Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 12 de abril de 2020

Ele é bom..., e Ele ama-te

Contradições por aquele acontecimento ou outro qualquer?... Não vês que é o que o teu Pai-Deus que o quer..., e Ele é bom..., e Ele ama-te – a ti só! – mais que todas as mães do mundo juntas podem amar os seus filhos? (Forja, 929)

Mas não esqueçamos que estar com Jesus é seguramente encontrar-se com a sua Cruz. Quando nos abandonamos nas mãos de Deus, é frequente que Ele permita que saboreemos a dor, a solidão, as contradições, as calúnias, as difamações, os escárnios, por dentro e por fora: porque quer conformar-nos à Sua imagem e semelhança e permite também que nos chamem loucos e que nos tomem por néscios.

É a altura de amar a mortificação passiva que vem – oculta, ou descarada e insolente – quando não a esperamos. Chegam a ferir as ovelhas com as pedras que deviam atirar-se aos lobos: quem segue Cristo experimenta na própria carne que aqueles que o deviam amar se comportam com ele de uma maneira que vai da desconfiança à hostilidade, da suspeita ao ódio. Olham-no com receio, como um mentiroso, porque não acreditam que possa haver relação pessoal com Deus, vida interior; em contrapartida, com o ateu e com o indiferente, geralmente rebeldes e desavergonhados, desfazem-se em amabilidades e compreensão.

E talvez Nosso Senhor permita que o Seu discípulo se veja atacado com a arma, que nunca é honrosa para aquele que a empunha, das injúrias pessoais; com lugares comuns, fruto tendencioso e delituoso de uma propaganda massificada e mentirosa... Porque o bom gosto e a cortesia não são coisas muito comuns.

Assim vai Jesus esculpindo as almas dos Seus, sem deixar de lhes dar interiormente serenidade e alegria, porque eles entendem muito bem que – com cem mentiras juntas – os demónios não são capazes de fazer uma verdade: e grava nas suas vidas a convicção de que só se sentirão bem quando renunciarem à comodidade. (Amigos de Deus, 301)

São Josemaría Escrivá

Cristo ressuscitado é o companheiro

O Mestre passa, uma e outra vez, muito perto de nós. Olha-nos... E se O vês, se O escutas, se não Lhe resistes, Ele ensinar-te-á a dar sentido sobrenatural a todas as tuas ações... E, então, também tu semearás, onde te encontrares, consolação e paz e alegria. (Via Sacra, 8ª estação, n. 4)

No meio das ocupações de cada jornada, no momento de vencer a tendência para o egoísmo, ao sentir a alegria da amizade com os outros homens, em todos esses instantes o cristão deve reencontrar Deus. Por Cristo e no Espírito Santo, o cristão tem acesso à intimidade de Deus Pai, e percorre o seu caminho buscando esse reino, que não é deste mundo, mas que neste mundo se inicia e prepara.

É preciso privar com Cristo na palavra e no Pão, na Eucaristia e na Oração. Tratá-Lo como se trata com um amigo, com um ser real e vivo como Cristo é, porque ressuscitou. Cristo, lemos na epístola aos Hebreus, como permanece eternamente, possui um sacerdócio eterno. Por isso, pode salvar perpetuamente os que por Ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder em seu favor (Heb VII, 24–25).

Cristo, Cristo ressuscitado, é o companheiro, o Amigo. Um companheiro que se deixa ver só entre sombras, mas cuja realidade enche toda a nossa vida, e que nos faz desejar a sua companhia definitiva. O Espírito e a Esposa dizem: Vem! E aquele que ouve, diga: Vem! Que aquele que tenha sede, venha! Que aquele que O deseja, receba gratuitamente a água da vida... O que dá testemunho destas coisas diz: Sim, Eu venho em breve. Assim seja. Vem, Senhor Jesus (Ap XXII, 17 e 20)! (Cristo que passa, 116)

O dia do triunfo do Senhor

"A contemplação do rosto de Cristo não se pode reduzir à sua imagem de crucificado. Ele é o Ressuscitado!" (S. João Paulo II, "O Rosário da Virgem Maria", 23).

No primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram removida a pedra do sepulcro. Entrando, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. (...)

