Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

‘Coisas que, para um jornalista, são notícia’ por Brad Phillips (agradecimento ‘É o Carteiro’)

5. A novidade: as novidades são notícia. Em geral, uma história tem de ser capaz de responder à pergunta:
«E por quê agora?» Uma história que não responda a esta pergunta deixou de ser notícia e perdeu o interesse.

(Fonte: ‘Mr. Media Training’ AQUI)

Sobre o problema da infertilidade o Papa pede respostas moralmente validas: não ceder ao fascínio da tecnologia, e á lógica do lucro


As legitimas aspirações a procriar do casal que se encontra numa condição de infertilidade devem encontrar com a ajuda da ciência, uma resposta que respeite plenamente a sua dignidade de pessoas e de esposos. Afirmou Bento XVI recebendo os participantes no encontro cientifico sobre a infertilidade promovido pela Academia pontifícia para a Vida. O Papa encorajou a escolha de tomar em consideração atentamente a dimensão moral, procurando as vias para uma correcta avaliação diagnostica e uma terapia que corrija as causas da infertilidade. Segundo o Papa esta atitude parte do desejo não só de dar um filho ao casal, mas de restituir aos esposos a sua fertilidade e a inteira dignidade de serem responsáveis das próprias decisões de procriação.


A procura de uma diagnose e de uma terapia – disse o Papa – representa a atitude cientificamente mais correcta á questão da infertilidade, mas também aquela mais respeitosa da humanidade integral dos sujeitos envolvidos. A humildade e a precisão com a qual aprofundais estes problemas, considerados por alguns dos vossos colegas obsoletos perante o fascínio da tecnologia da fecundação artificial, merece o encorajamento e o apoio – acrescentou Bento XVI – segundo o qual efectivamente o cientismo e a lógica do lucro parecem hoje dominar o campo da infertilidade e da procriação humana chegando a limitar também muitas outras áreas de pesquisa.


“Desejo encorajar todos aqueles que estais aqui reunidos para estes dias de estudo e que á vezes trabalhais num contexto médico - cientifico onde a dimensão da verdade resulta ofuscada: continuai no caminho empreendido de uma ciência intelectualmente honesta e fascinada pela procura continua do bem do homem, disse o Papa, acrescentando: No vosso percurso intelectual não desdenheis o diálogo com a fé.”


Rádio Vaticano

Rumo a uma nova aurora



Para o povo de Deus começa o caminho que o conduzirá rumo à "nova aurora criada pelo próprio Deus", afirmou o Papa na manhã de 22 de Fevereiro, quarta-feira de Cinzas, dirigindo-se aos fiéis presentes na sala Paulo VI para a audiência geral.

Prezados irmãos e irmãs

Nesta Catequese, gostaria de meditar brevemente sobre o tempo da Quaresma, que começa hoje com a Liturgia de Quarta-Feira de Cinzas. Trata-se de um itinerário de quarenta dias que nos levará ao Tríduo pascal, memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor, o coração do mistério da nossa salvação. Nos primeiros séculos de vida da Igreja, este era o tempo em que quantos tinham ouvido e acolhido o anúncio de Cristo começavam, passo a passo, o seu caminho de fé e de conversão para receber o sacramento do Baptismo. Tratava-se de uma aproximação ao Deus vivo e de uma iniciação na fé a realizar gradualmente, mediante uma mudança interior da parte dos catecúmenos, ou seja, de quantos desejavam tornar-se cristãos e ser incorporados a Cristo e à Igreja. Sucessivamente, também os penitentes e depois todos os fiéis foram convidados a viver este itinerário de renovação espiritual, para conformar cada vez mais a própria existência com Cristo. A participação de toda a comunidade nas várias fases do percurso quaresmal ressalta uma dimensão importante da espiritualidade cristã: é a redenção não de alguns, mas de todos, a estar disponível graças à morte e ressurreição de Cristo. Portanto, quer os que percorriam um caminho de fé como catecúmenos para receber o Baptismo, quer os que se tinham afastado de Deus e da comunidade da fé e procuravam a reconciliação, quer os que viviam a fé em plena comunhão com a Igreja, todos juntos sabiam que o tempo que precede a Páscoa é um tempo de metanoia, ou seja de mudança interior, de arrependimento; o tempo que identifica a nossa vida humana e toda a nossa história como um processo de conversão que agora se põe em movimento para encontrar o Senhor no fim dos tempos. Com uma expressão que se tornou típica na Liturgia, a Igreja denomina o período que hoje começamos "Quadragesima", ou seja o tempo de quarenta dias e, com uma referência clara à Sagrada Escritura, introduz-nos assim num contexto espiritual específico. Com efeito, quarenta é o número simbólico com que o Antigo e o Novo Testamento representam os momentos salientes da experiência da fé do Povo de Deus. Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas. Este número não representa um tempo cronológico exacto, cadenciado pela soma dos dias. Aliás, indica uma perseverança paciente, uma prova longa, um período suficiente para ver as obras de Deus, um tempo dentro do qual se decide assumir as próprias responsabilidades sem ulteriores demoras. É o tempo das decisões maduras.

