Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Oração de um casal, "arguido" por ter família numerosa... e 5 filhas freiras de clausura
Tiveram de suportar a incompreensão de muitos, mas hoje podem olhar para trás e agradecer a Deus uma vida matrimonial e familiar plena. Na Segurança Social quiseram convencê-los a que ela fizesse uma laqueação de trompas, e expulsaram-nos chamando-os integristas.
Muitos também não perceberam que tivessem autorizado a filha Esther a ser freira de clausura...
Este é a "oração/testemunho" que o casal Ripoll, do Caminho Neo-catecumenal, e a filha Elena, deram durante a festa do Corpo de Deus, em Madrid.
Inmaculada: Quantas vezes te perguntei: «Mas o que é que queres? Porque nos dás tantos filhos? Porquê o desemprego, agora? Porquê o cancro do menino? Que difíceis foram as gravidezes dos sete! Cinco nasceram de cesariana. E cada um vinha com um sofrimento acrescentado, porque éramos atacados: na família, no trabalho... Mesmo em ambientes que se diziam cristãos éramos atacados pelos médicos.
Jano: Senhor, em cada nova gravidez havia médicos que me tratavam como se fosse um assassino, e perguntavam-me: «Está cá outra vez? Mas o que é que você quer, quer matar a sua mulher?» E fomos expulsos da Segurança Social porque nos negámos a assinar um papel que autorizava a laquearem as trompas à Inma. Chamaram-nos integristas e não sei quantas coisas. Resolvemos ir a um ginecologista com sentido cristão, e decidimos seguir os Teus planos, embora - perdão, Senhor: às vezes também nós não nos entendíamos. Seis raparigas e, no fim, um rapaz. Eu não esperava, e os Teus planos espantavam-me.
Inmaculada: Os filhos foram crescendo. Os problemas das fraldas tornaram-se revolta. Uma das nossas filhas, a Esther, quando estudava Enfermagem, passou momentos difíceis. Aconselhámos que fosse descansar uns dias à hospedaria de um convento de clausura. Antes de ir, disse-nos que ia com a ideia de mostrar às freiras que Deus não existia: que Tu, Senhor, não existias! E alguns meses depois, não só Te encontrou, como se decidiu a ser freira e entrar no convento das clarissas de Lerma.
Jano: O escândalo rebentou de novo! «Então vocês vão deixá-la ir, agora que está na plenitude da vida? Vocês estão loucos?» Embora a nós, pai e mãe, nos custasse muito, sabíamos, Senhor, que essa era uma nova forma de nos abençoares. Ano e meio depois, a Esther tomou o hábito.
Inmaculada: Nesse dia, durante a cerimónia, as minhas filhas Raquel e Berta encontraram a resposta. Deram nome ao desejo mais profundo do coração e decidiram seguir o caminho da irmã. Depois do discernimento oportuno, pouco tempo de pois, já tínhamos três filhas freiras de clausura. É coisa que se diz depressa, Senhor. A nossa filha Inma estava no Uruguai, fazendo um voluntariado, e informava-se de tudo por telefone. Voltou para assistir à entrada da Raquel no convento..., e o seu coração reconheceu que também esse era o seu lugar. Pediu conselho espiritual, e um sacerdote: «O melhor é que vás 'apanhar Sol'"». Ela percebeu, e foi apanhar Sol diante do Sacrário, onde estás Tu, o Sol do mundo, que dá a verdadeira luz, o calor e a cor às nossas vidas.
Jano: E também decidiu entrar no convento. Era coisa que já nos fazia rir. Quatro filhas, freiras de clausura! E mais incompreensão à nossa volta. Quantas horas estivemos diante de Ti, na Eucaristia! Foram anos muito duros, vividos também com muita alegria. Mas a história não acaba aqui. A nossa filha Elena terminou, na semana passada, o curso de Educadora de Infância, e no sábado ingressa no convento. Depois de tudo, vamos ficar com o casal, com Mar e com Alejandro, que estão hoje aqui a agradecer-te.