No mesmo dia, caminhavam dois deles para uma aldeia, chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando sobre tudo o que se tinha passado. Sucedeu que, quando eles iam conversando e discorrendo entre si, aproximou-Se deles o próprio Jesus e caminhou com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que fechados, de modo que não O reconheceram. Ele disse-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Eles pararam cheios de tristeza.

Um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Serás tu o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que ali se passou nestes dias?». Ele disse-lhes: «Que foi?». Responderam: «Sobre Jesus Nazareno, que foi um profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e de todo o povo; e de que maneira os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte, e O crucificaram. Ora nós esperávamos que Ele fosse o que havia de libertar Israel; depois de tudo isto, é já hoje o terceiro dia, depois que estas coisas sucederam. É verdade que algumas mulheres, das que estavam entre nós, nos sobressaltaram porque, ao amanhecer, foram ao sepulcro e, não tendo encontrado o Seu corpo, voltaram dizendo que tinham tido a aparição de anjos que disseram que Ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam que era assim como as mulheres tinham dito; mas a Ele não O encontraram». (Lc 24, 1-24)

O dia do triunfo de Nosso Senhor, da sua Ressurreição, é definitivo. Onde estão os soldados que a autoridade tinha posto? Onde estão os selos que tinham colocado sobre a pedra de sepulcro? Onde estão os que condenaram o Mestre? Onde estão os que crucificaram Jesus?... Ante a sua vitória, produz-se a grande fuga dos pobres miseráveis. Enche-te de esperança: Jesus Cristo vence sempre. (Forja, 660)

Ao cair da tarde do sábado, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram perfumes para ir embalsamar o corpo morto de Jesus. - No outro dia, de manhãzinha cedo, chegam ao sepulcro, nascido já o Sol (Mc XVI, 1 e 2). E entrando, ficam consternadas, porque não encontram o corpo do Senhor. - Um jovem, coberto de vestes brancas, diz lhes: Não temais; sei que procurais Jesus Nazareno. Non est hic, surrexít enim sicut dixit, - não está aqui, porque ressuscitou, como tinha anunciado (Mt XXVIII, 5).

Ressuscitou! - Jesus ressuscitou. Não está no sepulcro. A Vida pôde mais do que a morte. Apareceu a Sua Mãe Santíssima. - Apareceu a Maria de Magdala, que está louca de amor. - E a Pedro e aos demais Apóstolos. - E a ti e a mim, que somos Seus discípulos e mais loucos do que Madalena! Que coisas Lhe dissemos!

Que nunca morramos pelo pecado; que seja eterna a nossa ressurreição espiritual. - E, antes de terminar a dezena, beijaste as chagas dos Seus pés... e eu, mais atrevido, - por ser mais criança - pus os meus lábios no Seu lado aberto. (Santo Rosário, 1º mistério glorioso)

Instaurare omnia in Christo, é o lema que S. Paulo dá aos cristãos de Éfeso: dar forma a tudo segundo o espírito de Jesus; colocar Cristo na entranha de todas as coisas: Si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum: quando Eu for levantado sobre a terra, tudo atrairei a mim. Cristo, com a sua Encarnação, com a sua vida de trabalho em Nazaré, com a sua pregação e os seus milagres por terras da Judeia e da Galileia, com a sua morte na Cruz, com a sua Ressurreição, é o centro da Criação, Primogénito e Senhor de toda a criatura.

A nossa missão de cristãos é proclamar essa Realeza de Cristo; anunciá-la com a nossa palavra e com as nossas obras. O Senhor quer os seus em todas as encruzilhadas da Terra. A alguns, chama-os ao deserto, desentendidos das inquietações da sociedade humana, para recordarem aos outros homens, com o seu testemunho, que Deus existe. Encomenda a outros o ministério sacerdotal. À grande maioria, o Senhor quere-a no mundo, no meio das ocupações terrenas. Estes cristãos, portanto, devem levar Cristo a todos os ambientes em que se desenvolve o trabalho humano: à fábrica, ao laboratório, ao trabalho do campo, à oficina do artesão, às ruas das grandes cidades e às veredas da montanha.