O número quarenta aparece antes de tudo na história de Noé.

Por causa do dilúvio, este homem justo transcorre quarenta dias e quarenta noites na arca, juntamente com a sua família e com os animais que Deus lhe tinha dito que levasse consigo. E espera outros quarenta dias, depois do dilúvio, antes de tocar a terra firme, salva da destruição (cf. Gn 7, 4.12; 8, 6). Depois, a próxima etapa: Moisés permanece no monte Sinai, na presença do Senhor, quarenta dias e quarenta noites, para receber a Lei. Durante todo este tempo, jejua (cf. Êx 24, 18). Quarenta são os anos de viagem do povo judeu do Egipto para a Terra prometida, tempo propício para experimentar a fidelidade de Deus. "Recorda-te de toda essa travessia de quarenta anos que o Senhor, teu Deus, te fez sofrer no deserto... As tuas vestes não envelheceram sobre ti, e os teus pés não se magoaram durante estes quarenta anos", diz Moisés no Deuteronómio, no final destes quarenta anos de migração (Dt 8, 2.4). Os anos de paz de que Israel goza sob os Juízes são quarenta (cf. Jz 3, 11.30) mas, transcorrido este tempo, começa o esquecimento dos dons de Deus e o retorno ao pecado. O profeta Elias emprega quarenta dias para chegar ao Horeb, o monte onde se encontra com Deus (cf. 1 Rs 19, 8). Quarenta são os dias durante os quais os cidadãos de Nínive fazem penitência para obter o perdão de Deus (cf. Gn 3, 4). Quarenta são também os anos dos reinos de Saul (cf. Act 13, 21), de David (cf. 2 Sm 5, 4-5) e de Salomão (cf. 1 Rs 11, 41), os três primeiros reis de Israel. Também os Salmos apresentam o significado bíblico dos quarenta anos, como por exemplo o Salmo 95, do qual ouvimos um trecho: "Se ouvísseis hoje a sua voz: "Não endureçais os vossos corações como em Meribá, como no dia de Massá no deserto, quando os vossos pais me provocaram e me puseram à prova, apesar de terem visto as minhas obras. Durante quarenta anos essa geração desgostou-me, e Eu disse: é um povo de coração obstinado, que não compreendeu os meus caminhos!"" (vv. 7c-10). No Novo Testamento Jesus, antes de começar a vida pública, retira-se no deserto por quarenta dias, sem comer nem beber (cf. Mt 4, 2): alimenta-se da Palavra de Deus, que utiliza como arma para derrotar o diabo. As tentações de Jesus evocam as que o povo judeu enfrentou no deserto, mas que não soube vencer. Quarenta são os dias durante os quais Jesus ressuscitado instrui os seus, antes de subir ao Céu e enviar o Espírito Santo (cf. Act 1, 3).

Com este recorrente número quarenta é descrito um contexto espiritual que permanece actual e válido, e a Igreja, precisamente mediante os dias do período quaresmal, tenciona conservar o seu valor perdurável e fazer com que a sua eficácia esteja presente. A liturgia cristã da Quaresma tem a finalidade de favorecer um caminho de renovação espiritual, à luz desta longa experiência bíblica e sobretudo para aprender a imitar Jesus, que nos quarenta dias transcorridos no deserto ensinou a vencer a tentação com a Palavra de Deus. Os quarenta anos da peregrinação de Israel no deserto apresentam atitudes e situações ambivalentes. Por um lado, eles são a estação do primeiro amor com Deus e entre Deus e o seu povo, quando Ele falava ao seu coração, indicando-lhe continuamente o caminho a percorrer. Deus tinha, por assim dizer, feito morada no meio de Israel, precedia-o dentro de uma nuvem ou de uma coluna de fogo, providenciava cada dia à sua alimentação, fazendo descer o maná e brotar a água da rocha. Portanto, os anos que Israel passou no deserto podem ser vistos como o tempo da eleição especial de Deus e da adesão a Ele por parte do povo: o tempo do primeiro amor. Por outro lado, a Bíblia mostra também mais uma imagem da peregrinação de Israel no deserto: é inclusive o tempo das tentações e dos maiores perigos, quando Israel murmura contra o seu Deus e gostaria de voltar ao paganismo e constrói para si os próprios ídolos, porque sente a exigência de venerar um Deus mais próximo e tangível. É também o tempo da revolta contra o Deus grande e invisível.

