O momento vivido esta manhã em Fátima foi de recolhimento mas de esperança cristã, que, nas palavras de D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, nos faz compreender “que o nosso morrer não é o fim, mas o ingresso na Vida que não conhece mais morte, nem o luto, nem a dor”.
O mundo despediu-se de um arauto da mensagem de Fátima, o Padre Luís Kondor, Vice-Postulador da Causa da Canonização dos Pastorinhos de Fátima, falecido aos 81 anos, em Fátima, na casa onde residia.
A celebração das exéquias esteve inicialmente marcada para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde estão tumulados os Pastorinhos Videntes, mas, por haver informação de que um grande número de pessoas queria prestar a sua última homenagem ao Padre Kondor, a celebração acabou por ser transferida para a Igreja da Santíssima Trindade, que pela primeira vez acolheu uma celebração deste género.
A Missa foi presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima e concelebrada pelo Bispo de Lamego, pelos Bispos Eméritos de Leiria-Fátima, Coimbra e Portalegre-Castelo Branco e por mais de 150 sacerdotes. Em destaque, pelo grande número, os sacerdotes da Congregação do Verbo Divino, a que o Padre Kondor pertencia, e os residentes na Diocese de Leiria-Fátima.
Participaram na celebração mais de três mil pessoas, que se juntaram a muitas outras que não podendo estar presentes manifestaram nos últimos dias aos familiares do Padre Kondor, à Diocese de Leiria-Fátima, à Congregação do Verbo Divino, ao Santuário de Fátima e à Postulação dos Videntes o quanto reconheciam, acarinhavam e estimavam este sacerdote.
Durante a homilia D. António Marto disse que o Padre Kondor, enviado para Fátima quando a Hungria foi invadida, soube melhor que ninguém compreender os apelos da mensagem Fátima, o que o levou, depois, a decidir-se difundi-los pelo mundo inteiro.
“Nas Aparições em Fátima, Nossa Senhora fez ecoar, de novo, precisamente esta mensagem do Magnificat para a humanidade do século XX, em risco de afundar-se no abismo infernal da autodestruição, e para a Igreja ferozmente perseguida para ser aniquilada. Foi esta beleza e grandeza da graça e da misericórdia de Deus que fascinou os pequenos videntes, os pastorinhos, e os atraiu para o caminho da santidade. Foi esta mensagem que o P. Kondor, vindo do Leste, percebeu, com particular acuidade, na sua relevância e urgência para a Igreja, para o mundo e para a vida cristã. Por isso se tornou um dos grandes arautos da Mensagem, com uma íntima, profunda e total dedicação. Promoveu a sua difusão universal com a publicação das ‘Memórias da Irmã Lúcia’ e do ‘Boletim dos Pastorinhos’ em várias línguas e através das suas viagens a vários países”, disse.
O prelado de Leiria-Fátima sublinhou também o grande afecto que Padre Kondor dedicou aos pastorinhos, “tomando a peito a causa da sua beatificação e difundindo a sua espiritualidade”, e a sua “devoção profunda ao Imaculado Coração de Maria” e que, por tudo isto, “o nosso caro P. Kondor fica indelevelmente ligado à história de Fátima”.
D. António recordou com comoção um dos encontros pessois que lhe fez, na fase final da sua doença. “Numa visita que lhe fiz na fase final da doença confidenciou-me: “Quero viver este sofrimento como oferta de reparação tal como os pastorinhos”. E numa outra vez perguntou-me: ‘que posso ainda fazer, assim, pela Diocese’? Ao que eu lhe respondi: ‘Ofereça o seu sofrimento pelo dom das vocações sacerdotais de que a Diocese tanto precisa’. ‘Sim, sim’, foi a sua resposta serena, como quem se sente em paz”.
A solidariedade era uma outra característica marcante do carácter e das acções do Padre Kondor, o que lhe veio a merecer a homenagem pela “Fundação Ajuda à Igreja que Sofre”, comemorando os seus 50 anos de Padre e de presença em Portugal, e a insígnia de Comendador da Ordem de Mérito, atribuída pelo Presidente da República Jorge Sampaio.
