Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: A Igreja defende, com todas as suas forças, uma presença boa e generosa do pai na família, sendo ele, para as novas gerações, guardião e mediador insubstituível da fé na bondade, justiça e protecção de Deus. A primeira necessidade que tem uma família é a presença do pai. É preciso que ele permaneça ao lado da esposa, compartilhando alegrias e aflições, fadigas e esperanças, e que esteja junto dos filhos no seu crescimento, quando jogam e quando trabalham, quando falam e quando estão taciturnos, quando ousam e quando hesitam, quando dão um passo errado e quando reencontram a estrada. Um pai bom sabe esperar e sabe corrigir, com todo o seu coração. Naturalmente sabe corrigir também com firmeza: não é um pai pusilânime, demissionário, sentimentalóide. O pai que sabe corrigir sem humilhar é o mesmo que sabe proteger sem se poupar a esforços. Entretanto ele, sem a graça que vem do Pai que está nos Céus, perde a coragem e abandona a sua missão. Mas os filhos têm necessidade de encontrar um pai que está à espera deles quando regressam dos seus falimentos; farão de tudo para não o admitir, para não o darem a perceber, mas têm necessidade; e, se não encontram este pai à sua espera, abrem-se feridas difíceis de curar. Quanta dignidade e ternura naquele pai do filho pródigo que espera à porta de casa que o filho regresse!

Santo Padre:
Carissimi pellegrini di lingua portoghese, vi saluto cordialmente tutti. Questa visita a Roma vi aiuti ad essere pronti, come Abramo, per uscire ogni giorno verso la terra di Dio e dell’uomo, rivelandovi una benedizione e un segno dell’amore di Dio per tutti i suoi figli. La Vergine Santa vi guidi e protegga!

Locutor: Amados peregrinos de língua portugesa, saúdo-vos cordialmente a todos. Esta visita a Roma vos ajude a estar prontos, como Abraão, a sair cada dia para a terra de Deus e do homem, revelando-vos uma bênção e um sinal do amor de Deus por todos os seus filhos. A Virgem Santa vos guie e proteja!

Malta - Apontamentos históricos (1)

Em 1530, os Cavaleiros de São João, expulsos de Rodes pelos Turcos Otomanos, receberam Malta para se instalarem. Continuaram em guerra com os Turcos, a quem consideravam infiéis e, portanto, inimigos. Em 1565 o sultão otomano Solimão, o Magnífico, ordenou um ataque a Malta numa tentativa de exterminar a Ordem. Uma grande frota turca, com quatro vezes o número de homens ao dispor dos defensores, cercou a ilha em Maio. A luta manteve-se acesa até Setembro, mês em que os Turcos se retiraram, severamente batidos por causa de reforços vindos da Sicília. Após a guerra, os soldados começaram a fixar-se em vários pontos da ilha, em especial numa pequena península no sopé do monte Sceberras entre dois portos naturais, onde viria a nascer Valeta.

O povoado começou a desenvolver-se; foi construída uma torre no extremo da ilha, a Torre de Santo Elmo, com o intuito de defender a nova cidade. Mais tarde, o grão-mestre da Ordem, Jean Parisot de la Valette, apercebeu-se que a Ordem pretendia manter a sua posição na ilha, portanto começou a planear uma cidade fortificada. O projecto foi apoiado pelo Papa Pio V e pelo rei de Espanha, Filipe II. O Papa disponibilizou os serviços de Francesco Laparelli, engenheiro militar, para a concepção da cidade e dos seus órgãos defensivos. Ass obras começaram em 1566, com a edificação dos bastiões, procedendo-se depois à construção dos edifícios mais importantes; a cidade recebeu o seu nome do grão-mestre, ficando a denominar-se La Valetta.

A cidade ficou concluída em 1568, já depois da morte de La Valette. O seu sucessor, Pietro del Monte continuou o trabalho já começado. Em 1571, o quartel da Ordem foi transferida de Birgu para Valeta. O arquitecto Laparelli deixou Malta em 1570, sendo substituído por Gerolamo Cassar, que tinha passado largas temporadas em Roma, e por isso estava bem informado sobre os estilos arquitectónicos mais vanguardistas. Foi responsável pela construção da Sacra Infermeria, a Igreja de São João, o Palácio do Grão-Mestre e sete albergues (local onde ficavam hospedados os Cavaleiros da Ordem). Durante o século XVI a cidade cresceu muito, tanto em termos populacionais, pois muitas pessoas de toda a ilha deslocavam-se para lá com o intuito de aí ficarem mais seguras devido à fortaleza que rodeava a cidade, como também em termos de património; Cassar ergue diversos palácios e igrejas em estilo Maneirista.