Esta ambivalência, tempo da proximidade especial de Deus - tempo do primeiro amor - e tempo da tentação - tentação da volta ao paganismo - encontramo-la de modo surpreendente no caminho terreno de Jesus, naturalmente sem qualquer compromisso com o pecado. Depois do baptismo de penitência no Jordão, no qual assume sobre Si o destino do Servo de Deus que renuncia a Si mesmo e vive pelos outros e insere-se entre os pecadores para assumir sobre si o pecado do mundo, Jesus vai ao deserto para aí permanecer por quarenta dias em profunda união com o Pai, repetindo assim a história de Israel, todos aqueles ritmos de quarenta dias ou anos aos quais me referi. Esta dinâmica é uma constante na vida terrena de Jesus, que procura sempre momentos de solidão para rezar ao seu Pai e permanecer em íntima comunhão, em íntima solidão com Ele, em comunhão exclusiva com Ele, e depois voltar para o meio do povo. Mas neste tempo de "deserto" e de encontro especial com o Pai, Jesus encontra-se exposto ao perigo e é acometido pela tentação e pela sedução do Maligno, que lhe propõe um caminho messiânico diferente, distante do desígnio de Deus, porque passa através do poder, do sucesso e do domínio, e não através do dom total na Cruz. Eis a alternativa: um messianismo de poder, de sucesso, ou um messianismo de amor, de doação de si.

Esta situação de ambivalência descreve inclusive a condição da Igreja a caminho no "deserto" do mundo e da história. Neste "deserto" nós, crentes, temos certamente a oportunidade de fazer uma profunda experiência de Deus, que fortalece o espírito, confirma a fé, alimenta a esperança e anima a caridade; uma experiência que nos torna partícipes da vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte mediante o Sacrifício de amor na Cruz. Mas o "deserto" é também o aspecto negativo da realidade que nos circunda: a aridez, a pobreza de palavras de vida e de valores, o secularismo e a cultura materialista, que fecham a pessoa no horizonte mundano da existência, subtraindo-o a qualquer referência à transcendência. Este é também o ambiente em que o céu acima de nós está obscuro, porque coberto com as nuvens do egoísmo, da incompreensão e do engano. Não obstante isto, também para a Igreja contemporânea o tempo do deserto pode transformar-se em tempo de graça, porque temos a certeza de que até da rocha mais dura Deus pode fazer brotar a água viva que sacia e revigora. Caros irmãos e irmãs, nestes quarenta dias que nos conduzirão à Páscoa de Ressurreição podemos encontrar nova coragem para aceitar com paciência e com fé todas as situações de dificuldade, de aflição e de prova, na consciência de que das trevas o Senhor fará nascer o novo dia. E se formos fiéis a Jesus, seguindo-O no caminho da Cruz, o mundo luminoso de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria ser-nos-á como que restituído: será a nova aurora criada pelo próprio Deus. Bom caminho de Quaresma para todos vós! No final da audiência geral, o Sumo Pontífice dirigiu-se aos fiéis presentes, pronunciando em português as seguintes palavras.

A minha saudação amiga para o grupo escolar da Lourinhã e todos os peregrinos presentes de língua portuguesa. A Virgem Maria tome cada um pela mão e vos acompanhe durante os próximos quarenta dias que servem para vos conformar ao Senhor ressuscitado. A todos desejo uma boa e frutuosa Quaresma! 

(© L'Osservatore Romano - 25 de Fevereiro de 2012)
«… os cristãos da Igreja primitiva não consideraram o seu anúncio missionário como uma propaganda, que devia servir para fazer crescer o próprio grupo, mas como uma necessidade intrínseca que derivava da natureza da sua fé: o Deus em que acreditavam era o Deus de todos, o Deus uno e verdadeiro que se tinha mostrado na história de Israel e, enfim, no seu Filho, dando assim a resposta que dizia respeito a todos e que, no seu íntimo, todos os homens aguardam.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

Responde São Josemaría - Por que razão, se no Opus Dei cada indivíduo tem a mesma liberdade que qualquer cristão para ter e manifestar as suas opiniões pessoais, alguns pensam que o Opus Dei é uma organização monolítica em assuntos temporais ?

