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quarta-feira, 15 de abril de 2015
Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)
Locutor: «Deus criou o ser humano à sua imagem: criou-os homem e mulher». Esta afirmação da Sagrada Escritura diz-nos que não só o homem em si mesmo é imagem de Deus, nem só a mulher em si mesma é imagem de Deus, mas também o homem e mulher, como casal, são imagem de Deus. A diferença entre o homem e a mulher não tem em vista a contraposição nem a subordinação, mas a comunhão e a geração, e isto sempre à imagem e semelhança de Deus. A propósito, a cultura moderna gerou muitas dúvidas e criou muito cepticismo.
Pergunto-me se a chamada teoria do gender não seja expressão de uma desistência e frustração, negando a diferença sexual porque não sabe entender-se com ela. A remoção da diferença é o problema, não a solução. Para resolver os seus problemas de relação, o homem e a mulher devem mutuamente falarem-se mais, ouvirem-se mais, conhecerem-se mais e amarem-se mais. Deus confiou a terra à aliança do homem e da mulher: a falência desta aliança gera a aridez dos afectos no mundo e obscurece o céu da esperança. Por isso, é grande a responsabilidade que têm todos os crentes de descobrir e dar a conhecer a beleza do desígnio criador de Deus. A terra enche-se de harmonia e confiança, quando a aliança entre o homem e a mulher é vivida como deve ser. E, se o homem e a mulher a procurarem juntos entre si e com Deus, sem dúvida que a encontram.
Santo Padre:
Carissimi pellegrini di lingua portoghese, benvenuti! Saluto cordialmente i fedeli della parrocchia di Torrão e il gruppo di sacerdoti del Portogallo. Il Signore vi benedica, perché siate dovunque per tutti faro di luce del Vangelo. Possa questo pellegrinaggio rinvigorire nei vostri cuori il sentire e il vivere con la Chiesa. La Madonna accompagni e protegga voi tutti e i vostri cari!
Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, bem-vindos! Saúdo cordialmente os fiéis da paróquia de Torrão e o grupo de sacerdotes de Portugal. O Senhor vos abençoe, para serdes em toda a parte farol de luz do Evangelho para todos. Possa esta peregrinação fortalecer nos vossos corações o sentir e o viver com a Igreja. Nossa Senhora acompanhe e proteja a vós todos e aos vossos entes queridos.
Brevíssimo comentário ao Evangelho do dia...
Só o Senhor nos pode salvar como Ele próprio nos explica no Evangelho de hoje (Jo 3, 16-21), aspiremos a sermos humildes de coração crendo n’Ele deixando-o reinar em nós para não cairmos nas trevas.
Façamos da nossa vida uma busca permanente para vivermos a Verdade que é Jesus Cristo Nosso Senhor.
«Todo aquele que n'Ele crê não perece, mas tem a vida eterna»
São João Paulo II
Encíclica «Dives in misericordia», § 7
Que nos ensina a cruz de Cristo que é, em certo sentido, a última palavra da Sua mensagem e da Sua missão messiânica? Em certo sentido — note-se bem —, porque não é ela ainda a última palavra da Aliança de Deus. A última palavra seria pronunciada na madrugada, quando, primeiro as mulheres e depois os Apóstolos, ao chegarem ao sepulcro de Cristo crucificado o vão encontrar vazio, e ouvem pela primeira vez este anúncio: «Ressuscitou». Depois, repetirão aos outros tal anúncio e serão testemunhas de Cristo Ressuscitado.
Mas, mesmo na glorificação do Filho de Deus, continua a estar presente a Cruz que, através de todo o testemunho messiânico do Homem-Filho que nela morreu, fala e não cessa de falar de Deus-Pai, que é absolutamente fiel ao Seu eterno amor para com o homem, pois que «amou tanto o mundo — e portanto, o homem no mundo — que lhe deu o Seu Filho unigénito para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna».
Crer no Filho crucificado significa «ver o Pai» (Jo 14,9), significa crer que o amor está presente no mundo e que o amor é mais forte do que toda a espécie de mal em que o homem, a humanidade e o mundo estão envolvidos. Crer neste amor significa acreditar na misericórdia. Esta é, de facto, a dimensão indispensável do amor, é como que o seu segundo nome e, ao mesmo tempo, é o modo específico da sua revelação e actuação perante a realidade do mal que existe no mundo, que assedia e atinge o homem, que se insinua mesmo no seu coração e o «pode fazer perecer, na Geena» (Mt 10,28).
O Evangelho do dia 15 de abril de 2015
«Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem n'Ele acredita, não é condenado, mas quem não acredita, já está condenado, porque não acredita no nome do Filho Unigénito de Deus. A condenação é por isto: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus».
Jo 3, 16-21
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