12 de Maio de 2008 |
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 12 de maio de 2012
Pedro confia em Deus
Também eu me senti sempre amparado pela oração da Igreja
Tranquilidade e confiança: a atitude de são Pedro durante o cativeiro é de quem "confia em Deus, sabe que está circundado pela solidariedade e a oração dos seus e se abandona totalmente nas mãos do Senhor", afirmou o Papa na audiência geral de quarta-feira 9 de Maio, na praça de São Pedro, falando do encarceramento e da libertação do apóstolo na vigília do seu processo em Jerusalém.
Prezados irmãos e irmãs
Hoje gostaria de meditar sobre o último episódio da vida de são Pedro, narrado nos Actos dos Apóstolos: o seu aprisionamento por vontade de Herodes Agripa e a sua libertação através da intervenção prodigiosa do Anjo do Senhor, na vigília do seu processo em Jerusalém (cf. Act 12, 1-17).
A narração é mais uma vez caracterizada pela oração da Igreja. Com efeito, são Lucas escreve: "Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus instantemente por ele" (Act 12, 5). E, depois de ter deixado milagrosamente o cárcere, por ocasião da sua visita à casa de Maria, mãe de João chamado Marcos, afirma-se que "numerosos fiéis estavam reunidos a orar" (Act 12, 12). Entre estas duas anotações importantes que explicam a atitude da comunidade cristã diante do perigo e da perseguição, são narradas a detenção e a libertação de Pedro, que dura a noite inteira. A força da oração incessante da Igreja eleva-se até Deus e o Senhor ouve e realiza uma libertação impensável e inesperada, enviando o seu Anjo.
A narração evoca os grandes elementos da libertação de Israel da escravidão do Egipto, a Páscoa judaica. Como aconteceu naquele evento fundamental, também aqui o gesto principal é levado a cabo pelo Anjo do Senhor, que liberta Pedro. E se as próprias acções do Apóstolo - ao qual se pede que levante depressa, ponha o cinto e cinja os rins - corroboram as do povo eleito na noite da libertação por intervenção de Deus, quando foi convidado a comer depressa o cordeiro com os rins cingidos, as sandálias aos pés, o cajado na mão, pronto para sair do país (cf. Êx 12, 11). Assim, Pedro pode exclamar: "Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes" (Act 12, 11). Mas o Anjo evoca não apenas aquele da libertação de Israel do Egipto, mas também o da Ressurreição de Cristo. Com efeito, narram os Actos dos Apóstolos: "De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz, tocando-lhe no lado, e disse-lhe: "Ergue-te depressa"" (Act 12, 7). A luz que enche o espaço da prisão e o próprio gesto de acordar o apóstolo estão relacionadas com a luz libertadora da Páscoa do Senhor que vence as trevas da noite e do mal. Finalmente, o convite: "Cobre-te com a capa e segue-me" (Act 12, 8), faz ressoar no coração as palavras da chamada inicial de Jesus (cf. Mc 1, 17), repetida depois da Ressurreição no lago de Tiberíades, onde o Senhor diz duas vezes a Pedro: "Segue-me" (Jo 21, 19.22). É um convite premente ao seguimento: só vivemos a liberdade verdadeira se sairmos de nós mesmos, para nos colocarmos a caminho com o Senhor e cumprirmos a sua vontade.
Gostaria de ressaltar também outro aspecto da atitude de Pedro no cárcere; com efeito, notemos que, enquanto a comunidade cristã reza com insistência por ele, Pedro "estava a dormir" (Act 12, 6). Numa situação tão crítica e de perigo sério, é uma atitude que pode parecer estranha, mas que ao contrário denota tranquilidade e confiança; ele confia em Deus, sabe que está circundado pela solidariedade e pela oração dos seus e abandona-se totalmente nas mãos do Senhor. Assim deve ser a nossa oração: assídua, solidária com os outros, plenamente confiante em relação a Deus, que nos conhece no íntimo e cuida de nós, a tal ponto que - diz Jesus - "até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados! Não temais, pois..." (Mt 10, 30-31). Pedro vive a noite do cativeiro e da libertação do cárcere como um momento do seu seguimento do Senhor, que vence as trevas da noite e liberta da escravidão das correntes e do perigo de morte. A sua libertação é prodigiosa, caracterizada por vários trechos descritos cuidadosamente: orientado pelo Anjo, não obstante a vigilância dos guardas, atravessa o primeiro e o segundo posto de guarda, até à porta de ferro que introduz na cidade: e a porta abre-se sozinha diante deles (cf. Act 12, 10). Pedro e o Anjo do Senhor percorrem juntos uma parte do caminho até que, voltando a si, o apóstolo se dá conta de que o Senhor realmente o libertou e, depois de ter meditado, vai à casa de Maria, mãe de Marcos, onde muitos dos discípulos estão reunidos em oração; mais uma vez, a resposta da comunidade à dificuldade e ao perigo é confiar em Deus, intensificar a relação com Ele.
