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segunda-feira, 14 de maio de 2012
As Prelaturas Pessoais
Ultimamente, o tema das prelaturas pessoais voltou a estar na ordem do dia, constituindo, por isso, uma oportunidade de fazer algumas perguntas ao Prof. Eduardo Baura, Professor de Direito Canónico na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, a fim de compreender melhor esta figura jurídica da Igreja Católica.
As Prelaturas pessoais dependem diretamente do Papa?
As Prelaturas pessoais são regidas por um prelado investido do poder de governo mas, sob a jurisdição suprema do Papa. Dependem do Papa do mesmo modo que as dioceses ou outras circunscrições eclesiásticas, através da Congregação para os Bispos ou, se for caso disso, da Congregação para a Evangelização dos Povos.
As Prelaturas pessoais são independentes dos Bispos?
Dependem, do mesmo modo que dependem todas as circunscrições, do Ordinário que as governa. As Prelaturas não substituem a autoridade dos bispos diocesanos, são uma ajuda adicional às suas atividades pastorais. Os fiéis das prelaturas pessoais continuam a fazer parte das igrejas locais ou das dioceses onde têm o seu domicílio e por conseguinte, estão sujeitos à autoridade dos bispos locais, da mesma forma que todos os outros fiéis. Antes de iniciar a atividade numa diocese a Prelatura deve obter o consentimento do respetivo Bispo diocesano.
Que significa o adjetivo "pessoal"?
Usa-se o termo “pessoal” por contraposição a “territorial”. Territoriais são, por exemplo, as dioceses, que estão delimitadas por um território, a que pertencem os fiéis que residem nesse local. No caso das prelaturas pessoais, o âmbito da jurisdição e da missão é determinado segundo um critério pessoal isto é, de acordo com o tipo de pessoas a quem se dirige. Por exemplo, no caso dos Ordinariatos Castrenses (de que fazem parte os membros das forças armadas, independentemente do local onde residem); acontece também nos ordinariatos pessoais (como os dos anglicanos cujo povo é formado por fiéis vindos do anglicanismo que livremente tenham querido fazer parte dos mesmos) e na prelatura pessoal do Opus Dei (de que fazem parte fiéis de todo o mundo e de diferentes condições; une-os o desejo de viver e difundir o chamamento universal à santidade na vida corrente).
Para que servem as Prelaturas pessoais?
As Prelaturas pessoais são circunscrições eclesiásticas, previstas pelo Concílio Vaticano II e pelo Código de Direito Canónico, para desenvolver, com grande flexibilidade, atividades pastorais particulares, úteis aos fiéis de diferentes dioceses. Constituem uma das formas de organização da Igreja para desenvolver a sua missão e responder às necessidades pastorais que dificilmente uma diocese pode realizar. Uma prelatura pessoal pode assumir o cuidado de fiéis que não se identificam com o critério territorial mas, com o critério pessoal (por exemplo pertencer a uma categoria profissional, pertencer a uma determinada nação ou língua, optar por receber uma formação específica ou por outras razões).
Para quem quiser aprofundar o tema das prelaturas pessoais, recomenda-se a entrevista com o então Secretário da Congregação para os Bispos, D. Francesco Monterisi, atualmente Cardeal Arcipreste da Basílica de São Paulo Extramuros: www.opusdei.pt/art.php?p=25174
As Prelaturas pessoais dependem diretamente do Papa?
As Prelaturas pessoais são regidas por um prelado investido do poder de governo mas, sob a jurisdição suprema do Papa. Dependem do Papa do mesmo modo que as dioceses ou outras circunscrições eclesiásticas, através da Congregação para os Bispos ou, se for caso disso, da Congregação para a Evangelização dos Povos.
As Prelaturas pessoais são independentes dos Bispos?
Dependem, do mesmo modo que dependem todas as circunscrições, do Ordinário que as governa. As Prelaturas não substituem a autoridade dos bispos diocesanos, são uma ajuda adicional às suas atividades pastorais. Os fiéis das prelaturas pessoais continuam a fazer parte das igrejas locais ou das dioceses onde têm o seu domicílio e por conseguinte, estão sujeitos à autoridade dos bispos locais, da mesma forma que todos os outros fiéis. Antes de iniciar a atividade numa diocese a Prelatura deve obter o consentimento do respetivo Bispo diocesano.
Que significa o adjetivo "pessoal"?
