Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Bento XVI - passeio pelos jardins do Seminário de Bressanone (italiano)

Uma boa imagem vale por vezes mais que mil palavras


“Vontade, energia, exemplo”

Vontade. - Energia. - Exemplo. - O que é preciso fazer, faz-se... Sem hesitar... Sem contemplações...Sem isso, nem Cisneros* teria sido Cisneros; nem Teresa de Ahumada, Santa Teresa...; nem Iñigo de Loyola, Santo Inácio...Deus e audácia! - "Regnare Christum volumus!".


(Caminho 11 - S. Josamaría Escrivá de Balaguer)


*N. do T.: Cisneros (1436 - 1517): Cardeal Espanhol, Regente do Trono de Espanha e confessor da Rainha Isabel a Católica. O Cardeal Cisneros iniciou a reforma da Igreja em Espanha, adiantando-se à que, anos depois, começaria o Concílio de Trento para toda a cristandade. Foram notórias a têmpera e a energia do seu carácter.

Santo Inácio de Loyola - Fundador da Companhia de Jesus


«Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, minha memória, minha inteligência e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo. De vós recebi; a vós, Senhor o restituo. Tudo é vosso; disponde de tudo inteiramente, segundo a vossa vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta».

(“Exercícios Espirituais” – S. Inácio de Loyola)

«sem equívocos nem hesitações, o seu caminho específico para Deus, como Santo Inácio traçou na ‘Formula instituti’: a fidelidade amorosa ao vosso carisma será uma fonte segura de fecundidade renovada»

(“Insegnamenti”, vol. XVIII/1, 1995, pág. 26 – João Paulo II)

«(…) a proposta de Santo Inácio de Loyola, dos retiros espirituais em casa, sem ser preciso sair de casa para se retirar para um convento ou para um mosteiro. Basta ir uma hora e meia por semana à Igreja para receber meditação e reflexão e depois leva-se trabalho para casa, para se fazer os retiros espirituais em casa. Nós temos coisas belíssimas e preciosas da nossa tradição, somos chamados como o escriba do Evangelho ‘a tirar coisas novas dos tesouros antigos’».

(Excerto Conferência proferida nas Jornadas Nacionais de Catequistas, Fátima, 15-XI-2003 - Fonte: “Pastoral Catequética”, nº 1, Jan-Abril 2005 – D. António Marto, ao tempo Bispo de Viseu, hoje Bispo de Leiria-Fátima)

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 9ª ORAÇÃO: Pelos agonizantes espirituais

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, virtude real, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura, ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso PAI dizendo: "Meu DEUS, Meu DEUS, porque Me abandonastes?" Por esta angustia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Nova etapa

Alguém a quem muito amo e muito devo, inicia amanhã uma nova etapa da sua vida, peço ao Senhor, que na Sua infinita misericórdia continue a exercer a Sua graça abençoando e iluminando esta nova fase da sua vida e que nos dê força para vencer as dificuldades do dia-a-dia.

Rogo-Lhe, que pela intercessão da Virgem Maria, Sua Santíssima Mãe, aqueles que nos são queridos possam continuar a usufruir da Sua protecção.

Obrigado meu Deus e meu Senhor!

(JPR)

Obediência

«Neste mundo, temos de opor-nos às ilusões de falsas filosofias e reconhecer que não vivemos só de pão, mas primariamente de obediência à palavra de Deus. E somente onde esta obediência for vivida é que nascem e crescem aqueles sentimentos que permitem remediar também pão para todos».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

Johann Sebastian Bach – Jesus alegria dos homens – Trios de Jack Loussier

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 8ª ORAÇÃO: Pelas crianças e jovens

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a Cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e, na hora da minha morte afim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim seja!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Papa: o primeiro dia de férias em Bressanone, está também presente o irmão Mons. George

(ASCA) Bressanone, 29 Julho
Hoje é o primeiro verdadeiro dia de férias em Bressanone de Bento XVI, ao qual já ontem se juntou o seu irmão Padre George.

Não estão previstas saídas; o Município mandou retirar as barreiras colocadas para a chegada.

Do padeiro Muttshlechner “o habitual pão: branco e integral”, como esclarece a proprietária, D. Marta, que acrescenta “o meu filho pasteleiro enviou-lhe os nossos tradicionais biscoitos, os Lebkuchen”.O Bispo Wilhelm Egger, que esta tarde terá um encontro com os jornalistas, sublinha “o mais importante é que o Santo Padre possa usufruir com tranquilidade deste período de repouso”.

“Aqui pode escrever com calma, longe das incumbências do seu dia-a-dia, e também isto – salienta o Bispo – é fazer férias”. Mons. Egger salienta ainda, que Bressanone tanto ao Papa que já cá havia estado 10 vezes no passado, “também pela experiência de convivência perfeitamente enraizada, demonstrando como se pode viver em paz entre etnias de origem diversa” (1).

(1) Nesta zona do norte de Itália convivem duas línguas e duas culturas, a alemã e italiana, em plena harmonia. Existem zonas em que praticamente só se fala alemão.

(Fonte: ASCA, tradução e adaptação JPR)

A alegria da chegada de Bento XVI a Bressanone (italiano)

Aos meus irmãos brasileiros

Caríssimos,

Como dificilmente vos virei a conhecer pessoalmente aqui na terra, desejo deste modo deixar-vos a minha gratidão pelo carinho que tendes demonstrado por este blogue, o Senhor une-nos na fé e a nossa língua permite-nos estar unidos por diversas formas, da cultura à religião.

Permitam-me que vos rogue me incluam nas vossas orações, pois este servo de Jesus Cristo, apenas ambiciona servi-Lo e com a vossa “ajuda” estou certo que Ele na sua infinita bondade não deixará de vos escutar.

Bem hajam!


(JPR)

Absoluta confiança e fé em Deus

«Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos.Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos».

(S. Paulo 2 Cor 4, 8-9)

«Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte.Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos!»

(S.Paulo 2 Cor 6, 8-10)

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 7ª ORAÇÃO: Contra a luxúria

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: "Tenho sede!", mas sede de salvação do género humano. Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender a perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Vejam vídeo chegada Bento XVI a Brixen/Bressanone


As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 6ª ORAÇÃO: Pelas famílias

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, Rei amável e de todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na Cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com excepção de Vossa mãe bem-amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de Vós na agonia, lembrai-Vos que os entregastes um ao outro dizendo: "Mulher eis ai o teu filho"! e a João: "Eis aí a tua Mãe!"Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então trespassou a alma de Vossa Santa Mãe, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!

Curiosidades das férias do Santo Padre

BOLZANO; 22 JULHO – Uma gata preta de nome Milly estará entre os poucos que habitarão no Seminário Maior de Bressanone durante as férias do Papa. Milly á a mascote do Seminário e será tratada pela Madre Superior Maria Pieta’, a única que com o Reitor, D. Ivo Muser, que habitará dentro do edifício durante as férias do Papa. À disposição do Santo Padre, que com o irmão Mons. Georg compartilha a paixão pela música, na biblioteca do edifício estará um piano de cauda.

(Fonte: ANSA)

Boas férias Santo Padre…

De 28 de Julho a 11 de Agosto, Bento XVI passará um período de férias no Seminário de Bressanone, na região italiana de Trentino-Alto Adige (Alpes).

(Fonte: site Radio Vaticana)

domingo, 27 de julho de 2008

Bento XVI no Angelus em Castelgandolfo

Neste domingo ao meio-dia, no pátio interior da residência estiva dos arredores de Roma, o Papa acolheu um numeroso e caloroso grupo de peregrinos para a costumada recitação do Angelus.

A alocução que precede as Ave-Marias, foi naturalmente dedicada à XXIII Jornada Mundial da Juventude. Bento XVI declarou conservar “ainda nos olhos e no coração esta extraordinária experiência” em que lhe foi dado “encontrar o rosto jovem da Igreja”: “era como um mosaico multicolor, formado por rapazes e raparigas provenientes de todas as partes da terra, todos reunidos pela única fé em Jesus Cristo. Young prilgrims of the world – jovens peregrinos do mundo, assim lhes chamavam as pessoas com uma bela expressão que capta o essencial desta Jornadas internacionais iniciadas por João Paulo II. De facto, estes Encontros constituem etapas de uma grande peregrinação através do planeta, para manifestar como a fé em Cristo nos torna todos filhos do único Pai que está nos céus, e construtores da civilização do amor”.

O Papa sublinhou que a “característica própria” do encontro de Sidney foi a “tomada de consciência da centralidade do Espírito Santo, protagonista da vida da Igreja e do cristão”. E recordou que a Jornada Mundial foi precedida de um longo caminho de preparação, nas Igrejas particulares, tendo como tema a promessa de Cristo ressuscitado: “Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e ser-me-eis testemunhas”. E em Sidney – recordou ainda o Papa – os jovens ali presentes receberam ao longo de três dias, dos Bispos ali congregados, catequeses nas respectivas línguas: “estas catequeses são momentos de reflexão e de recolhimento indispensáveis para que o acontecimento não fique limitado a uma manifestação externa, mas deixe uma marca profunda nas consciências”.