Gosto de recordar a este propósito o episódio da conversa de Cristo com os discípulos de Emaús. Jesus caminha junto daqueles dois homens que perderam quase toda a esperança, de modo que a vida começa a parecer-lhes sem sentido. Compreende a sua dor, penetra nos seus corações, comunica-lhes algo da vida que Nele habita. Quando, ao chegar àquela aldeia, Jesus faz menção de seguir para diante, os dois discípulos retêm-No e quase O forçam a ficar com eles. Reconhecem-No depois ao partir o pão: - O Senhor, exclamam, esteve connosco! Então disseram um para o outro: Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração dentro de nós enquanto nos falava no caminho e nos explicava as Escrituras? Cada cristão deve tornar Cristo presente entre os homens; deve viver de tal maneira que todos com quem contacte sintam o bonus odor Christi, o bom odor de Cristo, deve actuar de forma que, através das acções do discípulo, se possa descobrir o rosto do Mestre. (Cristo que passa, 105)

São Josemaria Escrivá

UMA SEMANA DE CAMINHO (Noite de Domingo de Páscoa)

Saído da Vigília Pascal, de coração cheio, recebi um recado dado ao meu ouvido.

Era o Sol que me dizia que amanhã não nasceria, não seria necessário, dizia, porque a luz fulgurante de Cristo Ressuscitado, tudo iluminava e a tudo dava vida.

Compreendi as suas palavras mas disse-lhe:
Ó Sol, lembra-te quer também tu foste criado por Deus e como tal para melhor o louvares e honrares neste dia da Ressurreição, deves nascer, ainda mais brilhante, mais belo, para que possamos perceber, quão mais brilhante e belo é Quem te criou!

Então o Sol deu-me a sua mão quente, (mas sem queimar), e cantando e rodopiando dançou e cantou comigo:
Jesus Cristo Ressuscitou! Ele é a Luz que ilumina e dá a vida! Glória a Deus para sempre!
Aleluia! Aleluia! Aleluia!

Noite do Domingo de Páscoa
Marinha Grande, 16 de Abril de 2017

Joaquim Mexia Alves

Bom Domingo da Ressurreição do Senhor!

No Evangelho de hoje (Jo 20, 1-9) João após ter visto o túmulo vazio do Senhor começou a crer, nós graças a Ele há muito que cremos por convicção e fé. Não nos acomodemos e proclamemos a Salvação que a Ressurreição do Senhor significou.

Louvor e glória a Vós, Senhor Jesus, Rei da Eterna Glória!

Aleluia! Aleluia!

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.

25º Dia. Domingo da Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo, 12 de Abril de 2020.

Meditação da Palavra de Deus (Jo 20, 1-9)

Uma evidência irrefutável

Na companhia de outras santas mulheres, Maria Madalena, “de manhã, sendo ainda escuro”, correu para o sepulcro de Jesus. Sabiam que o seu corpo estava guardado por soldados e que a pedra que fechava a gruta em que fora sepultado, tinha sido selada, para que nenhum dos seus discípulos pudesse roubar o cadáver. Mas, quando se aproximam, não só vêm aberta a porta do túmulo, como verificam a ausência do corpo de Jesus.

Desesperada com o que não duvida em considerar um roubo sacrílego – “levaram o corpo do Senhor” – corre para Jerusalém, para alertar Pedro e João. Os apóstolos, talvez pensando que se tinha enganado na sepultura, correm com ela, mas João, que era mais novo, chegou antes de Pedro, mas não entrou. Porquê? Porque Pedro já era o Papa e, por isso, devia-se-lhe dar a prioridade, não por ele, mas por quem ele agora representa à face da terra. Que bonita lição de amor ao Papa, se se tiver em conta que Pedro tinha por três vezes negado o Mestre e João, que lhe tinha permanecido fiel, era o seu discípulo amado, a quem Jesus entregara sua Mãe!

No Santo Sepulcro, que desde então a Igreja venera como sinal da ressurreição do Mestre, comprovaram a ausência do corpo do Senhor, mas “ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar”.

Se Maria Madalena, nem Pedro, nem João, creram imediatamente na ressurreição de Jesus, não obstante os três avisos prévios que o Senhor fez de que, precisamente, ao terceiro dia, iria ressuscitar, é porque convinha que a sua descrença nos confirmasse na fé da ressurreição de Nosso Senhor, em que só creram quando se lhes impôs como uma evidência irrefutável.