Não me parece que esta opinião esteja realmente muito difundida. Bastantes dos órgãos mais qualificados da imprensa internacional reconheceram já o pluralismo dos membros da Obra.
Houve de facto algumas pessoas que defenderam a opinião errónea a que se refere. É possível que alguns, por diversos motivos, tenham difundido tal ideia, mesmo sabendo que não corresponde à realidade. Penso que, em muitos outros casos, isso se pode atribuir à falta de conhecimento, ocasionado talvez por deficiência de informação: não estando bem informadas, não é de estranhar que as pessoas que não têm suficiente interesse por entrarem em contacto pessoal com o Opus Dei e por se informarem bem, atribuam à Obra, como tal, as opiniões de alguns.

O que é certo é que ninguém medianamente informado sobre os assuntos espanhóis pode desconhecer a realidade do pluralismo existente entre os sócios da Obra. Você mesmo poderia citar com certeza muitos exemplos.

Outro factor pode ser o preconceito subconsciente de pessoas que têm mentalidade de partido único, no campo político ou no espiritual. Para quem tem esta mentalidade e pretende que todos opinem do mesmo modo que ele, é difícil acreditar que haja quem seja capaz de respeitar a liberdade dos outros. Atribuem assim à Obra o carácter monolítico que têm os seus próprios grupos.
Temas actuais do cristianismo, 50

(Fonte: site ‘São Josemaría Escrivá’ AQUI)

Amar a Cristo...

Jesus ofendem-Te de todas as formas e Tu estás sempre de pé como durante a flagelação que precedeu a Tua coroação, ensina-me a tudo suportar mesmo quando Te ofendem ofendendo a Tua Obra.

Obrigado Filho de Deus que com o Pai e o Espírito que de Vós procede sois a Santíssima Trindade!

JPR

Imitação de Cristo, 1, 11, 1

Muita paz podíamos gozar, se não nos quiséssemos ocupar com os ditos e factos alheios que não pertencem ao nosso cuidado. Como pode ficar em paz por muito tempo aquele que se intromete em negócios alheios, que busca relações exteriores, que raras vezes e mal se recolhe interiormente? Bem-aventurados os simples, porque hão de ter muita paz!

 1. Por que muitos santos foram tão perfeitos e contemplativos? É que eles procuraram mortificar-se inteiramente em 
 2. todos os desejos terrenos, e assim puderam, no íntimo de seu coração, unir-se a Deus e atender livremente a si mesmos. Nós, porém, nos ocupamos demasiadamente das próprias paixões e cuidados com excesso das coisas transitórias. Raro é vencermos sequer um vício perfeitamente; não nos inflamamos no desejo de progredir cada dia; daí a frieza e tibieza em que ficamos.

Fazer da sua vida diária um testemunho de Fé

Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais, políticas, culturais..., abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural: formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja. Tu, por seres cristão – investigador, literato, cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de santificar essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro – escreve o Apóstolo – está a gemer como que em dores de parto, esperando a libertação dos filhos de Deus. (Sulco, 311)

Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.

Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o resto da humanidade. Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual, técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.

O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal, sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto – com a coerência da sua vida – a presença constante da Igreja no mundo, visto que todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno direito, do único Povo de Deus. (Cristo que passa, 53)

São Josemaría Escrivá

O ‘Spe Deus’ deu início à publicação de breves frases de São Josemaría Escrivá no ‘Twitter’ com um máximo de 140 caracteres (clique neste título para aceder)


Αγνή Παρθένε - Βυζαντινών μουσική

O Evangelho de Domingo dia 26 de Fevereiro de 2012

Imediatamente o Espírito impeliu Jesus para o deserto. E permaneceu no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos O serviam. Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: «Completou-se o tempo e aproxima-se o reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no Evangelho».


Mc 1, 12-15

Papa inicia amanhã o habitual Retiro Espiritual durante a Quaresma (vídeos em espanhol e inglês)

Saber abrir o caminho a Deus

«Mesmo para as pessoas crentes, totalmente abertas a Deus, as palavras divinas não são à primeira vista compreensíveis e esclarecedoras. Quem pede à mensagem cristã a compreensão imediata do que é banal, fecha o caminho a Deus. Onde não há humildade do mistério acolhido, a paciência que recebe em si, conserva e se deixa lentamente abrir ao que não se compreende, aí a semente da Palavra caiu sobre a pedra; não encontro a boa terra».