Recorde-se que, durante muitos anos, o Padre Luís Kondor colaborou como intermediário entre instituições da Igreja alemã e obras nas dioceses Portuguesas. Entre os muitos apoios que consegue para a Igreja católica portuguesa, destaca-se: reconstrução de várias igrejas nos Açores, após o grande sismo de 1.01.1980. Dedicou-se a diversas obras: em 1956 a construção do Monumento dos Valinhos, em 1959 a imagem de Santo Estêvão que se encontra na Basílica; de 1960 a 1965 colabora com D. João Pereira Venâncio na construção do Seminário Diocesano de Leiria, do Colégio S. Miguel e do Colégio da Marinha Grande; em 1964 a construção da Via Sacra e Capela do Calvário; de 1974-1997 colaborou na transferência de ajudas financeiras da Weltkirche-Köln para dioceses, conventos, casas sacerdotais, paróquias e casas sociais em Portugal; de 1974-1997 colaborou com o Europäischer Hilfsfound das Conferências Episcopais da Áustria, Alemanha e da Suíça, no apoio a dioceses portuguesas; em 1979 a Construção da nova Casa Episcopal de Leiria; de 1975-1985 colaborou na construção dos novos Carmelos de Patacão (Faro), Bom Jesus (Braga) e São Bernardo (Aveiro).
“Até ao fim, manifestou o seu profundo amor pela Igreja. Neste momento, é nosso dever reconhecê-lo como um grande benfeitor da Diocese de Leiria-Fátima e da Igreja em Portugal. Com os seus vastos contactos internacionais conseguiu grandes ajudas para muitas dioceses, paróquias, seminários, mosteiros e causas sociais. A Igreja em Portugal fica-lhe muito grata e não o esquecerá”, sublinhou D. António Marto na homilia.
No final da celebração, antes da viagem até ao Cemitério Paroquial de Fátima, onde o corpo do Padre Kondor foi sepultado, tomou da palavra do Superior Provincial da Congregação do Verbo Divino, para agradecer todas as mensagem a manifestações de carinho pelo Padre Kondor na fase final da sua vida e também após a sua morte.
“(O Padre Kondor) foi missionário toda a sua vida”. “O seu amor a Nossa Senhora era amparo, protecção e alegria, e sobretudo o caminho para chegar a Jesus Cristo. Era grande amigo dos Pastorinhos de Fátima”, disse o Padre José Nunes da Silva.
“Desejo que o amor infinito de Deus que tudo renova e que muito nos ama nos fortaleça e nos torne capazes de dar a vida à missão, como ele fez”, concluiu.
(Fonte: BOLETIM INFORMATIVO 129/2009, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009, 16:30)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Pe. Kondor "desarmava-nos com a sua amizade"
Vai hoje a sepultar um dos maiores embaixadores de Fátima, um grande amigo de Nossa Senhora e dos pastorinhos. Apesar de húngaro, o seu coração era bem português.
O Padre Kondor foi durante décadas confidente pessoal da própria Irmã Lúcia. Foi graças a ele que a vidente esclareceu muita gente sobre a mensagem que tinha recebido do céu, a começar pela publicação em várias línguas das suas Memórias.
Era amigo de João Paulo II e, sobretudo, do seu secretário Mons. Stanislaw Dziwisz - hoje cardeal de Cracóvia - e bateu-se, como ninguém, pelas visitas do papa a Fátima. Amigo pessoal do cardeal Meisner de Colónia e do cardeal Raztinger foi também graças a ele que eu própria conheci em Fátima o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Quando em 1996, o cardeal Ratzinger veio a Portugal, e foi depois ao Carmelo de Coimbra para se encontrar com a Irmã Lúcia, no final, o Pe. Kondor veio ter comigo e disse-me: Quer vir almoçar connosco?
Era assim, o Padre Kondor: raramente nos dava uma notícia, mas desarmava-nos com a sua amizade, ao ponto de – no meu caso - sentar-me à mesa e almoçar com o cardeal Ratzinger.
A prioridade máxima do seu coração era Nossa Senhora e os Pastorinhos. Por isso, não tenho dúvidas, que agora é no meio deles – lá no céu – que o Pe. Kondor vislumbra a plenitude do amor de que Fátima é sinal.