Inmaculada: Senhor, custa-nos muito, mas sentimo-nos profundamente agradecidos pelo dom maravilhoso de ter 5 filhas entregues a Deus. Sabes que os nossos planos não tinha nada a ver com isto. Queríamos que casassem e sonhávamos ter muitos netos. Mas são as mulheres mais felizes do mundo! É espantoso. Maria ensina a entregá-las a Ti de novo todos os dias.
Jano: Agora, Senhor, diz-nos o que é havemos de fazer com a furgoneta? Que havemos de fazer com a casa, que antes era pequena, e que agora ficou grande? Mas diz o salmo: Alegra-me a minha herança, como pagarei ao Senhor todo o bem que me fez?
(Fonte: “É o Carteiro!”, para subscrever escreva para ai.news.e.u.eh@gmail.com )
Para breve a beatificação do Cardeal John Henry Newman
recebendo nesta sexta de manhã em audiência o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o arcebispo D. Angelo Amato, Bento XVI autorizou a promulgação dos Decretos relativos a um milagre ocorrido por intercessão da Beata Cândida Maria de Jesus Cipitria y Barriola, espanhola, fundadora das Filhas de Jesus, falecida em Salamanca em 1912, com 67 anos de idade.
Outros Decretos hoje promulgados reconhecem os milagres atribuídos a três Servos de Deus, nomeadamente por intercessão do cardeal inglês John Henry Newman, fundador dos Oratórios de São Filipe de Neri, no século XIX, que se converteu do anglicanismo ao catolicismo.
Há também diversos casos de martírio:
- de um bispo húngaro, vítima da perseguição comunista, em 1950;
- de um padre alemão morto no campo de concentração de Dachau (1942);
- de um padre espanhol e um grupo de religiosos da Congregação dos Sagrados corações – todos assassinados em 1936, durante as perseguições à Igreja, durante a Guerra Civil.
Finalmente, os Decretos que reconhecem as virtudes heróicas de dois fundadores de Institutos religiosos, de um padre da Congregação dos Missionários de Marianhill, e de uma jovem leiga terciária franciscana, italiana, que viveu na segunda metade do século XIX.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Arcebispo português na Cúria Romana
Esta Congregação ocupa-se das matérias que se referem "à constituição e à provisão das Igrejas particulares", bem como ao exercício missão de cada Bispo na Igreja Latina. É também dever seu a erecção dos Ordinariatos Castrenses, para o cuidado pastoral dos militares. O Secretário, com a colaboração do subsecretário, ajuda o Prefeito do Dicastério, neste caso o Cardeal Giovanni Battista Re.
D. Manuel Monteiro de Castro tem uma longa experiência diplomática ao serviço da Santa Sé, que já o fez passar por países como Panamá, a Guatemala, o Vietname, a Austrália, o México, a Bélgica, Trinidad e Tobago ou África do Sul.
Arcebispo titular de Benavento desde 1985, é doutorado em Direito Canónico. Deixou Portugal há mais de trinta anos, embora mantenha uma relação próxima com o nosso país.
Em 2007 foi nomeado pelo Papa como observador permanente do Vaticano para a Organização Mundial do Turismo.
Internacional Octávio Carmo 2009-07-03 11:43:28 1555 Caracteres Santa Sé
(Fonte: site Agência Ecclesia)
S. Josemaría Escrivá sobre esta data:
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1891 )
S. Tomé - Apóstolo
Queridos irmãos e irmãs!
Prosseguindo os nossos encontros com os doze Apóstolos escolhidos directamente por Jesus, hoje dedicamos a nossa atenção a Tomé. Sempre presente nas quatro listas contempladas pelo Novo Testamento, ele, nos primeiros três Evangelhos, é colocado ao lado de Mateus (cf. Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15), enquanto nos Actos está próximo de Filipe (cf. Act 1, 13). O seu nome deriva de uma raiz hebraica, ta'am, que significa "junto", "gémeo". De facto, o Evangelho chama-o várias vezes com o sobrenome de "Dídimo" (cf. Jo 11, 16; 20, 24; 21, 2), que em grego significa precisamente "gémeo". Não é claro o porquê deste apelativo.
