Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O perdão vem-nos da misericórdia de Deus

Escreves-me, dizendo que te aproximaste por fim do confessionário, e que sentiste a humilhação de ter de abrir a cloaca (é assim que o dizes) da tua vida diante de "um homem". Quando arrancarás essa vã estima por ti mesmo? Então irás à Confissão contente por te mostrares como és, diante "desse homem" ungido (outro Cristo, o próprio Cristo!) que te dá a absolvição, o perdão de Deus. (Sulco, 45)

Padre: como pode suportar todo este lixo? – disseste-me, depois de uma confissão contrita.

Calei-me, pensando que, se a tua humildade te leve a sentires-te isso – lixo, um montão de lixo – ainda poderemos fazer algo de grande de toda a tua miséria. (Caminho, 605)

Que pouco Amor de Deus tens quando cedes sem luta porque não é pecado grave! (Caminho, 328)

De novo às tuas antigas loucuras!... E depois, quando regressas, sentes-te com pouca alegria, porque te falta humildade.

Parece que te obstinas em desconhecer a segunda parte da parábola do filho pródigo, e ainda continuas apegado à pobre felicidade das bolotas. Soberbamente ferido pela tua fragilidade, não te decides a pedir perdão, e não reparas que, se te humilhares, te espera o jubiloso acolhimento do teu Pai, Deus: a festa do teu regresso e do teu recomeço! (Sulco, 65)

São Josemaría Escrivá

Amar a Santa Cruz através da doença

Na Cruz, portanto, com fidelidade. Na Cruz, com alegria, pois uma dedicação sem alegria não a poderia o Senhor agradecer: hilarem enim datorem diligit Deus (2 Cor 9, 7)Deus ama quem dá com alegria. Na Cruz, com descanso sereno: porque nós não temos medo da vida nem medo da morte. Nem temos medo de Deus, que é nosso Pai [13]. Ao mesmo tempo, com o profundo sentido de humanidade que o caraterizava, o nosso Fundador repetia: a dor física, quando se pode suprimir, suprime-se. Bastantes sofrimentos já tem esta vida! E quando não se pode suprimir, oferece-se[14].
Para compreender esta atitude tão cristã, é necessário abordar a situação com o olhar do Bom Pastor. Só a partir da conaturalidade afetiva que dá o amor é que saberemosapreciar a vida teologal presente na piedade dos povos cristãos, especialmente nos pobres. Penso na fé firme das mães ao pé da cama do filho doente, que se agarram a um terço ainda que não saibam elencar os artigos do Credo; ou na carga imensa de esperança contida numa vela que se acende, numa casa humilde, para pedir ajuda a Maria, ou nos olhares de profundo amor a Cristo crucificado [15].
Quando estivermos doentes ou a sofrer de qualquer outra forma, devemos dá-lo a conhecer aos que estão ao nosso lado, ir ao médico e aceitar as suas indicações para aplicar quanto antes os remédios oportunos. Assim se evita a psicose de doente. Quantas vezes ouvi dizer a S. Josemaria que, assim como ninguém é santo na Terra, também não há ninguém que tenha sempre saúde! Todos nós podemos passar por momentos de doença, mesmo grave. E isto mesmo nos deve impelir a abandonarmo-nos confiadamente no Senhor e em quem nos pode apoiar.
Minhas filhas e filhos, vamos assumir com gratidão estas recomendações do nosso santo Fundador, porque fazer as obras de Deus não é um bonito jogo de palavras, mas um convite a gastar-se por Amor. Temos de morrer para nós mesmos a fim de renascermos para uma vida nova. Porque assim obedeceu Jesus, até à morte de Cruz, mortem autem crucis. Propter quod et Deus exaltavit illum (Fl 2, 8-9). Por isso Deus O exaltou. Se obedecermos à vontade de Deus, a Cruz será também Ressurreição, exaltação. Cumprir-se-á em nós, passo a passo, a vida de Cristo. Poder-se-á afirmar que vivemos procurando ser bons filhos de Deus, que passámos fazendo o bem, apesar da nossa fraqueza e dos nossos erros pessoais, por mais numerosos que sejam [16].
Não deixemos também de olhar para o queridíssimo Bem-aventurado Álvaro, que soube amar com alegria a saúde e a doença. Ao recordá-lo no dia 15, aniversário da sua nomeação como sucessor de S. Josemaria, peçamos-lhe que nos sustenha, a todas e a todos.
Sei que rezastes pelas vítimas do terramoto em Itália e pelas de outras calamidades de todos os lados: fomentemos esta fraternidade com toda a humanidade.
Dentro de três dias, neste santuário mariano de Torreciudad, vou administrar a ordenação sacerdotal a seis diáconos, Agregados da Prelatura. Pedi por eles e pelos sacerdotes de todo o mundo, pelo Papa e pelos bispos, para que o Espírito Santo nos encha a todos dos Seus dons e nos faça santos. Na mesma data, vamos unir-nos à alegria da Igreja pela canonização da Bem-aventurada Teresa de Calcutá, que tanto apreciava a Obra.
[13]. S. Josemaria, Carta 31-V-1954, n. 30.
[14]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 1-I-1969.
[15]. Papa Francisco, Ex. apost. Evangelii gaudium, 24-XI-2013, n. 125.
[16]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 21.