Aura Miguel
(Fonte: site Radio Renascença)
O Padre Kondor foi durante décadas confidente pessoal da própria Irmã Lúcia. Foi graças a ele que a vidente esclareceu muita gente sobre a mensagem que tinha recebido do céu, a começar pela publicação em várias línguas das suas Memórias.
Era amigo de João Paulo II e, sobretudo, do seu secretário Mons. Stanislaw Dziwisz - hoje cardeal de Cracóvia - e bateu-se, como ninguém, pelas visitas do papa a Fátima. Amigo pessoal do cardeal Meisner de Colónia e do cardeal Raztinger foi também graças a ele que eu própria conheci em Fátima o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Quando em 1996, o cardeal Ratzinger veio a Portugal, e foi depois ao Carmelo de Coimbra para se encontrar com a Irmã Lúcia, no final, o Pe. Kondor veio ter comigo e disse-me: Quer vir almoçar connosco?
Era assim, o Padre Kondor: raramente nos dava uma notícia, mas desarmava-nos com a sua amizade, ao ponto de – no meu caso - sentar-me à mesa e almoçar com o cardeal Ratzinger.
A prioridade máxima do seu coração era Nossa Senhora e os Pastorinhos. Por isso, não tenho dúvidas, que agora é no meio deles – lá no céu – que o Pe. Kondor vislumbra a plenitude do amor de que Fátima é sinal.
Aura Miguel
(Fonte: site Radio Renascença)
O convite de Bento XVI aos cientistas: não reduzir a ciência a simples calculo e experimentação
A ciência deve abrir o horizonte da razão á procura da verdade: foi o que sublinhou Bento XVI na audiência desta sexta-feira aos participantes no encontro promovido pela Specola Vaticana, por ocasião do ano internacional da astronomia. O Papa afirmou que na contemplação do universo e das outras maravilhas da criação podemos reconhecer a obra de Deus Amor. Hoje e amanhã a Specola Vaticana e o governamento do Estado da Cidade do Vaticano celebram o ano da astronomia com uma serie de iniciativas culturais em que tomam parte astrónomos do mundo inteiro.
“Quem pode negar que a responsabilidade pelo futuro da humanidade e o respeito pela natureza exigem hoje mais do que nunca a observação atenta, o juízo critico, a paciência e a disciplina que são essenciais para o método cientifico moderno? Mas ao mesmo tempo, os grandes cientistas da era das descobertas recordam-nos também que o verdadeiro conhecimento se dirige sempre á sabedoria e em vez de restringir o horizonte da mente convida-nos a elevar o olhar para o reino alto do espírito.
Numa palavra, o conhecimento deve ser compreendido e perseguido em toda a sua dimensão libertadora. Certamente, reconheceu o Papa, pode ser reduzida a cálculo e experiencia. Contudo se aspira a ser sabedoria, capaz de orientar o homem, deve tender a atingir a verdade última, que, embora para além das nossas capacidades, é contudo a chave da nossa autêntica felicidade e liberdade.
Bento XVI concluiu o seu discurso com uma exortação a todos os cientistas:
Tenho a esperança de que a admiração e a exaltação, frutos deste Ano Internacional da Astronomia, levem para além da contemplação das maravilhas da criação até á contemplação do Criador. Daquele amor que move o sol e as outras estrelas.
(Fonte: site Radio Vaticana)
“Quem pode negar que a responsabilidade pelo futuro da humanidade e o respeito pela natureza exigem hoje mais do que nunca a observação atenta, o juízo critico, a paciência e a disciplina que são essenciais para o método cientifico moderno? Mas ao mesmo tempo, os grandes cientistas da era das descobertas recordam-nos também que o verdadeiro conhecimento se dirige sempre á sabedoria e em vez de restringir o horizonte da mente convida-nos a elevar o olhar para o reino alto do espírito.
Numa palavra, o conhecimento deve ser compreendido e perseguido em toda a sua dimensão libertadora. Certamente, reconheceu o Papa, pode ser reduzida a cálculo e experiencia. Contudo se aspira a ser sabedoria, capaz de orientar o homem, deve tender a atingir a verdade última, que, embora para além das nossas capacidades, é contudo a chave da nossa autêntica felicidade e liberdade.
