Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 11 de outubro de 2014

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (3)

Agora vai e não voltes a pecar.

Mas, Senhor, sabes que eu sou pecador! Como queres que eu não volte a pecar?

Meu filho, conheço-te melhor do que tu te conheces. Eu sei que vais voltar a pecar, mas o que Eu te peço é que te comprometas a resistir ao pecado até ao limite das tuas capacidades.

Mas, Senhor, eu sou tão fraco!

Alguma vez te abandonei? Sozinho não terás forças, mas comigo podes resistir ao pecado.

Mas às vezes parece que não estás ali, a meu lado, a dar-me a mão.

Não será antes tu que me afastas, que olhas para o lado para não me veres? Não estou Eu sempre de mão estendida para ti, como estendi a Pedro quando ele se afundava no mar da Galileia?

Tens razão, Senhor! Desculpa, mas às vezes o pecado é tão “bom”!

Ah, sim, compreendo-te! Mas repara que é bom naquele exacto momento. Depois não te deixa incomodado, dividido, quase irritado por teres caído nele? E ficas triste e por vezes desanimado, por teres caído mais uma vez.

É verdade, Senhor! São tantas vezes que caio, que por vezes me apetece desistir, quase convicto de que nunca serei capaz de resistir.

Acreditas em Mim, no meu amor? Então acredita, meu filho, que o meu amor é muito maior do que o teu pecado e de todas as vezes que nele caias.
Acredita que cada vez que estendes a mão para mim, ansiando pelo meu perdão, Eu levanto-te das ondas alterosas do mar, aperto-te junto ao peito e digo-te: Amo-te com amor eterno. «Ninguém te condenou? Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» Jo 8, 10-11

Marinha Grande, 10 de Outubro de 2014

Joaquim Mexia Alves

Actividades regulares do Clube Xenon 2014 / 2015


“Mea culpa!”

Uma boa notícia: o ex-arcebispo Jozef Wesolowski aguarda, em prisão domiciliária, o seu julgamento por um tribunal italiano, depois do Vaticano o ter condenado, por ter praticado actos pedófilos na República Dominicana, onde foi núncio, e destituído da condição clerical. É vontade expressa do Papa que «um caso tão grave e delicado seja resolvido sem demora», «com o justo e necessário rigor» (L’Osservatore Romano, 26-9-2014, ano XLVI, nº 39).

Uma boa notícia?! De facto, há novidades bem mais felizes, mas é também uma boa notícia a que denuncia um crime monstruoso, como é o caso, e anuncia o castigo do prevaricador e a legítima defesa das vítimas. O diagnóstico de um tumor maligno é, neste sentido, uma boa notícia porque, sem o conhecimento da doença, não seria possível providenciar a cura.

É natural e razoável que uma pessoa, ou instituição, preze o seu bom nome e a sua fama, mas não que o faça à custa da verdade. É mais importante que a Igreja seja verdadeira do que estimável, sobretudo se essa respeitabilidade se fundar no encobrimento da realidade, por muito dura que esta possa ser como, de facto, por vezes é. Só a total veracidade da entidade eclesial, nomeadamente quando reconhece a indignidade dos comportamentos de alguns dos seus mais destacados membros, como agora aconteceu, a faz credível e digna de confiança.

Quando algum escândalo ameaça a instituição católica, alguns pastores tendem a desculpabilizar o alegado prevaricador, a esquecer os ofendidos e, pior ainda, a ocultar a verdade. É sagrada a presunção de inocência até à sentença judicial transitar em julgado mas, depois, contra os factos criminosos, já não há argumentos. É compreensível aquela reacção defensiva instintiva, mas não é aceitável, nem cristã. Porque a Igreja deve dar a prioridade aos inocentes e não aos agressores, qualquer que seja o seu estatuto, até porque os cargos eclesiais, mais do que honras, são acrescidas responsabilidades. Mas, principalmente, porque uma Igreja que não é verdadeira não é de Cristo, que é a verdade, mas do seu inimigo, que «é mentiroso e pai da mentira».

Há quem se aproveite destes factos para atacar os católicos, como se a excepção fosse a regra e a maioria dos padres fossem pedófilos. Não são e há que ser prudente em «tão grave e delicado» assunto, mas a má-fé de alguns não pode servir de álibi. Ninguém se pode cobardemente refugiar nessa desculpa, porque não são as culpas alheias que fazem inocentes os verdadeiros culpados. Só uma religião que acata a realidade objectiva dos factos, quaisquer que sejam, é verdadeira. Só uma Igreja que aceita, para si mesma, a dinâmica da conversão, é credível como instrumento de salvação.

Significa isto uma mudança radical da atitude católica? Não, porque já assim agiram os primeiros cristãos. A Igreja de então, embora perseguida, não forjou uma falsa aparência imaculada, mas deu um corajoso testemunho da verdade, nua e crua.

Era uma enorme vergonha para a Igreja e para os bispos, sucessores dos apóstolos, que Judas fosse um dos doze. Mas os evangelistas, que poderiam ter omitido o nome do traidor ou, pelo menos, a sua condição de apóstolo, não o fizeram. Nem Cristo, aliás, fica bem na escritura: afinal, não foi ele quem o escolheu?!

Também não omitiram a tripla negação de Pedro, nem que o Mestre lhe chamou o nome do próprio demónio, Satanás! Quando esse apóstolo já era Papa, poderia ter muito sorrateiramente mandado retirar estes episódios chocantes, em que ele era o mau da fita, para efeitos de uma nova edição dos Evangelhos, corrigida e … branqueada. Poderia até justificar-se com razões pretensamente pastorais: não escandalizar os pagãos, a converter; nem abalar a confiança dos fiéis, que lhe deviam obedecer. Também poderia ter argumentado que esses tristes episódios não eram, como de facto não são, essenciais para a fé. Mas, também aqui, a verdade prevaleceu.