Evocados também, pelo Papa, os dois momentos culminantes das Jornadas de Sidney: a vigília de sábado à noite, que foi (disse) “uma coral invocação do Espírito Santo”; e a grande celebração eucarística de domingo, em que administrou o Sacramento da Confirmação a 24 jovens de vários continentes. “Assim, esta Jornada Mundial transformou-se num novo Pentecostes, do qual partiu de novo a missão dos jovens, chamados a ser apóstolos dos seus colegas, como tantos santos e bem-aventurados, em particular o Beato Piergiorgio Frassati…

“Todos os jovens são convidados a seguir o seu exemplo, partilhando a experiência pessoal de Jesus, que transforma a vida dos seus amigos, com a força do Espírito Santo, o Espírito do amor de Deus”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Não hesitar em corrigir

«Se descobres algum defeito no amigo, corrige-o a sós: se não te escuta repreende-o abertamente. As correcções, com efeito, fazem bem e são de mais proveito que uma amizade muda».

(De officiis ministrorum, III, cap. XII, 127 – Santo Ambrósio)


A correcção fraterna nem sempre é fácil de concretizar, pois frequentemente corremos, entre outros, o risco da incompreensão ou de ofendermos quem amamos, mas a nossa obrigação perante Deus e a nossa consciência cristã, deverá levar-nos a pedir-Lhe ajuda para encontrarmos as palavras exactas e estarmos seguros que o fazemos por Ele e não por qualquer acto de soberba para com o próximo.

Bom Domingo!

(JPR)

Gloria (Missa de Gloria – Giacomo Pucini) - Coro Rossini Sassari

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 5ª ORAÇÃO: Pelos funcionários dos hospitais

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa dos seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: "Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso", eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!

sábado, 26 de julho de 2008

Degradação

«A presunção que pretende fazer de Deus um objecto e impor-Lhe as nossas condições experimentais de laboratório, não pode encontrar Deus. De facto, assenta num pressuposto que nega Deus enquanto Deus, pois colocamo-nos acima d’Ele. Pondo de lado toda a dimensão do amor, da escuta interior, e reconhecemos como real apenas o que é experimentável, o que nos foi posto nas mãos. Quem assim pensa, faz-se a si mesmo deus e, deste modo, degrada não só a Deus, mas também ao mundo e a si mesmo».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora




Segundo uma antiga tradição, que remonta ao séc. II, assim se chamavam os pais da Santíssima Virgem Maria. O culto de Santa Ana existia no Oriente já no séc. VI e estendeu-se ao Ocidente no séc. X. Mais recentemente foi introduzido o culto de São Joaquim.

(Fonte: Secretariado Nacional de Liturgia)

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 4ª ORAÇÃO: Pelos doentes

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, médico celeste, que fostes elevado na Cruz a fim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto, esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso PAI, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-Lhe: "PAI, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem". Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Em Defesa da Família e dos Valores da Vida (inglês)

«Nós queremos dizer aos governantes, que são os principais responsáveis pelo bem comum e que dispõem de tantas possibilidades para salvaguardar os costumes morais: não permitais que se degrade a moralidade das vossas populações; não admitais que se introduzam legalmente, naquela célula fundamental que é a família, práticas contrárias à lei natural e divina. Existe uma outra via, pela qual os Poderes públicos podem e devem contribuir para a solução do problema demográfico: é a via de uma política familiar providente, de uma sábia educação das populações, que respeite a lei moral e a liberdade dos cidadãos.»

(Humanae Vitae 23)

40 anos da «Humanae Vitae» - Paulo VI e a propagação da Prole Humana

Passaram 40 anos sobre este Documento do Magistério da Igreja. Como é sabido o Papa Paulo VI agradece no texto o contributo da Comissão constituída em Março de 1963, por João XXIII, bem como os contributos dos Bispos mas reservou para si a última palavra. "Porque tinham aflorado alguns critérios de soluções que se afastavam da doutrina moral sobre o Matrimónio, proposta, com firmeza constante, pelo Magistério da Igreja."

Para orientação dos seus membros, baptizados, escreve esta Encíclica.


A referida doutrina moral da Igreja assenta, basicamente, em 4 vectores:

- O amor conjugal é um amor plenamente humano, isto é, sensível e espiritual.

- O amor conjugal é total, é dádiva mútua

- O amor conjugal é fiel, exclusivo, até à morte

- E é fecundo, está ordenado para a procriação e a educação dos filhos.

No ensinamento do Magistério da Igreja, o matrimónio é, simultaneamente, unitivo dos esposos e procriador como consequência da união.

Ao proclamar e reiterar este ensinamento o Magistério exclui quaisquer considerações médico-biológicas ou sociológicas.

A "HumanaeVitae" considera, contudo, que os esposos podem usar para as suas uniões corporais os períodos infecundos naturais "e, deste modo, regular a natalidade sem ofender os princípios morais" que a Humanae Vitae recorda e reitera.

Portanto, o casal católico, "quando existam motivos sérios para distanciar os nascimentos" a Igreja permite que os esposos realizem a finalidade unitiva do matrimónio, mesmo escolhendo dias nos quais o carácter procriativo estará ausente.


Passados quarenta anos que vemos nós, à nossa volta, nas Nações que se reclamam de uma maioria católica?

Os casais não têm, em média, nem sequer dois filhos para equilibrar o saldo fisiológico entre os que nascem e os que morrem.

E é porque usam as condições prescritas na Humanae Vitae, realizando uniões corporais apenas nos períodos biologicamente infecundos, considerando que ter um filho é já um motivo sério para não ter mais nenhum?

Não. Em muitos casos a mulher tornou-se infecunda, usando um medicamento (pílula) inibidor eficaz da ovulação. Usando esta pílula, a mulher está artificialmente infecunda em todos os dias de cada ciclo mensal. Todas as uniões corporais que realiza serão unitivas, certamente, mas não serão, seguramente, procriativas. Verdadeiramente unitivas umas, quero crer, mas outras reduzidas à união meramente corporal.

A dissociação entre as duas características, ambas essenciais, do matrimónio, tal como a Humanae Vitae o caracteriza e o Magistério da Igreja ensina aos fiéis baptizados, constitui, hoje, uma dificuldade acrescida.

Reconhecendo esta dificuldade - na época em relação à prática dos métodos, chamados naturais, de definição dos dias infecundos - a Encíclica pede aos Sacerdotes "que digais todos o mesmo e que entre vós não haja divisões….Ensinai aos esposos o necessário caminho da oração… sem se deixarem desencorajar pelas suas fraquezas".

Nestes 40 anos, com o uso muito generalizado da pílula anti-concepcional e com a sexualização brutal de todos os meios de comunicação social e o "desnudamento" público da intimidade corporal e emocional de tantas relações homem/mulher em jornais, revistas, livros e filmes, a relação humana, baseada e apoiada na sexualidade, foi banalizada e desvalorizada.

A Encíclica antecipou esta evolução usando, na época, apenas, o discurso de tonalidade masculina, diz "É ainda de recear que os homens, já habituados ao uso das práticas anti-concepcionais, acabem por perder o respeito pela mulher e, sem se preocuparem mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, cheguem a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira respeitada e amada."

Observando os comportamentos de homens e mulheres, em particular nas sociedades afluentes e nas classes mais favorecidas de bens materiais. Vemos que em muitos casos a sexualidade se transformou num produto consumível, em que o amor é apenas sexo genital, manipulado tanto por homens como por mulheres, fugaz, passageiro, não criador de compromissos e não orientado para a geração e educação de filhos.

A sociedade portuguesa não escapou a esta evolução que alastra progressivamente dos grandes centros para o interior.
Mas é consolador saber de quantos se empenham em difundir e ensinar os métodos naturais de controle dos nascimentos, em esclarecer quando o uso da pílula pode ser legítimo para regularização dos ciclos, em lutar para que as famílias numerosas sejam apoiadas pelos poderes públicos e pelas instituições da Igreja.

Paulo VI, no final, reconhece que a Igreja, com estes ensinamentos, é "sinal de contradição" mas nunca pode "declarar lícito aquilo que não o é".

A evolução científico-médica e as profundas transformações da estrutura sócio-familiar, particularmente na Europa, ampliaram desmesuradamente a contradição deste "sinal de contradição" que é o ensinamento da Humanae Vitae.

Para o mal dos Povos, seguramente.


Daniel Serrão

Dossier AE


Dossier Daniel Serrão 25/07/2008 10:33 5076 Caracteres 369 Ciências da vida


(Notícia: Ecclesia)


Botafumeiro - Catedral de Santiago de Compostela

S. Tiago – primeiro Apóstolo a ser martirizado

«O Senhor permitiu esta morte para fazer ver aos homicidas que estes acontecimentos não fazem os cristãos retroceder nem deter-se»

(Homilia sobre Actos 26 – São João Crisóstomo)


De facto são inúmeros os relatos na Sagrada Escrituras de perseguições e morte de que os primeiros cristãos foram alvo, mas nem uma só vez, talvez com a única excepção no período entre a morte do Senhor e a vinda do Espírito Santo no Pentecostes, vemos arrepiar de caminho ou hesitação. São múltiplos os exemplos, mas permito-me salientar o de S. Paulo que realmente combateu um bom combate (2 Tim 4,7).

