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sábado, 31 de maio de 2014
«A Ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória, para aí nos chama como membros do seu Corpo» (da oração colecta)
Homilia atribuída a São João Crisóstomo (c. 350-407)
Sobre a Ascensão, §§ 16-17
Sobre a Ascensão, §§ 16-17
Deus e os homens tornaram-se uma só raça, e é por isso que São Paulo afirma: «somos da raça de Deus» (Act 17,29); e, noutra passagem: «somos o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro» (1Cor 12,27). Quer dizer, pela carne que Ele assumiu nós tornámo-nos Sua parentela e temos assim, graças a Ele, uma dupla garantia: no Céu, a carne que de nós tomou; na Terra, o seu Espírito Santo que em nós permanece. […] Porque nos havemos de admirar que o Espírito Santo esteja ao mesmo tempo connosco e no Céu, quando o corpo de Cristo está tanto à direita do Pai quanto connosco na Terra? O Céu recebeu o seu sagrado corpo, e a Terra o Espírito Santo. Depois de nos ter trazido o Espírito Santo com a sua Encarnação, Ele levou o nosso corpo para o Céu na sua Ascensão. […] Tal é o plano divino, grandioso e surpreendente! Como disse o salmista: «Senhor, nosso Deus, como é admirável o vosso nome em toda a terra!» (Sl 8,2) […]
A divindade foi, assim, elevada. Como é dito expressamente, «Elevou-Se à vista deles» (Act 1,9) Aquele que em tudo é poderoso: o Deus forte, o poderoso Senhor, «o grande Rei de toda a terra» (Sl 47 [46],3). Grande Profeta (Dt 18,15-19), Sumo Sacerdote (Heb 7,26; 8,1), Luz verdadeira (Jo 1,9), Ele é grande em tudo, não só na sua divindade, mas também na sua carne, pois Se tornou Sumo Sacerdote e poderoso Profeta. E como? Escutai o que diz a Escritura: «uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus Cristo, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos» (Heb 4,14). Então, se Ele é Sumo Sacerdote e Profeta, é bem certo que «surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo» (Lc 7,16). E se Ele é Sumo Sacerdote, grande Profeta e Rei, também é Luz dos povos: «a Galileia dos gentios, o povo que andava nas trevas, viu uma grande luz» (Is 8,23-9,1; Mt 4,15-16). Temos, pois, o Fiador da nossa vida no Céu, para onde Ele, que é Cristo, nos levou consigo.
A divindade foi, assim, elevada. Como é dito expressamente, «Elevou-Se à vista deles» (Act 1,9) Aquele que em tudo é poderoso: o Deus forte, o poderoso Senhor, «o grande Rei de toda a terra» (Sl 47 [46],3). Grande Profeta (Dt 18,15-19), Sumo Sacerdote (Heb 7,26; 8,1), Luz verdadeira (Jo 1,9), Ele é grande em tudo, não só na sua divindade, mas também na sua carne, pois Se tornou Sumo Sacerdote e poderoso Profeta. E como? Escutai o que diz a Escritura: «uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus Cristo, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos» (Heb 4,14). Então, se Ele é Sumo Sacerdote e Profeta, é bem certo que «surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo» (Lc 7,16). E se Ele é Sumo Sacerdote, grande Profeta e Rei, também é Luz dos povos: «a Galileia dos gentios, o povo que andava nas trevas, viu uma grande luz» (Is 8,23-9,1; Mt 4,15-16). Temos, pois, o Fiador da nossa vida no Céu, para onde Ele, que é Cristo, nos levou consigo.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 1 de junho de 2014 - Solenidade das Ascensão do Senhor
Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando O viram, adoraram-n'O; alguns, porém, duvidaram. Jesus, aproximando-Se, falou-lhes assim: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo».
Mt 28, 16-20
«Recebei o Espírito Santo»
Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio
Livro das orações, nº 33 (a partir da trad. SC 78, p. 206)
Omnipotente, Benfeitor, Amigo dos homens, Deus de todos,
Criador dos seres visíveis e invisíveis,
Tu que salvas e fortaleces,
Tu que curas e pacificas,
Espírito poderoso do Pai [...],
Tu participas no mesmo trono e na mesma glória,
e na acção criadora do Pai [...].
Por meio de Ti nos foi revelada
a trindade das Pessoas, na unidade da natureza da Divindade;
e Tu és uma destas Pessoas,
Tu, o Incompreensível. [...]