Usa-se o termo “pessoal” por contraposição a “territorial”. Territoriais são, por exemplo, as dioceses, que estão delimitadas por um território, a que pertencem os fiéis que residem nesse local. No caso das prelaturas pessoais, o âmbito da jurisdição e da missão é determinado segundo um critério pessoal isto é, de acordo com o tipo de pessoas a quem se dirige. Por exemplo, no caso dos Ordinariatos Castrenses (de que fazem parte os membros das forças armadas, independentemente do local onde residem); acontece também nos ordinariatos pessoais (como os dos anglicanos cujo povo é formado por fiéis vindos do anglicanismo que livremente tenham querido fazer parte dos mesmos) e na prelatura pessoal do Opus Dei (de que fazem parte fiéis de todo o mundo e de diferentes condições; une-os o desejo de viver e difundir o chamamento universal à santidade na vida corrente).
Para que servem as Prelaturas pessoais?
As Prelaturas pessoais são circunscrições eclesiásticas, previstas pelo Concílio Vaticano II e pelo Código de Direito Canónico, para desenvolver, com grande flexibilidade, atividades pastorais particulares, úteis aos fiéis de diferentes dioceses. Constituem uma das formas de organização da Igreja para desenvolver a sua missão e responder às necessidades pastorais que dificilmente uma diocese pode realizar. Uma prelatura pessoal pode assumir o cuidado de fiéis que não se identificam com o critério territorial mas, com o critério pessoal (por exemplo pertencer a uma categoria profissional, pertencer a uma determinada nação ou língua, optar por receber uma formação específica ou por outras razões).
Para quem quiser aprofundar o tema das prelaturas pessoais, recomenda-se a entrevista com o então Secretário da Congregação para os Bispos, D. Francesco Monterisi, atualmente Cardeal Arcipreste da Basílica de São Paulo Extramuros: www.opusdei.pt/art.php?p=25174
Imitação de Cristo, 1, 25, 2-3
Procura tirar proveito de tudo: se vês ou ouves relatar bons exemplos, anima-te logo a imitá-los; mas, se reparares em alguma coisa repreensível, guarda-te de fazê-la, e, se em igual falta caíste, procura emendar-te logo dela. Assim como tu observas os outros, também eles te observam a ti. Que alegria e gosto ver irmãos cheios de fervor e piedade, bem acostumados e morigerados! Que tristeza, porém, e aflição, vê-los andar desnorteados e descuidados dos exercícios de sua vocação! Que prejuízo descurar os deveres do estado e aplicar-se ao que Deus não exige!
Auxílio dos cristãos
"Auxilium
christianorum!", Auxílio dos cristãos!, reza com plena segurança a
ladainha loretana. Já experimentaste repetir essa jaculatória nos teus transes
difíceis? Se o fizeres com fé, com ternura de filha ou de filho, verificarás a
eficácia da intercessão da tua Mãe Santa Maria, que te levará à vitória.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 180)
É a hora de recorreres à tua Mãe bendita do Céu, para que te acolha nos seus
braços e te consiga do seu Filho um olhar de misericórdia. E procura depois
fazer propósitos concretos: corta de uma vez, ainda que custe, esse pormenor
que estorva e que é bem conhecido de Deus e de ti. A soberba, a sensualidade, a
falta de sentido sobrenatural aliar-se-ão para te sussurrarem: isso? Mas se se
trata de uma circunstância tonta, insignificante! Tu responde, sem dialogar
mais com a tentação: entregar-me-ei também nessa exigência divina! E não te faltará
razão: o amor demonstra-se especialmente em coisas pequenas. Normalmente, os
sacrifícios que o Senhor nos pede, os mais árduos, são minúsculos, mas tão
contínuos e valiosos como o bater do coração.
Quantas mães conheceste como protagonistas de um acto heróico, extraordinário?
Poucas, muito poucas. E contudo, mães heróicas, verdadeiramente heróicas, que
não aparecem como figuras de nada espectacular, que nunca serão notícia – como
se diz – tu e eu conhecemos muitas: vivem sacrificando-se a toda a hora, renunciando
com alegria aos seus gostos e passatempos pessoais, ao seu tempo, às suas
possibilidades de afirmação ou de êxito, para encher de felicidade os dias dos
seus filhos. (São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 134)
A melhor escola do mundo para formação de executivos, segundo o FT, é a espanhola IESE (Associada da AESE em Portugal)
A melhor escola do mundo para formação de executivos,
segundo o FT, é a espanhola IESE (Associada
da AESE em Portugal) que subiu da 3ª posição, o ano passado, destronando do
primeiro lugar a HECParis, que foi
relegada para 2º lugar. Na terceira posição surge a suíça IMD, que estava em 4º, em 2011. Oterceiro lugar, do ano passado,
pertencia à norte-americana Harvard
Business School, que desceu para o 4º.