Bento XVI concluiu o seu discurso com uma exortação a todos os cientistas:
Tenho a esperança de que a admiração e a exaltação, frutos deste Ano Internacional da Astronomia, levem para além da contemplação das maravilhas da criação até á contemplação do Criador. Daquele amor que move o sol e as outras estrelas.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Será o Celibato uma vida de repressão sexual?
Recentemente, um ex-padre Católico apareceu no programa da Oprah para defender a sua escolha de deixar a Igreja para se casar. Este padre combateu o seu desejo por esta mulher durante vários anos e finalmente decidiu que as suas únicas opções eram casar-se com ela ou reprimir os seus desejos sexuais. De facto, como anunciou à audiência internacional, a “repressão” é a única escolha para quem permanece celibatário.
Será isto verdade? Será que as nossas únicas opções no que diz respeito ao desejo sexual são “ceder” ou “reprimir”? De certeza que para um mundo dominado pela luxúria sexual, o celibato vitalício parece absurdo. A atitude geral do mundo em relação ao celibato Cristão pode resumir-se a isto: “Olhem, o casamento é a única hipótese “legítima” que vocês, os Cristãos, têm de satisfazer os vossos desejos sexuais. Porque diabo haviam de desperdiçar isso? Iriam condenar-se a uma vida de repressão sem esperança.”
A diferença entre casamento e celibato, no entanto, nunca deve ser entendida como a diferença entre ter uma saída legítima para o desejo sexual por um lado e ter de o reprimir por outro. Cristo chama todos – independentemente da sua vocação particular – à experiência da redenção pelo domínio da concupiscência. Apenas nesta perspectiva é que as vocações cristãs (casamento e celibato) fazem sentido. Ambas as vocações – se forem vividas como Cristo pretende – decorrem da mesma experiência da redenção da sexualidade.
Em primeiro lugar, o casamento não é uma saída legítima para satisfazer os desejos sexuais. Como o Papa João Paulo II uma vez realçou, os esposos podem cometer “adultério no coração” um com o outro se se tratam um ao outro apenas como um escape para a auto-gratificação. (ver TOB 43:3). Sei que é um cliché mas porque é que tantas mulheres se queixam de dores de cabeça quando os seus maridos querem sexo? Será porque se sentem usadas em vez de amadas? É a isto que a luxúria conduz: à utilização das pessoas, não a amá-las.
A libertação do domínio da concupiscência – essa desordem dos afectos causada pelo pecado original – é essencial, ensina-nos João Paulo II, se queremos viver as nossas vidas “na verdade” e experimentar o plano divino para o amor humano (ver TOB 43:6, 47:5). De facto, o ethos sexual cristão “está sempre associado… com a libertação do coração do domínio da concupiscência” (TOB 43:6). E essa libertação é igualmente essencial para os que vivem o celibato consagrado, os solteiros ou os casados. (ver TOB 77:4)
É precisamente essa liberdade que nos permite descobrir o que João Paulo II chamou a “pureza amadurecida”. Na pureza amadurecida “O homem apercebe-se dos frutos da vitória sobre a concupiscência” (TOB 58:7). Esta vitória é gradual e certamente permanece frágil aqui na terra, mas não deixa de ser real. Para os que são agraciados com os seus frutos, um mundo novo abre-se – uma nova forma de ver, pensar, viver, falar, amar, rezar. O acto conjugal torna-se uma experiência de contacto com o sagrado, impregnada de graça, em vez de uma grosseira satisfação do instinto. E o celibato cristão torna-se uma forma libertadora de viver a sexualidade como “um dom total de si” por Cristo e pela Sua Igreja.
João Paulo II observou que o celibatário tem de submeter “a tendência para o pecado da sua humanidade aos poderes que fluem do mistério da redenção do corpo… tal como qualquer outra pessoa faz”.(TOB 77:4). É por esta razão, indica ele, que a vocação ao celibato não é apenas uma questão de formação, mas de transformação (ver TOB 81:5). A pessoa que vive esta transformação não está dominada pela necessidade de ceder aos seus desejos. Está livre com o que João Paulo II chamou a “liberdade do dom”. Isto significa que os desejos não controlam a pessoa; mas é a pessoa que controla os seus desejos.
