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domingo, 14 de junho de 2009
Sêxtuplos irlandeses “são uma dádiva de Deus”
Às 14 semanas de gravidez os médicos informaram Nuala e o sue marido, Austin, dos riscos de levarem a gravidez até ao fim, tendo-lhes proposto eliminarem alguns dos fetos, mas eles “souberam sem margem para dúvida qual era a vontade de ambos. Estes bebés são uma maravilhosa dádiva de Deus” segundo palavras da mãe, que está ansiosa por poder levar os seis filhos para casa.
(Fonte: BBC news em http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/northern_ireland/8098931.stm )
Angelus - Papa pediu orações pelo Ano Sacerdotal que começa sexta-feira
Vídeo em espanhol
“É a esperança que vem do amor de Cristo que nos dá a força para viver, enfrentando as dificuldades”: sublinhou Bento XVI, neste domingo ao meio-dia, antes da recitação do Angelus, referindo-se à festa do “Corpo de Deus”, que em muitos países (como a Itália) se celebra neste dia. O Papa convidou a não nos determos unicamente no aspecto litúrgico, alargando o horizonte também à “dimensão cósmica”, desta celebração, que abarca “o céu e a terra”.
No hemisfério norte – observou – esta festa está intimamente ligada com o ritmo do ano solar, das sementeiras e das colheitas. Na festa do Corpo de Deus, o que é central é o pão, fruto da terra e do céu. “O pão eucarístico é o sinal visível d’Aquele no qual céu e terra, Deus e homem, se tornaram uma só coisa.”
Por outro lado, a solenidade do “Corpus Domini” – prosseguiu – está intimamente ligada com a Páscoa e o Pentecostes: pressupõe a Ressurreição de Jesus e a efusão do Espírito Santo. E mesmo com a festa da Santíssima Trindade: “Somente porque o próprio Deus é relação é que pode haver um contacto com Ele. E, sendo amor, pode amar e ser amado.”
“O Corpus Domini é uma manifestação de Deus, uma atestação de que Deus é amor. Num modo único e peculiar, esta festa fala-nos do amor divino, do que é e do que faz. Diz-nos, por exemplo, que se gera de novo ao doar-se, recebe-se no dar-se, não se esgota e não se consome”.
O amor tudo transforma – insistiu o Papa, que recordou que no centro desta festa se encontra, ”o mistério da transubstanciação, sinal de Jesus - Caridade que transforma o mundo”.
“Contemplando-O e adorando-O, dizemos: sim, o amor existe, e porque existe, as coisas podem mudar para melhor e nós podemos esperar. É a esperança que provém do amor de Cristo a dar-nos a força de viver e de enfrentar as dificuldades.”
“É por isso que cantamos, quando levamos em procissão o Santíssimo Sacramento - prosseguiu. Cantamos e louvamos a Deus que Se revelou escondendo-se no sinal do pão partilhado.”
“Deste pão todos nós temos necessidade, porque é longo e árduo o caminho em direcção à liberdade, à justiça e à paz”.
A concluir, uma referência a Maria, “mulher eucarística” – como a chamava João Paulo II. “Aprendamos dela a renovar continuamente a nossa comunhão com o Corpo de Cristo, para nos amarmos uns aos outros, como Ele nos amou”.
Depois das Ave Marias, Bento XVI recordou que vai ter lugar em Nova Iorque, de 24 a 26 do corrente, a Conferência das Nações Unidas sobre a crise económica e financeira e o seu impacto no desenvolvimento.
“Invoco sobre os participantes na conferência, como também sobre os responsáveis da coisa pública e das sortes do planeta, o espírito de sapiência e de solidariedade humana, para que a actual crise se transforme numa oportunidade, capaz de favorecer uma maior atenção à dignidade de cada pessoa humana e de promover uma distribuição equitativa do poder de decisão e dos recursos, com particular atenção ao número, sempre crescente, dos pobres”.
