Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Começa hoje o Decenário do Espírito Santo, a preparação para o Pentecostes

Brado: Vem Espírito Santo, ilumina a minha alma para que me prepare para Te receber condignamente.

(AMA, Decenário do Espírito Santo, 1º dia, 2010.05.13)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI AQUI

"Cabe-nos intervir na luta contra a pobreza" - Isabel Jonet

Papa com Organizações da Pastoral Social em Fátima

Bento XVI (1) por Joaquim Mexia Alves

Ontem estive em Fátima, na igreja da Santíssima Trindade para rezarmos as Vésperas com o Papa Bento XVI.
Foi algo que me foi oferecido e que eu agradeço a Deus do mais fundo de mim próprio.
Claro que tinha de escrever sobre tudo isto!
Sentado aqui, com este teclado na minha frente, deixo extravasar as minhas emoções e as minhas vivências destes dias.

Bento XVI é uma figura frágil, quase apagada, tímida, e no entanto a sua presença faz-se sentir e toma conta de nós.
João Paulo II apresentava-nos a fragilidade da doença que como um verdadeiro mártir abraçava, tenho a certeza por todos nós.
Bento XVI apresenta-nos também uma fragilidade, de tal modo que dá vontade de o proteger, mas quando olha, quando fala, quando ora, percebe-se a firmeza, a segurança, a radicalidade da entrega confiante.
Cada um dos seus gestos é uma expressão da interioridade da Fé que vive e à qual se entrega, e percebe-se que todos eles têm uma explicação doutrinal e catequética.
Nada é dito que não tenha importância e em todas as suas palavras há um profundo ensinamento.
Percebe-se, digo eu, que mesmo reconhecendo-se a si próprio como homem profundamente inteligente e de cultura absolutamente invulgar, reconhece que nada disso serve para nada se não for iluminado pelo Espírito Santo que o conduz.
E percebe-se isso, digo eu, porque cada momento de pausa, (e ele provoca muitos momentos de pausa), são passados em profunda oração, como a esperar a condução do Espírito para o próximo momento.
Poderemos dizer que as homilias já estão escritas, é certo, mas atrevo-me a dizer que foram escritas em oração e iluminadas pela oração que constantemente toma conta dele.
O sorriso é tímido, quase envergonhado, mas é ao mesmo tempo de uma humildade confiante, desconcertante.
O brilho nos olhos muito vivos, revela uma paz e uma confiança que vão muito para além das suas capacidades, porque são a certeza do Emanuel, o Deus connosco, que ele não cessa de repetir à saciedade: Jesus Cristo está connosco, está no meio de nós!
E as suas palavras revelam isso mesmo.
Num mundo que quer encontrar um deus que sirva as suas necessidades, Bento XVI afirma-nos contra a corrente que provavelmente andamos enganados, pois Deus não se encontra fora, mas sim e primeiro dentro de nós e nos outros.
Afirma aos sacerdotes e a todos nós, que Deus se encontra em nós na oração, na prática diária do amor, e não na azafama das coisas que não têm a ver com a missão, seja ela sacerdotal, seja ela a de simples leigos discípulos de Cristo.
Essas virão por acréscimo, e serão abençoadas por Deus, porque se Ele vive em nós, também por Ele são queridas e abençoadas.
É o recentrarmo-nos em Cristo, fonte, princípio e fim de todas as coisas, porque só n’Ele, com Ele e por Ele, essas mesmas coisas têm sentido.
Em Fátima mesmo sem o dizer, ele diz-nos que Maria só pode ser entendida e “usufruída” quando iluminada por Cristo.
E então, quando assim é, que poderosa intercessora, que insigne advogada, temos na Mãe que o próprio Senhor nos quis dar.

Ao ouvir, ver e tentar perceber Bento XVI, questiono os meus saberes, as minhas certezas, e fico incomodado com as minhas vaidades e os meus orgulhos, percebendo então que nada sou e que só quando me entrego verdadeiramente a Jesus Cristo, tudo o que me foi dado saber, aprender e viver, tem sentido e pode servir aos outros.