Resumindo, a verdadeira liberdade sexual não é a liberdade de ceder às compulsões, mas liberdade da compulsão de ceder. Apenas uma pessoa com essa liberdade é capaz de fazer de si um dom livre no amor… tanto no casamento, como numa vida de devoção consagrada a Cristo e à Igreja. Porque a pessoa que é livre desta forma, sacrificando a expressão genital da sua sexualidade por um bem tão grande como as Núpcias Eternas de Cristo com a Igreja, não só se torna uma possibilidade, mas até bastante atraente.
Christopher West
Tradução de M. J. V.
(Agradecimento: ‘Infovitae’)
Será isto verdade? Será que as nossas únicas opções no que diz respeito ao desejo sexual são “ceder” ou “reprimir”? De certeza que para um mundo dominado pela luxúria sexual, o celibato vitalício parece absurdo. A atitude geral do mundo em relação ao celibato Cristão pode resumir-se a isto: “Olhem, o casamento é a única hipótese “legítima” que vocês, os Cristãos, têm de satisfazer os vossos desejos sexuais. Porque diabo haviam de desperdiçar isso? Iriam condenar-se a uma vida de repressão sem esperança.”
A diferença entre casamento e celibato, no entanto, nunca deve ser entendida como a diferença entre ter uma saída legítima para o desejo sexual por um lado e ter de o reprimir por outro. Cristo chama todos – independentemente da sua vocação particular – à experiência da redenção pelo domínio da concupiscência. Apenas nesta perspectiva é que as vocações cristãs (casamento e celibato) fazem sentido. Ambas as vocações – se forem vividas como Cristo pretende – decorrem da mesma experiência da redenção da sexualidade.
Em primeiro lugar, o casamento não é uma saída legítima para satisfazer os desejos sexuais. Como o Papa João Paulo II uma vez realçou, os esposos podem cometer “adultério no coração” um com o outro se se tratam um ao outro apenas como um escape para a auto-gratificação. (ver TOB 43:3). Sei que é um cliché mas porque é que tantas mulheres se queixam de dores de cabeça quando os seus maridos querem sexo? Será porque se sentem usadas em vez de amadas? É a isto que a luxúria conduz: à utilização das pessoas, não a amá-las.
A libertação do domínio da concupiscência – essa desordem dos afectos causada pelo pecado original – é essencial, ensina-nos João Paulo II, se queremos viver as nossas vidas “na verdade” e experimentar o plano divino para o amor humano (ver TOB 43:6, 47:5). De facto, o ethos sexual cristão “está sempre associado… com a libertação do coração do domínio da concupiscência” (TOB 43:6). E essa libertação é igualmente essencial para os que vivem o celibato consagrado, os solteiros ou os casados. (ver TOB 77:4)
É precisamente essa liberdade que nos permite descobrir o que João Paulo II chamou a “pureza amadurecida”. Na pureza amadurecida “O homem apercebe-se dos frutos da vitória sobre a concupiscência” (TOB 58:7). Esta vitória é gradual e certamente permanece frágil aqui na terra, mas não deixa de ser real. Para os que são agraciados com os seus frutos, um mundo novo abre-se – uma nova forma de ver, pensar, viver, falar, amar, rezar. O acto conjugal torna-se uma experiência de contacto com o sagrado, impregnada de graça, em vez de uma grosseira satisfação do instinto. E o celibato cristão torna-se uma forma libertadora de viver a sexualidade como “um dom total de si” por Cristo e pela Sua Igreja.
João Paulo II observou que o celibatário tem de submeter “a tendência para o pecado da sua humanidade aos poderes que fluem do mistério da redenção do corpo… tal como qualquer outra pessoa faz”.(TOB 77:4). É por esta razão, indica ele, que a vocação ao celibato não é apenas uma questão de formação, mas de transformação (ver TOB 81:5). A pessoa que vive esta transformação não está dominada pela necessidade de ceder aos seus desejos. Está livre com o que João Paulo II chamou a “liberdade do dom”. Isto significa que os desejos não controlam a pessoa; mas é a pessoa que controla os seus desejos.