Intenções para os mistérios gloriosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:

1º - A Ressurreição de Nosso Senhor. A ressurreição de Cristo é o fundamento da nossa fé. Rezemos pelos que não têm fé, para que também a eles alcance esta graça.
2º - A Ascensão de Jesus aos Céus. Uma vida terrena interminável seria um suplício, porque só em Deus a nossa alma poderá ser eternamente feliz. Que Jesus renove, em todos os cristãos, o propósito da santidade.
3º - A vinda do Espírito Santo. A graça do Espírito Santo foi concedida aos apóstolos, quando estavam reunidos no Cenáculo. Que o Paráclito conceda à Igreja a graça da unidade na fidelidade a Cristo.
4º - A Assunção de Nossa Senhora. Depois de Jesus subir ao Céu, Maria obedecia a Pedro como se fosse o seu próprio Filho. Rezemos pelo Santo Padre e pelas suas intenções.
5º - A coroação de Maria Santíssima. Antes de o ser do Céu e da terra, Maria foi rainha do lar e família de Nazaré. Que todas as famílias cristãs permaneçam unidas no amor e na fé.

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

O mundo de hoje precisa da salvação do Evangelho

“A Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade!” “A Ressurreição de Cristo é uma nova criação… um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, deslocando-a definitivamente para o lado do bem, da vida, do perdão. Estamos livres, estamos salvos. Por isso exultamos do mais íntimo do coração: ‘Cantemos ao Senhor, verdadeiramente glorioso!”
(…)
“Sim, irmãos, a Páscoa é a verdadeira salvação da humanidade! Se Cristo – o Cordeiro de Deus – não tivesse derramado o seu Sangue por nós, não teríamos qualquer esperança, o destino nosso e do mundo inteiro seria inevitavelmente a morte. Mas a Páscoa inverteu a tendência: a Ressurreição de Cristo é uma nova criação, como um enxerto que pode regenerar toda a planta. É um acontecimento que modificou a orientação profunda da história, fazendo-a pender de uma vez por todas para o lado do bem, da vida, do perdão.
Estamos livres, estamos salvos!”

(Bento XVI – Bênção ‘Urbi et Orbi’ – 04.04.2010)

«Eis o dia que o Senhor fez» (Sl 117, 24)

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo 

Sermão 36; PL 57, 605 (a partir da trad. coll. Icthus t. 10, p. 262)

Deixemos irromper a nossa alegria, meus irmãos, hoje como ontem. Apesar de as sombras da noite terem interrompido o nosso regozijo, o dia santo não terminou [...]: a claridade que a alegria do Senhor espalha é eterna. Cristo iluminou-nos ontem; ainda hoje a Sua luz resplandece. «Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje» diz o bem-aventurado apóstolo Paulo (Heb 13, 8). Sim, para nós Cristo fez-Se dia. Para nós, Ele nasceu hoje, como o anuncia Deus Seu Pai pela voz de David: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei» (Sl 2, 7). Que significa isto? Que Ele não engendrou o Seu filho um dia, mas que Ele próprio O engendra dia e noite. [...]

Sim, Cristo é nosso hoje: esplendor vivo e sem declínio, Ele não cessa de inflamar o mundo que sustém (Heb 1, 3) e este clarão eterno parece ser apenas um dia. «A Teus olhos, mil anos são como um só dia», exclama o profeta (Sl 89, 4). Sim, Cristo é este dia único, porque única é a eternidade de Deus. Ele é o nosso hoje: o passado, desaparecido, não Lhe escapa; o futuro, desconhecido, não tem segredos para Ele. Luz soberana, Ele tudo abraça, tudo conhece, está presente em todos os tempos e possui-os todos. Perante Ele, o passado não pode ruir nem o futuro esquivar-se. [...] Este hoje não é o tempo em que, segundo a carne, Ele nasceu da Virgem Maria, nem aquele em que, segundo a divindade, Ele sai da boca de Deus Seu Pai, mas sim o tempo em que ressuscitou dos mortos: «Ele ressuscitou Jesus, diz o apóstolo Paulo; conforme está escrito no salmo II: «Tu és Meu filho; Eu hoje Te gerei»» (At 13, 33).

Na verdade, Ele é o nosso hoje quando, saído da noite densa dos infernos, incendeia os homens. Na verdade, Ele é o nosso dia, aquele que as negras conspirações dos Seus inimigos não puderam obscurecer. Nenhum dia soube melhor do que este acolher a Sua luz: a todos os mortos, Ele deu o dia e a vida. A velhice tinha atirado os homens para a morte; Ele ergueu-os no vigor do Seu hoje.