(JPR)

Apóstolo S. Tiago

«Meus irmãos, não haja muitos entre vós que pretendam ser mestres, sabendo que nós teremos um julgamento mais severo, pois todos nós falhamos com frequência. Se alguém não peca pela palavra, esse é um homem perfeito, capaz também de dominar todo o seu corpo. Quando pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, dirigimos todo o seu corpo. Vede também os barcos: por grandes que sejam e fustigados por ventos impetuosos, são dirigidos com um pequeno leme para onde quer a vontade do piloto. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede como um pequeno fogo pode incendiar uma grande floresta! Assim também a língua é fogo, é um mundo de iniquidade; entre os nossos membros, é ela que contamina todo o corpo e, inflamada pelo Inferno, incendeia o curso da nossa existência. Todas as espécies de animais selvagens, de aves, de répteis e de animais do mar se podem domar e têm sido domadas pelo homem. A língua, pelo contrário, ninguém a pode dominar: é um mal incontrolável, carregado de veneno mortal. Com ela bendizemos quem é Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procedem a bênção e a maldição.Mas isto não deve ser assim, meus irmãos. Porventura uma fonte lança pela mesma bica água doce e água salgada? Porventura, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas, ou a videira dar figos? Uma fonte de água salgada também não pode dar água doce».

(Epístola de S. Tiago 3)

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 3ª ORAÇÃO: Pelos presos

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, trespassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas a sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros. Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A pobreza no seu sentido mais lato

«Mas o coração das pessoas que nada possuem pode estar endurecido, envenenado, corrompido: cheio interiormente de cobiça pelo que não possui, esquecido de Deus e ávido apenas de bens materiais».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

As 15 Orações a Jesus de Santa Brígida - 2ª ORAÇÃO: Pelos trabalhadores em Geral

Pai Nosso... Ave Maria...

Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhador de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram a porfia. Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertar-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio a perfeição da salvação eterna. Assim seja!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Um aniversário muito especial…

Hoje é celebra-se aniversário de um Sacerdote por quem nutro um enorme respeito e carinho, é com profunda e sincera emoção que escrevo estas palavras.

Não o identifico, por saber da sua sincera humildade e de viver em dedicação exclusiva ao Senhor e à Obra fundada pelo Santo da sua devoção.

Estou certo, que os outros Sacerdotes que tenho prazer de conhecer, se juntarão a mim neste sentimento de alegria e homenagem a quem me acolheu de braços e coração aberto, apesar da sua baixa estatura e da minha respeitável barriga, para não dizer enorme barriga.

Não posso, seria aliás de uma enorme injustiça, deixar de agradecer ao Senhor o privilégio que me concedeu ao escolher este maravilhoso ser humano para me acompanhar espiritualmente.

Rogo-Te meu Deus e Senhor, que protejas a este Teu Filho que hoje celebra o aniversário da sua passagem na vida terrena e que tão bem Te representa no exercício do Sacramento Sacerdotal.

Amo-Te Senhor, mas sei que não sois ciumento e por isso Te digo que o amo a ele também, é certo que de uma forma diferente, mas Tu entendes-me e sabes o que me vai na alma.


(JPR)

Vida espiritual

«Todos os dias da vossa vida tende Deus diante dos olhos; ouvi sempre Missa inteira; confessai-vos com frequência, se for possível; não durmais nenhuma em pecado mortal».

(Da carta de S. João de Deus a Luis Baptista)

Santa Brígida da Suécia – Oração a Nossa Senhora lindíssima (inglês)

S. Brígida – Santa Padroeira da Europa - As 15 Orações a Jesus

VEJA AS PROMESSAS DE JESUS Como já há muito tempo Santa Brígida desejasse saber o número de golpes que JESUS levara durante a Paixão, certo dia ELE apareceu-lhe dizendo:"Recebi em todo o Meu Corpo 5.480 golpes. Se desejardes honrar as chagas que eles ME produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar 15 Pais-Nossos, e 15 Ave-Marias, acrescentando as seguintes orações, durante um ano inteiro; quando o ano terminar, tereis prestado homenagem a cada uma das Minhas Chagas. Quem recitar estas orações durante um ano inteiro conseguirá livrar do Purgatório 15 almas de sua família, 15 justos também de sua linhagem serão conservados em graça e 15 pecadores de sua família serão convertidos. A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e 15 dias antes da sua morte EU dar-lhe-ei meu Precioso Corpo, para que ela seja livre da fome eterna. EU dar-lhe-ei também de beber o Meu Precioso Sangue, afim de que não padeça sede eternamente e 15 dias antes da morte ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela colocarei o sinal da Minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes dos seus inimigos. Antes da sua morte, EU virei em companhia da Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas. E tendo-a levado até lá, EU dar-lhe-ei a beber um trago singular da fonte da Minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não tenham recitado as Minhas Orações. Aquele que disser estas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos. Sim, eles serão estáveis e durarão perpetuamente. No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas Orações, DEUS estará também presente com as Suas Graças". Todos esses privilégios foram prometidos a Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as orações fossem recitadas diariamente. São, igualmente, prometidas a todos os que as recitarem, devotamente, durante um ano inteiro. PERGUNTA: É necessário recitá-las sem interrupção? RESPOSTA: Faltar o menos possível. Todavia devemos recuperá-las, se por força maior não as pudermos rezar em um dia. Devemos recitá-las 365 vezes dentro de um ano, com devoção, esforçando-nos para penetrar no sentido profundo das palavras que vamos pronunciando.

OBS.:
1. É bom rezar sempre a intenção antes de cada oração;
2. Não precisa ler este cabeçalho com as promessas de JESUS todos os dias.

REZE ASSIM:Comece, SEMPRE, com o SINAL DA CRUZ! + + +
FAÇA uma oração inicial ao ESPÍRITO SANTO!

Depois diga:1ª ORAÇÃO: Pelos Sacerdotes, freiras e religiosos militantes!

Reze agora um Pai Nosso... E depois uma Ave Maria... (E a seguir...)

Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-Vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-Vos Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente. Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: "a Minha Alma está triste até a morte". Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angustias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramado um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!


Nota: nos próximos dias serão publicadas as restantes orações à cadência de uma por dia.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Santa Maria Madalena

«Estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, servindo-O.
Entre elas, estavam Maria de Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.»

«Maria de Madalena e a outra Maria estavam lá, sentadas diante do sepulcro.»

«Passado o sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria de Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro.»

«E eis que Jesus lhes saiu ao encontro e lhes disse: “Eu vos saúdo!”
Elas aproximaram-se, abraçaram os Seus pés e prostraram-se diante Dele.
Então disse-lhes Jesus: «Não temais. Ide dizer aos Meus irmãos que vão à Galileia;lá me verão.»

(S.Mateus, 27, 55-56, 61 e 28, 1, 9-10)

Procuremos seguir o exemplo de Maria Madalena, isto é, estar sempre presentes e com o coração repleto de fé e amor por Ele.

(JPR)

“Exsultate Jubilate - Alleluja” – Cecilia Bartoli

Desertos espirituais

«Existem muitas espécies de deserto. Há o deserto da pobreza, o deserto da fome e o da sede, os do abandono, da solidão, do amor destruído. Existe o deserto da obscuridade de Deus, do esvaziamento das almas que perderam a consciência da dignidade e do caminho do Homem. Os desertos exteriores vão alastrando no mundo porque os desertos interiores se tornaram tão vastos».

(Homília da Missa Inaugural do Pontificado – 24/IV/2005 – Bento XVI)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

JMJ - Despedida Santo Padre no aeroporto de Sidney


Queridos amigos,
Antes de me despedir de vós, desejo dizer àqueles que me hospedaram que gostei imenso da visita e sinto-me muito reconhecido pela hospitalidade recebida. (…) Um acontecimento deste género requer um trabalho imenso de preparação e organização, e estou certo de falar em nome de muitos milhares de jovens quando exprimo o meu apreço e a minha gratidão a todos vós. Como é característico do estilo australiano, destes-me calorosas boas-vindas a mim e aos inumeráveis jovens peregrinos que chegaram aqui de todas as partes do mundo. Sinto-me especialmente reconhecido às famílias hospitaleiras da Austrália e da Nova Zelândia que ofereceram aos jovens um lugar nas suas casas. Abristes as vossas portas e os vossos corações à juventude do mundo, e, em nome destes jovens, eu vos agradeço.Nos dias passados, os actores principais no palco foram obviamente os próprios jovens. A Jornada Mundial da Juventude pertence-lhes. Foram eles que fizeram desta Jornada um acontecimento eclesial de carácter global, uma grande celebração da juventude, uma grande celebração daquilo que significa ser Igreja, Povo de Deus no meio do mundo, unido na fé e no amor e habilitado pelo Espírito a levar o testemunho de Cristo ressuscitado até aos confins da terra. Agradeço-lhes por terem vindo, agradeço-lhes pela sua participação e peço a Deus que tenham uma viagem segura de regresso. Sei que os jovens, as suas famílias e as pessoas amigas, em muitos casos, fizeram grandes sacrifícios para lhes permitir chegar à Austrália. Por tudo isso, a Igreja inteira está-lhes reconhecida.