Valeta tornou-se num importante centro estratégico no Mediterrâneo; a posição geográfica e a cidade fortificada foram muito importantes no que diz respeito à estratégia militar no sul da Europa e norte de África. O planeamento urbano da cidade estava muito virado para a defesa da mesma. Baseada numa malha urbana mais ou menos uniforme, à medida que se vai aproximando do extremo da península as ruas são bastante inclinadas; as escadas nessas ruas têm degraus bastante diferentes do habitual, pois eram destinados a facilitar a movimentação dos Cavaleiros da Ordem com as suas armaduras bastante pesadas.

Mais tarde, foi a partir da cidade que Napoleão atacou a Ordem, obrigando o Grão-Mestre Ferdinand von Hompesch, que lhe teria dado porto-salvo para reabastecer os navios enquanto se dirigia para o Egipto, a capitular.

Já no século XX, a cidade sofreu mais um cerco. Desta vez foi durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido fortemente bombardeada, ficando parcialmente destruída. No pós-guerra, a cidade recuperou rapidamente; nos dias hoje ainda se podem observar as marcas deixadas por essa época. A população da cidade decresceu severamente nessa época, pois as pessoas deslocavam-se para a periferia onde nasciam casas modernas em novos aglomerados urbanos; a cidade ficou reduzida a cerca de 9 000 habitantes.

Na viragem do século a cidade ganhou novo fôlego; a entrada de Malta para a União Europeia, em Maio de 2004, tornou Valeta no principal centro financeiro do país, atraindo também muitos turistas. O sector do turismo ficou largamente beneficiado com a adesão ao euro, em Janeiro de 2008, devido ao facto da larga maioria dos turistas em Valeta serem originários da zona Euro.

A capital maltesa está intrinsecamente ligada à história da Ordem de São João de Jerusalém. Foi dominada por Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Bizantinos, Muçulmanos e pela Ordem de São João ao longo da sua larga história. Os 320 monumentos de Valeta nuns escassos 55 hectares, fazem da cidade um dos locais de maior densidade histórica do mundo.

Os critérios para a eleição de Valeta como património mundial foram o facto de representar uma obra-prima do génio criativo humano e estar directamente ou tangivelmente associado a eventos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, com trabalhos artísticos e literários de destacada importância universal.

António Mexia Alves

«Não é Ele o carpinteiro?»

São João Paulo II (1920-2005), papa 
Exortação apostólica «Redemptoris custos», § 22


A expressão quotidiana do amor na vida da Família de Nazaré é o trabalho. […] Aquele que era designado como o «filho do carpinteiro» tinha aprendido o ofício de seu «pai» putativo. Se a Família de Nazaré, na ordem da salvação e da santidade, é exemplo e modelo para as famílias humanas, é-o analogamente também o trabalho de Jesus ao lado de José, o carpinteiro. […] O trabalho humano, em particular o trabalho manual, tem no Evangelho uma acentuação especial. Juntamente com a humanidade do Filho de Deus, ele foi acolhido no mistério da Incarnação e também foi como que redimido de maneira particular. Graças à sua oficina, na qual exercitava o próprio ofício juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho humano do mistério da Redenção.

No crescimento humano de Jesus «em sabedoria, em estatura e em graça» teve uma parte notável a consciência profissional, dado que «o trabalho é um bem do homem», que «transforma a natureza» e torna o homem, «em certo sentido, mais homem».

A importância do trabalho na vida do homem exige que se conheçam e assimilem todos os seus conteúdos para ajudar os demais homens a aproximarem-se, através dele, de Deus, Criador e Redentor, e a participarem nos Seus desígnios salvíficos quanto ao homem e quanto ao mundo; e ainda, a aprofundarem a sua vida e amizade com Cristo tendo, mediante a fé vivida, uma participação no seu tríplice múnus: de Sacerdote, de Profeta e de Rei. Trata-se, em última análise, da santificação da vida quotidiana, na qual cada pessoa deve empenhar-se, segundo o próprio estado.

O Evangelho do dia 4 de fevereiro de 2015

Tendo Jesus partido dali, foi para a Sua terra; e seguiram-n'O os discípulos. Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os Seus numerosos ouvintes admiravam-se e diziam: «Donde vêm a Este todas estas coisas que diz? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada? E como se operam tais maravilhas pelas Suas mãos? Não é Este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós as Suas irmãs?». E estavam perplexos a Seu respeito. Mas Jesus dizia-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa». E não pôde fazer ali milagre algum; apenas curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E admirava-Se da incredulidade deles. Depois, andava ensinando pelas aldeias circunvizinhas.

Mc 6, 1-6