Assim, a Europa consegue, em 2012, dominar os três
primeiros lugares do ‘ranking' do FT. Aliás, nas dez primeiras posições, seis
escolas são europeias (duas espanholas, duas francesas, uma suíça e uma
britânica), três são norte-americanas, e uma é brasileira, a Fundação Dom
Cabral, em 8º, que tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos.
Algumas destas escolas de topo têm vindo a alargar a
sua actuação à Ásia, mais concretamente a Singapura, fazendo com que este
mercado ganhe peso. É o caso da francesa INSEAD
(10º lugar), da norte-americana Center
for Creative Leadership (6º), da Universidade de Chicago e da francesa Essec, que abriram portas neste país. Odestaque
que a Ásia está a ganhar na economia, está a reflectir-se na área do ensino,
concretamente na formação dos executivos.
(Fonte: ‘Diário Económico’ online)
No cinquentenário do IESE o Prelado do Opus Dei recorda os seus
começos num artigo em que destaca o "afã de serviço" à sociedade que
move esta instituição.
A minha
primeira reacção, ao recordar que se cumprem cinquenta anos da fundação do
IESE, foi de profunda gratidão a Deus pelas graças que derramou sobre muitas
pessoas, servindo-Se deste centro universitário.
Recordo, além disso, o entusiasmo sobrenatural e humano de São Josemaria Escrivá de Balaguer quando impulsionou esta iniciativa. Estava consciente do bem que o IESE, inspirado pelo espírito do Evangelho, poderia levar á sociedade. Ao promover o seu começo, contemplava antecipadamente o desenvolvimento que, com o tempo, havia de alcançar uma instituição de elevado nível profissional, dedicada à formação e ao aperfeiçoamento de empresários e de executivos, que, no núcleo da sua missão, incluísse um claro afã de serviço e a vontade de dar ao seu trabalho uma orientação plenamente cristã e, portanto, verdadeiramente humana.
Recordo, além disso, o entusiasmo sobrenatural e humano de São Josemaria Escrivá de Balaguer quando impulsionou esta iniciativa. Estava consciente do bem que o IESE, inspirado pelo espírito do Evangelho, poderia levar á sociedade. Ao promover o seu começo, contemplava antecipadamente o desenvolvimento que, com o tempo, havia de alcançar uma instituição de elevado nível profissional, dedicada à formação e ao aperfeiçoamento de empresários e de executivos, que, no núcleo da sua missão, incluísse um claro afã de serviço e a vontade de dar ao seu trabalho uma orientação plenamente cristã e, portanto, verdadeiramente humana.
(Fonte: site do Opus Dei-Portugal AQUI)
'A MÃE' por Joaquim Mexia Alves
Seguia cabisbaixo para casa.
As coisas não estavam a correr lá muito bem neste inicio de semana!
Tinha na mochila um teste com uma negativa muito “feia” e já receava pelas consequências desse facto.
Nos últimos tempos o seu comportamento na escola e as suas notas deixavam muito a desejar, e o seu pai já cansado de tanto o avisar tinha-lhe dito da última vez que tinha trazido para casa uma nota baixa:
«Aparece-me em casa com outra negativa e nem sabes o que te faço!»
E ele não era para brincadeiras!
Era justo nos castigos que dava, mas tinha a mão pesada.
Não que lhe batesse, mas os castigos que dava eram sempre muito penosos de cumprir.
Ainda para mais, no fim de semana depois da Catequese, tinha tido aquela discussão estúpida com eles!
É pá, ele não compreendia aquela história da Virgem Maria, da Mãe do Céu, como Lhe chamavam!
Se havia Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e já eram orações que chegassem, para quê agora também Maria a Mãe de Jesus!
E tinha sido malcriado a ponto do pai se irritar e o mandar calar já de mão aberta!
Chegou à porta de casa e entrou em silêncio, dizendo apenas um, “boa tarde mãe”, e escapuliu-se para o quarto.