Aqui, parece-me útil evocar outra situação difícil, que foi vivida pela comunidade cristã das origens. Fala-nos dela São Tiago na sua Carta. Trata-se de uma comunidade em crise, em dificuldade, não tanto devido às perseguições, mas porque no seu interior há invejas e conflitos (cf. Tg 3, 14-16). E o apóstolo interroga-se acerca do motivo desta situação. Ele encontra duas razões principais: a primeira é deixar-se dominar pelas paixões, pela ditadura dos próprios desejos, pelo egoísmo (cf. Tg 4, 1-2a); a segunda é a falta de oração - "não pedis" (Tg 4, 2b) - ou a presença de uma oração que não se pode definir como tal - "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para satisfazer os vossos prazeres" (Tg 4, 3). Segundo são Tiago, esta situação mudaria se a comunidade falasse totalmente unida com Deus, se rezasse realmente de modo assíduo e unânime. Com efeito, também o discurso sobre Deus corre o risco de perder a sua força interior e o testemunho esgota-se, se não forem animados, sustentados e acompanhados pela oração, pela continuidade de um diálogo vivo com o Senhor. Uma exortação importante inclusive para nós e para as nossas comunidades, quer pequenas, como a família, quer as mais vastas, como a paróquia, a diocese e a Igreja inteira. E isto faz-me pensar que rezavam nesta comunidade de são Tiago, mas rezaram mal, somente para satisfazer os próprios prazeres. Temos que aprender sempre de novo a rezar bem, a orar realmente, orientando-nos para Deus e não para o nosso próprio bem.
Ao contrário, a comunidade que acompanha o cativeiro de Pedro é uma comunidade que reza verdadeiramente, durante a noite inteira, unida. E a alegria que invade o coração de todos quando, inesperadamente, o apóstolo bate à porta é irreprimível. São a alegria e a admiração diante da obra de Deus que ouve. Assim, da Igreja eleva-se a oração por Pedro, e na Igreja ele volta para narrar "como o Senhor o tinha tirado da prisão" (Act 12, 17). Naquela Igreja onde ele é posto como rocha (cf. Mt 16, 18), Pedro narra a sua "Páscoa" de libertação: ele experimenta que no seguimento de Jesus encontra a liberdade verdadeira, é envolvido pela luz resplandecente da Ressurreição e por isso pode testemunhar até ao martírio que o Senhor é o Ressuscitado e "que verdadeiramente o Senhor enviou o seu anjo e o arrancou das mãos de Herodes" (Act 12, 11). O martírio que depois padecerá em Roma uni-lo-á definitivamente a Cristo, que lhe tinha dito: quando fores velho, outro te há-de levar para onde não queres, para indicar o tipo de morte com que ele havia de dar glória a Deus (cf. Jo 21, 18-19).
Caros irmãos e irmãs, o episódio da libertação de Pedro, narrado por Lucas, diz-nos que a Igreja, cada um de nós, atravessa a noite da provação, mas é a vigilância incessante da oração que nos sustém. Também eu, desde o primeiro momento da minha eleição como Sucessor de são Pedro, sempre me senti sustentado pela vossa oração, pelas preces da Igreja, principalmente nos momentos mais difíceis. Agradeço de coração. Com a oração constante e confiante, o Senhor liberta-nos das cadeias, guia-nos para atravessar qualquer noite de cativeiro que possa afligir o nosso coração, infunde-nos a serenidade do coração para enfrentar as dificuldades da vida, até a rejeição, a oposição e a perseguição. O episódio de Pedro mostra esta força da oração. E mesmo aprisionado, o apóstolo sente-se tranquilo, na certeza de que nunca está sozinho: a comunidade reza por ele, o Senhor está-lhe próximo; aliás, ele sabe que "a força de Cristo se manifesta plenamente na fraqueza" (2 Cor 12, 9). A oração constante e unânime é um instrumento precioso também para superar as provações que podem surgir ao longo do caminho da vida, porque o facto de estarmos profundamente unidos a Deus permite-nos estar também profundamente unidos aos outros. Obrigado!
No final da audiência geral, o Santo Padre saudou os vários grupos de peregrinos presentes na praça de São Pedro, pronunciando em português estas expressões.
Saúdo os grupos nomeados de Portugal e do Brasil e todos os peregrinos lusófonos presentes nesta Audiência, particularmente os sacerdotes da Diocese de Zé Doca, acompanhados de seu Bispo, D. Carlo Ellena. Assim como a oração da primeira comunidade sustentou Pedro na dificuldade, hoje também o seu Sucessor sabe que pode contar com as vossas orações. Que Deus vos abençoe. Obrigado!
(© L'Osservatore Romano - 12 de maio de 2012)
Tranquilidade e confiança: a atitude de são Pedro durante o cativeiro é de quem "confia em Deus, sabe que está circundado pela solidariedade e a oração dos seus e se abandona totalmente nas mãos do Senhor", afirmou o Papa na audiência geral de quarta-feira 9 de Maio, na praça de São Pedro, falando do encarceramento e da libertação do apóstolo na vigília do seu processo em Jerusalém.
