São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Homilia sobre o perdão, 2, 3 (a partir da trad. breviário)
«Irei ter com meu pai»
Se a conduta deste jovem nos desagrada, aquilo que nos causa horror é a sua partida: no nosso caso, não nos afastemos nunca de um pai destes! A simples visão do pai faz fugir os pecados, expulsa o erro, exclui qualquer má conduta e qualquer tentação. Mas, no caso de termos partido, de termos esbanjado toda a herança do pai numa vida desregrada, de nos ter acontecido cometer qualquer erro ou má acção, de termos caído no abismo da blasfémia, levantemo-nos e regressemos para junto de um pai tão bom, convidados por exemplo tão belo.
«O pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.» Pergunto-vos: haverá lugar para o desespero? Haverá pretexto para desculpas? Falsas razões para receios? A menos que se receie o encontro com o pai, que se receiem os seus beijos e os seus abraços; a menos que se julgue que o pai quer tomar para recuperar, em lugar de receber para perdoar, quando pega no filho pela mão, o toma nos abraços e o aperta contra o coração. Mas este pensamento, que esmaga a vida, que se opõe à nossa salvação, é amplamente vencido, amplamente aniquilado pelo seguinte: «O pai disse aos seus servos: «Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.»» Após termos ouvido isto, poderemos ainda demorar-nos? Que esperamos para regressar para junto do pai?
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 13 de março de 2010
O Evangelho de Domingo dia 14 de Março de 2010
São Lucas 15,1-3.11-32
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois.
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Nossa Senhora de Częstochowa
O Santuário de Częstochowa encontra-se na Polónia e é um dos mais importantes centros de culto católico. Todos os anos, é visitado em média por quatro a cinco milhões de peregrinos de 80 países do mundo.
A imagem de Nossa Senhora Negra com o Menino é de tradição medieval. Segundo os especialistas em arte, o quadro segue o modelo da iconografia bizantina: trata-se da imagem denominada “Odigitria”, “Aquela que indica e guia ao longo do caminho”.
A tradição narra que São Lucas a pintou, pois, sendo contemporâneo de Maria, pôde retratar sua verdadeira face. A imagem foi levada a Jasna Góra – que em polacos significa “Montanha Luminosa” - em 1382 pelo príncipe Ladislau de Opole, que mandou construir a cidade no alto de uma colina e chamou os monges paulinos para que cuidassem do santuário.
O rosto do Menino olha para o observador. O olhar, ao invés, dirige-se para o além, como se olhasse para um panorama distante de tempo e de lugar. Seja a Mãe, seja o Filho, parecem imergirem-se em pensamentos profundos, representando uma grande sabedoria. Os rostos são escuros e contrastam com a luminosidade que os circunda. Maria indica ao peregrino o Menino, e o Menino em uma mão segura o livro, e com a outra abençoa com um gesto simples e soberano ao mesmo tempo.
Em todos os momentos de dificuldades da Polónia, a população une-se em torno de Nossa Senhora Negra de Częstochowa e ao Menino, incrementando assim o número de peregrinos. Ainda hoje, durante o verão, são dezenas de milhares as pessoas que vão a pé ao santuário. A imagem é escura também pelo fumo das velas sempre acesas diante da imagem.
Também Karol Wojtyla realizou esta peregrinação em 1936, quando a Polónia se vivia sob o regime comunista.
ORAÇÃO
“Nossa Senhora de Czestochowa, mãe de Deus e nossa mãe, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe daqueles que se abandonam à Providência, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe daqueles que são enganados, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe daqueles que são traídos, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe daqueles que estão presos, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe daqueles que têm frio, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe de quem têm medo, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe da Polónia sofredora, orai por nós.
Nossa Senhora de Czestochowa, mãe da Polónia fiel, orai por nós.
Orai por nós, Nossa Senhora de Czestochowa,
para que possamos ser dignos das promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
(Fonte: H2O News)
Temas para reflexão
TEMA: Justiça
A justiça é a virtude cardeal que permite uma convivência recta e limpa entre os homens. Sem esta virtude, a convivência torna-se impossível; a sociedade, a família, a empresa deixam de ser humanas e convertem-se em lugares onde o homem atropela o homem. A justiça regula a convivência da sociedade humana enquanto humana, quer dizer, baseada no respeito pelos direitos pessoais; «é princípio fundamental da existência e da coexistência dos homens, como também das comunidades humanas, das sociedades e dos povos. (JOÃO PAULO II, Audiência Geral, 08.11.1978)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 14)
O eclipse do sentido de Deus e do homem conduz inevitavelmente ao materialismo prático, no qual prolifera o individualismo, o utilitarismo e o hedonismo. Também aqui se manifesta a validade perene daquilo que escreve o Apóstolo: “Como não procuraram ter de Deus conhecimento perfeito, entregou-os Deus a um sentimento pervertido, a fim de que fizessem o que não convinha” (Rm 1, 28). Assim os valores do ser ficam substituídos pelos do ter.