Esta será para mim uma primeira lição, e que importante lição, saber que devo viver na entrega constante, porque só quando me entrego totalmente e deixo que Deus faça em mim, eu sou verdadeira “imagem e semelhança” d’Ele, e que só assim posso ser para os outros o que Jesus Cristo é para mim e em mim.

Monte Real, 13 de Maio de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/05/bento-xvi-1.html

Fátima dia 13 de Maio com Bento XVI - album fotográfico


Papa em Fátima: Jesus pode inflamar os corações mais frios e tristes

Missa no Santuário de Fátima -Saudação de Bento XVI aos enfermos

Queridos Irmãos e Irmãs doentes,

Antes de me aproximar de vós aqui presentes, levando nas mãos a custódia com Jesus Eucaristia, queria dirigir-vos uma palavra de ânimo e de esperança, que estendo a todos os doentes que nos acompanham através da rádio e da televisão e a quantos não têm sequer esta possibilidade mas estão unidos connosco pelos vínculos mais profundos do espírito, ou seja, na fé e na oração:

Meu irmão e minha irmã, tens para Deus «um valor tão grande que Ele mesmo Se fez homem para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue, como nos é demonstrado na narração da Paixão de Jesus. A partir de então entrou, em todo o sofrimento humano, Alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de então propaga-se em todo o sofrimento a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança» (Bento XVI, Enc. Spe salvi, 39). Com esta esperança no coração, poderás sair das areias movediças da doença e da morte e pôr-te de pé sobre a rocha firme do amor divino. Por outras palavras: poderás superar a sensação de inutilidade do sofrimento que desgasta a pessoa dentro de si mesma e a faz sentir-se um peso para os outros, quando na verdade o sofrimento, vivido com Jesus, serve para a salvação dos irmãos.

Como é possível? As fontes da força divina jorram precisamente no meio da fragilidade humana. É o paradoxo do Evangelho. Por isso o divino Mestre, mais do que demorar-Se a explicar as razões do sofrimento, preferiu chamar cada um a segui-Lo, dizendo: «Toma a tua cruz e segue-Me» (cf. Mc 8, 34). Vem comigo. Toma parte com o teu sofrimento nesta obra de salvação do mundo, que se realiza por meio do meu sofrimento, por meio da minha Cruz. À medida que abraçares a tua cruz, unindo-te espiritualmente à minha Cruz, desvendar-se-á a teus olhos o sentido salvífico do sofrimento. Encontrarás no sofrimento a paz interior e até mesmo a alegria espiritual.

Queridos doentes, acolhei este chamamento de Jesus que vai passar junto de vós no Santíssimo Sacramento e confiai-Lhe todas as contrariedades e penas que enfrentais para se tornarem – segundo os seus desígnios – meio de redenção para o mundo inteiro. Sereis redentores no Redentor, como sois filhos no Filho. Junto da cruz… está a Mãe de Jesus, a nossa Mãe.

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

Bento XVI presidiu às cerimónias do 13 de Maio

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI - Esplanada do Santuário de Fátima - Quinta-feira, 13 de Maio de 2010

Queridos peregrinos,

«A linhagem do povo de Deus será conhecida […] como linhagem que o Senhor abençoou» (Is 61, 9). Assim começava a primeira leitura desta Eucaristia, cujas palavras encontram uma realização admirável nesta devota assembleia aos pés de Nossa Senhora de Fátima. Irmãs e irmãos muito amados, também eu vim como peregrino a Fátima, a esta «casa» que Maria escolheu para nos falar nos tempos modernos. Vim a Fátima para rejubilar com a presença de Maria e sua materna protecção. Vim a Fátima, porque hoje converge para aqui a Igreja peregrina, querida pelo seu Filho como instrumento de evangelização e sacramento de salvação. Vim a Fátima para rezar, com Maria e tantos peregrinos, pela nossa humanidade acabrunhada por misérias e sofrimentos. Enfim, com os mesmos sentimentos dos Beatos Francisco e Jacinta e da Serva de Deus Lúcia, vim a Fátima para confiar a Nossa Senhora a confissão íntima de que «amo», de que a Igreja, de que os sacerdotes «amam» Jesus e n’Ele desejam manter fixos os olhos ao terminar este Ano Sacerdotal, e para confiar à protecção materna de Maria os sacerdotes, os consagrados e consagradas, os missionários e todos os obreiros do bem que tornam acolhedora e benfazeja a Casa de Deus.