Repassando com o olhar estes dias impressionantes, afloram-me à mente cenas significativas. (…) Aquelas experiências de oração, a nossa jubilosa celebração da Eucaristia foram um testemunho eloquente da obra vivificante do Espírito Santo, presente e activo no coração dos nossos jovens. A Jornada Mundial da Juventude mostrou-nos que a Igreja pode alegrar-se com os jovens de hoje e sentir-se repleta de esperança quanto ao mundo de amanhã.

Queridos amigos, neste momento da minha despedida de Sidney, peço a Deus que pouse o seu amoroso olhar sobre esta cidade, sobre este país e os seus habitantes. Peço que muitos deles possam sentir-se inspirados pelo exemplo de compaixão e serviço da Beata Mary MacKillop. E ao despedir-me de vós, levando no coração sentimentos de profunda gratidão, digo uma vez mais: Deus abençoe o povo da Austrália!
A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L’Osservatore Romano.




(Fonte: site Radio Vaticana)

Moisés

«O ponto decisivo é que ele falou com Deus como com um amigo: somente daqui podiam vir as suas obras, somente daqui podia vir a Lei que devia indicar a Israel o caminho através da história».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

Requiem K626 “Domine Iesu” – W. A. Mozart

domingo, 20 de julho de 2008

JMJ - vídeo resumo dias em Sidney

Breve introdução em inglês e depois apenas sequências de belíssimas imagens.

JMJ – Uma semana extraordinária

Termina hoje uma semana cheia de emoções e sobretudo de fé e esperança para muitos milhões de católicos e diria mesmo de não-católicos.

As Jornadas Mundiais da Juventude foram um sucesso, seja qual for o prisma em que as quisermos perspectivar, pessoalmente permito-me dar ênfase à projecção e carinho que foram dispensados ao sucessor de Pedro, o Senhor certamente assim o quis fazendo sobressair o amor e entusiasmo dos participantes ‘in loco’ e de muitos milhões à distância.

A presença do Divino Espírito Santo foi visível, na qualidade das intervenções do Santo Padre, inclusive na sua excepcional capacidade, à semelhança de João Paulo II, de se expressar em várias línguas.

Não falo tanto da imprensa nacional, excepção feita à RR através de Aura Miguel com testemunhos relevantes, mas genericamente falando houve uma excelente cobertura de vários órgãos de comunicação estrangeiros que nos permitiram acompanhar a passo e passo o dia-a-dia das Jornadas.

Obrigado meu Senhor e meu Deus por todas as alegrias que nos concedestes durante a última semana e que as sementes lançadas tenham caído em bom terreno!

Um Bom Domingo do Senhor!

(JPR)

JMJ - Missa encerramento (curto vídeo em inglês)

JMJ - Acolher e testemunhar o dom do Espírito Santo - Bento XVI na Missa de encerramento

(20/7/2008) Na sua homilia, Bento XVI situou esta celebração em continuidade com o Pentecostes, quando o Senhor ressuscitado enviou o Espírito aos seus discípulos reunidos no Cenáculo. Foi assim que, pela força deste Espírito, Pedro e os Apóstolos partiram a pregar o Evangelho até aos confins da terra. Também agora o sucessor de Pedro viajou até à Austrália… Presidindo a esta assembleia que congrega jovens de todas as nações… como num novo Cenáculo, sobre o qual se invoca a descida do Espírito…

“Em cada Missa, o Espírito Santo desce novamente, invocado na solene oração da Igreja, não só para transformar os dons do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor, mas também para transformar as nossas vidas, para fazer de nós, com a sua força, um só corpo e uma só alma”.

A força, a “potência”, do Espírito Santo, é a potência da vida de Deus: o poder que nos conduz, que conduz o nosso mundo, em direcção ao Reino de Deus que vem. O amor que nos liga ao Senhor e entre nós é a luz que abre os nossos olhos para ver as maravilhas da graça de Deus em todos nós. Uma experiência que se renovou concretamente em Sidney, nesta Jornada Mundial da Juventude:

“Também aqui, nesta grande assembleia de jovens cristãos provenientes de todo o mundo, fizemos uma experiência viva da presença e da força do Espírito na vida da Igreja. Vimos a Igreja como ela é na verdade: Corpo de Cristo, comunidade viva de amor, com gente de todas as raças, nações e línguas, de todos os tempos e lugares, na unidade que nasce da nossa fé no Senhor ressuscitado”

Esta experiência, esta realidade – advertiu Bento XVI – “não é algo que possamos merecer ou conquistar; podemos apenas recebê-la como puro dom”. Para tal, algo nos toca fazer:

“O amor de Deus só pode infundir a sua força quando lhe permitimos que nos transforme por dentro. Temos que deixar que penetre a dura crosta da nossa indiferença, do nosso cansaço espiritual, do nosso cego conformismo ao espírito deste nosso tempo”.

O que há-de corresponder a passos concretos, a começar pela oração, pessoal e comunitária; nos nosso corações; diante do Santíssimo Sacramento; e a oração litúrgica, bem no coração da Igreja.

A propósito do “testemunho” (outro aspecto desenvolvido pelo Papa), Bento XVI deu graças a Deus pelo dom da fé, tesouro transmitido de geração em geração na comunhão da Igreja. Dirigindo o olhar para o futuro, o Santo Padre interpelou os jovens congregados em Sidney, perguntando-lhes: o que vão transmitir à próxima geração; se estão a construir algo que possa durar no futuro; se estão dando lugar ao Espírito Santo nas suas vidas… A força do Espírito impulsiona para o futuro, em direcção do Reino de Deus… “A efusão do Espírito Santo sobre a humanidade é penhor de esperança e de libertação de tudo aquilo que nos empobrece”.

“Uma nova geração de cristãos está chamada a contribuir para a edificação de um mundo em que a vida seja acolhida, respeitada e tratada com amor, não rejeitada nem temida como uma ameaça e portanto destruída.

Uma nova era em que o amor não seja ávido e egoísta, mas puro, fiel e sinceramente livre, aberto aos outros, respeitoso da sua dignidade… Uma nova era em que a esperança nos liberte da superficialidade, da apatia e da miopia que mortificam a nossa alma e envenenam as relações humanas.”

“O mundo tem necessidade desta renovação!” – sublinhou o Papa, que recordou o “deserto espiritual” que se vai alargando, com um “vazio interior”, medos, “sentimento de desespero”… Em todo o caso, observou Bento XVI, dirigindo-se especialmente aos jovens de todo o mundo, também a Igreja carece de renovação: “(A Igreja) tem necessidade da vossa fé, do vosso idealismo, da vossa generosidade… Cada cristão recebeu um dom que há-de ser usado para edificar o Corpo de Cristo. A Igreja tem especial necessidade do dom dos jovens, de todos os jovens…

A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L'Osservatore Romano.

(Fonte: site Radio Vaticana)

JMJ - Angelus

Prezados jovens amigos,

Preparamo-nos agora para rezar juntos a oração encantadora do Angelus. Nela reflectiremos sobre Maria, jovem mulher em diálogo com o Anjo que, em nome de Deus, A convida a uma particular doação de Si mesma, da sua vida, do seu próprio futuro de mulher e mãe. Podemos imaginar como deveria sentir-Se Maria naquele momento: cheia de trepidação, totalmente baralhada com a perspectiva que Lhe foi apresentada.

(…) Foi o Espírito que Lhe deu a força e a coragem para responder ao chamamento do Senhor. Foi o Espírito que A ajudou a compreender o grande mistério que estava para se realizar por meio d’Ela. Foi o Espírito que A envolveu com o seu amor, tornando-A capaz de conceber no seu ventre o Filho de Deus.

(…) Foram muitas as dificuldades com que Maria Se debateu ao enfrentar as consequências daquele «sim» dito ao Senhor. Simeão profetizou que uma espada haveria de trespassar-Lhe o coração. Quando Jesus tinha doze anos, Ela experimentou os piores íncubos que um progenitor pode viver: durante três dias, teve de aguentar o extravio do Filho. E, depois da actividade pública de Jesus, Ela sofreu a agonia de presenciar a sua crucifixão e morte. Através das várias provações, manteve-Se sempre fiel à sua promessa, sustentada pelo Espírito de fortaleza. E foi por isso mesmo recompensada com a glória.

