Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A “CARIDADE” QUE EU PRATICO!

Ao ouvir a homilia do Pe Patrício, (Vigário paroquial da Marinha Grande), dei comigo a reflectir sobre o modo como pratico a caridade, sobretudo, quando se trata de valores em dinheiro.

E fiquei envergonhado comigo próprio!
É que constatei de imediato que quando pretendo dar algum valor à Igreja, a alguma obra de assistência, etc., a primeira coisa que faço é contas ao futuro, ao que poderei ou não precisar, (considerando sempre uma “almofada de segurança”), e então disponibilizar o que julgo me poderá sobrar, ou melhor, poderei “dispensar” sem “perigo” para o meu futuro, ou seja, para aquilo que considero a minha comodidade.

E porque me envergonha tal prática?
Primeiro porque penso primeiro em mim, nas minhas comodidades, não pensando nos outros, e sobretudo no facto de que aqueles que são necessitados, nem têm comodidades com que se preocupar, mas apenas falta das necessidades básicas para viver.
Segundo, porque esta prática revela também, para mim, uma enorme falta de confiança em Deus e na Sua providência, que como aprendi e tantas vezes testemunho, (afinal apenas da “boca para fora”), nunca falta àqueles que n’Ele confiam e a Ele se entregam.

E então, devo dar tudo o que tenho?
Julgo que não, que não é essa a vontade de Deus, mas sim que eu seja capaz de ir mais além, quer dizer, que eu seja capaz de dar não apenas o que me sobra, mas também um pouco daquilo que me possa faltar.

Pois é, isto de querer ser santo é muito difícil!!!

A parte do rezar, do servir, do arrepender-se, do pedir perdão, de levar uma vida correcta cheia de bons pensamentos, etc., até nem é muito difícil, na maior parte das vezes.
Agora quando toca ao dar, quando toca a dar indo mais longe do que aquilo que sobra, para dar o que possa fazer falta, aí torna-se muito complicado e muito mais difícil.
E ainda mais se quisermos dar com verdadeira caridade, ou seja, sem os outros saberem e sem esperar recompensa!

És mesmo exigente, Senhor, mas Tu também nunca disseste que era fácil!

Sê-lo-á apenas quando nos despojarmos inteiramente de nós e decididamente nos entregarmos a Ti, deixando que sejas Tu a fazer o que for de Tua vontade, nas vidas que nos deste, Senhor.

Joaquim Mexia Alves
Marinha Grande, 9 de Novembro de 2015

Maria a mulher mais poderosa do mundo (capa do National Geographic Magazine de dezembro 2015)


Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje...

Senhor, Tu que tudo sabes inclusive o que vai dentro de nós como nos ensina o Teu discípulo amado, João, no Evangelho de hoje (Jo 2, 13-22) ajuda-nos, Te rogamos, a ser fiéis e respeitosos guardadores da casa do Pai, que também é a Tua, fazendo dela lugar Sagrado aonde, com simplicidade mas com absoluta dignidade, Te possamos encontrar e estar conTigo.

Senhor, a Tua Igreja, que somos todos nós, merece o que há de melhor, pois ela, a cuja cabeça presides, conjuntamente com o Pai e o Espírito Santo é o nosso porto abrigo durante as tempestades e as acalmias!

«Vós sois o templo de Deus e o Espírito de Deus habita em Vós» (1Co 3,16)

Lansperge, o cartuxo (1489-1539), religioso, teólogo
Sermão sobre a consagração da igreja; Opera omnia, 1, 702ss.

A consagração que comemoramos hoje diz respeito, na realidade, a três casas. A primeira é o santuário material. [...] É certo que podemos rezar em qualquer lado e que não há nenhum sítio onde não possamos rezar. No entanto, é muito conveniente termos consagrado a Deus um local especial onde todos nós, os cristãos que formamos esta comunidade, nos possamos reunir para louvar e rezar a Deus juntos, e assim obter mais facilmente aquilo que pedimos, graças a esta oração comum, segundo a palavra: «Se dois de entre vós se unirem, na terra, para pedirem qualquer coisa, obtê-la-ão de Meu Pai que está nos céus» (Mt 18,19). [...]

A segunda casa de Deus é o povo, a comunidade santa que encontra a sua unidade nesta igreja, isto é, vós, que sois guiados, instruídos e alimentados por um só pastor ou bispo. É a casa espiritual de Deus, da qual a nossa igreja, esta casa material de Deus, é o sinal. Cristo construiu este templo espiritual para Si mesmo. [...] Esta morada é formada pelos eleitos de Deus passados, presentes e futuros, reunidos pela unidade da fé e da caridade nesta Igreja una, filha da Igreja universal, e que aliás é una com a Igreja universal. Considerada à parte das outras Igrejas particulares, ela não é senão uma parte da Igreja, como o são todas as outras Igrejas. Porém, estas igrejas formam em conjunto a única Igreja universal, mãe de todas as Igrejas. [...] Ao celebrar a consagração da nossa igreja, não fazemos mais do que recordar-nos, no meio das ações de graças, dos hinos e dos louvores, da bondade que Deus manifestou ao chamar este pequeno povo a conhecê-Lo. [...]

A terceira casa de Deus é qualquer alma santa devotada a Deus, a Ele dedicada pelo batismo, tornada templo do Espírito Santo e morada de Deus. [...] Quando celebras a consagração desta terceira casa, recordas simplesmente o favor que recebeste de Deus quando Ele te escolheu para vir habitar em ti pela Sua graça.

O Evangelho do dia 9 de novembro de 2015

Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados às suas mesas. Tendo feito um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo, e com eles as ovelhas e os bois, deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: «Tirai isto daqui, não façais da casa de Meu Pai casa de comércio». Então lembraram-se os Seus discípulos do que está escrito: “O zelo da Tua casa Me consome”. Tomaram então a palavra os judeus e disseram-Lhe: Que sinal nos mostras para assim procederes?». Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e o reedificarei em três dias». Replicaram os judeus: «Este templo foi edificado em quarenta e seis anos, e Tu o reedificarás em três dias?». Ora Ele falava do templo do Seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dos mortos os Seus discípulos lembraram-se do que Ele dissera e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus tinha dito.

Jo 2, 13-22