Neste dia em que a Itália e muitos outros países celebram a festa do “Corpo de Deus”, “pão da vida”, Bento XVI recordou expressamente “as centenas de milhões de pessoas que sofrem a fome”:
“É uma realidade absolutamente inaceitável, que resiste a um redimensionamento, não obstante os esforços das últimas décadas. Faço votos de que, por ocasião da próxima Conferência da ONU e na sede das instituições internacionais, se tomem providências partilhadas por toda a comunidade internacional e se adoptem opções estratégicas, por vezes difíceis de aceitar, necessárias para assegurar a todos, no presente e no futuro, os alimentos fundamentais e uma vida digna”.
Bento XVI recordou também que na próxima sexta-feira, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, terá início o Ano Sacerdotal, por ele desejado em coincidência com os 150 anos da morte do Santo Cura d’Ars. O Papa pediu orações por “esta nova iniciativa espiritual”, que se segue ao Ano Paulino, que está para se concluir.
“Possa este novo ano jubilar constitui uma ocasião propícia para aprofundar o valor e a importância da missão sacerdotal e para pedir ao Senhor que doe à sua Igreja santos e numerosos sacerdotes”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1948
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1839 )
Diversas nomeações pontifícias
Nomeou Presidente da Academia Pontifícia de São Tomás de Aquino, Mons. Lluis Clavell, da Prelatura Pessoal da Santa Cruz e Opus Dei, já consultor do Conselho Pontifício da Cultura.
Mons. Marco Agostini, oficial da Secção das Relações com os Estados, da Secretaria de Estado, foi nomeado Mestre-de-cerimónias pontifício.
O Santo Padre nomeou sete novos Consultores das Causas dos Santos:
- três salesianos – os padres Jesus Gutiérrez e Francesco Motto, docentes na Universidade salesiana, e o padre Aimable Musoni, membro do Instituto Histórico salesiano;
- um Frade Menor conventual, Zdzislaw Kijas, Reitor da Faculdade Teológica Pontifícia São Boaventura;
- um Capuchinho, padre gabiel Ingegneri, do Instituto Histórico dos Capuchinhos; e- Francesco Celsi, docente da Universidade Maria Santíssima Assunta.
O Santo Padre nomeou Consultores do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais:
- o professor Francesco Casetti, docente da Universidade Católica Italiana; e – Alvito de Souza, Secretário Geral de Signis- World.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Editorial do Director da Rádio Vaticano - o Ano sacerdotal não é só para os padres
Este é o tema também do costumado Editorial radiofónico – “Octava dies” - do nosso director, padre Frederico Lombardi:
"Também os padres precisam de se lembrar de rezar!” Muitas vezes é com estas palavras que Bento XVI acompanha a entrega do terço aos padres que o saúdam no final de uma audiência ou de um encontro qualquer. A mim, sucedeu-me isso mais do que uma vez.
Estas palavras vieram-me ao espírito quando o Papa anunciou a celebração do Ano Sacerdotal, que está para iniciar, por ocasião dos 150 anos da morte de São João Maria Vianney, o santo Cura d’Ars, esplêndido modelo de espiritualidade e de zelo para todos os sacerdotes, sobretudo para os que se encontram empenhados na pastoral.
“É sempre forte a tentação de reduzir a oração a momentos superficiais e apressados, deixando-se dominar pelas actividades e pelas preocupações humanas” – diz também o Papa. Ecoam assim as palavras do Cura d’Ars: “Há pessoas que parece dizerem assim ao bom Deus: tenho só duas palavras a dizer-te, depressa me despacho e logo me vou embora”.
Se o problema da união com Deus se coloca para todos os cristãos, vale em especial para os padres, interpelados de todos os lados, enquanto que diminui o seu número ou permanece muito reduzido perante as expectativas.
