a 'facebookar' (um cochicho armado aos cucos). Resultado? Ficou a trabalhar até às tantas para compensar as horas perdidas.

Durante muito tempo, o escriba pensou que o reparo do Herr chefe estava relacionado apenas com a produtividade. Mais uma vez, o escriba estava errado. A 'Mãe' e a 'Família' também estavam presentes naquele choque tuga-teutónico. Não é difícil perceber porquê. O horário de trabalho em Portugal é o horário do solteirão inveterado. Acorda-se tarde, começa-se a trabalhar tarde, trabalha-se até tarde, marcam-se reuniões para as 7 da tarde. É como se toda a gente trabalhasse na redacção de um jornal diário. Este dia-a-dia pode ser perfeito para o Don Juan trintão, mas é infernal para a mulher com filhos e, sobretudo, para a mulher que quer ter filhos. A gravidez, a licença de parto e o filho são três figuras que não rimam com este quotidiano feito à medida do marmanjo com cromossoma Y e hábitos de noctívago: "os bifes vão para a cama às dez e meia. Que totós!".  Repare-se que não é uma questão de ritmo, mas de horário. O ritmo de trabalho do Herr chefe é frenético, mas acaba às quatro da tarde. O resto da tarde é da família e, já agora, da pirâmide demográfica.

Uma sociedade que transforma a gravidez numa ameaça para a própria mulher já não é bem uma sociedade. É um suicídio demográfico em câmara lenta e sem banda sonora. Sim, sem banda sonora. Não há um acorde de preocupação sobre este assunto. Aliás, o melhor comentário que o escriba já ouviu sobre o inverno demográfico português veio da boca de um indivíduo que come salsicha com couve todos os dias. O Herr chefe não é tão frio como parece. Nós, com a nossa bravata latina, festiva e machona, é que estamos a ficar frios. Demograficamente frios. Demograficamente fritos.

Henrique Raposo in Expresso em 2012 AQUI

O Evangelho do dia 8 de março de 2017

Concorrendo as multidões, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas. Porque, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem será um sinal para esta geração. A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo contra os homens desta geração, e condená-los-á, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está Quem é mais do que Salomão. Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo contra esta geração, e condená-la-ão, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas; e aqui está Quem é mais do que Jonas!

Lc 11, 29-32