Resumindo, a verdadeira liberdade sexual não é a liberdade de ceder às compulsões, mas liberdade da compulsão de ceder. Apenas uma pessoa com essa liberdade é capaz de fazer de si um dom livre no amor… tanto no casamento, como numa vida de devoção consagrada a Cristo e à Igreja. Porque a pessoa que é livre desta forma, sacrificando a expressão genital da sua sexualidade por um bem tão grande como as Núpcias Eternas de Cristo com a Igreja, não só se torna uma possibilidade, mas até bastante atraente.
Christopher West
Tradução de M. J. V.
(Agradecimento: ‘Infovitae’)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934
“Inaugurou-se o ano em DYA, e espero que sejam muitos os frutos sobrenaturais, e de cultura e formação apostólica, que se obtenham”, escreve ao Vigário de Madrid, falando de uma residência para estudantes universitários que acabava de pôr em andamento.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/30-10-5)
Documentário testemunha ajuda de Pio XII às vítimas da II Guerra Mundial
Filme narra a criação de refeitórios e dormitórios em Roma e testemunha compromisso do Papa em favor da paz
A ajuda oferecida pelo Papa Pio XII em favor das vítimas da II Guerra Mundial, independentemente de sua religião, pode agora ser constatada através de filmes recentemente redescobertos.
O achado mais surpreendente é a película “Guerra à Guerra”, realizada em 1948 por Romolo Marcellini e Giorgio Simonelli. O filme, de 67 minutos, foi encontrado na Cinemateca Italiana, em estado bastante deteriorado.
No documentário, que em algumas passagens apresenta uma história cinematográfica, podem-se ver “imagens extraordinárias da Segunda Guerra Mundial, particularmente duras, mas muito eficazes para sublinhar o drama do conflito”, explicou Claudia Di Giovanni, delegada da Filmoteca do Vaticano AQUI.
O espectador pode ver como o Papa converteu as grandes salas do palácio apostólico de Castelgandolfo em dormitórios para mulheres e crianças refugiadas. O filme inclui sequências da Praça de São Pedro e da Basílica de São João de Latrão, em Roma, onde por indicação de Pio XII se criaram refeitórios para dar de comer à população que atravessava a penúria da guerra.
O documentário “é particularmente importante pois representa a tentativa do catolicismo de comunicar a sua oposição à guerra através do cinema. O filme não pôde praticamente ser distribuído no período pós-bélico, mas é um testemunho fundamental do compromisso do Papa Pio XII em favor da paz”, referiu a delegada da Filmoteca Vaticana.
“A restauração do filme foi apresentada no festival de cinema de Veneza, em Setembro passado, impressionando a crítica e o público”, afirmou Claudia Di Giovanni. Os realizadores optaram por “um estilo narrativo inspirado no neo-realismo, simples mas eficaz, que não oculta o horror, mas representa-o em toda a sua realidade mais que explícita, sobretudo se consideramos que se trata de um filme de 1948”, acrescentou.
A Filmoteca Vaticana, que colaborou com a Cinemateca Italiana na restauração do filme, possui uma cópia que será projectada fora do circuito comercial.
Outros documentos audiovisuais
A película “Guerra à Guerra” não é o único testemunho audiovisual que narra a ajuda de Pio XII aos necessitados, entre os quais também havia judeus.
A Filmoteca Vaticana recebeu recentemente 70 filmes que documentam a actividade da Pontifícia Obra de Assistência, criada pelo Papa Pio XII para ajudar as vítimas da Segunda Guerra Mundial, informou Claudia di Giovanni.
Instituída em 1944 com o nome de Pontifícia Comissão de Assistência aos Refugiados, ofereceu os seus serviços até 1970, assistindo os pobres, enfermos, encarcerados e vítimas dos desastres naturais.
Com Zenit
Internacional Agência Ecclesia 2009-10-29 15:21:20 3331 Caracteres Cinema
(Fonte: site Agência Ecclesia)
A ajuda oferecida pelo Papa Pio XII em favor das vítimas da II Guerra Mundial, independentemente de sua religião, pode agora ser constatada através de filmes recentemente redescobertos.