(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de setembro de 2016)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

«Dou-vos a Minha paz»

São João XXIII (1881-1963), papa 
Encíclica «Pacem in terris», §§ 163-164;167-170


Cada cristão deve ser na sociedade humana uma centelha de luz, um foco de amor, um fermento para toda a massa (Mt 5,14; 13,33). Tanto mais o será, quanto mais viver unido com Deus na intimidade de si mesmo. Em última análise, só haverá paz na sociedade humana se ela estiver presente em cada um dos seus membros, se em cada um se instaurar a ordem querida por Deus. […] Este intento é tão nobre e elevado, que homem algum, embora louvavelmente animado de toda a boa vontade, o poderá levar a efeito só com as próprias forças. Para que a sociedade humana seja espelho o mais fiel possível do Reino de Deus, é grandemente necessário o auxílio do Alto. […]

Com a Sua dolorosa paixão e morte [Cristo] venceu o pecado, factor de dissensões, misérias e desequilíbrios. […] «Porque Ele é a nossa paz: […] Veio e anunciou a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam perto» (Ef 2,14-17). Nos ritos litúrgicos destes dias [da Páscoa] ressoa a mesma mensagem: Nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado, de pé no meio dos Seus discípulos, disse: «Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá» (Jo 14,27).

Peçamos esta paz com ardentes preces ao Redentor divino que no-la trouxe. Afaste Ele dos corações dos homens quanto pode pôr em perigo a paz, e nos transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com a Sua luz a mente dos responsáveis dos povos. […] Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para se compreenderem uns aos outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da Sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz.

Paz

«Quando o Homem se deixa iluminar pelo esplendor da verdade, torna-se interiormente um corajoso artífice da paz»

(Bento XVI - Angelus 01/I/2006)

«A tarefa pode parecer impossível nas regiões onde a preocupação da subsistência quotidiana monopoliza toda a existência das famílias, incapazes de conceber um trabalho que seja susceptível de preparar um futuro menos miserável. É, contudo, a estes homens e a estas mulheres, que é necessário ajudar (…).

Fique, no entanto, cada um bem persuadido de que estão em jogo a vida dos povos pobres, a paz civil dos países em via de desenvolvimento, e a paz do mundo».

(Paulo VI - Populorum progressio 55)

A paz começa em nós mesmos, se não estivermos tranquilos e bem connosco, então dificilmente seremos seus transmissores. O Sacramento da Penitência, também denominado Confissão, é um passo seguríssimo para nos revitalizar, e aí sim, sentir-nos-emos fortes e pessoas de e em paz, seja em nós seja para com o próximo.

JPR

Evangelho do dia 9 de setembro de 2019

Aconteceu que, noutro sábado, entrou Jesus na sinagoga e ensinava. Estava ali um homem que tinha a mão direita atrofiada. Os escribas e os fariseus observavam-n'O para ver se curava ao sábado, a fim de terem de que O acusar. Mas Ele conhecia os seus pensamentos, e disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e põe-te em pé no meio». Ele, levantando-se, pôs-se de pé. Jesus disse-lhes: «Pergunto-vos se é lícito, aos sábados, fazer bem ou mal, salvar a vida ou tirá-la». Depois, percorrendo a todos com o olhar, disse ao homem: «Estende a tua mão». Ele estendeu-a, e a sua mão ficou curada. Eles encheram-se de furor e falavam uns com os outros para ver que fariam contra Jesus.

Lc 6, 6-11