Queridos jovens, também nós devemos permanecer fiéis ao «sim» com que acolhemos a oferta de amizade feita pelo Senhor. Sabemos que Ele nunca nos abandonará. (…) E agora, voltemo-nos para Ela e peçamos-Lhe que nos guie no meio das dificuldades para permanecermos fiéis àquele relacionamento vital que Deus estabeleceu com cada um de nós. Maria é o nosso exemplo e a nossa inspiração. Que Ela interceda por nós junto do seu Filho e, com amor materno, nos proteja dos perigos!

Depois do Angelus

Chegou agora o momento de dizermos «Adeus», ou melhor, «Até à próxima». A todos vos agradeço por terdes participado na Jornada Mundial da Juventude 2008, aqui em Sidney, e espero voltar a ver-vos daqui a três anos. A Jornada Mundial da Juventude de 2011 terá lugar em Madrid, Espanha. Até lá, rezemos uns pelos outros, e prestemos a Cristo o nosso jubiloso testemunho diante do mundo. Que Deus vos abençoe a todos!

Bento XVI dirigiu depois saudações aos jovens nas suas linguas: esta a saudação em português.

Amados jovens de língua portuguesa, queridos amigos em Cristo! Sabeis que Jesus não vos quer sozinhos; disse Ele: «Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para estar convosco para sempre, o Espírito da verdade (…) que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós» (Jo 14, 16-17). É verdade! Sobre vós desceu uma língua de fogo do Pentecostes: é a vossa marca de cristãos. Mas não foi para a guardardes só para vós, porque «a manifestação do Espírito é dada a cada um para proveito comum» (1 Cor 12, 7). Levai este Fogo santo a todos os cantos da terra. Nada e ninguém O poderá apagar, porque desceu do céu. Tal é a vossa força, caros jovens amigos! Por isso, vivei do Espírito e para o Espírito!


A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L’Osservatore Romano.


(Fonte: site Radio Vaticana)

JMJ - O carinho do Papa e um jovem com a bandeira nacional


(Fonte: site Radio Vaticana)

JMJ - Vigília de ontem

A visão de Deus

«Poderás então ver-Me por detrás. Quanto à face, ela não pode ser vista»

(Livro do Êxodo, 33, 23)

«Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único que está no seio do Pai é que O deu a conhecer.»

(Jo 1,18)


«Em Jesus, cumpriu-se a promessa do novo profeta. N’Ele realizou-se agora plenamente o que em Moisés se encontrava apenas de modo imperfeito: Ele vive na presença de Deus, não apenas como amigo, mas como Filho; vive em profunda unidade com o Pai».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)


A nós, enquanto peregrinarmos na Terra, só saber que Ele existe e O podermos amar além dialogar através da oração, é um grande consolo, mas maior é ainda a esperança / certeza de que está ao nosso alcance conhecê-Lo no Seu Reino se de tal formos tidos como merecedores.

Bom Domingo!

(JPR)

Kyrie (Missa de Glória - Giacomo Puccini) - Coro Sinfónico da Univ. de Cconcepción

sábado, 19 de julho de 2008

JMJ - A emoção e testemunho de fé de uma jovem brasileira que almoçou com Bento XVI

JMJ - Catequese de Bento XVI na Vigília de Sábado

(19/7/2008) Uma longa e articulada catequese sobre o Espírito Santo, mais precisamente sobre uma vida cristã vivida sob a moção do Espírito de Jesus, testemunhando-o: esta a alocução de Bento XVI aos jovens congregados no Hipódromo de Randwick, nos arredores de Sidney, neste sábado à noite (era a segunda parte da manhã na Europa e na África).

O Papa fez notar que o testemunho cristão é oferecido a um mundo que, sob muitos aspectos, é frágil: feridas que afectam a unidade da criação… relações humanas em crise… uma sociedade afectada por um processo de fragmentação relativista… ignorando aqueles princípios que nos tornam capazes de viver e crescer na unidade, na ordem e na harmonia”.

Como sermos testemunhas num mundo tão complexo e fragmentado? – interrogou-se Bento XVI, logo observando: “A unidade e a reconciliação não se podem alcançar apenas através dos nossos esforços. Deus fez-nos uns para os outros e só em Deus e na sua Igreja podemos encontrar aquela unidade que procuramos”.

É grande – e diversificada - a tentação de avançar sozinhos. “Perante as imperfeições e desilusões individuais e institucionais, somos por vezes tentados a construir – artificialmente - uma comunidade perfeita, uma unidade perfeita, uma utopia espiritual. É uma velha tentação, na história da Igreja.

“As tentativas de construir desse modo a unidade, na realidade minam-na! Separar o Espírito Santo de Cristo presente na estrutura institucional da Igreja comprometeria a unidade da comunidade cristã, que é precisamente dom do Espírito(…).

A unidade faz parte da essência da Igreja: é um dom que há que reconhecer e apreciar. Esta noite, rezemos pelo nosso propósito de cultivar a unidade: contribuir para ela e resistir a todas as tentações de desertarmos. O que podemos oferecer ao mundo é precisamente a amplitude, a perspectiva larga da nossa fé – firme e ao mesmo tempo aberta, consistente mas dinâmica , verdadeira mas sempre em vias de ulterior aprofundamento!

”Bento XVI exortou os jovens a colocar-se à escuta da “voz concorde da humanidade”, para além de todas as dissonâncias e rumores. De todos os sofrimentos e acontecimentos, de todas as partes se eleva um “mesmo grito humano que aspira a um reconhecimento, a uma pertença, à unidade”. Será precisamente o Espírito Santo a ajudar a escutar em profundidade, indo para além das visões parciais, da utopia vã, da precariedade fugaz… Poder-se-á assim “oferecer a coerência e a certeza do testemunho cristão”.

Passando depois a referir outro aspecto da realidade do Espírito Santo – Espírito Criador… que dá a vida, o Papa observou que é o Espírito Santo “que nos conduz mesmo até ao coração de Deus”. “Quanto mais consentirmos ao Espírito Santo que nos guie, tanto maior será a nossa configuração a Cristo e mais profunda a nossa imersão na vida de Deus uno e trino”. “Deus está connosco, não na fantasia, mas na realidade da vida. O que temos de procurar é enfrentar a realidade, não fugir dela. Por isso, o Espírito Santo atrai-nos delicada mas resolutamente para aquilo que é real, duradouro, verdadeiro. É o Espírito que nos reconduz à comunhão com a Trindade Santíssima”.

Referindo depois, de modo simples e muito sugestivo, a sua própria descoberta progressiva da importância e do lugar do Espírito Santo na fé e na vida cristã, Bento XVI foi levado a mencionar a evolução realizada por Santo Agostinho, observando que foi a sua experiência do amor de Deus presente na Igreja que o levou a procurar a sua fonte na vida de Deus uno e trino”.

“Isto fê-lo chegar a três intuições particulares relativas ao Espírito Santo enquanto vínculo de unidade no seio da Santíssima Trindade: unidade como comunhão, unidade como amor duradouro, unidade como dador e dom. Estas três intuições não são meramente teóricas; ajudam a explicar como age o Espírito. Num mundo em que tanto os indivíduos como as comunidades sofrem muitas vezes por falta de unidade e coesão, tais intuições ajudam-nos a permanecer sintonizados com o Espírito e a alargar e esclarecer o âmbito do nosso testemunho.”

“Inspirados pelas intuições de Santo Agostinho, fazei com que o amor unificante seja a vossa medida; o amor duradouro seja o vosso desafio; o amor que se dá a vossa missão.

”Quase a concluir, o Papa recordou os jovens que na Missa de domingo receberão o Sacramento da Confirmação. Recebendo o dom do Espírito Santo, serão chamados a testemunhá-lo, como todos nós, na vida de cada dia. E deixou esta exortação:

“Como a Igreja realiza a sua viagem juntamente com a humanidade inteira, assim também vós sois chamados a exercitar os dons do Espírito nos altos e baixos da vida diária. Fazei com que a vossa fé amadureça através dos vossos estudos, trabalho, desporto, música, arte. Procurai que seja sustentada por meio da oração e alimentada através dos sacramentos, para deste modo se tornar fonte de inspiração e de ajuda para quantos vivem ao vosso redor…

…Estar verdadeiramente vivos é ser transformados a partir de dentro, permanecer abertos à força do amor de Deus. Acolhendo a força do Espírito Santo, podereis também vós transformar as vossas famílias, as comunidades, as nações. Libertai estes dons. Fazei com que a sabedoria, o entendimento, a fortaleza, a ciência e a piedade sejam os sinais da vossa grandeza.

”Depois deste discurso foram apresentados os 24 candidatos ao Sacramento da Confirmação que terá lugar neste Domingo durante a Missa conclusiva da jornada mundial da juventude.

Esta vigília de oração do Papa com os jovens neste sábado, no hipódromo de Randwick concluiu-se com a adoração Eucarística, e as saudações de Bento XVI em varias línguas.