O achado mais surpreendente é a película “Guerra à Guerra”, realizada em 1948 por Romolo Marcellini e Giorgio Simonelli. O filme, de 67 minutos, foi encontrado na Cinemateca Italiana, em estado bastante deteriorado.
No documentário, que em algumas passagens apresenta uma história cinematográfica, podem-se ver “imagens extraordinárias da Segunda Guerra Mundial, particularmente duras, mas muito eficazes para sublinhar o drama do conflito”, explicou Claudia Di Giovanni, delegada da Filmoteca do Vaticano AQUI.
O espectador pode ver como o Papa converteu as grandes salas do palácio apostólico de Castelgandolfo em dormitórios para mulheres e crianças refugiadas. O filme inclui sequências da Praça de São Pedro e da Basílica de São João de Latrão, em Roma, onde por indicação de Pio XII se criaram refeitórios para dar de comer à população que atravessava a penúria da guerra.
O documentário “é particularmente importante pois representa a tentativa do catolicismo de comunicar a sua oposição à guerra através do cinema. O filme não pôde praticamente ser distribuído no período pós-bélico, mas é um testemunho fundamental do compromisso do Papa Pio XII em favor da paz”, referiu a delegada da Filmoteca Vaticana.
“A restauração do filme foi apresentada no festival de cinema de Veneza, em Setembro passado, impressionando a crítica e o público”, afirmou Claudia Di Giovanni. Os realizadores optaram por “um estilo narrativo inspirado no neo-realismo, simples mas eficaz, que não oculta o horror, mas representa-o em toda a sua realidade mais que explícita, sobretudo se consideramos que se trata de um filme de 1948”, acrescentou.
A Filmoteca Vaticana, que colaborou com a Cinemateca Italiana na restauração do filme, possui uma cópia que será projectada fora do circuito comercial.
Outros documentos audiovisuais
A película “Guerra à Guerra” não é o único testemunho audiovisual que narra a ajuda de Pio XII aos necessitados, entre os quais também havia judeus.
A Filmoteca Vaticana recebeu recentemente 70 filmes que documentam a actividade da Pontifícia Obra de Assistência, criada pelo Papa Pio XII para ajudar as vítimas da Segunda Guerra Mundial, informou Claudia di Giovanni.
Instituída em 1944 com o nome de Pontifícia Comissão de Assistência aos Refugiados, ofereceu os seus serviços até 1970, assistindo os pobres, enfermos, encarcerados e vítimas dos desastres naturais.
Com Zenit
Internacional Agência Ecclesia 2009-10-29 15:21:20 3331 Caracteres Cinema
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Anglicanos e bispos do Canadá juntos rumo à unidade
No mesmo dia em que o Vaticano anunciou uma nova Constituição para as comunidades anglicanas que desejam entrar em comunhão com Roma, o arcebispo Fred Hiltz, primaz anglicano do Canadá, uniu-se à Conferência canadiana dos bispos católicos no segundo dia da sua assembleia.
No seu discurso, recordou aos bispos católicos os muitos passos avante rumo à plena unidade e as diversas declarações comuns assinadas pela Igreja Católica e pelas Igrejas anglicanas.
Recordando as palavras de João Paulo II ao arcebispo de Cantuária Robert Runcie, o arcebispo Hiltz destacou que a "nossa unidade afectiva nos levará a uma unidade efectiva" e convidou depois os bispos canadianos ao Sínodo da Igreja anglicana no Canadá em 2010.
Por fim, o primaz anglicano fez votos de que bispos católicos e anglicanos se encontrem mais futuramente, e em entrevista a “Salt + Light television” falou da nova Constituição para a instrução de Ordinariatos pessoais para os anglicanos.