Prezados irmãos e irmãs
Hoje gostaria de meditar sobre o último episódio da vida de são Pedro, narrado nos Actos dos Apóstolos: o seu aprisionamento por vontade de Herodes Agripa e a sua libertação através da intervenção prodigiosa do Anjo do Senhor, na vigília do seu processo em Jerusalém (cf. Act 12, 1-17).
A narração é mais uma vez caracterizada pela oração da Igreja. Com efeito, são Lucas escreve: "Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus instantemente por ele" (Act 12, 5). E, depois de ter deixado milagrosamente o cárcere, por ocasião da sua visita à casa de Maria, mãe de João chamado Marcos, afirma-se que "numerosos fiéis estavam reunidos a orar" (Act 12, 12). Entre estas duas anotações importantes que explicam a atitude da comunidade cristã diante do perigo e da perseguição, são narradas a detenção e a libertação de Pedro, que dura a noite inteira. A força da oração incessante da Igreja eleva-se até Deus e o Senhor ouve e realiza uma libertação impensável e inesperada, enviando o seu Anjo.
A narração evoca os grandes elementos da libertação de Israel da escravidão do Egipto, a Páscoa judaica. Como aconteceu naquele evento fundamental, também aqui o gesto principal é levado a cabo pelo Anjo do Senhor, que liberta Pedro. E se as próprias acções do Apóstolo - ao qual se pede que levante depressa, ponha o cinto e cinja os rins - corroboram as do povo eleito na noite da libertação por intervenção de Deus, quando foi convidado a comer depressa o cordeiro com os rins cingidos, as sandálias aos pés, o cajado na mão, pronto para sair do país (cf. Êx 12, 11). Assim, Pedro pode exclamar: "Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo e me arrancou das mãos de Herodes" (Act 12, 11). Mas o Anjo evoca não apenas aquele da libertação de Israel do Egipto, mas também o da Ressurreição de Cristo. Com efeito, narram os Actos dos Apóstolos: "De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz, tocando-lhe no lado, e disse-lhe: "Ergue-te depressa"" (Act 12, 7). A luz que enche o espaço da prisão e o próprio gesto de acordar o apóstolo estão relacionadas com a luz libertadora da Páscoa do Senhor que vence as trevas da noite e do mal. Finalmente, o convite: "Cobre-te com a capa e segue-me" (Act 12, 8), faz ressoar no coração as palavras da chamada inicial de Jesus (cf. Mc 1, 17), repetida depois da Ressurreição no lago de Tiberíades, onde o Senhor diz duas vezes a Pedro: "Segue-me" (Jo 21, 19.22). É um convite premente ao seguimento: só vivemos a liberdade verdadeira se sairmos de nós mesmos, para nos colocarmos a caminho com o Senhor e cumprirmos a sua vontade.
Gostaria de ressaltar também outro aspecto da atitude de Pedro no cárcere; com efeito, notemos que, enquanto a comunidade cristã reza com insistência por ele, Pedro "estava a dormir" (Act 12, 6). Numa situação tão crítica e de perigo sério, é uma atitude que pode parecer estranha, mas que ao contrário denota tranquilidade e confiança; ele confia em Deus, sabe que está circundado pela solidariedade e pela oração dos seus e abandona-se totalmente nas mãos do Senhor. Assim deve ser a nossa oração: assídua, solidária com os outros, plenamente confiante em relação a Deus, que nos conhece no íntimo e cuida de nós, a tal ponto que - diz Jesus - "até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados! Não temais, pois..." (Mt 10, 30-31). Pedro vive a noite do cativeiro e da libertação do cárcere como um momento do seu seguimento do Senhor, que vence as trevas da noite e liberta da escravidão das correntes e do perigo de morte. A sua libertação é prodigiosa, caracterizada por vários trechos descritos cuidadosamente: orientado pelo Anjo, não obstante a vigilância dos guardas, atravessa o primeiro e o segundo posto de guarda, até à porta de ferro que introduz na cidade: e a porta abre-se sozinha diante deles (cf. Act 12, 10). Pedro e o Anjo do Senhor percorrem juntos uma parte do caminho até que, voltando a si, o apóstolo se dá conta de que o Senhor realmente o libertou e, depois de ter meditado, vai à casa de Maria, mãe de Marcos, onde muitos dos discípulos estão reunidos em oração; mais uma vez, a resposta da comunidade à dificuldade e ao perigo é confiar em Deus, intensificar a relação com Ele.
Aqui, parece-me útil evocar outra situação difícil, que foi vivida pela comunidade cristã das origens. Fala-nos dela São Tiago na sua Carta. Trata-se de uma comunidade em crise, em dificuldade, não tanto devido às perseguições, mas porque no seu interior há invejas e conflitos (cf. Tg 3, 14-16). E o apóstolo interroga-se acerca do motivo desta situação. Ele encontra duas razões principais: a primeira é deixar-se dominar pelas paixões, pela ditadura dos próprios desejos, pelo egoísmo (cf. Tg 4, 1-2a); a segunda é a falta de oração - "não pedis" (Tg 4, 2b) - ou a presença de uma oração que não se pode definir como tal - "Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para satisfazer os vossos prazeres" (Tg 4, 3). Segundo são Tiago, esta situação mudaria se a comunidade falasse totalmente unida com Deus, se rezasse realmente de modo assíduo e unânime. Com efeito, também o discurso sobre Deus corre o risco de perder a sua força interior e o testemunho esgota-se, se não forem animados, sustentados e acompanhados pela oração, pela continuidade de um diálogo vivo com o Senhor. Uma exortação importante inclusive para nós e para as nossas comunidades, quer pequenas, como a família, quer as mais vastas, como a paróquia, a diocese e a Igreja inteira. E isto faz-me pensar que rezavam nesta comunidade de são Tiago, mas rezaram mal, somente para satisfazer os próprios prazeres. Temos que aprender sempre de novo a rezar bem, a orar realmente, orientando-nos para Deus e não para o nosso próprio bem.