A penitência não é uma operação de marketing, nem uma plástica de rejuvenescimento artificial, mas o reconhecimento sincero do próprio pecado. Embora cada falta seja pessoal, há actos que adquirem uma dimensão institucional, de que o todo não se pode desentender. Seria hipócrita uma entidade que se engalanasse com as virtudes dos seus santos, mas não se reconhecesse nos vícios dos seus membros pecadores. A Igreja dos bons é também a dos maus, chamados à conversão.

A pior tentação em que pode cair a Igreja católica é a de se amar mais a si mesma do que à verdade, que é Cristo. A Igreja só pode ser fiel ao seu divino fundador e à sua missão salvífica se for humilde, ou seja, verdadeira, também colectivamente. Se for serva e não senhora da verdade. Se amar Cristo mais do que se ama a si mesma. Se procurar apenas a glória de Deus e não a sua própria honra. Se não procurar agradar ao mundo, mas louvar a Deus, na confissão contrita das suas faltas. Se der razão da sua esperança, anunciando ao mundo, na sua própria experiência do pecado e do perdão divino, aquele amor que tudo desculpa, tudo crê e tudo espera.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

'Observador'

«Vinde às bodas»

São Nersés Snorhali (1102-1173), patriarca arménio
Jesus, Filho unigénito do Pai, §§ 683-687; SC 203


Para vir às bodas
Que o Pai Te preparou, ó Filho unigénito,
Também a voz de teus servos me chamou,
Para me deliciar em alegrias inefáveis,
Já aqui na terra, no mistério do teu altar,
E, um dia, nas alturas da cidade santa (Ap 21,2ss),
Num júbilo eterno,
Inexprimível e imutável.

Mas como não trago vestido o traje nupcial
Digno da sala do banquete,
Pois maculei as vestes da fonte sagrada do baptismo
Com estes pecados negros da alma,
Peço-Te, Ó Senhor insondável […],
Reveste-me de novo de Ti (cf Gl 3,27),
E devolve o antigo esplendor
Às minhas primeiras vestes agora maculadas.

Para que eu não ouça a tua voz, Senhor,
Pronunciar a palavra «amigo» com expressão digna de piedade,
E que também eu não seja, como aquele, lançado
Nas trevas para sempre.

O Evangelho de Domingo dia 12 de outubro de 2014

Jesus, tomando a palavra, voltou a falar-lhes em parábolas, dizendo: «O Reino dos Céus é semelhante a um rei, que preparou o banquete de bodas para seu filho. Mandou os seus servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram ir. Enviou de novo outros servos, dizendo: “Dizei aos convidados: Eis que preparei o meu banquete, os meus touros e animais cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às núpcias”. Mas eles desprezaram o convite e foram-se, um para a sua casa de campo e outro para o seu negócio. Outros lançaram mão dos servos que ele enviara, ultrajaram-nos e mataram-nos. «O rei, tendo ouvido isto, irou-se e, enviando os seus exércitos, exterminou aqueles homicidas, e incendiou-lhes a cidade. Então disse aos servos: “As bodas, com efeito, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas dos caminhos e a quantos encontrardes convidai-os para as núpcias”. Tendo saído os seus servos pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala das bodas ficou cheia de convidados. «Entrando depois o rei para ver os que estavam à mesa, viu lá um homem que não estava vestido com o traje nupcial. E disse-lhe: “Amigo, como entraste aqui, não tendo o traje nupcial?”. Ele, porém, emudeceu. Então o rei disse aos seus servos: “Atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas lá de fora, aí haverá choro e ranger de dentes. Porque são muitos os chamados mas poucos os escolhidos”».

Mt 22, 1-14

«Feliz aquela que acreditou» (Lc 1,45)

Papa Francisco 
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A Alegria do Evangelho» § 288 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)


Virgem e Mãe Maria,
Vós que, movida pelo Espírito,
acolhestes o Verbo da vida
na profundidade da vossa fé humilde,
totalmente entregue ao Eterno,
ajudai-nos a dizer o nosso «sim»
perante a urgência, mais imperiosa do que nunca,
de fazer ressoar a Boa-Nova de Jesus.

Vós, cheia da presença de Cristo,
levastes a alegria a João o Baptista,
fazendo-o exultar no seio de sua mãe (Lc 1,41).
Vós, estremecendo de alegria,
cantastes as maravilhas do Senhor (Lc, 1,46s).
Vós, que permanecestes firme diante da Cruz
com uma fé inabalável (Jo 19,25)
e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição,
reunistes os discípulos à espera do Espírito
para que nascesse a Igreja evangelizadora (Act 1,14).

Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados
para levar a todos o Evangelho da vida
que vence a morte.
Dai-nos a santa audácia de buscar novos caminhos
para que chegue a todos
o dom da beleza que não se apaga.

Vós, Virgem da escuta e da contemplação (Lc 2,19),
Mãe do amor (Ecli 24,24 Vulg), esposa das núpcias eternas (Ap 19,7),
intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo,
para que ela nunca se feche nem se detenha
na sua paixão por instaurar o Reino.

Estrela da nova evangelização,
ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,
do serviço, da fé ardente e generosa,
da justiça e do amor aos pobres,
para que a alegria do Evangelho
chegue até aos confins da terra
e nenhuma periferia fique privada da sua luz.

Mãe do Evangelho vivo,
manancial de alegria para os pequeninos,
rogai por nós.
Ámen. Aleluia!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 11 de outubro de 2014

Aconteceu que, enquanto Ele dizia estas palavras, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse-Lhe: «Bem-aventurado o ventre que Te trouxe e os peitos a que foste amamentado». Porém, Ele disse: «Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

Lc 11, 27-28