Sobretudo o Quarto Evangelho oferece-nos informações que reproduzem alguns traços significativos da sua personalidade. O primeiro refere-se à exortação, que ele fez aos outros Apóstolos, quando Jesus, num momento crítico da sua vida, decidiu ir a Betânia para ressuscitar Lázaro, aproximando-se assim perigosamente de Jerusalém (cf. Mc 10, 32). Naquela ocasião Tomé disse aos seus condiscípulos: "Vamos nós também, para morrermos com Ele" (Jo 11, 16).
Esta sua determinação em seguir o Mestre é deveras exemplar e oferece-nos um precioso ensinamento: revela a disponibilidade total a aderir a Jesus, até identificar o próprio destino com o d'Ele e querer partilhar com Ele a prova suprema da morte. De facto, o mais importante é nunca separar-se de Jesus. Por outro lado, quando os Evangelhos usam o verbo "seguir" é para significar que para onde Ele se dirige, para lá deve ir também o seu discípulo. Deste modo, a vida cristã define-se como uma vida com Jesus Cristo, uma vida a ser transcorrida juntamente com Ele. São Paulo escreve algo semelhante, quando tranquiliza os cristãos de Corinto com estas palavras: "estais no nosso coração para a vida e para a morte" (2 Cor 7, 3). O que se verifica entre o Apóstolo e os seus cristãos deve, obviamente, valer antes de tudo para a relação entre os cristãos e o próprio Jesus: morrer juntos, viver juntos, estar no seu coração como Ele está no nosso.
Uma segunda intervenção de Tomé está registada na Última Ceia. Naquela ocasião Jesus, predizendo a sua partida iminente, anuncia que vai preparar um lugar para os discípulos para que também eles estejam onde Ele estiver; e esclarece: "E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho" (Jo 14, 4). É então que Tomé intervém e diz: "Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?" (Jo 14, 5). Na realidade, com esta expressão ele coloca-se a um nível de compreensão bastante baixo; mas estas suas palavras fornecem a Jesus a ocasião para pronunciar a célebre definição: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Portanto, Tomé é o primeiro a quem é feita esta revelação, mas ela é válida também para todos nós e para sempre. Todas as vezes que ouvimos ou lemos estas palavras, podemos colocar-nos com o pensamento ao lado de Tomé e imaginar que o Senhor fala também connosco como falou com ele.
Ao mesmo tempo, a sua pergunta confere também a nós o direito, por assim dizer, de pedir explicações a Jesus. Com frequência nós não o compreendemos. Temos a coragem para dizer: não te compreendo, Senhor, ouve-me, ajuda-me a compreender. Desta forma, com esta franqueza que é o verdadeiro modo de rezar, de falar com Jesus, exprimimos a insuficiência da nossa capacidade de compreender, ao mesmo tempo colocamo-nos na atitude confiante de quem espera luz e força de quem é capaz de as doar.
Depois, muito conhecida e até proverbial é a cena de Tomé incrédulo, que aconteceu oito dias depois da Páscoa. Num primeiro momento, ele não tinha acreditado em Jesus que apareceu na sua ausência, e dissera: "Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito" (Jo 20, 25). No fundo, destas palavras sobressai a convicção de que Jesus já é reconhecível não tanto pelo rosto quanto pelas chagas. Tomé considera que os sinais qualificadores da identidade de Jesus são agora sobretudo as chagas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. Nisto o Apóstolo não se engana. Como sabemos, oito dias depois Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E Jesus interpela-o: "Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!" (Jo 20, 27). Tomé reage com a profissão de fé mais maravilhosa de todo o Novo Testamento: "Meu Senhor e meu Deus!" (Jo 20, 28). A este propósito, Santo Agostinho comenta: Tomé via e tocava o homem, mas confessava a sua fé em Deus, que não via nem tocava. Mas o que via e tocava levava-o a crer naquilo de que até àquele momento tinha duvidado" (In Iohann. 121, 5). O evangelista prossegue com uma última palavra de Jesus a Tomé: "Porque me viste, acreditaste. Felizes os que, sem terem visto, crerão" (cf. Jo 20, 29). Esta frase também se pode conjugar no presente; "Bem-aventurados os que crêem sem terem visto".