Ao contrário, a comunidade que acompanha o cativeiro de Pedro é uma comunidade que reza verdadeiramente, durante a noite inteira, unida. E a alegria que invade o coração de todos quando, inesperadamente, o apóstolo bate à porta é irreprimível. São a alegria e a admiração diante da obra de Deus que ouve. Assim, da Igreja eleva-se a oração por Pedro, e na Igreja ele volta para narrar "como o Senhor o tinha tirado da prisão" (Act 12, 17). Naquela Igreja onde ele é posto como rocha (cf. Mt 16, 18), Pedro narra a sua "Páscoa" de libertação: ele experimenta que no seguimento de Jesus encontra a liberdade verdadeira, é envolvido pela luz resplandecente da Ressurreição e por isso pode testemunhar até ao martírio que o Senhor é o Ressuscitado e "que verdadeiramente o Senhor enviou o seu anjo e o arrancou das mãos de Herodes" (Act 12, 11). O martírio que depois padecerá em Roma uni-lo-á definitivamente a Cristo, que lhe tinha dito: quando fores velho, outro te há-de levar para onde não queres, para indicar o tipo de morte com que ele havia de dar glória a Deus (cf. Jo 21, 18-19).
Caros irmãos e irmãs, o episódio da libertação de Pedro, narrado por Lucas, diz-nos que a Igreja, cada um de nós, atravessa a noite da provação, mas é a vigilância incessante da oração que nos sustém. Também eu, desde o primeiro momento da minha eleição como Sucessor de são Pedro, sempre me senti sustentado pela vossa oração, pelas preces da Igreja, principalmente nos momentos mais difíceis. Agradeço de coração. Com a oração constante e confiante, o Senhor liberta-nos das cadeias, guia-nos para atravessar qualquer noite de cativeiro que possa afligir o nosso coração, infunde-nos a serenidade do coração para enfrentar as dificuldades da vida, até a rejeição, a oposição e a perseguição. O episódio de Pedro mostra esta força da oração. E mesmo aprisionado, o apóstolo sente-se tranquilo, na certeza de que nunca está sozinho: a comunidade reza por ele, o Senhor está-lhe próximo; aliás, ele sabe que "a força de Cristo se manifesta plenamente na fraqueza" (2 Cor 12, 9). A oração constante e unânime é um instrumento precioso também para superar as provações que podem surgir ao longo do caminho da vida, porque o facto de estarmos profundamente unidos a Deus permite-nos estar também profundamente unidos aos outros. Obrigado!
No final da audiência geral, o Santo Padre saudou os vários grupos de peregrinos presentes na praça de São Pedro, pronunciando em português estas expressões.
Saúdo os grupos nomeados de Portugal e do Brasil e todos os peregrinos lusófonos presentes nesta Audiência, particularmente os sacerdotes da Diocese de Zé Doca, acompanhados de seu Bispo, D. Carlo Ellena. Assim como a oração da primeira comunidade sustentou Pedro na dificuldade, hoje também o seu Sucessor sabe que pode contar com as vossas orações. Que Deus vos abençoe. Obrigado!
(© L'Osservatore Romano - 12 de maio de 2012)
Santuário de Fátima regista aumento no número de peregrinos para participarem nas cerimónias de 12 e 13 de Maio
Fotografia do dia 13 de Maio de 2010 |
O administrador do Santuário de Fátima revelou hoje
que a instituição regista um “aumento” no número de pessoas presentes para as
celebrações anuais do 13 de maio, falando em “recorde” quanto ao total de
velas oferecidas peregrinos.
O padre
Cristiano Saraiva disse aos jornalistas que esta manhã foram queimadas “oito
toneladas” de cera, “algo que não é habitual”, destacando uma grande afluência
de peregrinos à Cova da Iria, num total superior ao verificado noutras
peregrinações internacionais de maio, o que está a ser justificado pelo facto
de as cerimónias decorrerem este ano sábado e domingo, bem como pelas boas
condições climáticas.
“Parece-nos
que há um aumento no número de peregrinos: nestes últimos dias têm chegado
bastantes grupos a pé e, esta manhã, no seu veículo”, referiu, sublinhando a
“movimentação no interior do santuário” de milhares de pessoas.
Este
responsável adianta que o local mais procurado, até ao momento, tem sido “o
sítio onde as pessoas pagam as suas promessas, onde querem fazer as suas
ofertas com as velas”.