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

'A civilização da imagem' do Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Em certo país, existia um quartel militar perto de uma aldeia. No meio do pátio desse quartel estava um banco de madeira. Era um banco simples, branco e sem nada de especial. E junto desse banco estava um soldado de guarda. Fazia guarda de dia e de noite. Ninguém no quartel sabia porque se fazia guarda junto a esse banco. Mas fazia-se. Os oficiais transmitiam a ordem e os soldados obedeciam. Ninguém duvidava. Ninguém perguntava. Era assim.

Até que um dia foi trabalhar para aquele quartel um oficial que era diferente. Tinha o mau costume de perguntar o que ninguém perguntava. Perguntou porque se fazia guarda junto a esse banco. Responderam-lhe que era algo que sempre se tinha feito assim. Era uma ordem que se cumpria há muito tempo e funcionava. Logo, não podia estar errada. O oficial pediu então para ver a ordem escrita. Foi necessária uma pesquisa profunda nos arquivos do quartel, que já estavam cheios de pó. Por fim, alguém conseguiu encontrá-la. Dezoito anos, três meses e cinco dias atrás, um coronel tinha mandado que ficasse um soldado de guarda junto a esse banco. Aí estava a ordem. O motivo, escrito em baixo com letra pequena, era que o banco estava recém-pintado e havia o perigo de alguém se sentar.

Esta história pode ajudar-nos a reflectir sobre a importância da actividade de pensar. A importância de não actuarmos com o argumento de que sempre se fez assim. Porque pensar é útil. Pensar é necessário. E pensar com calma revela-se, com frequência, algo profundamente eficaz. Algo que evita a perda de muito tempo. Quantas vezes temos a sensação de que uma coisa correu mal porque não pensámos bem antes de actuar? Porque não actuámos com ponderação? Porque nos deixámos levar pelo imediato?

Este frenesi está muito relacionado com a civilização da imagem na qual vivemos. É um facto que muitas pessoas vêem muitas imagens e lêem pouco ou quase nada. Não porque sejam analfabetas, mas porque parece mais fácil adquirir conhecimentos assim. Assusta conhecer pessoas que passam horas diante da televisão e nem consideram a possibilidade de abrir um livro. «Se uma imagem vale por mil palavras, qual é a utilidade da leitura? Se já vi o filme, para que é que vou ler o livro?».

E esta importância excessiva dada à imagem em detrimento da palavra explica em parte o pensamento débil de muitos. Porque a actividade de pensar articula-se com palavras. Palavras que chegam ao fundo do espírito, que convidam à reflexão e despertam a inteligência. Uma das características mais habituais daqueles que lêem pouco é a pobreza de vocabulário. E isso produz uma pobreza de pensamento. Uma facilidade para actuar como todos. Uma propensão para deixar-se manipular por slogans simplistas. Uma dificuldade para transmitir o próprio pensamento com palavras adequadas. E quem não sabe transmitir aquilo que pensa, o mais provável é que não pense bem.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932

"Jesus, o que tu 'quiseres' ... eu o amo”, anota, e a seguir acrescenta: “Jesus, se for a tua Vontade, faz de minha pobre carne um Crucifixo”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Seguros da presença de Deus



«Vivei na união e na paz, e Deus estará certamente convosco, pois Deus é um Deus de paz, e aí põe as Suas delícias. O seu amor produzirá a vossa paz e todos os males serão desterrados da vossa Igreja»

(Homília sobre 2 cor, 30 – São João Crisóstomo)

«Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores»

Richard Rolle (c. 1300-1349), eremita inglês 
Canto de amor, 7 32 (a partir da trad. SC 168, p. 357/Orval rev.)