Tinha de pensar numa maneira de resolver as coisas com um mínimo de problemas.
A mãe entrou no quarto e perguntou-lhe o que se passava, pois não tinha ido dar-lhe um beijo como fazia sempre que chegava a casa.
Disse-lhe que não, que estava tudo bem, mas ela sentou-se a seu lado e disse-lhe:
«Eu conheço-te. A mim não podes mentir. Passa-se alguma coisa contigo.»
Ele pensou rapidamente e chegou á conclusão que se havia alguém que acalmasse o pai quando lhe desse as noticias, era de certeza a mãe.
Cabeça baixa, disse quase em surdina:
«Ó mãe, tive outra negativa.»
Ela pegou-lhe na cara e fê-lo olhá-la nos seus olhos.
Os olhos dela estavam tristes, mas cheios de uma ternura imensa, de tal modo que não resistiu e umas lágrimas correram-lhe pela cara.
Antes que ela dissesse alguma coisa, ele começou a falar com a voz embargada:
«Ó mãe, eu não sei o que se passa comigo! Quero portar-me bem, quero estudar, quero agradar-vos e só faço asneiras! Ajuda-me mãe!»
Ela olhou-o mais uma vez e disse com voz terna:
«Meu filho eu amo-te muito e estou aqui para te ajudar. Conta-me tudo e vamos arranjar uma maneira de encontrares um caminho diferente daquele que estás a seguir».
Abriu o coração à sua mãe e disse tudo o que lhe veio à cabeça, das suas dificuldades, das amizades não muito boas, do despertar da adolescência, de todas as coisas que parecia o impeliam a não ser aquilo que ele até gostaria de ser.
Ela ouvia-o cheia de atenção, enquanto ternamente lhe passava as mãos pelo cabelo.
«Eu compreendo-te meu filho e se confiares em mim, se me fores contando o que se vai passando na tua vida, eu ir-te-ei ajudando a corrigires comportamentos, a descobrires caminho.»
Agradecido pela sua mãe tão compreensiva, não esqueceu no entanto que ainda tinha de “enfrentar” o pai e disse pegando-lhe nas mãos:
«E o pai, mãe? E o pai?»
Ela fazendo-lhe uma festa, respondeu:
«Não te preocupes, eu falo com ele. Claro vais ter um castigo, mas eu vou dizer-lhe que já falaste comigo, que estás arrependido, que prometeste portar-te bem e que eu confio em ti. Vais ver que te vai ralhar certamente, mas como ele sabe que eu tomo conta de ti e confia em mim, vai dar-te um castigo com certeza, mas vai ficar à espera da tua mudança de vida».
Olhou-a profundamente nos olhos, agarrou-se a ela cheio de ternura agradecida e disse-lhe ao ouvido:
«Ó mãe, obrigado. O que é que eu faria sem ti, sem o teu amor, sem os teus conselhos, sem a tua ajuda junto do pai?»
Ela levantou-se e saiu do quarto com um sorriso.
Aquele sorriso que as mães têm quando sentem os filhos perto delas.
O resto foi mais fácil.
O pai chegou, a mãe falou com ele e depois foi chamá-lo ao quarto para falar com o pai:
«A tua mãe já falou comigo. Estou triste meu filho pelo modo como te comportaste, mas ao mesmo tempo contente pela conversa que tiveste com a tua mãe e as promessas que lhe fizeste, que nos fizeste. Vais ficar de castigo, mas eu confio que de agora em diante tudo vai melhorar. Agora dá-me um beijo e podes ir.»
Tranquilo deu um beijo ao pai, e quando ia a sair da sala ele chamou-o novamente dizendo-lhe:
«Percebes agora como nos faz falta a Virgem Maria, a Mãe de Jesus, a Mãe do Céu?»
Monte Real, 13 de Maio de 2008
Joaquim Mexia Alves
As coisas não estavam a correr lá muito bem neste inicio de semana!
Tinha na mochila um teste com uma negativa muito “feia” e já receava pelas consequências desse facto.
Nos últimos tempos o seu comportamento na escola e as suas notas deixavam muito a desejar, e o seu pai já cansado de tanto o avisar tinha-lhe dito da última vez que tinha trazido para casa uma nota baixa:
«Aparece-me em casa com outra negativa e nem sabes o que te faço!»