Esta a sua saudação aos jovens de língua portuguesa:

Meus queridos amigos, recebei o Espírito Santo, para serdes Igreja! Igreja quer dizer todos nós unidos como um corpo que recebe o seu influxo vital de Jesus ressuscitado. Este dom é maior que os nossos corações, porque brota das entranhas da Santíssima Trindade. Fruto e condição: sentir-se parte uns dos outros, viver em comunhão. Para isso, jovens caríssimos, acolhei dentro de vós a força de vida que há em Jesus. Deixai-O entrar no vosso coração. Deixai-vos plasmar pelo Espírito Santo.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Santa Missa e Consagração do novo altar com os Bispos australianos, os seminaristas, os noviços e as noviças na St. Mary's Cathedral. Homilia do Papa

Amados Irmãos e Irmãs,

Nesta nobre catedral, tenho a alegria de saudar os meus irmãos bispos e sacerdotes, os diáconos, as pessoas consagradas e os leigos da arquidiocese de Sidney. De forma muito especial, a minha saudação vai para os seminaristas e para os noviços e noviças presentes entre nós, (…) um sinal de esperança e de renovação para o povo de Deus; também eles, como aqueles jovens israelitas, terão a missão de edificar a casa de Deus para a próxima geração. (…) Como não pensar às falanges de sacerdotes, religiosos e fiéis leigos que contribuíram, cada qual segundo a própria função, para construir a Igreja na Austrália? O pensamento detém-se de forma particular naquelas famílias de colonos a quem o Padre Jeremiah O’Flynn, na hora de partir, confiou o Santíssimo Sacramento; um «pequeno rebanho» que amou e preservou aquele tesouro precioso, entregando-o às gerações sucessivas que edificaram este grande tabernáculo para a glória de Deus. Alegremo-nos pela sua fidelidade e perseverança e dediquemo-nos a levar por diante as suas canseiras em prol da difusão do Evangelho, para a conversão dos corações e o crescimento da Igreja na santidade, unidade e caridade.

Preparamo-nos para celebrar a dedicação do novo altar desta veneranda catedral. Como no-lo recorda vigorosamente o frontal esculpido, cada altar é símbolo de Jesus Cristo, presente no meio da sua Igreja como sacerdote, altar e vítima (cf. Prefácio Pascal V (…)Na liturgia de hoje, a Igreja recorda-nos que, à semelhança deste altar, também nós fomos consagrados, colocados «à parte» para o serviço de Deus e a edificação do seu Reino. Muitas vezes, porém, encontramo-nos imersos num mundo que quereria pôr Deus «de parte». Em nome da liberdade e autonomia humanas, o nome de Deus é passado em silêncio, a religião fica reduzida a devoção pessoal e a fé é banida da praça pública. Por vezes uma semelhante mentalidade, tão radicalmente contrária à essência do Evangelho, pode mesmo ofuscar a nossa própria compreensão da Igreja e da sua missão. Também nós podemos ser tentados a reduzir a vida de fé a uma questão de mero sentimento, enfraquecendo assim o seu poder de inspirar uma visão coerente do mundo e um diálogo rigoroso com tantas outras perspectivas que lutam por conquistar as mentes e os corações dos nossos contemporâneos.

E todavia a história, incluindo a do nosso tempo, demonstra-nos que a questão de Deus não pode jamais ser silenciada, e também que a indiferença face à dimensão religiosa da existência humana em última análise diminui e atraiçoa o próprio homem. (…) Sempre que se diminui o homem, é o mundo que nos rodeia a ficar diminuído; perde o próprio significado último e falha o seu objectivo. O que daí resulta é uma cultura, não da vida, mas da morte. Como se pode considerar isto um «progresso»? Pelo contrário, é um passo para trás, uma forma de retrocesso, que em última análise seca as próprias fontes da vida seja dos indivíduos seja da sociedade inteira.

Sabemos que no fim de contas, como Santo Inácio de Loyola viu de forma muito clara, o único verdadeiro padrão com que se pode aferir qualquer realidade humana é a Cruz e a sua mensagem de amor gratuito que triunfa sobre o mal, o pecado e a morte, que cria vida nova e alegria perene. A Cruz revela que só nos reencontramos a nós mesmos dando as nossas vidas, acolhendo o amor de Deus como um dom não merecido e trabalhando por conduzir todo o homem e mulher para a beleza de tal amor e para a luz da verdade, a única que traz salvação ao mundo. (…) E todavia como é difícil este caminho de consagração! Exige uma contínua «conversão», um morrer sacrifical para si mesmo que é a condição para pertencer plenamente a Deus, uma mudança da mente e do coração que gera verdadeira liberdade e uma nova amplitude de visão. (…) Todos estes ritos nos convidam a reviver a nossa própria consagração no Baptismo. Convidam-nos a rejeitar o pecado e suas falsas seduções, e a dessedentarmo-nos cada vez mais profundamente na fonte vivificante da graça de Deus.

Queridos amigos, que esta celebração com a presença do Sucessor de Pedro seja um momento de nova consagração e de renovação para toda a Igreja na Austrália. Desejo abrir aqui um parêntesis para confessar a vergonha que todos sentimos depois dos abusos sexuais sobre menores cometidos por alguns sacerdotes e religiosos desta nação. Estes agravos, que constituem tão grave traição da confiança, devem ser condenados de modo inequívoco. Causaram grande sofrimento e prejudicaram o testemunho da Igreja. Peço-vos a todos que apoieis e assistais os vossos bispos, colaborando com eles no combate contra este male. As vítimas devem receber de vós compaixão e tratamento e os responsáveis destes males devem ser levados diante da justiça. Constitui uma urgente prioridade a promoção dum ambiente mais seguro e sadio, especialmente para os jovens. Nestes dias (…) enquanto a Igreja na Austrália continua, no espírito do Evangelho, a enfrentar eficazmente este sério desafio pastoral, uno-me a vós na oração pedindo que este tempo de purificação traga consigo cura, reconciliação e uma fidelidade cada vez maior às exigências morais do Evangelho.Desejo agora dirigir aos seminaristas e aos noviços e noviças que aqui se encontram uma especial palavra de afecto e encorajamento. Queridos amigos, com grande generosidade vos encaminhastes por uma particular senda de consagração, radicada no vosso Baptismo e abraçada como resposta ao chamamento pessoal do Senhor. (…)

No Evangelho de hoje, o Senhor chama-nos a «acreditar na luz» (cf. Jo 12, 36). Estas palavras possuem um significado especial para vós, amados jovens seminaristas e noviços. São um apelo a confiar na verdade da palavra de Deus e a esperar firmemente nas suas promessas. (…) Mas, não tenhais medo! Acreditai na luz. Tomai a peito a verdade que ouvimos hoje na segunda leitura: «Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre» (Heb 13, 8). A luz da Páscoa continua a afugentar as trevas.

O Senhor chama-nos a caminhar na luz (cf. Jo 12, 35). Cada um de vós empreendeu a maior e mais gloriosa das batalhas, ou seja, a de ser consagrados na verdade, de crescer na virtude, de alcançar a harmonia entre pensamentos e ideais, por um lado, e palavras e acções, por outro. Penetrai sincera e profundamente na disciplina e no espírito dos vossos programas de formação. Caminhai dia-a-dia na luz de Cristo mediante a fidelidade à oração pessoal e litúrgica, alimentados pela meditação da palavra inspirada de Deus. Os Padres da Igreja gostavam de ver as Escrituras como um paraíso espiritual, um jardim onde podemos caminhar livremente com Deus, admirando a beleza e a harmonia do seu plano salvífico frutificando na nossa própria vida, na vida da Igreja e no curso de toda a história. Assim, que a oração e a meditação da palavra de Deus sejam a lâmpada que ilumina, purifica e guia os vossos passos ao longo do caminho que o Senhor traçou para vós. Fazei da celebração diária da Eucaristia o centro da vossa vida.

(…) Abraçando o chamamento do Senhor a segui-Lo em castidade, pobreza e obediência, empreendestes a viagem de um discipulado radical que fará de vós «sinais de contradição» (cf. Lc 2, 34) para muitos dos vossos contemporâneos.

(…) Peçamos a Maria, Auxílio dos cristãos, que sustente a Igreja na Austrália na sua fidelidade àquela graça com que o Senhor crucificado continua a «atrair a Si» a criação inteira e todo o coração humano (cf. Jo 12, 32). Que a força do seu Santo Espírito consagre na verdade os fiéis desta terra, produza abundantes frutos de santidade e de justiça para a redenção do mundo e guie a humanidade inteira para a plenitude de vida ao redor daquele Altar onde, na glória da liturgia celeste, somos chamados a cantar os louvores de Deus por toda a eternidade. Amen.

A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L’Osservatore Romano.

(Fonte: site Radio Vaticana)

JMJ - Uma das melhores invenções para a nova evangelização

JMJ - Testemunho de uma jovem Irmã com uma vivacidade e alegria impressionantes (espanhol)

Proximidade

«Quanto mais perto de Deus, mais perto dos homens».