Cristo na cruz clama em alta voz. [...] Oferece a paz, dirige-se a ti, desejoso de te ver abraçar o amor [...]: Contempla isto, bem amado! Eu, o Criador sem limites, desposei a carne para ser capaz de nascer de uma mulher. Eu, Deus, apresentei-Me aos pobres como o seu companheiro. Escolhi uma mãe humilde. Comi com publicanos. Os pecadores não Me inspiraram aversão. Suportei os perseguidores. Fiz a experiência do chicote, e «rebaixei-Me a Mim mesmo até à morte e morte de cruz» (cf Fil 2, 8). «Que mais poderia Eu fazer [...] que não tenha feito?» (Is 5, 4) Abri o Meu lado à lança. Deixei que trespassassem as Minhas mãos e os Meus pés. Porque não olhas para o Meu corpo ensanguentado? Porque não dás atenção à Minha cabeça inclinada (Jo 19, 30)? Aceitei ser contado entre o número dos condenados e, submerso em sofrimentos, morri por ti, para que tu vivesses para Mim. Se não te preocupas contigo, se não procuras libertar-te das teias da morte, pensa, pelo menos agora, em Mim que derramei por ti o tão precioso bálsamo do Meu próprio sangue. Olha-Me no momento da morte, e detém essa tua tendência para o pecado. Sim, cessa de pecar: custaste-Me demasiado caro!

Por ti encarnei, por ti também nasci, por ti submeti-Me à Lei, por ti fui baptizado, menosprezado pelas injúrias, detido, amarrado, coberto de escarros, escarnecido, chicoteado, ferido, pregado à cruz, dessedentado com vinagre, e por último imolado por ti. O Meu lado está aberto: agarra o Meu coração. Corre, abraça-Me: ofereço-te um beijo. Adquiri-te como parte da Minha herança, de modo que nenhum outro te possuísse. Entrega-te todo inteiro a Mim, pois Eu entreguei-me todo inteiro a ti.

Parce mihi Domine (Cristóbal de Morales, 1500-1553) Jan Garbarek -Diego Velázquez



Parce mihi Domine - Latim (Job 7:16-21)

Parce mihi Domine, nihil enim sunt dies mei.
Quid est homo, quia magnificas eum? 
Aut quid apponis erga eum cor tuum? 
Visitas cum diluculo, et subito probas illum.
Usquequo non parcis michi, nec dimittas me, ut glutiam salivam meam? 
Peccavi. Quid faciam tibi, o custos hominum? 
Quare posuisti me contrarium tibi, et factus sum michimet ipsi gravis?
Cur non tollis peccatum meum, et quare non aufers iniquitatem meam?
Ecce nunc in pulvere dormio; et si mane me quesieris, non subsistam.

«E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O»: a Quaresma conduz ao baptismo

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja 
Catequeses baptismais, n°1


Vós sois catecúmenos, sois aqueles que se preparam para o baptismo, discípulos da Nova Aliança e já participantes dos mistérios de Cristo, pelo chamamento e também pela graça. Foi-vos dado «um coração novo e um espírito novo» (Ez 18,31), para alegria dos habitantes dos céus. Se efectivamente, de acordo com o Evangelho, a conversão de um só pecador provoca esta alegria (Lc 15,7), quanto mais a salvação de tantas almas não incitará ao júbilo dos habitantes dos céus?


Empreendestes uma boa e muito bela viagem: aplicai-vos a percorrer o caminho com fervor. O Filho Único de Deus está pronto a resgatar-vos: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos» (Mt 11,28). Vós que soçobrais sob o pecado, presos pelas cadeias das vossas faltas, ouvi o que diz a voz de um profeta: «Lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas acções» (Is 1,16), para que o coro dos anjos vos apregoe: «Feliz aquele a quem é perdoada a culpa e absolvido o pecado» (Sl 31,1) Vós que acabais precisamente de acender as lâmpadas da fé, que as vossas mãos diligentes guardem a chama, de modo que Aquele que, na nossa santíssima colina do Gólgota, abriu pela fé o paraíso ao ladrão (Lc 23,43), vos conceda cantar o cântico nupcial.


Se alguém é escravo do pecado, que se prepare, através da fé baptismal, para o novo nascimento que fará dele um homem livre, um dos filhos de adopção. Que abandone a lamentável escravidão dos seus pecados para adquirir a bem-aventurada escravidão do Senhor. [...] Adquiri pela fé «os primeiros dons do Espírito Santo» (2Co 5,5) a fim de poderdes ser recebidos na morada eterna; recebei o sacramento que vos marcará, tornando-vos íntimos do Mestre.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 25 de Fevereiro de 2012

Depois disto, Jesus saiu, e viu sentado no banco de cobrança um publicano, chamado Levi, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O. E Levi ofereceu-Lhe um grande banquete em sua casa, e havia grande número de publicanos e outros, que estavam à mesa com eles. Os fariseus e os seus escribas murmuravam dizendo aos discípulos de Jesus: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?». Jesus respondeu-lhes: «Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os doentes. Não vim chamar os justos, mas os pecadores à penitência».

Lc 5, 27-32