Para o padre
Saraiva, o total da cera queimada "é fora do normal", ultrapassando
mesmo os números registados durante a visita de Bento XVI, há dois anos, mas
evita relacionar essa aumento com a situação de crise que se vive no país.
"Nós não
gostaríamos de fazer essa relação direta entre as coisas", observou.
O sacerdote
revelou ainda que o Santuário ultrapassou a sua capacidade de alojamento
gratuito para os peregrinos a pé, disponibilizando a 1700 pessoas dormida, uma
refeição ligeira e banho.
O Santuário de
Fátima anunciou até ao momento a presença de 121 grupos organizados, oriundos
de Portugal e outros 26 países.
A Guarda
Nacional Republicana (GNR) adiantou, em comunicado, que os parques a norte do
santuário estão completamente ocupados e que os locais de estacionamento, a
sul, têm uma ocupação entre 85% a 60%.
“Verifica-se
uma grande afluência de peregrinos na ordem dos milhares, que circulam nos
itinerários de acesso ao Santuário de Fátima”, refere ainda a instituição, em
comunicado.
Ao início da
tarde, o trânsito na A1 decorria de forma normal e o tráfego era considerado
"pouco intenso" pela GNR.
A peregrinação
internacional é este ano presidida pelo cardeal italiano D. Gianfranco Ravasi,
responsável máximo pelo Conselho Pontifício para a Cultura, organismo da Santa
Sé, e tem como tema ‘Eis a serva do Senhor’.
De acordo com
o testemunho das três crianças conhecidas como Pastorinhos de Fátima (Lúcia,
Francisco e Jacinta), confirmado pela Igreja Católica, ocorreram seis aparições
da Virgem Maria na Cova da Iria e imediações (Distrito de Santarém, Diocese de
Leiria-Fátima), uma em cada mês, entre maio e outubro de 1917.
OC
Agência Ecclesia
Imitação de Cristo, 1, 25, 2-1
Espera no Senhor e faze boas obras, diz o profeta, habita na terra e serás apascentado com suas riquezas (Sl 36,3). Há uma coisa que esfria em muitos o fervor do progresso e zelo da emenda: o horror da dificuldade ou o trabalho da peleja. Certo é que, mais que os outros, aproveitam nas virtudes aqueles que com maior empenho se esmeram em vencer a si mesmos naquilo que lhes é mais penoso e contrariam mais suas inclinações. Porque tanto mais aproveita o homem, e mais copiosa graça merece, quanto mais se vence a si mesmo e se mortifica no espírito.
Porque é que nós, homens, nos entristecemos?
"Bem-aventurada, porque acreditaste!", diz Isabel à nossa Mãe. A união com Deus, a vida sobrenatural, vai sempre unida à prática atraente das virtudes humanas: porque "leva" Cristo, Maria leva a alegria ao lar de sua prima. (São Josemaría Escrivá - Sulco, 566)
Não deis o mínimo crédito aos que apresentam a virtude da humildade como um amesquinhamento humano ou como uma condenação perpétua à tristeza. Sentir-se barro, recomposto com gatos, é fonte contínua de alegria; significa reconhecer-se pouca coisa diante de Deus: criança, filho. E haverá maior alegria do que a daquele que, sabendo-se pobre e débil, se sabe também filho de Deus? Porque é que nós, homens, nos entristecemos? Porque a vida na terra, não se passa como nós, pessoalmente, esperávamos e porque surgem obstáculos que impedem ou dificultam a satisfação do que pretendemos.
Nada disto acontece quando a alma vive essa realidade sobrenatural da sua filiação divina. Se Deus é por nós, quem será contra nós. Que estejam tristes os que se empenham em não se reconhecerem filhos de Deus, tenho eu repetido sempre. (São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 108)
«Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a Minha alegria»
Paulo VI, papa de 1963-1978
Exortação apostólica «Gaudete in domino» sobre a alegria cristã, § 4
Durante vinte séculos, a fonte da alegria espiritual não deixou de fluir na Igreja, e em especial no coração dos santos. [...] Na vida dos membros da Igreja, a sua participação na alegria do Senhor é inseparável da celebração do mistério eucarístico, onde são alimentados e saciados pelo Seu corpo e pelo Seu sangue. Porque neste sacramento, sustentados como viajantes no caminho da eternidade, recebem já os primeiros frutos da alegria do fim dos tempos.
A partir desta perspectiva, a alegria ampla e profunda que é derramada já neste mundo no coração dos verdadeiros crentes revela-se «transbordante», como a vida e o amor do qual é justamente sinal. A alegria é o resultado de uma comunhão entre o homem e Deus, e aspira a uma comunhão cada vez mais universal; a alegria não pode incitar aqueles que a experimentam a uma atitude de auto-absorção. Ela dá ao coração uma abertura universal ao mundo, ao mesmo tempo que o alimenta com o desejo de experimentar os bens eternos. [...]
