Nasceu João em Lisboa no dia de Março de 1647. Durante a adolescência, é vítima de grave doença. A sua cura marcou uma viragem na sua vida, dado que para dar cumprimento à promessa da mãe, vestiu o hábito de S. Francisco Xavier.
Em de Dezembro de 1662, entra no noviciado da Companhia de Jesus em Lisboa. No ano de 1668, pede ao Superior Geral que o deixe ser missionário. Entretanto consolida a sua vocação, ordenado sacerdote (1673) e recebe com alegria o mandato de partir as missões da Índia.
Desembarca em Goa em 1674, a grande capital do Oriente, aonde se dirige de imediato ao túmulo de S. Francisco Xavier. Os missionários, como João de Brito, adoptam um modo de viver, vestir e de comer dos "pandarás-suamis", género de penitentes aceites por todas as castas da Índia. Com este novo método os missionários aumentam a sua aceitação.
Em doze anos de apostolado governou a residência de Colei, passou aos reinos de Ginja e de Travancor, atravessou a pé, e muitas vezes descalço, o continente Índico e percorreu a costa da Pescaria e de Travancor e esteve em risco de vida por diversas ocasiões.
Não lhe esmorece o entusiasmo. Os poderosos locais olham-no com desconfiança. A condenação não tardou. Bastou que João de Brito que tivesse ido outra vez à terra de Maravá para que o governador Ranganadevem o acusasse de desobediência e o condenasse à morte. Foi decapitado em Fevereiro de 1693. O cutelo da execução obteve-se do verdugo mediante grossa soma de dinheiro. Contido numa bainha de filigrana de prata foi trazido para Lisboa e oferecido a D. Pedro II, que o confiou à guarda da Companhia de Jesus, no Colégio de Santo Antão. O local do martírio começou logo a ser venerado pelos cristãos.
Já no século XX coube a Pio XII canonizá-lo a 22 de Junho de 1947.
(Foto de pintura sobre óleo, datada de 1865 e da autoria de Manuel Maria Bordalo Pinheiro)
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