Retomando o que recordara já em Amã, no discurso pronunciado na Esplanada das Mesquitas, na visita de cortesia ao grande Mufti de Jerusalém, Bento XVI sublinhou que a fidelidade ao Deus Único, Criador, leva a reconhecer que os homens estão fundamentalmente ligados entre si, pois devem a sua própria existência a uma única nascente e tendem para um fim comum. Os adoradores do Deus Único hão-de apresentar-se, portanto, fundamentados e encaminhados para a unidade de toda a família humana.
Partindo da saudação tradicional dos muçulmanos “As-salámu alaikum (“Paz a vós!”), Bento XVI observou que este lugar sagrado leva os corações e as mentes a reflectir sobre o mistério da criação e sobre a fé de Abraão. “Aqui se entrecruzam as vias das três grandes religiões monoteístas, recordando-nos o que têm em comum” – observou o Papa.
“Num mundo tristemente dilacerado por divisões, este lugar sagrado serve de estímulo e constitui também um desafio para homens e mulheres de boa vontade a empenharem-se em superar incompreensões e conflitos do passado, empreendendo a via de um diálogo sincero visando a construção de um mundo de justiça e de paz para as gerações futuras”.
Sublinhando a responsabilidade que recai sobre os líderes religiosos, Bento XVI assegurou o “ardente desejo” da Igreja Católica de contribuir para o bem estar de toda a família humana.
“(A Igreja) acredita firmemente que o cumprimento da promessa feita a Abraão tem um alcance universal, abraça todos os homens e mulheres independentemente da sua proveniência e condição social. Ao mesmo tempo que Muçulmanos e Cristãos prosseguem o diálogo respeitoso já empreendido, rezo para que possam aprofundar o facto de a Unicidade de Deus estar inseparavelmente ligada à unidade da família humana”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Sem comentários:
Enviar um comentário