Moisés Te proclamou Espírito de Deus (Gn 1, 2):
a Ti, que planavas sobre as águas,
com protecção envolvente, temível e cheia de solicitude;
Tu abriste as asas como sinal de auxílio compadecido aos recém-nascidos,
revelando-nos assim o mistério da fonte baptismal. [...]
Tu criaste, ó Omnipotente, enquanto Senhor,
todas as naturezas de tudo quanto existe,
todos os seres a partir do nada.
Por Ti se renovam pela ressurreição
todos os seres por Ti criados,
nesse momento que é o último dia da vida nesta terra
e o primeiro dia da vida na Terra dos Vivos.
Aquele que tem a mesma natureza que Tu,
Aquele que é consubstancial ao Pai, o Filho Unigénito,
obedeceu-Te, na nossa natureza, como a Seu Pai,
unindo a Sua vontade à Tua.
Ele Te anunciou como Deus verdadeiro,
igual e consubstancial a Seu Pai omnipotente [...]
e calou aqueles que a Ti resistiam,
esses que combatiam Deus (cf Mt 12, 28),
perdoando embora àqueles que se Lhe opunham.
Ele é o Justo e o Imaculado, o Salvador de todos,
que foi entregue por causa dos nossos pecados,
e que ressuscitou para nossa justificação (Rom 4, 25).
A Ele a glória por Ti,
e a Ti o louvor pelo Pai omnipotente,
pelos séculos dos séculos,
Ámen.
Livro das orações, nº 33 (a partir da trad. SC 78, p. 206)
Omnipotente, Benfeitor, Amigo dos homens, Deus de todos,
Criador dos seres visíveis e invisíveis,
Tu que salvas e fortaleces,
Tu que curas e pacificas,
Espírito poderoso do Pai [...],
Tu participas no mesmo trono e na mesma glória,
e na acção criadora do Pai [...].
Por meio de Ti nos foi revelada
a trindade das Pessoas, na unidade da natureza da Divindade;
e Tu és uma destas Pessoas,
Tu, o Incompreensível. [...]
Moisés Te proclamou Espírito de Deus (Gn 1, 2):
a Ti, que planavas sobre as águas,
com protecção envolvente, temível e cheia de solicitude;
Tu abriste as asas como sinal de auxílio compadecido aos recém-nascidos,
revelando-nos assim o mistério da fonte baptismal. [...]
Tu criaste, ó Omnipotente, enquanto Senhor,
todas as naturezas de tudo quanto existe,
todos os seres a partir do nada.
Por Ti se renovam pela ressurreição
todos os seres por Ti criados,
nesse momento que é o último dia da vida nesta terra
e o primeiro dia da vida na Terra dos Vivos.
Aquele que tem a mesma natureza que Tu,
Aquele que é consubstancial ao Pai, o Filho Unigénito,
obedeceu-Te, na nossa natureza, como a Seu Pai,
unindo a Sua vontade à Tua.
Ele Te anunciou como Deus verdadeiro,
igual e consubstancial a Seu Pai omnipotente [...]
e calou aqueles que a Ti resistiam,
esses que combatiam Deus (cf Mt 12, 28),
perdoando embora àqueles que se Lhe opunham.
Ele é o Justo e o Imaculado, o Salvador de todos,
que foi entregue por causa dos nossos pecados,
e que ressuscitou para nossa justificação (Rom 4, 25).
A Ele a glória por Ti,
e a Ti o louvor pelo Pai omnipotente,
pelos séculos dos séculos,
Ámen.
«Magnificat anima mea dominum»
«'A minha alma engrandece o Senhor' (Lc 1, 46), [Maria] exprime assim todo o programa da sua vida: não colocar-se a si mesma ao centro, mas dar espaço ao Deus que encontra tanto na oração como no serviço ao próximo - só então o mundo se torna bom. Maria é grande, precisamente porque não quer fazer-se grande a si própria, mas engrandecer a Deus.»
