Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Panis Angelicus - King's College, Cambridge
Panis angelicus
fit panis hominum;
Dat panis caelicus
figuris terminum:
O res mirabilis!
manducat Dominum
Pauper, servus, et humilis.
Te trina Deitas
unaque poscimus:
Sic nos tu visita,
sicut te colimus;
Per tuas semitas
duc nos quo tendimus,
Ad lucem quam inhabitas.
Amen.
Responde São Josemaría - Por vezes, ao falar da realidade do Opus Dei, tem afirmado que é uma "desorganização organizada". Podia explicar aos nossos leitores o significado desta expressão?
Quero dizer que damos uma importância primária e fundamental à espontaneidade apostólica da pessoa, à sua iniciativa livre e responsável guiada pela acção do Espírito; e não a estruturas orgânicas, mandatos, tácticas e planos impostos de cima, como actos de governo.
Existe um mínimo de organização, evidentemente, com um governo central, que actua sempre colegialmente e tem a sua sede em Roma, e governos regionais. Mas toda a actividade desses organismos se dirige fundamentalmente a um fim: proporcionar a todos a assistência espiritual necessária para a sua vida de piedade, e uma adequada formação espiritual, doutrinal-religiosa e humana. Depois: patos à água! Quer dizer: cristãos a santificarem todos os caminhos dos homens, que todos guardam o aroma da passagem de Deus.
Temas actuais do cristianismo, 19
Amar a Cristo...
Senhor Jesus, hoje rogo-Te que envies o Espírito que procede do Pai e de Ti sobre os prelados que amanhã receberão do Teu Vigário na terra o anel cardinalício, para que sejam todavia melhores pastores imitando-Te com humildade.
Louvada seja a Tua Igreja Una, Católica e Apostólica!
Imitação de Cristo, 1,7,3
Não te reputes melhor que os outros para não seres considerado pior por Deus, que conhece tudo que há no homem. Não te ensoberbeças pelas boas obras, porque os juízos dos homens são muito diferentes dos de Deus, a quem não raro desagrada o que aos homens apraz. Se em ti houver algum bem, pensa que ainda melhores são os outros, para assim te conservares na humildade. Nenhum mal te fará se te julgares inferior a todos; muito, porém, se a qualquer pessoa te preferires. De contínua paz goza o humilde; no coração do soberbo, porém, reinam inveja e iras sem conta.
O Senhor quer-nos contentes!
Habitua-te a falar cordialmente de tudo e de todos; em especial dos que trabalham ao serviço de Deus. E, quando isso não for possível, cala-te! Os simples comentários bruscos ou descuidados também podem raiar a murmuração ou a difamação. (Sulco, 902)
Torna a olhar de novo para a tua vida e pede perdão por esse pormenor e aquele outro que saltam imediatamente aos olhos da tua consciência; pelo mau uso que fazes da língua; por esses pensamentos que giram continuamente à volta de ti mesmo; por esse juízo crítico consentido que te preocupa tontamente, causando-te uma contínua inquietação e pesadelo... Podeis ser muito felizes! O Senhor quer-nos contentes, ébrios de alegria, andando pelos mesmos caminhos de felicidade que Ele percorreu! Só nos sentimos desgraçados quando nos empenhamos em sair do caminho e em meter por esse atalho do egoísmo e da sensualidade; e muito pior ainda se entramos no dos hipócritas.
O cristão tem de manifestar-se autêntico, veraz, sincero em todas as suas obras. Na sua conduta deve transparecer um espírito: o de Cristo. Se alguém tem neste mundo a obrigação de mostrar-se consequente, é o cristão, porque recebeu em depósito, para fazer frutificar esse dom, a verdade que liberta e salva. Padre, perguntar-me-eis, e como conseguirei essa sinceridade de vida? Jesus Cristo entregou à sua Igreja todos os meios necessários: ensinou-nos a rezar, a conviver com o Seu Pai Celestial; enviou-nos o Seu Espírito, o Grande Desconhecido, que actua na nossa alma; deixou-nos esses sinais visíveis da graça que são os sacramentos. Usa-os. Intensifica a tua vida de piedade. Faz oração todos os dias. E não afastes nunca os teus ombros do peso gostoso da Cruz do Senhor.