(Homília da Missa da Imaculada Conceição – 08/XII/2005 – Bento XVI)

Canto Gregoriano – Pai Nosso

sexta-feira, 18 de julho de 2008

JMJ - Bento XVI adverte contra os deuses falsos da avareza, sexo e poder

Sydney (Austrália), 18 jul (EFE).- O papa Bento XVI advertiu hoje aos jovens contra os "deuses falsos" da avareza, do sexo e do poder, durante uma reunião com um grupo de jovens deficientes físicos na cidade australiana de Sydney.

"Devem pensar que, no mundo de hoje, as pessoas não rezam facilmente para outros deuses. Mas, às vezes, as pessoas rezam perante 'outros deuses' sem se dar conta", advertiu o Papa.

Depois, explicou que "qualquer que seja o nome e a forma que quisermos dar-lhes, os 'deuses' falsos estão associados com três tipos de coisas: as posses materiais, o amor egoísta e o poder".

Em seguida, indicou em detalhe o que significava cada um desses conceitos e, assim, disse que "as posses materiais em si são boas".

"Não sobreviveríamos sem dinheiro, roupas ou casa", disse o Papa, mas diferenciou essas necessidades da "avareza".

"Se rejeitamos compartilhar o que temos com os famintos e os pobres, então transformamos nossas posses em um deus falso", declarou.

Explicou que "o amor é obviamente algo bom", mas disse que "é fácil se ver decepcionado pelas vozes que na sociedade defendem uma aproximação permissiva do sexo, sem considerar o respeito dos valores morais que dão qualidade às relações humanas".

Sobre o poder, Bento XVI comentou que também é "bom" quando nos permite moldar o mundo a nosso ao redor, mas não se for obtido em "interesse próprio, para dominar os outros ou para explorar os recursos do meio ambiente para seus próprios interesses".

A reunião com o grupo de jovens aconteceu dentro da 23ª Jornada Mundial da Juventude, que começou na terça-feira e dura até domingo, em Sydney.

EFE

(Fonte: Globo online)

Via Sacra, seguida através da TV por 500 milhões de pessoas

JMJ - Via Sacra espectacular pela ruas de Sidney (notícia / resumo em língua espanhola de 1m38s)

Agradecimento...

Do fundo do coração e cheio de amor e fé, agradeço ao Senhor o prazer que me está a conceder, que o remeto inteiramente a Ele, no acompanhamento à distância das Jornadas Mundiais da Juventude em Sidney.

Graças a Ele, consigo imaginar a alegria dos jovens presentes e de toda a Igreja unida em torno do Santo Padre.

Meu Senhor e meu Deus rogo-Te, que me continuas a dar este prazer de Te servir, sentido uma enorme alegria no meu coração, por Ti e por toda a Santa Madre Igreja.

Louvado sejas para sempre!

(JPR)

JMJ - Via Sacra pelas ruas de Sidney

Uma espectacular interpretação do espiritual negro “Amazing Grace” acompanhou uma das meditações da Via Sacra desta tarde, em Sidney, um dos momentos marcantes das Jornadas Mundiais da Juventude.

Uma sugestiva representação ao vivo, espalhada por várias partes da cidade, com a participação de jovens actores. Centenas de milhares de pessoas seguiram este percurso, inaugurado pelo Para às 15h00 locais e que se prolongou por mais três horas.

Em clima de oração, rezou-se a Deus para que os jovens não caiam na tentação do álcool, das drogas, do vício da Internet, para não se fecharem na solidão, no desespero e para não se deixarem influenciar pelo relativismo ou pelas pressões da moda, mas que sejam responsáveis e tenham a coragem de optar pela Justiça e pelo Amor, sobretudo dos que sofrem ou são marginalizados.

Significativa foi também a opção por um jovem aborígene para o papel de Simão de Sirene, pegando ele na Cruz de Jesus quando todos os outros a isso se recusaram.

A tudo, o Papa Bento XVI assistiu, a partir da televisão, na Cripta da Catedral de Sidney.

AC/Aura Miguel


(Fonte: site RR)

JMJ - Via Sacra na Catedral de St. Mary (1ª estação) rezada em inglês com tradução em espanhol

Com representação muitíssimo boa e comovente da Última Ceia, cerimónia presidida pelo Santo Padre.

"Vim como embaixador da paz": Bento XVI aos representantes de outras religiões

(18/7/2008) Na manhã desta sexta-feira, pouco depois de um Encontro Ecuménico, na Cripta da catedral de Sidney, Bento XVI deslocou-se à Sala Capitular da mesma, onde o aguardavam uns quarenta representantes de outras religiões. Na alocução que lhes dirigiu, o Papa começou por agradecer as palavras de boas-vindas expressas pelo rabino Jeremy Lawrence e pelo xeque Shardy. Bento XVI sublinhou uma vez mais que a liberdade de religião é a nota característica da sociedade australiana. “O respeito deste direito fundamental dá aos concidadãos a possibilidade de adorar a Deus segundo consciência, educando também o espírito e agindo segundo as convicções éticas que derivam do respectivo credo religioso”.
Para o Santo Padre, “a harmoniosa correlação entre religião e vida pública é tanto mais importante numa época em que alguns chegaram a considerar a religião como causa de divisão, mais do que como força de unidade. A voz concorde de todos os que têm espírito religioso estimula as nações e as comunidades a resolver os conflitos com instrumentos pacíficos, no pleno respeito da liberdade humana”.

O sentido religioso – observou – abre os homens e as mulheres a Deus e aos outros. Leva-os a descobrir que a verdadeira realização não consiste na gratificação egoísta de desejos efémeros, abrindo-os às necessidades dos outros e á busca de vias concretas para contribuir ao bem comum.

Bento XVI reservou uma referência especial à importância da educação e à dimensão espiritual dos jovens. Neste contexto, exprimiu o seu apreço pela actividade desenvolvida pelas instituições educativas e pela organização denominada “Cooperação inter-religiosa a favor da paz e da harmonia”, visando integrar correctamente as dimensões intelectuais, humanas e religiosas de uma sólida educação.

Outro aspecto desenvolvido pelo Papa, nesta sua intervenção, foi a unicidade da nossa relação com o reino da natureza: as religiões do mundo dão atenção à maravilha da existência humana, convidando a não colocar as nossas esperanças últimas neste mundo que passa e a não renunciar quando não conseguimos realizar o bem que nos propúnhamos ou quando encontramos dificuldade em realizar as opções justas em situações complexas. “A universalidade desta experiência humana que transcende todos os confins geográficos e todos os limites culturais, torna possível aos seguidores das religiões empenharem-se no diálogo para enfrentar o mistério das alegrias e dos sofrimentos da vida. Deste ponto de vista – observou ainda o Papa – a Igreja procura intensamente todas as oportunidades para escutar com toda a atenção as experiências espirituais das outras religiões”.

A concluir, o tema da paz. “Vim à Austrália como embaixador de paz” – declarou Bento XVI. Encontramo-nos aqui como pessoas que partilham a mesma aspiração e o desejo de ajudar o mundo a alcançar a paz. “O nosso esforço para chegar à reconciliação entre os povos brota daquela verdade que dá à vida um objectivo, e para ela tende. A religião oferece a paz, mas – ainda mais importante – suscita no espírito humano sede da verdade e fome de virtude.

A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L’Osservatore Romano.

(Fonte: Radio Vaticana)

Bento XVI aos jovens: sejam testemunhas e a favor da vida

JMJ - Sidney em festa

Certeza da misericórdia Divina…

«Numa palavra, minha querida Meg, estou absolutamente certo de que, excepto por um pecado meu, Deus não me abandonará. Com toda a esperança e segurança, vou pois confiar-me totalmente a Ele... Por isso, minha querida filha, guarda bom ânimo, não te deixes perturbar por nada do que me possa acontecer neste mundo. Nada pode acontecer sem que Deus o queira. E, estou certo, tudo o que isso possa ser, por muito mau que nos pareça, será verdadeiramente o melhor».

(Excerto carta escrita da prisão em 1534 por S Tomás Moro)

Requiem K626 “Tuba Mirum” – W. A. Mozart

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Cantando para o Papa, reparem na expressão de paz e alegria do Santo Padre

JMJ - D. Jorge Ortiga "aplaude" discurso do Papa

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) sustenta que o discurso de hoje de Bento XVI, na Austrália, constitui uma forte interpelação aos jovens, à sociedade e aos governantes.

D. Jorge Ortiga destaca as referências do Papa à necessidade da defesa do valor intrínseco da dignidade da vida humana, da concepção até à morte.

As palavras de Bento XVI são uma interpelação aos jovens, mas também se destinam ao resto da sociedade e, especialmente, aos governantes, defende o presidente da CEP.

“Seria importante que os governos do mundo inteiro ouvissem essa mensagem, tivessem oportunidade de fazer um exame de consciência e verificar até que ponto é que não terão de apostar numa política de valores para defender a vida e propor outra qualidade de vida”, salienta D. Jorge Ortiga.

O Papa denunciou hoje, nas Jornadas Mundiais da Juventude que decorrem em Sidney, na Austrália, aspectos da cultura consumista da sociedade actual em particular a apologia da violência.