E ele não era para brincadeiras!
Era justo nos castigos que dava, mas tinha a mão pesada.
Não que lhe batesse, mas os castigos que dava eram sempre muito penosos de cumprir.
Ainda para mais, no fim de semana depois da Catequese, tinha tido aquela discussão estúpida com eles!
É pá, ele não compreendia aquela história da Virgem Maria, da Mãe do Céu, como Lhe chamavam!
Se havia Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e já eram orações que chegassem, para quê agora também Maria a Mãe de Jesus!
E tinha sido malcriado a ponto do pai se irritar e o mandar calar já de mão aberta!
Chegou à porta de casa e entrou em silêncio, dizendo apenas um, “boa tarde mãe”, e escapuliu-se para o quarto.
Tinha de pensar numa maneira de resolver as coisas com um mínimo de problemas.
A mãe entrou no quarto e perguntou-lhe o que se passava, pois não tinha ido dar-lhe um beijo como fazia sempre que chegava a casa.
Disse-lhe que não, que estava tudo bem, mas ela sentou-se a seu lado e disse-lhe:
«Eu conheço-te. A mim não podes mentir. Passa-se alguma coisa contigo.»
Ele pensou rapidamente e chegou á conclusão que se havia alguém que acalmasse o pai quando lhe desse as noticias, era de certeza a mãe.
Cabeça baixa, disse quase em surdina:
«Ó mãe, tive outra negativa.»
Ela pegou-lhe na cara e fê-lo olhá-la nos seus olhos.
Os olhos dela estavam tristes, mas cheios de uma ternura imensa, de tal modo que não resistiu e umas lágrimas correram-lhe pela cara.
Antes que ela dissesse alguma coisa, ele começou a falar com a voz embargada:
«Ó mãe, eu não sei o que se passa comigo! Quero portar-me bem, quero estudar, quero agradar-vos e só faço asneiras! Ajuda-me mãe!»
Ela olhou-o mais uma vez e disse com voz terna:
«Meu filho eu amo-te muito e estou aqui para te ajudar. Conta-me tudo e vamos arranjar uma maneira de encontrares um caminho diferente daquele que estás a seguir».
Abriu o coração à sua mãe e disse tudo o que lhe veio à cabeça, das suas dificuldades, das amizades não muito boas, do despertar da adolescência, de todas as coisas que parecia o impeliam a não ser aquilo que ele até gostaria de ser.
Ela ouvia-o cheia de atenção, enquanto ternamente lhe passava as mãos pelo cabelo.
«Eu compreendo-te meu filho e se confiares em mim, se me fores contando o que se vai passando na tua vida, eu ir-te-ei ajudando a corrigires comportamentos, a descobrires caminho.»
Agradecido pela sua mãe tão compreensiva, não esqueceu no entanto que ainda tinha de “enfrentar” o pai e disse pegando-lhe nas mãos:
«E o pai, mãe? E o pai?»
Ela fazendo-lhe uma festa, respondeu:
«Não te preocupes, eu falo com ele. Claro vais ter um castigo, mas eu vou dizer-lhe que já falaste comigo, que estás arrependido, que prometeste portar-te bem e que eu confio em ti. Vais ver que te vai ralhar certamente, mas como ele sabe que eu tomo conta de ti e confia em mim, vai dar-te um castigo com certeza, mas vai ficar à espera da tua mudança de vida».
Olhou-a profundamente nos olhos, agarrou-se a ela cheio de ternura agradecida e disse-lhe ao ouvido:
«Ó mãe, obrigado. O que é que eu faria sem ti, sem o teu amor, sem os teus conselhos, sem a tua ajuda junto do pai?»
Ela levantou-se e saiu do quarto com um sorriso.
Aquele sorriso que as mães têm quando sentem os filhos perto delas.
O resto foi mais fácil.
O pai chegou, a mãe falou com ele e depois foi chamá-lo ao quarto para falar com o pai:
«A tua mãe já falou comigo. Estou triste meu filho pelo modo como te comportaste, mas ao mesmo tempo contente pela conversa que tiveste com a tua mãe e as promessas que lhe fizeste, que nos fizeste. Vais ficar de castigo, mas eu confio que de agora em diante tudo vai melhorar. Agora dá-me um beijo e podes ir.»