Foi Jesus quem te convidou a segui-lo como bom discípulo, com o fim de realizares a tua passagem pela terra semeando a paz e a alegria que o mundo não pode dar. Para isso – insisto – tens de andar sem medo à vida e sem medo à morte, sem fugir a todo o custo da dor que, para o cristão, é sempre um meio de purificação e ocasião de amar verdadeiramente os seus irmãos, aproveitando as mil circunstâncias da vida ordinária. (Amigos de Deus, 141)
São Josemaría Escrivá
Não nos conformemos
Bento XVI disse, esta semana, (N. SD: vide AQUI) que o autêntico cristão não pode deixar-se conformar pelo mundo – não o mundo criado e amado por Deus, mas o mundo marcado pelo mal e que hoje resulta, sobretudo, da influência de dois poderes: o da finança e o dos “media”. Poderes em si mesmo úteis e necessários, mas facilmente manipuláveis.
O mundo da finança, em vez de favorecer o bem-estar e a vida do homem, oprime-o. O ter e o parecer dominam o mundo e escravizam o homem. E o dinheiro passa a ser uma falsa divindade para adorar.
Também o poder dos “media” sobrepõe a aparência e o que lhe convém ao que de facto de passa. O que a opinião pública diz tem mais valor do que aquilo que realmente acontece e o homem acaba por trocar a verdade de si mesmo para se formatar aos elogios dos outros.
Ora, é neste campo que se joga a nossa liberdade. O não conformismo cristão é isto mesmo: é ser capaz de dizer “não” à aparência e à pressão da maioria e dizer “sim” à realidade do ser; é ter a liberdade para recriar o mundo, libertando-se das ditaduras da moda, deixando-se plasmar pela Verdade que salva.
O mundo da finança, em vez de favorecer o bem-estar e a vida do homem, oprime-o. O ter e o parecer dominam o mundo e escravizam o homem. E o dinheiro passa a ser uma falsa divindade para adorar.
Também o poder dos “media” sobrepõe a aparência e o que lhe convém ao que de facto de passa. O que a opinião pública diz tem mais valor do que aquilo que realmente acontece e o homem acaba por trocar a verdade de si mesmo para se formatar aos elogios dos outros.
Ora, é neste campo que se joga a nossa liberdade. O não conformismo cristão é isto mesmo: é ser capaz de dizer “não” à aparência e à pressão da maioria e dizer “sim” à realidade do ser; é ter a liberdade para recriar o mundo, libertando-se das ditaduras da moda, deixando-se plasmar pela Verdade que salva.
Aura Miguel in RR online
'A influência dos outros no nosso modo de pensar' pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria
«Aprender uns valores morais? Para quê? Não quero que me imponham o que acham que está bem ou mal. Não desejo ser dominado nem manipulado por ninguém. Na minha opinião, cada um de nós deve escolher livremente os seus próprios valores. Não aceito as pessoas que se armam em sabichões e que tentam impor aos outros o seu modo de ver a vida. Prezo muito a minha independência para me deixar influenciar por quem quer que seja».
São palavras de um jovem dos nossos dias. Manifestam uma mentalidade muito difundida na cultura actual: pensar que qualquer influência dos outros no nosso modo de pensar debilita a nossa personalidade. Por isso, entre outros motivos, a formação moral é vista com receio. Parece um modo de nos roubarem a liberdade e a independência. Ora, esta mentalidade é profundamente simplista e superficial ― e é muito pouco séria.
Toda a nossa existência está influenciada directamente por aqueles com quem convivemos. Basta considerar o nosso crescimento desde que nascemos. Viemos ao mundo como o mais dependente dos seres vivos. Éramos incapazes de quase tudo durante vários anos ― e não sabíamos nada. Tivemos que aprender todas as coisas, começando pelas mais simples. Fomos influenciados directamente por aqueles que estavam ao nosso lado.
O nosso desenvolvimento corporal não se teria efectuado sem a alimentação que outros nos proporcionaram. Algo similar aconteceu com a nossa inteligência. Não teríamos conseguido progredir na vida intelectual e moral se não tivéssemos sido ajudados pelos nossos pais, professores e amigos. Muita da experiência acumulada pelas gerações passadas foi-nos transmitida com toda a naturalidade. E nessa altura, nem nos dávamos conta de como toda essa “informação” influenciaria o nosso modo de pensar e, consequentemente, de viver.
Infelizmente, existem alguns exemplos na História da Humanidade de crianças “educadas” directamente pelos animais. Penso que nenhum de nós inveja tal “educação” por estar isenta de influências e de imposições de “valores acumulados”. O mito do bom selvagem é isso mesmo: um mito. O Tarzan só existe no cinema ― não na vida real.
