Foi inaugurada hoje no Santuário de Fátima a exposição “Celebração. Gratidão. Abstracção – Cristo Rei 50 Anos”.A mostra está patente ao público, com entradas livres, junto da Capela do Lausperene, na zona da Reconciliação da Igreja da Santíssima Trindade, até ao dia 30 de Novembro.
O Santuário dá desta forma continuidade à prática de favorecer os espaços adjacentes à Igreja da Santíssima Trindade com mostras temporárias, valorizando a dimensão religiosa e cultural que liga estes projectos a Fátima e à Igreja.
Concretamente sobre esta exposição, que pretende perpetuar a celebração nacional do cinquentenário do Santuário de Cristo Rei, em Maio de 2009, e para a qual foi levada a imagem de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições, o autor das telas, agrupadas em onze temas, explicou à Agência Ecclesia o seu trabalho, nascido em linguagem abstracta: “As pinturas que agora se apresentam são expressão de partilha para com a equipa que se formou para a celebração dos 50 anos do Santuário Nacional de Cristo Rei. Cada conjunto foi realizado já com um destinatário previamente definido. Os tons de castanho e cinzento sugerem o betão do Monumento, o azul abarca o rio Tejo a unir as duas dioceses e duas cidades, o preto contém a espiritualidade intensa de cada um de nós, e no branco, todos os movimentos têm esse significado de acção e de concretização, criando imagens e recordações. Umas belas pinceladas de vermelho relembram claro, os Corações de Jesus e de Maria”.
Para Marco Daniel Duarte, responsável do departamento de arte e Património do Santuário de Fátima, “a exposição de Noronha e Andrade é oportunidade para reflectir sobre temas da actualidade, a importância no mundo contemporâneo dos lugares de peregrinação, o preponderante papel das cidades, a dádiva do voluntariado, a omnipresença dos ‘media’, os serviços e movimentos da Igreja, o mundo das profissões, da solidariedade e da beleza na contemporaneidade”.
Marco Duarte sublinha outra peculiaridade deste trabalho: “Uma das notas mais originais deste projecto relaciona-se com o facto de, no final da temporada expositiva, os conjuntos de telas se desmembrarem a fim de serem oferecidos aos diversos actores que naquela instituição intervieram: dioceses que foram palco da celebração, cidades, santuários, instituições, movimentos e voluntários, profissionais, meios de comunicação social. O autor faz, assim, com que a arte transborde em generosidade, tópico muito interessante num projecto que, em diálogo, alia temas como a arte sacra e o universo cultural do tempo”.
Após deixar Fátima, a exposição estará patente em Almada entre 5 e 20 de Dezembro de 2009.
(Fonte: site Rádio Renascença)