A alegria faz com que os cristãos se orientem fervorosamente para a consumação celeste das núpcias do Cordeiro (Ap 19.7), permanecendo serenamente distendida entre o tempo das fadigas da terra e a paz da morada eterna, de acordo com a lei da gravitação do Espírito: «Se já agora, tendo recebido essa garantia dos dons do Espírito (2Cor 5,5), clamamos 'Abba, Pai' (Gal 4,6), o que não será quando, ressuscitados, O virmos face a face (1Cor 13,12), quando todos os membros do Corpo de Cristo irromperem num hino de alegria, glorificando Aquele que os ressuscitou de entre os mortos e lhes deu o dom da vida eterna? [...] O que não fará toda a graça do Espírito, finalmente dada aos homens por Deus? Tornar-nos-á semelhantes a Ele e dará efeito à vontade do Pai, porque tornará o homem à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26)» (Ireneu de Lião). Neste mundo, os santos oferecem-nos já um vislumbre dessa semelhança.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 13 de Maio de 2012
Como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no Meu amor. Se observardes os Meus preceitos, permanecereis no Meu amor, como Eu observei os preceitos de Meu Pai e permaneço no Seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a Minha alegria esteja em vós e para que a vossa alegria seja completa. «O Meu preceito é este: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos. Vós sois Meus amigos se fizerdes o que vos mando. Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi, e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda. Isto vos mando: Amai-vos uns aos outros.
Jo 15, 9-17
Jo 15, 9-17
Os Santos na sua simplicidade e vida são a catequese viva mais eficaz
O Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, disse
que os Santos são a "catequese viva mais eficaz que Deus mesmo oferece a
seu povo". Assim o indicou na homilia da Missa de inauguração do Congresso Internacional sobre
Catequese, titulado "Iniciação cristã e nova evangelização".
Na Eucaristia que celebrou no dia 8 de maio, o Cardeal disse que a tarefa da catequese é "vencer o analfabetismo religioso, ensinar o que Deus nos falou! Sem deixar-se paralisar pelas intermináveis perguntas metodológicas!".
Depois de recordar aos participantes do Congresso o que o Papa Bento XVI falou no início da Quaresma num encontro com os sacerdotes de Roma, o Cardeal destacou que "os problemas metodológicos, queridos amigos, são superados longamente pelos Santos que, com sua simplicidade e vida, são a catequese viva mais eficaz que Deus mesmo oferece a seu povo".
No evento promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa, o Cardeal Piacenza referiu-se ao Ano da Fé que o Papa convocou a partir de outubro deste ano, quando se cumprem 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos da promulgação do Catecismo da Igreja Católica.
Sobre a "abertura da porta da fé aos pagãos" da que fala a leitura dos Atos dos Apóstolos na liturgia de hoje, o Cardeal disse que "é antes de tudo tarefa de Deus mesmo! Se perdermos de vista este ‘primado’ da Obra de Deus, qualquer esforço que fizermos estará destinado a não dar os frutos esperados".
"É Deus quem abre a porta da fé a nossos irmãos e o faz, antes de tudo, através do seu Filho Unigénito. Ele é a ‘porta das ovelhas’, via universal e única de salvação para todos os homens".
O Prefeito da Congregação para o Clero disse depois que para esta tarefa da catequese é necessária a cooperação livre do ser humano, alentada pela graça de Deus, para promover a tarefa da nova evangelização.
"Por um lado a catequese deve colaborar com o Senhor a ‘abrir a porta da fé’, mostrando de modo profundamente razoável e humanamente, inclusive afetivamente, receptivo, a grande possibilidade da vida, do significado e cumprimento que Deus oferece aos homens", disse o Cardeal.
Assim a perspectiva humana "poderá resultar fascinante" e vai alentar a que a catequese "sustente a inteligência da fé, através do conhecimento da Revelação, já seja em seus aspectos relacionais ou naqueles mais tipicamente doutrinais".
O Prefeito disse também que "devemos reconhecer que a vida moral, dentro ou fora do nível eclesial, foi terrivelmente debilitada por uma catequese insuficiente, por uma formação incapaz, talvez, fruto da exigência do Evangelho e de mostrar, na experiência existencial concreta, como elas são extraordinariamente humanizantes. Certamente tudo isto não é culpa do concílio!"
Na Eucaristia que celebrou no dia 8 de maio, o Cardeal disse que a tarefa da catequese é "vencer o analfabetismo religioso, ensinar o que Deus nos falou! Sem deixar-se paralisar pelas intermináveis perguntas metodológicas!".
Depois de recordar aos participantes do Congresso o que o Papa Bento XVI falou no início da Quaresma num encontro com os sacerdotes de Roma, o Cardeal destacou que "os problemas metodológicos, queridos amigos, são superados longamente pelos Santos que, com sua simplicidade e vida, são a catequese viva mais eficaz que Deus mesmo oferece a seu povo".
No evento promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa, o Cardeal Piacenza referiu-se ao Ano da Fé que o Papa convocou a partir de outubro deste ano, quando se cumprem 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos da promulgação do Catecismo da Igreja Católica.
Sobre a "abertura da porta da fé aos pagãos" da que fala a leitura dos Atos dos Apóstolos na liturgia de hoje, o Cardeal disse que "é antes de tudo tarefa de Deus mesmo! Se perdermos de vista este ‘primado’ da Obra de Deus, qualquer esforço que fizermos estará destinado a não dar os frutos esperados".