A pretensão de pensarmos de um modo totalmente independente procede do esquecimento ingénuo das nossas limitações como seres humanos. E convém recordar que não é por esquecermos as nossas limitações que elas desaparecem. É um triste erro considerar que o modo como pensamos deve ser alheio a toda a influência ou colaboração dos outros. É verdade que podem existir influências negativas. Mas é um reducionismo pensar que todas as influências o são. E é, muitas vezes, uma injustiça atribuí-las às pessoas em quem dizemos confiar.
Resumindo: receber dos outros ― pessoas que merecem a nossa confiança ― uma boa formação não pode ser identificado de modo algum com ser dominado ou manipulado por eles. Muito pelo contrário. A verdadeira formação, na qual se incluem os valores morais, torna-nos mais livres e menos manipuláveis. Aprendemos, com a ajuda de outros, a pensar com a nossa própria cabeça, e não a partir de “slogans” superficiais que estão muito difundidos.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
São palavras de um jovem dos nossos dias. Manifestam uma mentalidade muito difundida na cultura actual: pensar que qualquer influência dos outros no nosso modo de pensar debilita a nossa personalidade. Por isso, entre outros motivos, a formação moral é vista com receio. Parece um modo de nos roubarem a liberdade e a independência. Ora, esta mentalidade é profundamente simplista e superficial ― e é muito pouco séria.
Toda a nossa existência está influenciada directamente por aqueles com quem convivemos. Basta considerar o nosso crescimento desde que nascemos. Viemos ao mundo como o mais dependente dos seres vivos. Éramos incapazes de quase tudo durante vários anos ― e não sabíamos nada. Tivemos que aprender todas as coisas, começando pelas mais simples. Fomos influenciados directamente por aqueles que estavam ao nosso lado.
O nosso desenvolvimento corporal não se teria efectuado sem a alimentação que outros nos proporcionaram. Algo similar aconteceu com a nossa inteligência. Não teríamos conseguido progredir na vida intelectual e moral se não tivéssemos sido ajudados pelos nossos pais, professores e amigos. Muita da experiência acumulada pelas gerações passadas foi-nos transmitida com toda a naturalidade. E nessa altura, nem nos dávamos conta de como toda essa “informação” influenciaria o nosso modo de pensar e, consequentemente, de viver.
Infelizmente, existem alguns exemplos na História da Humanidade de crianças “educadas” directamente pelos animais. Penso que nenhum de nós inveja tal “educação” por estar isenta de influências e de imposições de “valores acumulados”. O mito do bom selvagem é isso mesmo: um mito. O Tarzan só existe no cinema ― não na vida real.
A pretensão de pensarmos de um modo totalmente independente procede do esquecimento ingénuo das nossas limitações como seres humanos. E convém recordar que não é por esquecermos as nossas limitações que elas desaparecem. É um triste erro considerar que o modo como pensamos deve ser alheio a toda a influência ou colaboração dos outros. É verdade que podem existir influências negativas. Mas é um reducionismo pensar que todas as influências o são. E é, muitas vezes, uma injustiça atribuí-las às pessoas em quem dizemos confiar.
Resumindo: receber dos outros ― pessoas que merecem a nossa confiança ― uma boa formação não pode ser identificado de modo algum com ser dominado ou manipulado por eles. Muito pelo contrário. A verdadeira formação, na qual se incluem os valores morais, torna-nos mais livres e menos manipuláveis. Aprendemos, com a ajuda de outros, a pensar com a nossa própria cabeça, e não a partir de “slogans” superficiais que estão muito difundidos.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
A necessidade de uma sólida base
«O significado imediatamente emergente da parábola “Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha” (S. Mateus 7, 24) é uma advertência para se construir a própria vida sobre um fundamento seguro. O fundamento seguro, que resiste a todas as tempestades, é a própria palavra de Jesus».
(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
A Igreja de Cristo, com Ele e para Ele
«Permitam-me que insista repetidamente: as verdades de fé e de moral não se determinam por maioria de votos, porque compõem o depósito –depositum fidei – entregue por Cristo a todos os fiéis e confiado, na sua exposição e ensino autorizado, ao Magistério da Igreja.
«Seria um erro pensar que, pelo facto de os homens já terem talvez adquirido mais consciência dos laços de solidariedade que mutuamente os unem, se deva modificar a constituição da Igreja, para a pôr de acordo com os tempos. Os tempos não são dos homens, quer sejam ou não eclesiásticos; os tempos são de Deus, que é o Senhor da história. E a Igreja só poderá proporcionar a salvação às almas, se permanecer fiel a Cristo na sua constituição, nos seus dogmas, na sua moral.»