Contudo, aqui Jesus enuncia um princípio fundamental para os cristãos que virão depois de Tomé, portanto para todos nós. É interessante observar como o grande teólogo medieval Tomás de Aquino, compara com esta fórmula de bem-aventurança aquela aparentemente oposta citada por Lucas: "Felizes os olhos que vêem o que estais a ver" (Lc 10, 23). Mas o Aquinate comenta: "Merece muito mais quem crê sem ver do que quem crê porque vê" (In Johann. XX lectio VI 2566). De facto, a Carta aos Hebreus, recordando toda a série dos antigos Patriarcas bíblicos, que acreditaram em Deus sem ver o cumprimento das suas promessas, define a fé como "fundamento das coisas que se esperam e comprovação das que não se vêem" (11, 1). O caso do Apóstolo Tomé é importante para nós pelo menos por três motivos: primeiro, porque nos conforta nas nossas inseguranças; segundo porque nos demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito luminoso além de qualquer incerteza; e por fim, porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos recordam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a prosseguir, apesar das dificuldades, pelo nosso caminho de adesão a Ele.
Uma última anotação sobre Tomé é-nos conservada no Quarto Evangelho, que o apresenta como testemunha do Ressuscitado no momento seguinte à pesca milagrosa no Lago de Tiberíades (cf. Jo 21, 2). Naquela ocasião ele é mencionado inclusivamente logo depois de Simão Pedro: sinal evidente da grande importância de que gozava no âmbito das primeiras comunidades cristãs. Com efeito, em seu nome foram escritos depois os Actos e o Evangelho de Tomé, ambos apócrifos mas contudo importantes para o estudo das origens cristãs. Por fim recordamos que segundo uma antiga tradição, Tomé evangelizou primeiro a Síria e a Pérsia (assim refere já Orígenes, citado por Eusébio de Cesareia, Hist. eccl. 3, 1) depois foi até à Índia ocidental (cf. Actos de Tomé 1-2 e 17ss.), de onde enfim alcançou também a Índia meridional. Nesta perspectiva missionária terminamos a nossa reflexão, expressando votos de que o exemplo de Tomé corrobore cada vez mais a nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.
Bento XVI – Audiência Geral de 27 de Setembro de 2006
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
«Felizes os que crêem sem terem visto»
A fraqueza dos discípulos era tão grande que, não satisfeitos em verem o Senhor ressuscitado, quiseram ainda tocar-Lhe para acreditarem n'Ele. Não lhes bastava ver com os seus próprios olhos, ainda quiseram aproximar as suas mãos dos Seus membros e tocar nas cicatrizes das Suas feridas recentes. Foi após ter tocado e reconhecido as cicatrizes, que o discípulo incrédulo exclamou: «Meu Senhor e meu Deus!» Essas cicatrizes revelavam Aquele que curava todas as feridas dos outros. Não teria o Senhor podido ressuscitar sem cicatrizes? Mas no coração dos seus discípulos, Ele via feridas que as cicatrizes que conservara no Seu corpo deviam sarar.
E que responde o Senhor a esta confissão de fé do seu discípulo que diz: «Meu Senhor e meu Deus»? «Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto.» De quem fala Ele, meus irmãos, se não de nós? E não apenas de nós mas também daqueles que virão depois de nós. Porque, pouco tempo depois, quando Ele escapou aos olhares mortais para fortalecer a fé nos seus corações, todos aqueles que se tornaram crentes creram sem terem visto, e a sua fé tinha um grande mérito: para a obterem, eles aproximaram d'Ele, não uma mão que queria tocar, mas apenas um coração afectuoso.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 3 de Julho de 2009 - Apóstolo S. Tomé
Naquele tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».