Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 14 de julho de 2012

Cheios de si próprios

Não discutindo o direito à greve, embora não o considere como absoluto, dadas as consequências que pode ter sobre terceiros que normalmente são os mais carenciados, desejo expressar a minha estupefacção, e porque não dizê-lo indignação, sobre alguns aspectos da greve de há dias da classe médica em Portugal.

Marcada por dois dias viu os seus dirigentes, ordem e sindicatos, intransigentes aos apelos de negociação de última hora para evitá-la. Ora sucede, que saem muito mal na fotografia, pois no dia seguinte a haver terminado, sentaram-se à mesa e após três de horas de negociações concluíram um acordo de princípio em comunicado conjunto de todas as partes, ou seja, teria sido perfeitamente evitável e ter-se-ia poupado os doentes a todos os transtornos dela decorrentes. Cito um único exemplo de que sou testemunha, uma sessão de quimioterapia de uma criança que foi anulada no segundo dia no instituto de referência em Lisboa. 

Ingenuamente acreditei que tendo logo após as primeiras 24 horas ficado clara e inequivocamente marcada sua elevadíssima adesão, e aqui entra a indignação, persistiu-se na greve, quando o que deveria ter sucedido num acto de responsabilidade social e respeito pelo próximo, era anulá-la no segundo dia, pois a marcação do terreno, já havia sido alcançada.

Permito-me retirar como ilação, que toda uma classe profissional foi conscientemente usada com fins políticos e que cheia de si própria foi incapaz da humildade de servir a quem tem a obrigação de fazer, já que as razões profissionais e de classe foram esvaziadas pela facilidade no acordo entretanto alcançado.

Aos médicos que tenho como amigos, não lhes peço, o que seria politicamente correcto mas hipócrita, desculpa por exteriorizar a minha opinião, peço-lhe sim, que para a próxima pensem mais nos outros e pratiquem aquilo para que quero acreditar tiraram o respectivo curso, servir e ajudar os que necessitam de cuidados de saúde.

Contrariamente ao que é hábito neste espaço, assino com o meu nome completo, para assim ficar claro que assumo a responsabilidade do que ficou escrito e não me escondo por detrás de nenhum artifício.

Muito obrigado!

João Paulo dos Prazeres Reis

Amar a Cristo...

É com enorme alegria que sabemos que o Santo Padre está a usufruir de um merecido período de repouso e estamos certos da alegria do Senhor por tal facto.

Não que Ele seja ciumento, mas ofereçamos a Jesus Cristo Nosso Senhor um pouco de repouso também, com as nossas orações, piropos, propósitos, enfim dar-Lhe o melhor de nós mesmos, e se for, “só”, sermos um bom exemplo, já Ele certamente se sentirá muitíssimo alegre e menos preocupado.

Amemo-Lo com todo o nosso coração bem como ao seu vigário, sem reservas e cheios de orgulho cristão!

JPR

Imitação de Cristo, 2, 12, 7 - Da estrada real da santa cruz



Toda a vida de Cristo foi cruz e martírio; e tu procuras só descanso e gozo? Andas errado, e muito errado, se outra coisa procuras e não sofrimentos e tribulações; pois toda esta vida mortal está cheia de misérias e assinalada de cruzes. E quanto mais uma pessoa faz progressos na vida espiritual, tanto maiores cruzes encontra, muitas vezes, porque o amor lhe torna o exílio mais doloroso.

Que bonito ser jogral de Deus!

Em certa altura, alguém me disse: – Padre, mas se eu me encontro cansado e frio; se, quando rezo ou cumpro outra norma de piedade, me parece que estou a fazer teatro... A esse amigo e a ti, se te encontrares na mesma situação, respondo: – Teatro? Grande coisa, meu filho! Faz teatro! O Senhor é o teu espectador!: o Pai, o Filho, o Espírito Santo; a Santíssima Trindade estará a contemplar-nos, naqueles momentos em que "fazemos teatro". Actuar assim diante de Deus, por amor, para lhe agradar, quando se vive a contragosto, que bonito! Ser jogral de Deus! Que maravilhoso é esse recital realizado por Amor, com sacrifício, sem nenhuma satisfação pessoal, para dar gosto a Nosso Senhor! Isso sim que é viver de Amor. (Forja, 485)

Lê-se na Escritura: Iudens in orbe terrarum, que Ele brinca em toda a superfície da terra. Mas Deus não nos abandona, porque imediatamente acrescenta: deliciæ meæ esse cum filiis hominum, a minha delícia é estar com os filhos dos homens. O Senhor brinca connosco. E quando nos parecer que estamos a representar uma comédia, por nos sentirmos gelados e apáticos, quando estivermos aborrecidos e sem vontade de fazer nada, quando nos custar cumprir o nosso dever e alcançar as metas espirituais que nos tínhamos proposto, é altura de pensar que Deus brinca connosco e espera então que saibamos representar a nossa comédiacom galhardia.