(Amar a Igreja, 30–31 – S. Josemaría Escrivá, título da responsabilidade do autor do blogue)
«Seria um erro pensar que, pelo facto de os homens já terem talvez adquirido mais consciência dos laços de solidariedade que mutuamente os unem, se deva modificar a constituição da Igreja, para a pôr de acordo com os tempos. Os tempos não são dos homens, quer sejam ou não eclesiásticos; os tempos são de Deus, que é o Senhor da história. E a Igreja só poderá proporcionar a salvação às almas, se permanecer fiel a Cristo na sua constituição, nos seus dogmas, na sua moral.»
(Amar a Igreja, 30–31 – S. Josemaría Escrivá, título da responsabilidade do autor do blogue)
Conversão
Converter-se significa caminhar em contra-corrente, entendendo por corrente um estilo de vida superficial e incoerente que muitas vezes nos arrasta, nos domina e nos torna prisioneiros do mal e da mediocridade».
(Bento XVI na Audiência geral de quarta feira de Cinzas de 2010)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1975
Encontra-se na Guatemala, do dia 15 ao dia 23 de Fevereiro. “Sei que esta terra é muito de Deus: Não é verdade que amais muito a Sagrada Eucaristia e a devoção do Santo Rosário?”, diz num desses dias.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O grande amigo
«Quem deixa entrar Cristo não perde nada, nada, absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só esta grande amizade nos abre plenamente as portas da vida. Só nela se revelam verdadeiramente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta».
(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)
(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)
«Segue-Me» (Mt 9, 9)
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Sermão 96, 9
Neste mundo, quer dizer, na Igreja, que toda ela segue Cristo, Este diz a todos: «Quem quiser vir após Mim, renuncie a si mesmo». Porque esta ordem não se destina às virgens, com exclusão das mulheres casadas; às viúvas, com exclusão das esposas; aos monges, com exclusão dos esposos; aos clérigos, com exclusão dos laicos. É toda a Igreja, todo o Corpo de Cristo, todos os seus membros, diferenciados e repartidos segundo as suas tarefas próprias, que deve seguir Cristo. Que toda ela O siga, ela que é única, ela que é a pomba, ela que é a esposa (Ct 6, 9); que ela O siga, ela que foi resgatada e enriquecida com o sangue do Esposo. A pureza das virgens tem aqui o seu lugar; a continência das viúvas tem aqui o seu lugar; a castidade conjugal tem aqui o seu lugar. [...]
Que sigam Cristo, estes membros que têm o seu lugar, cada um segundo a sua categoria, cada um segundo a sua classificação, cada um à sua maneira. Que renunciem a si mesmos, quer dizer, que não se apoiem em si próprios; que levem a sua cruz, quer dizer, que suportem no mundo, por Cristo, tudo o que o mundo lhes infligir. Que O amem, a Ele, o Único que não desilude, o Único que não está enganado, o Único que não Se engana. Que O amem porque o que Ele promete é verdadeiro. Mas, porque Ele não o dá agora, a fé vacila; pois continua, persevera, suporta, aceita o atraso, e terás levado a tua cruz.
Sermão 96, 9
Neste mundo, quer dizer, na Igreja, que toda ela segue Cristo, Este diz a todos: «Quem quiser vir após Mim, renuncie a si mesmo». Porque esta ordem não se destina às virgens, com exclusão das mulheres casadas; às viúvas, com exclusão das esposas; aos monges, com exclusão dos esposos; aos clérigos, com exclusão dos laicos. É toda a Igreja, todo o Corpo de Cristo, todos os seus membros, diferenciados e repartidos segundo as suas tarefas próprias, que deve seguir Cristo. Que toda ela O siga, ela que é única, ela que é a pomba, ela que é a esposa (Ct 6, 9); que ela O siga, ela que foi resgatada e enriquecida com o sangue do Esposo. A pureza das virgens tem aqui o seu lugar; a continência das viúvas tem aqui o seu lugar; a castidade conjugal tem aqui o seu lugar. [...]
Que sigam Cristo, estes membros que têm o seu lugar, cada um segundo a sua categoria, cada um segundo a sua classificação, cada um à sua maneira. Que renunciem a si mesmos, quer dizer, que não se apoiem em si próprios; que levem a sua cruz, quer dizer, que suportem no mundo, por Cristo, tudo o que o mundo lhes infligir. Que O amem, a Ele, o Único que não desilude, o Único que não está enganado, o Único que não Se engana. Que O amem porque o que Ele promete é verdadeiro. Mas, porque Ele não o dá agora, a fé vacila; pois continua, persevera, suporta, aceita o atraso, e terás levado a tua cruz.
«Quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de Mim e do Evangelho, há-de salvá-la.»
Bento XVI
Encíclica « Deus caritas est », 5-6
O modo de exaltar o corpo a que assistimos hoje é enganador. [...] Na realidade, para o homem, isto não constitui propriamente uma grande afirmação do seu corpo. Pelo contrário, agora considera o corpo e a sexualidade como a parte meramente material de si mesmo, a usar e explorar com proveito. [...] A fé cristã sempre considerou o homem como um ser unidual, em que espírito e matéria se compenetram mutuamente, experimentando ambos, precisamente desta forma, uma nova nobreza. Sim, o eros quer-nos elevar «em êxtase» para o Divino, conduzir-nos para além de nós próprios, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, de renúncias, de purificações e de saneamentos.
Concretamente como se deve configurar este caminho de ascese e purificação? Como deve ser vivido o amor, para que se realize plenamente a sua promessa humana e divina? [...] A «agapê» tornou-se o termo característico para a concepção bíblica do amor. [...] Este vocábulo exprime a experiência do amor que se torna verdadeiramente descoberta do outro. [...] Agora, o amor torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não busca a imersão no inebriamento da felicidade; procura, ao invés, o bem do amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, mais ainda, procura-o. [...]
Sim, o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si [...], para o reencontro de si mesmo, mais ainda, para a descoberta de Deus: «Quem procurar salvaguardar a vida, perdê-la-á, e quem a perder, conservá-la-á» (Lc 17, 33). [...] Assim descreve Jesus o Seu caminho pessoal, que O conduz, através da cruz, à ressurreição: o caminho do grão de trigo que cai na terra e morre e assim dá muito fruto. Mas, partindo do centro do Seu sacrifício pessoal e do amor que aí alcança a sua plenitude, descreve também a essência do amor e da existência humana em geral.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Encíclica « Deus caritas est », 5-6
O modo de exaltar o corpo a que assistimos hoje é enganador. [...] Na realidade, para o homem, isto não constitui propriamente uma grande afirmação do seu corpo. Pelo contrário, agora considera o corpo e a sexualidade como a parte meramente material de si mesmo, a usar e explorar com proveito. [...] A fé cristã sempre considerou o homem como um ser unidual, em que espírito e matéria se compenetram mutuamente, experimentando ambos, precisamente desta forma, uma nova nobreza. Sim, o eros quer-nos elevar «em êxtase» para o Divino, conduzir-nos para além de nós próprios, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, de renúncias, de purificações e de saneamentos.
Concretamente como se deve configurar este caminho de ascese e purificação? Como deve ser vivido o amor, para que se realize plenamente a sua promessa humana e divina? [...] A «agapê» tornou-se o termo característico para a concepção bíblica do amor. [...] Este vocábulo exprime a experiência do amor que se torna verdadeiramente descoberta do outro. [...] Agora, o amor torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não busca a imersão no inebriamento da felicidade; procura, ao invés, o bem do amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, mais ainda, procura-o. [...]
Sim, o amor é «êxtase»; êxtase, não no sentido de um instante de inebriamento, mas como caminho, como êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si [...], para o reencontro de si mesmo, mais ainda, para a descoberta de Deus: «Quem procurar salvaguardar a vida, perdê-la-á, e quem a perder, conservá-la-á» (Lc 17, 33). [...] Assim descreve Jesus o Seu caminho pessoal, que O conduz, através da cruz, à ressurreição: o caminho do grão de trigo que cai na terra e morre e assim dá muito fruto. Mas, partindo do centro do Seu sacrifício pessoal e do amor que aí alcança a sua plenitude, descreve também a essência do amor e da existência humana em geral.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 17 de Fevereiro de 2012
Depois, chamando a Si o povo com os Seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quer seguir-Me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a vida por amor de Mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma? Ou que dará o homem em troco da sua alma? No meio desta geração adúltera e pecadora, quem se envergonhar de Mim e das Minhas palavras, também o Filho do Homem Se envergonhará dele, quando vier na glória de Seu Pai, com os santos anjos». E dizia-lhes: «Em verdade vos digo que alguns dos que aqui se encontram não morrerão sem terem visto antes o reino de Deus vir com poder».
Mc 8, 34-38. 9,1
Mc 8, 34-38. 9,1
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