Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 23 de março de 2020

Recorre prontamente à Confissão

Se alguma vez caíres, filho, recorre prontamente à Confissão e à direcção espiritual: mostra a ferida!, para que te curem a fundo, para que te tirem todas as possibilidades de infecção, mesmo que te doa como numa operação cirúrgica. (Forja, 192)

Vou resumir-te a tua história clínica: aqui caio e ali me levanto... A última parte é que é importante. Continua com essa luta íntima, mesmo que vás a passo de tartaruga. Adiante! Bem sabes, filho, até onde podes chegar, se não lutares: "o abismo chama por outros abismos". (Sulco, 173)

Compreendeste em que consiste a sinceridade quando me escreveste: "Estou procurando habituar-me a chamar às coisas pelo seu nome, e sobretudo a não acrescentar adjectivos ao que não precisa de nenhum". (Sulco, 332)

"Abyssus, abyssum invocat...", um abismo chama outro abismo, já to lembrei algumas vezes. É a descrição exacta do modo de se comportarem os mentirosos, os hipócritas, os renegados, os traidores: como se sentem incomodados com o seu próprio modo de ser, ocultam as suas trapaças, para irem de mal a pior, abrindo um precipício entre eles e o próximo. (Sulco, 338)

A sinceridade é indispensável para progredir na união com Deus.

– Se dentro de ti, meu filho, há algo que não queres que se saiba, desembucha! Diz primeiro, como sempre te aconselho, o que gostarias de ocultar. Depois de ter desabafado na Confissão, como nos sentimos bem! (Forja, 193)

Na altura do exame, vai prevenido contra o demónio mudo. (Caminho, 236)

São Josemaría Escrivá

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta de oração, pessoal e familiar, para cada dia.

5º Dia. Segunda-feira, 23 de Março de 2020

Meditação:

Mais e melhor

O evangelista diz que a cura do filho do funcionário real foi “o segundo milagre que Jesus realizou ao voltar da Judeia para a Galileia”, porque fora também nessa região, mas em Caná, que Jesus “convertera a água em vinho” (Jo 4, 43-54).

Ante a doença de seu filho, aquele pai angustiado foi ter com Jesus, a quem pediu “que descesse a curar o filho, que estava a morrer”. Há fé nesta petição, mas também alguma incredulidade, na medida em que supõe que só o contacto físico do Mestre com o doente é capaz de o curar. Mas essa sua pretensão era humilde e, por isso, mesmo não tendo o Senhor descido com ele a sua casa, se dispôs a conceder-lhe essa graça.

O funcionário real “acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho: Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia”. Depois, o pai confirmou que a cura acontecera no preciso momento em que o Senhor lhe tinha dito que o seu pedido seria atendido.

Quando um mendigo pediu a Alexandre Magno uma esmola, este fê-lo senhor de cinco cidades. O pobre reagiu com estupefação ao tão desproporcionado dom, mas o imperador respondeu-lhe: Tu pedes como quem és, mas eu dou como quem sou!

Ter fé é acreditar que o Senhor ouve sempre as nossas orações e, mais ainda, que as atende quando e como Lhe parece melhor. Não nos cabe a nós determinar o modo, nem o tempo. Mas há uma certeza que devemos ter sempre: se o Senhor não nos concede o que Lhe pedimos, é porque nos quer dar algo ainda melhor.

Intenções para os mistérios gozosos do Rosário de Nossa Senhora:

1º - A anunciação do Anjo a Nossa Senhora. Quantas crianças não chegam a nascer, muitas vezes porque são as próprias mães que impedem o seu nascimento. Maria, mesmo não sabendo ainda qual seria a reação de São José àquela inesperada gravidez, não temeu. Rezemos por todas as grávidas, para que vençam o temor na certeza do amor de Deus.

2º - A visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel. Apesar de grávida, Nossa Senhora não pensou em si mesma, mas na prima a que podia ajudar na etapa final da sua gravidez. Peçamos a Deus por todos os profissionais de saúde, para que sejam uma ajuda e uma esperança para todas as mães, sobretudo as mais necessitadas.

3º - O nascimento de Jesus em Belém. Recém-nascido, o filho de Deus não teve direito a um berço de oiro, como era devido à sua condição régia e divina, mas uma simples manjedoura. Que Nosso Senhor ampare todas as famílias que vivem em situações precárias e lhes conceda a graça de uma habitação digna.

4º - A apresentação de Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora. Apesar de saberem que Jesus é o Filho de Deus e, por isso, não carecia de nenhuma graça, Maria e José apresentaram-no, sem demora, no templo de Jerusalém. Que todos os pais cristãos peçam, quanto antes, a graça do Baptismo para os seus filhos recém-nascidos.

5º - O Menino Jesus perdido e achado no templo. Jesus perdeu-se quando acompanhou os seus pais, na sua peregrinação pascal a Jerusalém. Que todas as famílias cristãs participem, unidas, na Missa dominical, memorial e renovação da Páscoa cristã, agora por via televisiva ou outra.

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

O mundo está a mudar

Pesquisei no «Google» a frase «the world is changing» e recebi 700 milhões de endereços para consultar. Parafraseando um político célebre, informo que ainda não os consultei todos pela segunda vez, mas já tenho uma opinião sobre o assunto. O mundo está mesmo a mudar.

Nesta Páscoa, há poucos dias, baptizaram-se cerca de 3800 adultos em França e 2500 adultos no Reino Unido. Um número maior de adultos já cristãos, anteriormente baptizados em comunidades protestantes, foi recebido na Igreja Católica. Até na Europa, as estatísticas começam a mudar.