Sua Santidade identificou também a protecção ao meio ambiente como sendo uma das preocupações de vital importância para a Humanidade.

RV/António Pedro

(Fonte: site RR)

Bento XVI fala de Génesis e do aquecimento global no seu discurso na chegada a Sidney que termina em português

Saudação de Bento XVI aos jovens de língua portuguesa

(...)Queridos amigos dos vários países de língua oficial portuguesa, bem-vindos a Sidney! A todos saúdo com afecto: os de perto e os de longe. Lá, na vossa Pátria, tereis ouvido Jesus segredar-vos: «Sereis minhas testemunhas… até aos confins do mundo» (Act 1, 8). A viagem mais ou menos longa que enfrentastes para chegar até aqui, à Austrália ou – de seu nome cristão completo – «Terra Austral do Espírito Santo», não deixou em vós a sensação de terdes chegado aos confins do mundo? Pois bem! É com grande alegria que o Papa vos acolhe para vos confirmar como testemunhas de Jesus, por Ele acreditadas com o dom do seu próprio Espírito.

(Fonte: site Radio Vaticana)

JMJ - Cerimónia de boas-vindas - Discurso do Santo Padre

Ilustríssimos Senhores e Senhoras,

Queridos Amigos Australianos,


É com grande alegria que hoje, finalmente, vos posso saudar. Desejo agradecer ao Governador Geral, General Supremo Michael Jeffersey, e ao Primeiro-Ministro Rudd a honra que me dão com a sua presença nesta cerimónia e as amáveis boas-vindas que me dirigiram. Como sabeis, pude dispor de qualquer dia de repouso desde a minha chegada à Austrália no passado Domingo. Sinto-me verdadeiramente agradecido pela hospitalidade que me proporcionaram. Aguardo agora o momento de poder participar, hoje de tarde, nas «Boas-vindas ao País» dadas pela população indígena e celebrar, depois, os grandes eventos que constituem o objectivo da minha Visita Apostólica a esta Nação: a XXIII Jornada Mundial da Juventude.


(...) Desde a primeira Jornada Mundial da Juventude, em 1986, ficou patente que um grande número de jovens aprecia a oportunidade de se encontrar para juntos aprofundarem a própria fé em Cristo e partilharem uns com os outros uma jubilosa experiência de comunhão na sua Igreja. Anelam por ouvir a palavra de Deus e aumentar os conhecimentos a respeito da sua fé cristã. Anseiam por tomar parte num acontecimento que ressalta os grandes ideais que os inspiram, e voltam depois para suas casas repletos de esperança, com uma renovada decisão de construir um mundo melhor. Para mim, é uma alegria estar com eles, rezar com eles e celebrar a Eucaristia juntamente com eles. A Jornada Mundial da Juventude enche-me de confiança no futuro da Igreja e no futuro do mundo de todos nós.


Revela-se particularmente oportuno celebrar aqui a Jornada Mundial da Juventude, uma vez que a Igreja na Austrália, além de ser a mais jovem de entre as Igrejas dos vários continentes, é também uma das mais cosmopolitas. Desde o primeiro aglomerado europeu aqui formado ao findar do século XVIII, este país tornou-se a habitação não só de sucessivas gerações de imigrantes da Europa mas também de pessoas vindas de todos os cantos da terra. A imensa diversidade da actual população australiana confere um vigor particular a esta que poderia, comparada com maior parte do resto do mundo, ser ainda considerada uma nação jovem.


(...) Entre os colonos que aqui chegavam vindos da Europa havia sempre uma proporção significativa de católicos e deveremos justamente ser orgulhosos da contribuição que estes ofereceram para a construção da nação, particularmente nos campos da educação e da saúde. Uma das figuras eminentes da história deste país é a Beata Mary MacKillop, em cuja sepultura deter-me-ei a rezar ainda hoje. Sei que a sua perseverança diante das adversidades, as suas intervenções em defesa de quantos eram tratados injustamente e o exemplo prático de santidade se tornaram fonte de inspiração para todos os australianos. (...) No contexto actual mais secularizado, a comunidade católica continua a prestar um contributo importante para a vida nacional, não só através da educação e da saúde mas especialmente apontando a dimensão espiritual das questões que estão mais em evidência no debate contemporâneo.Atendendo aos numerosos milhares de jovens que visitam a Austrália nestes dias, é imperioso reflectir sobre o género de mundo que estamos a entregar às futuras gerações. Segundo palavras do vosso hino nacional, esta terra «abunda, nos dons da natureza, de uma beleza rica e rara». As maravilhas da criação de Deus recordam-nos a necessidade de proteger o ambiente, realizando uma administração responsável dos bens da terra. A tal respeito, apraz-me notar que a Austrália se empenha seriamente em assumir a responsabilidade que lhe cabe no cuidado do ambiente natural. De igual modo, relativamente ao ambiente humano, este país sustentou generosamente operações internacionais em prol da manutenção da paz, contribuindo para a resolução de conflitos no Pacífico, no sudeste da Ásia e noutros lados. Devido às numerosas tradições religiosas presentes na Austrália, esta constitui um terreno particularmente fértil para o diálogo ecuménico e inter-religioso.(...) O tema escolhido para esta Jornada Mundial da Juventude de 2008 é tomado das palavras que o próprio Jesus dirigiu aos seus discípulos, tal como aparecem registadas nos Actos dos Apóstolos: «Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas (…) até aos confins do mundo».


A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L’Osservatore Romano.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Peregrinos da JMJ são acolhidos nas escolas de Sidney

Que a sementeira do Senhor seja vasta e fecunda

Senhor, rogamos-Te que na Tua infinita sabedoria e através do Divino Espírito Santo faças das palavras do Santo Padre aos jovens nestes dias, sementes que dêem cem por um de novas conversões e vocações.

Juntamos esta intenção de uma forma reforçada às nossas orações.


(JPR)

Tu es Petrus

Comunhão

« (…) estar em comunhão com Jesus torna-se comunhão com o próprio Deus, comunhão com a Luz e com o Amor; torna-se, assim, em vida recta e tudo isto nos une uns aos outros na Verdade. Só teremos algo a comunicar ao mundo quando virmos a Comunhão em toda esta profundidade e amplitude».

(Excerto artigo apresentado em 2002 no Congresso Eucarístico de Benevento – Joseph Ratzinger)

Requiem K626 “Benedictus” – W. A. Mozart

Notícias de Sidney em português (vídeo)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Santo Padre termina período de repouso em Kenthurst e foi para o centro de Sidney, após momentos relaxantes de contacto com a fauna local

[16/07/2008 – 12h29s] Concluído o período inicial de repouso, nos arredores de Sidney, Bento XVI deixou ao fim da tarde desta quarta-feira (era manhã na Europa e na África) o Centro de Estudos de Kenthurst percorrendo de automóvel os 54 km que o separavam da catedral de Sidney, em cuja residência aloja a partir de agora e até ao seu regresso a Roma, na próxima segunda-feira.

Amanhã, quinta-feira, após a cerimónia oficial de boas vindas na residência do Governador Geral da Austrália e visitas de cortesia às autoridades do país, Bento XVI iniciará a sua participação activa na Jornada Mundial da Juventude que teve já início ontem, terça-feira, com a Missa de abertura presidida pelo arcebispo de Sidney, o cardeal George Pell.

Desde esta quarta-feira de manhã teve início o tríodo com que os jovens participantes da JMJ se preparam para a Vigília de oração com o Papa, sábado à noite. Por grupos linguísticos, haverá catequeses propostas por bispos dos diferentes continentes.

Entretanto teve início o Festival da Juventude, com variadíssimas iniciativas visando fazer reflectir sobre temas da actualidade, como desenvolvimento sustentável, ambiente, sexualidade, justiça social, diálogo entre os diferentes credos. O programa prevê também: um Fórum com o cardeal Cristoph Schonborn, sobre Criação e Evolução; uma Mesa redonda sobre a sexualidade; e um debate sobre o diálogo inter-religioso com a intervenção do Núncio Apostólico no Egipto, Mons. Fitzgerald, o mufti Patel (em nome dos islâmicos) e o rabino Knoll (pelos hebreus). O Festival prevê nada menos de 450 iniciativas, entre Mostras, concertos, debates. Entre os mais seguidos, os que abordam o tema da mulher, os objectivos do Milénio, o tráfico de seres humanos, até mesmo o “Código de Vinci”.

Em honra do Papa, nos pilares da famosa ponte de Sidney – a Harbour Bridge, são projectados diapositivos de Bento XVI e mensagens de boas-vindas. A máquina organizativa funciona a pleno ritmo, assegurando, por exemplo, a distribuição de milhões de bebidas e refeições, ao longo destes dias, aos participantes da JMJ, que ontem receberem, nos seus telemóveis, em inglês, uma mensagem do Papa: “Jovem amigo, Deus e o seu povo muito esperam de ti, porque tens em ti o grande dom do Pai – o Espírito de Jesus”. Assinado: Bento XVI…

(Fonte: site Radio Vaticana)