O arcebispo Fred Hiltz, Primaz da Igreja anglicana do Canadá afirmou-nos:
“Penso que seja imenso o nosso potencial de crescimento em termos de compartilha das nossas experiências no ministério episcopal: quais são, por exemplo, as alegrias? Quais são os desafios? Que estão fazendo as nossas duas Igrejas para responder aos desafios lançados por uma sociedade sempre mais secularizada e enfrentar juntos as questões difíceis diante da Igreja e diante do mundo? Estou convencido de que não se pode alimentar e reforçar as relações se não nos encontrarmos, discutirmos face a face e rezarmos juntos”.
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
Comentário ao Evangelho do dia:
Catecismo da Igreja Católica, §§ 345-349
O sentido do sábado
O «Sábado» – fim da obra dos «seis dias». O texto sagrado diz que «Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera» e que assim «se completaram o céu e a terra»; e no sétimo dia Deus «descansou» e santificou e abençoou este dia (Gn 2, 1-3). Estas palavras inspiradas são ricas de salutares ensinamentos:
Na criação, Deus estabeleceu uma base e leis que permanecem estáveis, sobre as quais o crente pode apoiar-se com confiança, e que serão para ele sinal e garantia da fidelidade inquebrantável da Aliança divina. Por seu lado, o homem deve manter-se fiel a esta base e respeitar as leis que o Criador nela inscreveu.
A criação foi feita em vista do Sábado e, portanto, do culto e da adoração de Deus. O culto está inscrito na ordem da criação – «Operi Dei nihil preponatur – Nada se anteponha à obra de Deus (ao culto divino)» – diz a Regra de São Bento, indicando assim a justa ordem das preocupações humanas.
O Sábado está no coração da Lei de Israel. Guardar os Mandamentos é corresponder à sabedoria e à vontade de Deus, expressas na Sua obra da criação.
O oitavo dia. Mas para nós, um dia novo surgiu: o dia da Ressurreição de Cristo. O sétimo dia acaba a primeira criação. O oitavo dia começa a nova criação. A obra da criação culmina, assim, na obra maior da Redenção. A primeira criação encontrou o seu sentido e cume na nova criação em Cristo, cujo esplendor ultrapassa o da primeira.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O sentido do sábado
O «Sábado» – fim da obra dos «seis dias». O texto sagrado diz que «Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera» e que assim «se completaram o céu e a terra»; e no sétimo dia Deus «descansou» e santificou e abençoou este dia (Gn 2, 1-3). Estas palavras inspiradas são ricas de salutares ensinamentos:
Na criação, Deus estabeleceu uma base e leis que permanecem estáveis, sobre as quais o crente pode apoiar-se com confiança, e que serão para ele sinal e garantia da fidelidade inquebrantável da Aliança divina. Por seu lado, o homem deve manter-se fiel a esta base e respeitar as leis que o Criador nela inscreveu.
A criação foi feita em vista do Sábado e, portanto, do culto e da adoração de Deus. O culto está inscrito na ordem da criação – «Operi Dei nihil preponatur – Nada se anteponha à obra de Deus (ao culto divino)» – diz a Regra de São Bento, indicando assim a justa ordem das preocupações humanas.
O Sábado está no coração da Lei de Israel. Guardar os Mandamentos é corresponder à sabedoria e à vontade de Deus, expressas na Sua obra da criação.
O oitavo dia. Mas para nós, um dia novo surgiu: o dia da Ressurreição de Cristo. O sétimo dia acaba a primeira criação. O oitavo dia começa a nova criação. A obra da criação culmina, assim, na obra maior da Redenção. A primeira criação encontrou o seu sentido e cume na nova criação em Cristo, cujo esplendor ultrapassa o da primeira.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 30 de Outubro de 2009
São S. Lucas 14,1-6
Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos o observavam.
Achava-se ali, diante dele, um hidrópico.
Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da Lei e fariseus, disse-lhes: «É permitido ou não curar ao sábado?»
Mas eles ficaram calados. Tomando-o, então, pela mão, curou-o e mandou-o embora.
Depois, disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um poço,
não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos o observavam.
Achava-se ali, diante dele, um hidrópico.
Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da Lei e fariseus, disse-lhes: «É permitido ou não curar ao sábado?»
Mas eles ficaram calados. Tomando-o, então, pela mão, curou-o e mandou-o embora.
Depois, disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um poço,
não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Subscrever:
Mensagens (Atom)