"Evidentemente que vamos passar por momentos
muito difíceis e agora estamos a passar por momentos dramáticos. Há pessoas que
passam por muitas dificuldades. Isto pode promover uma maior solidariedade
individual", afirmou José Rafael Espírito Santo.
Segundo o Vigário regional da Obra, a atual crise
resulta da forma "como foi encaminhada a economia, esquecendo uma série de
princípios éticos, esquecendo uma série de valores, como a solidariedade".
O mesmo responsável entende que houve uma
"distorção de qual é o verdadeiro papel da economia, que tem de estar ao
serviço da pessoa humana".
"Isto foi o desenrolar lógico de uma série de
erros que foram cometidos. Agora perante o fracasso e todos os erros que se
foram acumulando, viu-se que alguma coisa estava mal. Pode-se aprender muito e
pode-se corrigir o que estava mal", declarou José Rafael Espírito Santo.
Para o Vigário regional do Opus Dei, é essencial
"voltar a ter como ponto fundamental da atividade económica a dignidade e
o respeito pela pessoa humana, os valores da honestidade e solidariedade,
porque uma das coisas que mais destrói o tecido social é o individualismo
exacerbado".
Nesta crise, o papel da Igreja Católica, segundo o
sacerdote, passa pela solidariedade social, mas também por fazer com que
"as pessoas não percam a esperança e que encontrem Deus nestes momentos
difíceis".
Sobre o papel que o Opus Dei pode desempenhar neste
período de crise, José Rafael Espírito Santo aponta as associações de
solidariedade dinamizadas por membros da Obra, casos da Emergência Social
(Lisboa), Gaivotas da Torre (Cascais), Criança e Vida (Porto) e Atlas
(Coimbra).
"O Opus Dei, o que faz do ponto de vista
fundamental é dar formação. Isso significa ajudar as pessoas a tomar mais
consciência do que significa a fé, a doutrina, do que significa a sua relação
com Deus e depois ver as consequências que isso tem", concluiu.
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