São a linhagem que o Senhor abençoou… Linhagem que o Senhor abençoou és tu, amada diocese de Leiria-Fátima, com o teu Pastor Dom António Marto, a quem agradeço a saudação inicial e todas as atenções com que me cumulou nomeadamente através de seus colaboradores neste santuário. Saúdo o Senhor Presidente da República e demais autoridades ao serviço desta Nação gloriosa. Idealmente abraço todas as dioceses de Portugal, aqui representadas pelos seus Bispos, e confio ao Céu todos os povos e nações da terra. Em Deus, estreito ao coração todos os seus filhos e filhas, especialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fátima, se faz encontrar mais sensivelmente. A nossa grande esperança lance raízes na vida de cada um de vós, amados peregrinos aqui presentes, e de quantos estão em comunhão connosco através dos meios de comunicação social.

Sim! O Senhor, a nossa grande esperança, está connosco; no seu amor misericordioso, oferece um futuro ao seu povo: um futuro de comunhão consigo. Tendo experimentado a misericórdia e consolação de Deus que não o abandonara no fatigante caminho do regresso do exílio de Babilónia, o povo de Deus exclama: «Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus» (Is 61, 10). Filha excelsa deste povo é a Virgem Mãe de Nazaré, a qual, revestida de graça e docemente surpreendida com a gestação de Deus que se estava operando no seu seio, faz igualmente sua esta alegria e esta esperança no cântico do Magnificat: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador». Entretanto não se vê como privilegiada no meio de um povo estéril, antes profetiza-lhe as doces alegrias duma prodigiosa maternidade de Deus, porque «a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem» (Lc 1, 47.50).

Prova disto mesmo é este lugar bendito. Mais sete anos e voltareis aqui para celebrar o centenário da primeira visita feita pela Senhora «vinda do Céu», como Mestra que introduz os pequenos videntes no conhecimento íntimo do Amor Trinitário e os leva a saborear o próprio Deus como o mais belo da existência humana. Uma experiência de graça que os tornou enamorados de Deus em Jesus, a ponto da Jacinta exclamar: «Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo. Quando Lho digo muitas vezes, parece que tenho um lume no peito, mas não me queimo». E o Francisco dizia: «Do que gostei mais foi de ver a Nosso Senhor, naquela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito. Gosto tanto de Deus!» (Memórias da Irmã Lúcia, I, 40 e 127).

Irmãos, ao ouvir estes inocentes e profundos desabafos místicos dos Pastorinhos, poderia alguém olhar para eles com um pouco de inveja por terem visto ou com a desiludida resignação de quem não teve essa sorte mas insiste em ver. A tais pessoas, o Papa diz como Jesus: «Não andareis vós enganadas, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?» (Mc 12, 24). As Escrituras convidam-nos a crer: «Felizes os que acreditam sem terem visto» (Jo 20, 29), mas Deus – mais íntimo a mim mesmo de quanto o seja eu próprio (cf. Santo Agostinho, Confissões, III, 6, 11) – tem o poder de chegar até nós nomeadamente através dos sentidos interiores, de modo que a alma recebe o toque suave de algo real que está para além do sensível, tornando-a capaz de alcançar o não-sensível, o não-visível aos sentidos. Para isso exige-se uma vigilância interior do coração que, na maior parte do tempo, não possuímos por causa da forte pressão das realidades externas e das imagens e preocupações que enchem a alma (cf. Card. Joseph Ratzinger, Comentário teológico da Mensagem de Fátima, ano 2000). Sim! Deus pode alcançar-nos, oferecendo-Se à nossa visão interior.