Não me importo de vos contar que, em algumas ocasiões, o Senhor me concedeu muitas graças, mas que geralmente vou a contrapelo. Prossigo o meu plano de vida, não porque me agrade, mas porque devo fazê-lo por Amor. Mas, Padre, pode-se representar uma comédia diante de Deus? Não será uma hipocrisia? Não te inquietes, pois chegou para ti o momento de entrares numa comédia humana que tem um espectador divino. Persevera, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo assistem a essa tua comédia. Faz tudo por amor de Deus, para lhe agradar, mesmo que te custe.

Que bonito é ser jogral de Deus! Como é belo representar essa comédia por Amor, com sacrifício, sem nenhuma satisfação pessoal, para agradar ao nosso Pai Deus, que brinca connosco! Põe-te diante do Senhor e diz-lhe confiadamente: não me apetece nada fazer isto, mas oferecê-lo-ei por Ti. E ocupa-te a sério desse trabalho, ainda que penses que é uma comédia. Abençoada comédia! (Amigos de Deus, 152)


São Josemaría Escrivá

«Nem dinheiro no cinto»

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador dos frades menores 
Primeira Regra, §§ 8-9

O Senhor ordena no Evangelho: Evitai cuidadosamente as preocupações deste mundo e as preocupações materiais (cf Mt 6, 25). É por isso que um irmão, quer pernoite numa casa ou esteja em viagem, não deve de modo nenhum aceitar para si, ou mandar que aceitem por sua conta, nem moedas de ouro nem moedas pequenas, nem para comprar vestuário ou livros, nem à laia de salário por qualquer trabalho, nem sob qualquer pretexto, excepto em caso de necessidade evidente para os irmãos enfermos. Porque não devemos considerar o ouro e as moedas como sendo mais úteis ou preciosos que as pedras. O diabo tenta cegar aqueles que cobiçam o dinheiro ou que lhe atribuem mais valor do que às pedras. Nós, que deixámos tudo, não vamos perder por tão pouca coisa o Reino dos Céus (Mc 10, 24.28). Se por acaso encontrarmos alguma moeda, não lhe prestemos mais atenção do que à poeira que pisamos: pois isso é vaidade das vaidades, e tudo é vaidade (Eccl 1, 2). [...]

Todos os irmão se aplicarão a seguir a humildade e a pobreza de Nosso Senhor Jesus Cristo. [...] Devem regozijar-se quando se encontram no meio de pessoas de baixa condição e desprezadas, entre os pobres e os enfermos, os doentes e os leprosos e os pedintes das ruas. Se for necessário, irão mendigar. Que não se envergonhem: devem lembrar-se de que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo e todo-poderoso [...], foi pobre e sem abrigo e viveu de esmolas, tanto Ele como a bem aventurada Virgem Maria e os Seus discípulos.

O Evangelho de Domingo dia 15 de Julho de 2012

Chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um bastão; nem alforge, nem pão, nem dinheiro na cintura; mas que fossem calçados de sandálias, e não levassem duas túnicas. E dizia-lhes: «Em qualquer casa onde entrardes, ficai nela até sairdes desse lugar. Onde vos não receberem nem ouvirem, retirando-vos de lá, sacudi o pó dos vossos pés em testemunho contra eles». Tendo partido, pregavam que fizessem penitência. Expulsavam muitos demónios, ungiam com óleo muitos enfermos e curavam-nos.


Mc 6, 7-13

'Santíssima Trindade' de Joaquim Mexia Alves

Santíssima Trindade
Pai, Filho, Espírito Santo
adoro-vos profundamente
e entrego-me assim,
desmedidamente,
ao vosso amor,
confiadamente.


Ofereço-vos a minha vida,
pobre, fraca,
cheia mais de pecados,
do que de caridade vivida,
ou de meus irmãos amados.


As minhas mãos vazias,
estendo-as para Vós,
em esperança,
confiando que ouvis a minha voz,
e que por vossa graça imensa,
as podeis encher de tudo,
para partilhar e oferecer.


Que a vida tem sentido
quando é mais dar
que receber.


Santíssima Trindade
Pai, Filho, Espírito Santo,
perfeita harmonia,
feita de um só amor,
só em Vós posso existir,
só em Vós eu posso ser,
só Tu me bastas,
só Tu me enches,
nada mais eu quero ter.