Tranquilo deu um beijo ao pai, e quando ia a sair da sala ele chamou-o novamente dizendo-lhe:
«Percebes agora como nos faz falta a Virgem Maria, a Mãe de Jesus, a Mãe do Céu?»
Monte Real, 13 de Maio de 2008
Joaquim Mexia Alves
São Matias, testemunha da Ressurreição, escolhido por Deus
São João Crisóstomo (c.345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
3.ª Homilia sobre os Actos dos Apóstolos (trad. do breviário)
«Naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos» (Act 1,15ss.), Pedro, a quem Cristo tinha confiado o rebanho, movido pelo fervor do seu zelo e dado que era o primeiro dentro do grupo, foi o primeiro a tomar a palavra [e] «disse: Irmãos, é necessário escolher de entre [...] os homens que andaram connosco». Reparai como se empenha em que tenham sido testemunhas oculares; embora o Espírito Santo houvesse de vir depois sobre eles, dá a isso grande importância. «De entre os homens que andaram connosco, todo o tempo que o Senhor Jesus passou no meio de nós». Refere-se àqueles que viveram com Jesus e não aos que eram apenas discípulos. De facto, eram muitos os que O seguiam desde o princípio [...] «até ao dia em que nos foi levado para o alto; é necessário, pois, que um deles se torne connosco testemunha da Sua Ressurreição».
Não disse: testemunha de tudo o mais; mas só: «testemunha da Ressurreição». Na verdade, seria mais digno de fé quem pudesse testemunhar: Aquele que vimos comer e beber e que foi crucificado, foi Esse que ressuscitou. Não interessava ser testemunha do tempo anterior nem do seguinte, nem dos milagres, mas simplesmente da Ressurreição. Porque todos os outros factos eram manifestos e públicos; só a Ressurreição se tinha realizado secretamente e só eles a conheciam.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
S.Matias - Apóstolo
Apóstolo de Cristo, o seu nome grego Matthias , ou Maththias , deriva do hebraico Mattathias ou Mattithiah , que significa "dom de Javé", foi um dos setenta discípulos de Jesus, acompanhando-o desde o seu baptismo por João Baptista até à Ascensão. Não foi um dos Doze Apóstolos, mas sim o substituto de Judas Iscariotes no grupo . De facto, nos dias subsequentes à Ascensão de Cristo aos céus, São Pedro propôs a substituição de Judas, caindo a escolha sobre São Matias (Cf. Actos 1, 15-17.20-26), que ficou a partir de então associado com os restantes onze Apóstolos. As informações sobre a vida e a morte de São Matias são vagas e imprecisas. Segundo Nicéforo, terá primeiro pregado o Evangelho na Judeia e na Etiópia, tendo sido depois crucificado. A Sinopse de Doroteu inclui a tradição de que São Matias terá pregado o Evangelho aos pagãos no interior da Etiópia, junto ao porto de mar de Hyssus e na foz do rio Phasis, e que terá morrido e sido enterrado em Sebastopolis, perto do Templo do Sol. Uma outra tradição defende que São Matias terá sido apedrejado pelos judeus em Jerusalém, em frente ao Templo, e depois decapitado por um golpe de machado. Clemente de Alexandria diz que Santa Helena trouxe as relíquias do santo para Roma e de que uma parte delas está em Trier, na Alemanha.
(Fonte: Infopédia)
Brevíssima reflexão sobre o Evangelho de hoje
Ambicionemos também nós a ser amigos do Senhor, como Ele chamou aos Seus discípulos e de que nos fala o Evangelho de hoje (Jo 15, 9-17), proclamemo-Lo e incansavelmente procuremos dar frutos dos Seus ensinamentos, pois ao fazê-lo estaremos a agradar-Lhe e a cumprir o que nos pediu.
Senhor Jesus, louvado sejais através do nosso exemplo hoje e sempre!
O Evangelho do dia 14 de Maio de 2012
Como o Pai Me amou, assim Eu vos amei. Permanecei no Meu amor. Se observardes os Meus preceitos, permanecereis no Meu amor, como Eu observei os preceitos de Meu Pai e permaneço no Seu amor. Disse-vos estas coisas, para que a Minha alegria esteja em vós e para que a vossa alegria seja completa. «O Meu preceito é este: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos. Vós sois Meus amigos se fizerdes o que vos mando. Não mais vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi, e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda. Isto vos mando: Amai-vos uns aos outros.
Jo 15, 9-17
Jo 15, 9-17
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