Obviamente que a santidade dos sacerdotes é antes de mais responsabilidade sua, mas diz também respeito a toda a comunidade dos fiéis. Basta alguns sacerdotes indignos para ferir profundamente a credibilidade da Igreja. Por outro lado, a solidariedade espiritual da comunidade é um fortíssimo apoio para a sua vida espiritual e apostólica. Por outras palavras: o Ano sacerdotal vale para todos, que não só para os padres.
Frederico Lombardi (sje)
(Fonte: site Radio Vaticana)
O pão da vida eterna
Agradar-me-ia que, ao considerar tudo isto, tomássemos consciência da nossa missão de cristãos, voltássemos os olhos para a Sagrada Eucaristia, para Jesus que, presente entre nós, nos constituiu seus membros: vos estis corpus Christi et membra de membro, vós sois o corpo de Cristo e membros unidos a outros membros. O nosso Deus decidiu ficar no Sacrário para nos alimentar, para nos fortalecer, para nos divinizar, para dar eficácia ao nosso trabalho e ao nosso esforço. Jesus é simultaneamente o semeador, a semente e o fruto da sementeira: o Pão da vidaeterna.
Este milagre, continuamente renovado, da Sagrada Eucaristia, encerra todas as características do modo de agir de Jesus. Perfeito Deus e perfeito homem, Senhor dos Céus e da Terra, oferece-Se-nos como sustento, da maneira mais natural e corrente. Assim espera o nosso amor, desde há quase dois mil anos. É muito tempo e não é muito tempo; porque, quando há amor, os dias voam.
Vem-me à memória uma encantadora poesia galega, uma das cantigas de Afonso X, o Sábio. É a lenda de um monge que, na sua simplicidade, suplicou a Santa Maria que o deixasse contemplar o céu, ainda que fosse só por um instante. A Virgem acolheu o seu desejo, e o bom monge foi levado ao Paraíso. Quando regressou, não reconhecia nenhum dos moradores do mosteiro: a sua oração, que lhe tinha parecido brevíssima,, tinha durado três séculos. Três séculos não são nada, para um coração que ama. Assim compreendo eu esses dois mil anos de espera do Senhor na Eucaristia. É a espera de Deus, que ama os homens, que nos procura, que nos quer tal como somos - limitados, egoístas, inconstantes - mas com capacidade para descobrirmos o seu carinho infinito e para nos entregarmos inteiramente a Ele.
Por amor e para nos ensinar a amar, veio Jesus à Terra e ficou entre nós na Eucaristia. Como tivesse amado os seus que viviam no mundo, amou-os até ao fim; com estas palavras começa S. João a narração do que sucedeu naquela véspera da Páscoa, em que Jesus - refere-nos S. Paulo - tomou o pão, e dando graças, o partiu, e disse: Tomai e comei; isto é o meu corpo que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Igualmente também, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento do meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes.
S. Josemaría Escrivá – Cristo que Passa 151
Saibamos imitar a bondade e caridade de Abraão e assim estaremos mais próximos do Reino do Senhor
Que direi ainda, meus irmãos? É uma delicadeza tão perfeita... que atraiu o próprio Deus para a casa de Abraão, que O forçou a ser seu hóspede. Assim veio a Abraão, repouso dos pobres, refúgio dos estrangeiros, Aquele que, mais tarde, haveria de dizer-Se acolhido na pessoa do pobre e do estrangeiro: «Tive fome, disse Ele, e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; fui estrangeiro e recebestes-Me» (Mt 25, 35).
E lemos ainda no Evangelho: «O pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão». Não é natural, meus irmãos, que Abraão, até no seu repouso, acolha todos os santos, e que até na sua beatitude se ocupe do seu serviço de hospitalidade? [...] Sem dúvida alguma, não se poderia sentir plenamente feliz se, mesmo na glória, não continuasse a exercer o seu ministério de partilha.
(Sermão 122, sobre o rico e Lázaro - São Pedro Crisólogo)