"É Deus quem abre a porta da fé a nossos irmãos e o faz, antes de tudo, através do seu Filho Unigénito. Ele é a ‘porta das ovelhas’, via universal e única de salvação para todos os homens".
O Prefeito da Congregação para o Clero disse depois que para esta tarefa da catequese é necessária a cooperação livre do ser humano, alentada pela graça de Deus, para promover a tarefa da nova evangelização.
"Por um lado a catequese deve colaborar com o Senhor a ‘abrir a porta da fé’, mostrando de modo profundamente razoável e humanamente, inclusive afetivamente, receptivo, a grande possibilidade da vida, do significado e cumprimento que Deus oferece aos homens", disse o Cardeal.
Assim a perspectiva humana "poderá resultar fascinante" e vai alentar a que a catequese "sustente a inteligência da fé, através do conhecimento da Revelação, já seja em seus aspectos relacionais ou naqueles mais tipicamente doutrinais".
O Prefeito disse também que "devemos reconhecer que a vida moral, dentro ou fora do nível eclesial, foi terrivelmente debilitada por uma catequese insuficiente, por uma formação incapaz, talvez, fruto da exigência do Evangelho e de mostrar, na experiência existencial concreta, como elas são extraordinariamente humanizantes. Certamente tudo isto não é culpa do concílio!"
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação
de JPR)
Santuário de Fátima, a sala de estar dos portugueses e de todos os que o visitam
Ao seu principal significado ‘lugar de santo e de culto’, permito-me aproveitar um outro de cariz ecológica ‘área protegida’, dando-lhe, no entanto, o sentido de local seguro aonde nos recolhemos procurando a protecção Divina por intercessão de Nossa Senhora.
Recordo-me uma vez e em resposta a uma interpelação de um Sacerdote italiano lhe haver respondido, que o recinto do Santuário era a ‘sala de estar’ dos portugueses, ali sentíamo-nos em casa.
JPR
«Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste de teu coração».
(São Bernardo de Claraval – França – 1090/1153)
Recordo-me uma vez e em resposta a uma interpelação de um Sacerdote italiano lhe haver respondido, que o recinto do Santuário era a ‘sala de estar’ dos portugueses, ali sentíamo-nos em casa.
JPR
«Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste de teu coração».
(São Bernardo de Claraval – França – 1090/1153)
«Não vindes do mundo, pois fui Eu que vos escolhi do meio do mundo»
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (norte de África) e Doutor da Igreja
Todos os bons e fiéis cristãos, mas sobretudo os gloriosos mártires, dirão: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?» (Rm 8,31). O mundo contra eles gritava, as nações faziam planos insensatos, os príncipes conspiravam juntos (Sl 2,1); inventavam novos tormentos e imaginavam suplícios incríveis a que submetê-los. Oprimiam-nos cobrindo-os de opróbrio e de falsas acusações, encerravam-nos em cárceres insuportáveis, torturavam-lhes a carne com unhas de ferro, massacravam-nos a golpes de espada, expunham-nos às feras, abandonavam-nos às chamas, e estes mártires de Cristo exclamavam: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?»
O mundo inteiro está contra vós, e dizeis: «Quem pode estar contra nós?» Mas os mártires respondem-nos: «Que significa para nós o mundo inteiro, quando morremos por Aquele por Quem o mundo foi feito?» Que estes mártires o digam, então, e que o reiterem, e que nós os escutemos, dizendo com eles: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?» Podem descarregar a sua fúria, injuriar-nos, acusar-nos injustamente, cobrir-nos de calúnias; podem não só matar como torturar. Que farão os mártires? Repetirão: «Mas Deus é o meu auxílio, o Senhor é Quem conserva a minha vida» (Sl 53, 6). [...] Ora, se o Senhor é Quem conserva a minha vida e Quem dá força à minha alma, em que poderá o mundo fazer-me mal? [...] É também Ele quem restabelecerá o meu corpo. [...] «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados» (Lc 12, 7). [...] Digamos portanto, digamos com fé, com esperança, com um coração ardendo de caridade: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?»
Todos os bons e fiéis cristãos, mas sobretudo os gloriosos mártires, dirão: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?» (Rm 8,31). O mundo contra eles gritava, as nações faziam planos insensatos, os príncipes conspiravam juntos (Sl 2,1); inventavam novos tormentos e imaginavam suplícios incríveis a que submetê-los. Oprimiam-nos cobrindo-os de opróbrio e de falsas acusações, encerravam-nos em cárceres insuportáveis, torturavam-lhes a carne com unhas de ferro, massacravam-nos a golpes de espada, expunham-nos às feras, abandonavam-nos às chamas, e estes mártires de Cristo exclamavam: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?»