Anda a correr pela Net o vídeo da mensagem de Páscoa do Primeiro-Ministro britânico, David Cameron (som original e legendas em português em: www.youtu.be/A6JzlUwnSWw). Não é costume um Primeiro-ministro ter alguma coisa para dizer na Páscoa, mas o mundo está a mudar. Cameron veio declarar, rotundamente, que o Reino Unido é um país cristão: feliz por acolher todos e conviver com todas as convicções religiosas mas, apesar de tudo, um país de matriz claramente cristã. Sublinhou com força o papel do cristianismo na vida nacional: «a igreja não é apenas um património de lindíssimos edifícios antigos, é uma força vital e actuante». Onde há desalojados, ou droga, ou sofrimento, onde a integração social é difícil, ou é preciso promover a educação ou a saúde, aí aparece a Igreja. O seu papel na arte e na cultura é imenso. Cameron chegou a falar, num registo mais pessoal, do apoio que ele próprio recebeu, «nos momentos mais difíceis da minha vida». Ninguém estava à espera de uma mensagem assim! Imagino que Cameron não entrou numa fase mística, a questão é outra: o mundo está a mudar e os políticos são os primeiros a perceber os novos ventos.

Outro dado solto. O sueco Ulf Ekman e a mulher Birgitta – ele, o pastor pentecostal mais influente da Suécia e líder de uma enorme comunidade – anunciaram há um ano, no sermão de Domingo, que se iam fazer católicos. Os suecos aborreceram-se? Nem por isso. Nem sequer acharam surpreendente. Stefan Gustavsson, Secretário-geral da Aliança Evangélica Sueca, emitiu um comunicado a reconhecer que Ekman tinha sido o líder protestante de maior relevo dos últimos 50 anos, com grande impacto também no estrangeiro, e considera que o anúncio da sua conversão «foi um gesto rico de calor humano e de humildade». Desejou a Ulf Ekman e à mulher as maiores felicidades e as bênçãos do Senhor e explicou que a Aliança Evangélica está muito satisfeita com as relações, cada vez mais estreitas, com a Igreja católica, apesar das diferenças teológicas que subsistem.

Quase ao mesmo tempo, outro sueco, Lars Ekblad, também se converteu, depois de ser sido pastor luterano durante quase 40 anos: «Quem escuta a voz do Senhor e quer segui-Lo, acaba por se fazer católico».

Olho para outro lado, para o Patriarcado Ortodoxo de Constantinopla, afastado da Igreja desde o século XI. No dia 4 de Abril, numa entrevista à «La Civiltà Cattolica», o Patriarca Bartolomeu I afirmou que «a sinodalidade [a união da Igreja] precisa de um “primeiro”: não se entende sem ele, que é quem tem o carisma do serviço da comunhão. O “primeiro” é aquele que procura o consenso de todos. E justamente esse é o ponto em que verdadeiramente sentimos que o nosso irmão Francisco revelou uma liderança extraordinária». Continua Bartolomeu I: «desde a eleição do Papa Francisco sentimos que havia algo de especial nele: a sua integridade, a sua espontaneidade, o seu calor. Este é o motivo pelo qual decidi participar da Missa inaugural do Pontificado, em 2013». Foi a primeira vez que um Arcebispo de Constantinopla esteve presente naquela ocasião na Igreja de Roma. Esta aproximação, cada vez mais desejada por todos, poderá demorar, mas intensificou-se muito com Bento XVI e está agora a tornar-se mais expressiva e calorosa.

Observo as estatísticas de vários países. Por exemplo, em Itália o número de Confissões praticamente duplicou, com a pregação que o Papa Francisco está a fazer sobre este Sacramento.

O mundo está a mudar? Talvez não mude na mesma direcção em todas as partes do mundo. Estão a chegar às dioceses de Portugal padres enviados por dioceses recônditas da Índia (que chegam sem falar uma palavra de português) e padres de Angola e da Polónia e de outros países. Por exemplo, os padres brasileiros que estão a dinamizar com o seu ardor missionário várias paróquias dos Açores.

Será que os cristãos do resto do mundo conseguem que Portugal também mude?
José Maria C.S. André
«Correio dos Açores»

No aniversário da morte do Bem-aventurado Álvaro del Portillo


Em 23 de Março de 1994 falecia santamente, em Roma, D. Álvaro del Portillo, primeiro sucessor de S. Josemaria. Por motivo deste aniversário incluímos algumas ligações a notícias já publicadas neste site e um novo vídeo em que o Fundador do Opus Dei fala sobre D. Álvaro na Guatemala.

Em 15 de Setembro de 1975, D. Álvaro del Portillo foi eleito primeiro sucessor de S.Josemaria, no Congresso electivo convocado após o falecimento do Fundador. Dos anos em que passou à frente do Opus Dei, sobressaem dois factos decisivos: a erecção da Obra em Prelatura pessoal em 1982 e a beatificação do Fundador em 1992 por João Paulo II.

D. Álvaro impulsionou o trabalho apostólico do Opus Dei em novos países: Suécia, Finlândia, Polónia, Checoslováquia, Camarões, República Dominicana, Hong-Kong, Nova Zelândia, Trindade-Tobago, Zaire, Costa de Marfim, etc.

A sua conduta, enquanto sucessor de S.Josemaria, sempre se pantou por um grande dinamismo apostólica, sentido de comunhão eclesial e fidelidade ao carisma fundacional. No ano em que faleceu – 1994 – a prelatura contava já com 78 mil fieis.

João Pablo II consagrou Bispo D.Álvaro Del Portillo em 6 de Janeiro de 1991. Faleceu santamente em 23 de Março de 1994, após peregrinar à Terra Santa. Na manhã anterior tinha celebrado a sua última Missa na igreja do Cenáculo, em Jerusalém.

(Fonte: site do Opus Dei-Portugal em  http://www.opusdei.pt/art.php?p=43168)