(Bento XVI - Deus Caritas Est, nº 41)
A bela Festa Mariana da Visitação
“A jovem Maria, que leva no seio Jesus e, esquecendo-se de si, acorre em ajuda do próximo, é um estupendo ícone da Igreja, na perene juventude do Espírito, da Igreja missionária do Verbo incarnado, chamada a levá-lo ao mundo e a testemunhá-lo especialmente no serviço da caridade. Invoquemos, portanto, a intercessão de Maria Santíssima, para que obtenha para a Igreja do nosso tempo a graça de ser potentemente reforçada pelo Espírito Santo”
(Bento XVI no Regina Coeli de 31.05.2009)
Visitação de Nossa Senhora
A Igreja celebra a festa da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel, em Ain-Karin, na Judeia. Isabel estava grávida de São João Baptista, o precursor de Jesus. É o encontro de duas mulheres que celebram jubilosas a vinda de Jesus Salvador: o Reino de Deus, a Boa Nova, as promessas de Deus já estão cumpridas e continuam a cumprir-se no meio dos homens de boa vontade. No seu Evangelho, São Lucas afirma: naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou replecta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre!" (Lucas 1,39ss.). É o milagre da vida que brota com força e poder e vence o mundo. É a força e o poder da Palavra de Deus que faz a Virgem conceber e permite que aquela que era estéril dê à luz (Lucas 1,30ss.). É por isso que Maria, trazendo Jesus em seu seio, irrompe neste sublime canto de alegria e júbilo que é o "Magnificat" (Lucas 1,46-55).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«A sua misericórdia se estende de geração em geração»
São João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dives in Misericordia» §9 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
Encíclica «Dives in Misericordia» §9 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Cantarei eternamente as misericórdias do senhor» (Sl 88,2). No cântico pascal da Igreja repercutem-se, com a plenitude do seu conteúdo profético, as palavras que Maria pronunciou durante a visita que fez a Isabel, esposa de Zacarias: «A sua misericórdia estende-se de geração em geração». Tais palavras abrem, já desde o momento da Encarnação, uma nova perspectiva da história da Salvação. Após a ressurreição de Cristo, esta nova perspectiva passa para o plano histórico e, ao mesmo tempo, reveste-se de um sentido escatológico novo. Desde então sucedem-se sempre novas gerações de homens na imensa família humana, em dimensões sempres crescentes; sucedem-se também novas gerações do Povo de Deus, assinaladas pelo sinal da Cruz e da Ressurreição […], o mistério pascal de Cristo, revelação absoluta daquela misericórdia que Maria proclamou à entrada da casa da sua parente. […]
Mãe do Crucificado […], Maria é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia divina. Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado. Neste sentido chamamos-lhe Mãe da misericórdia, Nossa Senhora da Misericórdia […], capaz de descobrir, primeiro através dos complexos acontecimentos de Israel, e depois daqueles que dizem respeito a cada um dos homens e à humanidade inteira, a misericórdia da qual todos se tornam participantes, segundo o eterno desígnio da Santíssima Trindade, «de geração em geração». […]
Mãe do Crucificado e do Ressuscitado […], tendo experimentado a misericórdia de um modo excepcional, «merece» igualmente tal misericórdia durante toda a sua vida terrena e, de modo particular, aos pés da cruz do Filho. […] Em seguida, através da participação escondida e, ao mesmo tempo, incomparável na missão messiânica de seu Filho, foi chamada de modo especial para tornar próximo dos homens o amor que o Filho tinha vindo revelar: amor que encontra a sua mais concreta manifestação para com os que sofrem, os pobres, os que estão privados de liberdade os cegos, os oprimidos e os pecadores, conforme Cristo explicou (Lc 4,18; 7,22).
Mãe do Crucificado […], Maria é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia divina. Conhece o seu preço e sabe quanto é elevado. Neste sentido chamamos-lhe Mãe da misericórdia, Nossa Senhora da Misericórdia […], capaz de descobrir, primeiro através dos complexos acontecimentos de Israel, e depois daqueles que dizem respeito a cada um dos homens e à humanidade inteira, a misericórdia da qual todos se tornam participantes, segundo o eterno desígnio da Santíssima Trindade, «de geração em geração». […]
Mãe do Crucificado e do Ressuscitado […], tendo experimentado a misericórdia de um modo excepcional, «merece» igualmente tal misericórdia durante toda a sua vida terrena e, de modo particular, aos pés da cruz do Filho. […] Em seguida, através da participação escondida e, ao mesmo tempo, incomparável na missão messiânica de seu Filho, foi chamada de modo especial para tornar próximo dos homens o amor que o Filho tinha vindo revelar: amor que encontra a sua mais concreta manifestação para com os que sofrem, os pobres, os que estão privados de liberdade os cegos, os oprimidos e os pecadores, conforme Cristo explicou (Lc 4,18; 7,22).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 31 de maio de 2014
Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.
Lc 1, 39-56
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