Ao longo destes meses, estamos a esforçar-nos por dar maior relevo à prática das obras de misericórdia. Consideremos agora uma a que Jesus Cristo se refere expressamente, ao traçar o programa do caminho cristão: as bem-aventuranças. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados [1].
Trata-se de uma obra de misericórdia que, tal como o perdão das ofensas, nos permite parecer-nos mais com Deus, imitá-Lo. Já no Antigo Testamento, o Senhor tinha dito: como alguém a quem a sua mãe consola, assim Eu vos consolarei [2]. E Jesus, na Última Ceia, manifesta esse consolo da forma mais perfeita possível, pois promete enviar o Espírito Santo, a Pessoa divina a Quem se atribui – por ser o Amor subsistente – a missão de consolar os cristãos nas suas mágoas e, em geral, de fortalecer os aflitos para superarem toda a espécie de males.
Meus filhos, observando a situação do mundo, percebemos que muitas pessoas choram, sofrem. Os dramas provocados pelas guerras causam grandes tragédias, que não nos podem deixar indiferentes: a emergência dos imigrantes ou as situações de injustiça que bradam aos céus causam muitas lágrimas. Penso, em particular, nos que estão a sofrer por defenderem a sua fé, arriscando mesmo as suas vidas.
[1]. Mt 5, 4.
(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de julho de 2016)
[1]. Mt 5, 4.
[2]. Is 66, 13.
(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de julho de 2016)
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