O mundo inteiro está contra vós, e dizeis: «Quem pode estar contra nós?» Mas os mártires respondem-nos: «Que significa para nós o mundo inteiro, quando morremos por Aquele por Quem o mundo foi feito?» Que estes mártires o digam, então, e que o reiterem, e que nós os escutemos, dizendo com eles: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?» Podem descarregar a sua fúria, injuriar-nos, acusar-nos injustamente, cobrir-nos de calúnias; podem não só matar como torturar. Que farão os mártires? Repetirão: «Mas Deus é o meu auxílio, o Senhor é Quem conserva a minha vida» (Sl 53, 6). [...] Ora, se o Senhor é Quem conserva a minha vida e Quem dá força à minha alma, em que poderá o mundo fazer-me mal? [...] É também Ele quem restabelecerá o meu corpo. [...] «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados» (Lc 12, 7). [...] Digamos portanto, digamos com fé, com esperança, com um coração ardendo de caridade: «Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?»
«Não vindes do mundo, pois fui Eu que vos escolhi do meio do mundo»
Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria, doutor da Igreja
Sobre a Encarnação do Verbo, 27-29; PG 25,143; SC 199
A morte, uma vez vencida pelo Salvador e fixada na cruz como que num pelourinho, será pisada por todos os que caminham em Cristo. Prestando homenagem a Cristo, estes zombam da morte, não lhe dão importância e repetem o que foi escrito sobre ela: «Morte, onde está a tua vitória? Inferno, onde está o teu ferrão?» (1Co 15,55; Os 13,14). [...] Será uma fraca demonstração da vitória obtida pelo Salvador sobre ela que os cristãos, crianças e raparigas, desprezem a vida presente e se preparem para morrer em vez de renegarem a sua fé? O homem teme naturalmente a morte e a dissolução do seu corpo; mas, coisa extraordinária, aquele que se revestiu da fé na cruz despreza este sentimento natural e, por Cristo, já não teme a morte. [...]
Se a morte, outrora tão forte e por isso mesmo tão temível, é agora desprezada após a vinda do Salvador, após a Sua morte corporal e a Sua ressurreição, é evidente que foi por Cristo na cruz que ela foi aniquilada e vencida. Quando, depois da noite, o Sol aparece e ilumina toda a superfície da terra, não há qualquer dúvida de que o sol que espalha a sua luz por todo o lado é o mesmo que afugentou as trevas e tudo iluminou. Assim, [...] é evidente que o Salvador manifestado no Seu corpo é precisamente Aquele que destruiu a morte e que todos os dias demonstra a Sua vitória sobre ela nos Seus discípulos. [...] Quando vemos homens, mulheres e crianças correrem a lançar-se para a morte pela fé em Cristo, quem seria tão tolo, quem seria tão incrédulo, quem seria tão cego que não compreendesse e pensasse que é Cristo, a Quem esses homens prestam homenagem, que consegue e dá a cada um a vitória sobre a morte, ao destruir o poder desta em todos os que têm fé n'Ele e ostentam o sinal da Sua cruz?
(Fonte Evangelho Quotidiano)
Sobre a Encarnação do Verbo, 27-29; PG 25,143; SC 199
A morte, uma vez vencida pelo Salvador e fixada na cruz como que num pelourinho, será pisada por todos os que caminham em Cristo. Prestando homenagem a Cristo, estes zombam da morte, não lhe dão importância e repetem o que foi escrito sobre ela: «Morte, onde está a tua vitória? Inferno, onde está o teu ferrão?» (1Co 15,55; Os 13,14). [...] Será uma fraca demonstração da vitória obtida pelo Salvador sobre ela que os cristãos, crianças e raparigas, desprezem a vida presente e se preparem para morrer em vez de renegarem a sua fé? O homem teme naturalmente a morte e a dissolução do seu corpo; mas, coisa extraordinária, aquele que se revestiu da fé na cruz despreza este sentimento natural e, por Cristo, já não teme a morte. [...]
Se a morte, outrora tão forte e por isso mesmo tão temível, é agora desprezada após a vinda do Salvador, após a Sua morte corporal e a Sua ressurreição, é evidente que foi por Cristo na cruz que ela foi aniquilada e vencida. Quando, depois da noite, o Sol aparece e ilumina toda a superfície da terra, não há qualquer dúvida de que o sol que espalha a sua luz por todo o lado é o mesmo que afugentou as trevas e tudo iluminou. Assim, [...] é evidente que o Salvador manifestado no Seu corpo é precisamente Aquele que destruiu a morte e que todos os dias demonstra a Sua vitória sobre ela nos Seus discípulos. [...] Quando vemos homens, mulheres e crianças correrem a lançar-se para a morte pela fé em Cristo, quem seria tão tolo, quem seria tão incrédulo, quem seria tão cego que não compreendesse e pensasse que é Cristo, a Quem esses homens prestam homenagem, que consegue e dá a cada um a vitória sobre a morte, ao destruir o poder desta em todos os que têm fé n'Ele e ostentam o sinal da Sua cruz?
(Fonte Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 12 de Maio de 2012
«Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim. Se fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos aborrece. Lembrai-vos da palavra que Eu vos disse: Não é o servo maior do que o senhor. Se eles Me perseguiram a Mim, também vos hão-de perseguir a vós; se guardaram a Minha palavra, também hão-de guardar a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do Meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou.
Jo 15, 18-21
Jo 15, 18-21
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