Mais ainda, aquela Luz no íntimo dos Pastorinhos, que provém do futuro de Deus, é a mesma que se manifestou na plenitude dos tempos e veio para todos: o Filho de Deus feito homem. Que Ele tem poder para incendiar os corações mais frios e tristes, vemo-lo nos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 32). Por isso a nossa esperança tem fundamento real, apoia-se num acontecimento que se coloca na história e ao mesmo tempo excede-a: é Jesus de Nazaré. E o entusiasmo que a sua sabedoria e poder salvífico suscitavam nas pessoas de então era tal que uma mulher do meio da multidão – como ouvimos no Evangelho – exclama: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Contudo Jesus observou: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática» (Lc 11, 27. 28). Mas quem tem tempo para escutar a sua palavra e deixar-se fascinar pelo seu amor? Quem vela, na noite da dúvida e da incerteza, com o coração acordado em oração? Quem espera a aurora do dia novo, tendo acesa a chama da fé? A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida; pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo.

«A linhagem do povo de Deus será conhecida […] como linhagem que o Senhor abençoou» (Is 61, 9) com uma esperança inabalável e que frutifica num amor que se sacrifica pelos outros, mas não sacrifica os outros; antes – como ouvimos na segunda leitura – «tudo desculpa, tudo acredita, tudo espera, tudo suporta» (1 Cor 13, 7). Exemplo e estímulo são os Pastorinhos, que fizeram da sua vida uma doação a Deus e uma partilha com os outros por amor de Deus. Nossa Senhora ajudou-os a abrir o coração à universalidade do amor. De modo particular, a beata Jacinta mostrava-se incansável na partilha com os pobres e no sacrifício pela conversão dos pecadores. Só com este amor de fraternidade e partilha construiremos a civilização do Amor e da Paz.

Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja cumprida. Aqui revive aquele desígnio de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios: «Onde está Abel, teu irmão? […] A voz do sangue do teu irmão clama da terra até Mim» (Gn 4, 9). O homem pôde despoletar um ciclo de morte e terror, mas não consegue interrompê-lo… Na Sagrada Escritura, é frequente aparecer Deus à procura de justos para salvar a cidade humana e o mesmo faz aqui, em Fátima, quando Nossa Senhora pergunta: «Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele mesmo é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?» (Memórias da Irmã Lúcia, I, 162).

Com a família humana pronta a sacrificar os seus laços mais sagrados no altar de mesquinhos egoísmos de nação, raça, ideologia, grupo, indivíduo, veio do Céu a nossa bendita Mãe oferecendo-Se para transplantar no coração de quantos se Lhe entregam o Amor de Deus que arde no seu. Então eram só três, cujo exemplo de vida irradiou e se multiplicou em grupos sem conta por toda a superfície da terra, nomeadamente à passagem da Virgem Peregrina, que se votaram à causa da solidariedade fraterna. Possam os sete anos que nos separam do centenário das Aparições apressar o anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria para glória da Santíssima

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Milhares de peregrinos na procissão das velas

REGINA CAELI LAETARE



V. Regina caeli, laetare, alleluia.
R. Quia quem meruisti portare, alleluia.
V. Resurrexit, sicut dixit, alleluia.
R. Ora pro nobis Deum, alleluia.

S. Josemaría Escrivá sobre Nossa Senhoa de Fátima

Festividade de Nossa Senhora de Fátima: “Olha, minha filha, repito à Virgem Maria muitas vezes ao dia, em diferentes tons – uns, de pedido de ajuda; outros de agradeci-mento, sempre de Amor – : Mãe, minha Mãe! Digo-o a Nossa Senhora de Fátima”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Salve Regina - Cântico dos Templários


Salve, Regina, mater misericordiae,
vita, dulcedo et spes nostra, salve.
Ad te clamamus, exules filii Hevae.
Ad te suspiramus gementes
et flentes in hac lacrimarum valle.
Eia ergo, advocata nostra, illos tuos
misericordes oculos ad nos converte.
Et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
nobis post hoc exsilium ostende.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.

Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

“Com Maria, que fácil!”

Antes, só, não podias... – Agora, recorreste à Senhora, e, com Ela, que fácil! (Caminho, 513)

Os filhos, especialmente quando são ainda pequenos, costumam pensar no que hão-de fazer por eles os seus pais, esquecendo-se das suas obrigações de piedade filial. Nós, os filhos, somos geralmente muito interesseiros, embora esta nossa conduta – já o fizemos notar – não pareça incomodar muito as mães, porque têm suficiente amor nos seus corações e querem com o melhor carinho: aquele que se dá sem esperar correspondência.

Assim acontece também com Santa Maria. (...) Hão-de doer-nos, se as encontrarmos, as nossas faltas de delicadeza com esta boa Mãe. Pergunto-vos e pergunto-me a mim mesmo: como a honramos?

Voltemos mais uma vez à experiência de cada dia, ao modo de tratar com as nossas mães na terra. Acima de tudo, que desejam dos seus filhos, que são carne da sua carne e sangue do seu sangue? O seu maior desejo é tê-los perto. Quando os filhos crescem e não é possível continuarem a seu lado, aguardam com impaciência as suas notícias, emocionam-se com tudo o que lhes acontece, desde uma ligeira doença até aos acontecimentos mais importantes.

Olhai: para a nossa Mãe, Santa Maria, jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho até ao Reino dos Céus, que será dado aos que se tornam meninos. De Nossa Senhora nunca nos devemos afastar. Como a honraremos? Tendo intimidade com Ela, falando com Ela, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no nosso coração os episódios da sua vida na terra, contando-lhes as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos.

(Amigos de Deus, nn. 289–290)

São Josemaría Escrivá

Franz Schubert - Ave Maria para Violino



Ave Maria, gratia plena
Dominus tecum
Benedicta tu in mulieribus
Et benedictus fructus ventris tui Jesus
Sancta Maria, Mater Dei,
Ora pro nobis pecatoribus
Nunc et in hora mortis nostrae
Amen.

Maria Mãe de Jesus Cristo Nosso Senhor, Imaculada

Tertuliano diz com uma concisão pertinente, já no seu tempo, que é impossível que um ser humano tenha dois pais, por isso a mãe [de Jesus] tem que ser virgem. Esta virgindade cristologicamente motivada tem o seu sentido crucial não numa integridade exclusivamente física e hostil ao sexo, integridade que em si própria tivesse importância religiosa, mas sim a na maternidade de Maria; para poder ser mãe do Filho de Deus messiânico, que não pode ter outro pai senão Deus, ela tem que ser envolvida pelo Espírito Santo e dizer o já referido “sim” abrangendo toda a sua pessoa, corpo e alma»

(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Tema para reflexão

Tema: MÊS DE NOSSA SENHORA

Já rezei o Terço hoje?

Mistérios Luminosos

A Anunciação do Anjo à Virgem Nossa Senhora;
A visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel;
O nascimento do Filho de Deus em Belém;
A apresentação de Jesus no Templo;
O Menino Jesus perdido e achado no Templo.

Doutrina: Santo Rosário: Mistérios Gozosos

2º Mistério: A visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel

Maria é a que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina. Sabe o seu preço e sabe quão alto é. Neste sentido a chamamos Mãe da misericórdia: Virgem da misericórdia ou Mãe da divina misericórdia; em cada um destes títulos se encerra um profundo significado teológico, porque expressam a preparação particular da sua alma, de toda a sua personalidade, sabendo ver primeiramente através dos complicados acontecimentos de Israel, e de todo o homem e da humanidade inteira depois, aquela misericórdia de que por todas as gerações nos tornamos participantes segundo o eterno desígnio da santíssima Trindade.