Monte Real, 13 de Julho de 2012


Joaquim Mexia Alves AQUI

Ideologias versus esperança cristã

«Podemos então dizer que a finalidade das ideologias é, em última análise, o sucesso, a capacidade de concretizar os nossos planos e os nossos desejos. (…) Pelo contrário, o objectivo da esperança cristã é um dom, o dom do amor, que nos é dado para lá das nossas possibilidades operativas, a esperança de que existe este dom que não podemos forçar mas que é a coisa mais essencial para o homem, que assim não espera vazio com a sua fome infinita».

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

«O que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços»

São Patrício (c. 385 - c. 461), monge missionário, bispo
Confissão, §§ 43-47

Não comecei este trabalho por mim próprio, mas foi Cristo Senhor que me ordenou que viesse passar o resto dos meus dias junto dos irlandeses pagãos – se o Senhor o quiser e se Ele me guardar de qualquer mau caminho. [...] Mas não confio em mim próprio «enquanto resido neste corpo de morte» (2Pe 1,13; Rom 7,24). [...] Não levei uma vida perfeita como outros fiéis, mas confesso-o ao meu Senhor e não me envergonho na Sua presença. Porque eu não minto: depois que O conheci na minha juventude, o amor de Deus cresceu em mim, assim como o Seu temor, e até ao presente, pela graça do Senhor, «guardei a fé» (2 Tim 4,7).

Que se ria pois e me insulte quem quiser; eu não me calarei nem esconderei «os sinais e as maravilhas» (Dan 6,27) que o Senhor me mostrou muitos anos antes de se terem realizado, Ele que conhece todas as coisas. É por isso que devo sem cessar dar graças a Deus, que tantas vezes perdoou os meus disparates e a minha negligência, e também por não Se ter irritado uma única vez comigo, a quem fez bispo. O Senhor «teve piedade» de mim «em favor de milhares e milhares de homens» (Ex 20,6), porque viu que eu estava disponível. [...] Com efeito, muitos foram os que se opuseram a esta missão; falavam mesmo entre si nas minhas costas e diziam: «Porque se lança ele numa tarefa perigosa, entre estrangeiros que não conhecem a Deus?» Não era por malícia que se exprimiam assim; eu próprio, o confirmo: é por causa da minha rudeza que não conseguem compreender porque é que fui nomeado bispo. E eu não fui rápido a reconhecer a graça que estava em mim. Agora, tudo isso se tornou claro para mim.

Agora exponho simplesmente aos meus irmãos e aos meus companheiros de trabalho que acreditaram em mim porque preguei e continuo a pregar (2Cor 13,2), com o fim de fortificar e confirmar a vossa fé. Possais vós ambicionar também as metas mais elevadas e realizar as obras mais excelentes. Isso será a minha glória, porque «um filho sábio é a glória do seu pai» (Pr 10,1).

«Não temais [...] Não tenhais medo» (Mt 10, 28.31)

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II) 
Nº 5


Dou-Te graças, Senhor, 
Porque Te amo. 
Não me abandones, Altíssimo, 
Porque em Ti espero. 
De graça recebi a Tua Graça 
E é ela que me dá vida. 
Quando os meus perseguidores chegarem, 
Nem sequer poderão descortinar-me, 
Porque uma nuvem de obscuridade descerá ante os seus olhos 
E embaçá-los-á um ar de trevas. 
Não poderão distinguir-me sem luz, 
Nem de me agarrar serão capazes. [...]


Os planos que eles engendraram 
Ficarão reduzidos a nada. 
Conceberam projectos maldosos, 
Mas é só vê-los defraudados. 

No Senhor coloco a minha esperança 
E não temo nem por um segundo. 
No Senhor está a minha salvação, 
Não temo nem um bocadinho. 
Ele é uma coroa na minha cabeça, 
Com Ele não vacilarei. 


Mesmo que o Universo inteiro vacilasse 
Manter-me-ia de pé. 
Se morrer tudo o que a vista alcança, 
Sei que não hei-de morrer, 
Porque o Senhor está comigo 
E eu com Ele. 
Aleluia!


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 14 de Julho de 2012

«Não é o discípulo mais que o mestre, nem o servo mais que o senhor. Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo como o senhor. Se eles chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus familiares! «Não os temais, pois, porque nada há encoberto que não se venha a descobrir, nem oculto que não venha a saber-se. O que Eu vos digo às escuras, dizei-o às claras e o que é dito ao ouvido, pregai-o sobre os telhados. «Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode lançar a alma e o corpo na Geena. Porventura não se vendem dois passarinhos por uns tostões? E, todavia, nem um só deles cairá no chão sem a permissão de vosso Pai. Até os próprios cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois: vós valeis mais que muitos passaritos. «Todo aquele, portanto, que Me confessar diante dos homens, também Eu o confessarei diante do Meu Pai que está nos céus. Porém, quem Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do Meu Pai, que está nos céus.


Mt 10, 24-33