O único fim que conta, é a busca do próprio bem-estar material. A chamada "qualidade de vida" é interpretada prevalente ou exclusivamente como eficiência económica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física, esquecendo as dimensões mais profundas da existência, como são as interpessoais, espirituais e religiosas. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 23 a-b)
Agradecimento: António Mexia Alves
A justiça é a virtude cardeal que permite uma convivência recta e limpa entre os homens. Sem esta virtude, a convivência torna-se impossível; a sociedade, a família, a empresa deixam de ser humanas e convertem-se em lugares onde o homem atropela o homem. A justiça regula a convivência da sociedade humana enquanto humana, quer dizer, baseada no respeito pelos direitos pessoais; «é princípio fundamental da existência e da coexistência dos homens, como também das comunidades humanas, das sociedades e dos povos. (JOÃO PAULO II, Audiência Geral, 08.11.1978)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 14)
O eclipse do sentido de Deus e do homem conduz inevitavelmente ao materialismo prático, no qual prolifera o individualismo, o utilitarismo e o hedonismo. Também aqui se manifesta a validade perene daquilo que escreve o Apóstolo: “Como não procuraram ter de Deus conhecimento perfeito, entregou-os Deus a um sentimento pervertido, a fim de que fizessem o que não convinha” (Rm 1, 28). Assim os valores do ser ficam substituídos pelos do ter.
O único fim que conta, é a busca do próprio bem-estar material. A chamada "qualidade de vida" é interpretada prevalente ou exclusivamente como eficiência económica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física, esquecendo as dimensões mais profundas da existência, como são as interpessoais, espirituais e religiosas. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 23 a-b)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir
A Oração do Senhor, §§ 4, 6 (a partir da trad. de DDB 1982, p.42 rev.)
«O cobrador de impostos [...] nem sequer ousava levantar os olhos ao céu»
Os homens de oração devem exprimir as suas súplicas e os seus pedidos com modéstia, calma, contenção e discrição. Lembremo-nos de que nos estamos a apresentar perante Deus. É necessário que a atitude do nosso corpo, o nosso tom de voz sejam agradáveis aos olhos de Deus. Não convém estender-se em clamores; é conveniente rezar com modéstia e reserva.
O Senhor, no Seu ensinamento, manda-nos rezar isoladamente, na solidão ou mesmo em lugares retirados, até mesmo no nosso quarto (Mt 14,n23; 6,n6), o que se coaduna melhor com a fé. Sabemos que Deus está presente em todo o lado, que ouve e vê todos os homens, que o olhar da Sua majestade soberana penetra até no segredo. Com efeito, está escrito: «Será que Eu sou Deus só ao perto e não sou Deus ao longe? [...] Poderá alguém ocultar-se em lugares escondidos sem que Eu o veja? [...] Não sou Eu que encho o céu e a terra?» (Jr 23, 23-24)
O homem de oração, irmãos bem amados, não deve ignorar como o publicano orava no Templo, por comparação com o fariseu. O cobrador de impostos não levantava os olhos ao céu com descaramento, não erguia as mãos com insolência. Batia no peito, reconhecia os seus pecados interiores e escondidos, implorava o socorro da misericórdia divina. O fariseu, pelo contrário, fiava-se em si mesmo. E foi o publicano que mereceu ser reconhecido como justo. Porque rezava sem colocar a sua esperança de salvação na sua própria inocência, visto que ninguém é inocente. Rezava confessando os seus pecados, e a sua oração foi atendida por Aquele que perdoa aos humildes.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
A Oração do Senhor, §§ 4, 6 (a partir da trad. de DDB 1982, p.42 rev.)
«O cobrador de impostos [...] nem sequer ousava levantar os olhos ao céu»
Os homens de oração devem exprimir as suas súplicas e os seus pedidos com modéstia, calma, contenção e discrição. Lembremo-nos de que nos estamos a apresentar perante Deus. É necessário que a atitude do nosso corpo, o nosso tom de voz sejam agradáveis aos olhos de Deus. Não convém estender-se em clamores; é conveniente rezar com modéstia e reserva.
O Senhor, no Seu ensinamento, manda-nos rezar isoladamente, na solidão ou mesmo em lugares retirados, até mesmo no nosso quarto (Mt 14,n23; 6,n6), o que se coaduna melhor com a fé. Sabemos que Deus está presente em todo o lado, que ouve e vê todos os homens, que o olhar da Sua majestade soberana penetra até no segredo. Com efeito, está escrito: «Será que Eu sou Deus só ao perto e não sou Deus ao longe? [...] Poderá alguém ocultar-se em lugares escondidos sem que Eu o veja? [...] Não sou Eu que encho o céu e a terra?» (Jr 23, 23-24)
O homem de oração, irmãos bem amados, não deve ignorar como o publicano orava no Templo, por comparação com o fariseu. O cobrador de impostos não levantava os olhos ao céu com descaramento, não erguia as mãos com insolência. Batia no peito, reconhecia os seus pecados interiores e escondidos, implorava o socorro da misericórdia divina. O fariseu, pelo contrário, fiava-se em si mesmo. E foi o publicano que mereceu ser reconhecido como justo. Porque rezava sem colocar a sua esperança de salvação na sua própria inocência, visto que ninguém é inocente. Rezava confessando os seus pecados, e a sua oração foi atendida por Aquele que perdoa aos humildes.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 13 de Março de 2010
São Lucas 18,9-14
Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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