(JOÃO PAULO II, Encíclica Dives in misericordia, 30-11-1990, nr. 9)

Festa: Nossa Senhora de Fátima

Querida Mãe:

Este povo que te reza e canta os teus louvores, caminha para Fátima constantemente mas, com particular devoção e afluência nos dias doze e treze de Maio a Outubro.
Vai fielmente prestar-te homenagem de filhos atraídos pela doce presença que se sente modo particular, neste lugar santo onde te dignaste aparecer aos Três Pastorinhos, em tempos conturbados para o mundo e para Portugal.
Mais uma vez as estradas e caminhos se enchem de gente de todas as idades e condição social que a única coisa que deseja é o anonimato da multidão dos teus filhos portugueses.
Uma vez mais sopram ventos de inaudita violência que pretendem abalar as estruturas milenares deste povo cristão, a desagregação da família, a corrupção dos costumes e dos modos de viver, o abandono dos princípios da Fé Cristã que sempre enformaram a nossa sociedade.
Com braços de Mãe Amantíssima irás acolher todos no teu coração e levar ao Teu Divino Filho as angústias e preocupações de tantos portugueses.
És, Senhora, a “Nossa Senhora de Fátima”, a quem recorremos com redobrada esperança que não deixarás de ouvir o apelo que em nome de todo o mundo, o Santo Padre te fez nesse Altar do Mundo:
“Monstra te esse matrem”.
Mostra que és Mãe e que sabes muito bem indicar-nos o caminho seguro para o Teu Divino Filho, Jesus. Cheios de confiança, cantamos:

“Ó Glória da Nossa Terra, que nos salvaste mil vezes, enquanto houver portugueses, tu serás o nosso amor”.

(AMA, meditação sobre Fátima, 2010.04.12)

Agradecimento: António Mexia Alves

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão Maio, 98, 1, 2: PLS 2, 494-495

Já estamos com Ele

Hoje, Nosso Senhor Jesus Cristo elevou-Se ao céu; que o nosso coração se eleve com Ele. Ouçamos o que nos diz o apóstolo Paulo: «Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus» (Col 3, 1).

Assim como Jesus Se elevou sem com isso Se afastar de nós, do mesmo modo nós estamos já com Ele apesar de a Sua promessa ainda não se ter realizado na nossa carne. Ele já foi elevado acima dos céus; contudo, sofre na terra todas as penas que nós, os Seus membros, sentimos. Disso deu testemunho quando exclamou do alto: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» (Act 9, 4), e ainda: «Tive fome, e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). Por que não trabalhamos na terra de modo a descansarmos, pela fé, pela esperança e pela caridade que nos unem a Ele, desde já com Ele no céu?

Ele, que está lá, está também connosco, e nós, que estamos aqui, estamos também com Ele. Ele pode fazê-lo devido à Sua divindade, ao Seu poder, ao Seu amor; e nós, se não o podemos fazer pela divindade, podemos fazê-lo pelo amor. Ele não abandonou o céu quando desceu até nós, e não nos abandonou quando subiu ao céu. [...] Permanece connosco, mesmo estando no alto, pois prometeu-no-lo antes da Sua Ascensão, dizendo: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 13 de Maio de 2010

São Lucas 24,46-53

46 e disse-lhes: «Assim está escrito que o Cristo devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,47 e que em Seu nome havia de ser pregado o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.48 Vós sois as testemunhas destas coisas.49 Eu vou mandar sobre vós o Prometido por Meu Pai. Entretanto permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto». 50 Depois, levou-os até junto de Betânia e, levantando as Suas mãos, abençoou-os.51 E enquanto os abençoava, separou-Se deles e era levado para o céu.52 Eles, depois de O adorarem, voltaram para Jerusalém com grande alegria,53 e estavam continuamente no templo louvando a Deus.